sexta-feira, 27 de julho de 2012

Guiné-Bissau : subida do custo de vida após o golpe de estado de 12 de abril



O poder de compra dos funcionarios na Guiné-Bissau degradou na sequência do golpe de estado de 12 de abril, segundo a opinião de Heloyso da Cunha, chefe do patrimonio do Ministério da Agricultura. Tendo em conta de que, um funcionario guineense recebe 60.000 Fcfa (110 dolares americanos) por mês, e que o salario minimo é de 30.000 Fcfa (55 dolares americanos), o quilo de arroz, alimento de base da população, passou de 250 para 400 Fcfa, sublinha o referido funcionario.

Mesmo revistos em alta à razão de 5%, os salarios dos funcionarios guineenses continuam a ser o de nivel mais fraco na Zona UEMOA (União Economica e Monetaria Oeste Africana), senão de todo o continente, indica o entrevistado. Segundo o seu entendimento, o fraco nivel dos salarios, esta na base da «abstençao frequente dos funcionarios nos seus postos de trabalho e, muitos têm duplo emprego ou se dedicam à corrupção (os vulgos «suku di bás») para poderem sobreviver». Enfim disse o entrevistado de que, «o Estado fingi nos pagar e nós fingimos trabalhar».

Por outro lado, lamenta que na Função Publica guineense, a promoção não se faz que não sendo na base da camaradagem, do nepotismo e do clientelismo politico. A prova disso é que, apos o golpe de estado de 12 de abril ultimo, todos os Directores Gerais da Administração Publica que sejam militantes ou simpatizantes do PAIGC, assim como os Governadores das Regiões e Administradores dos Sectores, foram simplesmente demitidos das suas funções». A Administração Publica guineense conta com 20.000 funcionarios de acordo com o ultimo recenseamento onde foi detectado mais de 3.000 funcionarios fictivos que recebiam salarios sem no entanto prestarem quaisquer serviços ao Estado.