terça-feira, 31 de julho de 2012

N’KOSAZANA DLAMINI ZUMA: uma abordagem pragmatica da Unidade Africana


Os Africanos definitivamente não se enganaram ao designarem no dia 15 de julho 2012 a candidata Sul Africana, N’Kosazana Dlamini Zuma, à testa da Comissão da União Africana. Efectivamente, fiando-se na nova visão que a antiga esposa do Presidente Jacob Zuma expôs este fim de semana, pode-se dizer que ela tem uma abordagem que pode efectivamente conduzir a uma verdadeira unidade, à qual procura a UA ja la vão mais de meio seculo.

Segundo ela, a coesão do continente africano não se fara somente na base de discursos bonitos e voluntaristas. Ela propõem, uma abordagem que tem o mérito de ser realista e concrecta que, pode de passagem, ajudar na luta contra o fenomeno da pobreza que não é um factor a menosprezar na blocagem do processo de unificação do continente. Pragmatica, a antiga ministra sul-africana dos negocios estrangeiros mete o assento tônico das suas prioridades sobre as infraestructuras, a promoção da paz e a harmonização das legislações. Segundo ela, é mesmo paradoxal de almejar a Unidade Africana, quando praticamente, é impossivel de passar de um pais africano à outro através de uma estrada rodoviaria.

A verdade é que, mesmo ensinando às suas diplomacias respectivas o objectivo da Unidade Africana, os lideres do continente são na verdade estricta e enraizadamente nacionalistas.

Aquando dos grandes rencontros onde se reunem para falar dos desafios e objectivos do continente africano, as crises inter-estados, os egoismos desmedidos e os humores incontrolaveis dos diferentes chefes de estado africanos, invariavelmente têm impedido de debater projectos verdadeiramente integradores para o continente. Muitas vezes, senão sempre, põem de lado os temas mais interessantes e sedutoras, para abordar problemas ditos de « urgência ». A propôsito, gostam de dizer, em jeito de desculpa que, o problema principal foi «ultrapassado» ou que, tal ou qualquer outra crise «se impôs». Entretanto, o NEPAD pode ir dormindo nas prateleiras do esquecimento!

Porém, a verdade é que, aqueles que até agora se sucederam à frente da UA, até podem ter desejado ardentemente a possibilidade da promoção de um desenvolvimento integrador como meio de lutar contra as diferentes crises que desperdiçam tantas energias e recursos, mas eles nunca chegaram ao ponto de materializar esse sonho! Visivelmente, a situação pode mudar com ela que ainda é ministra do interior no seu pais.

Dlamini–Zuma diz querer se apoiar sobre a realização de infraestruturas nomeadamente rodoviarias para conectar os paises africanos, uns com os outros. As infraestructuras rodoviarias, não são mais do que indicadores, porquanto não podemos imaginar os resultados que estes poderão ter, se a mesma abordagem fôr aplicada no que concerne à energia e as telecomunicações, entre outras. No fim de contas, nos poderemos emerger, alcançando uma economia africana integrada e que forçara os africanos, por razões intrinsecas aos seus interesses, a se aproximarem e a se abraçarem.

A nova Presidente da Comissão da UA conta muito para além dessas variantes com um outro elemento da sua visão que é a harmonização das legislações. Ela quer, que as especificidades juridicas não sejam mais um elemento de entrave à Unidade Africana. Uma ideia que, a ser concrectizada faria a felicidade de enumeros homens de negocios africanos e outros, cujas pretensões expansionistas de negocios se esbarram infelizmente nas multiplicidades de codigos juridicos que se encontralm dispersos pelo continente africano.

No que concerne ao terceiro pilar da sua abordagem, a saber a promoção da paz, pode-se dizer que ele podera ser largamente coberta pelos dois primeiros. Parece que, mais uma vez, deve-se ter em conta que, a maior parte dos conflitos registados em Africa, têm uma origem socio-economica devido à pobreza e a precariedade reinante.

Pivi Bilivogui para GuineeConakry.info
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