quinta-feira, 26 de julho de 2012

Conflitos no Mali e na Guiné-Bissau: O Senegal se implica na procura de uma solução


(Leral 26/07/2012)

Apos 100 dias passados à testa do Ministério dos Negocios Estrangeiros e dos Senegaleses do Exterior, Senhor Alioune Badara Cissé fez hoje face a imprensa e aos representantes dos corpos diplomaticos acreditados no Senegal. Ele aproveitou à ocasião para dizer que, o Senegal se implicara na procura de soluções para os conflitos no Mali e na Guinée-Bissau. Nessa perspectiva, ele declinou as novas linhas de acção, antes de informar que o processo do antigo presidente tchadiano Hissène Habré tera lugar no Senegal.

A paz e a estabilidade da sub-região inquietam sobremaneira o Senegal. Ao menos foi esse sentimento que deixou transparecer o Sr Alioune Badara Cissé, ministro dos Negocios Estrangeiros e dos Senegaleses do Exterior. Mas, antes de quaisquer engajamento de contribuição para uma sub-região oeste africana estavel, é necessario antes de mais tentar apagar o fogo que, depois de mais de três dezenas de anos lavra no sul do Senegal. A esse proposito, Sr Alioune Badara Cissé, que põe reservas quanto a fixação de um prazo explicito para alcançar esse objectivo – contrariamente ao anterior presidente Wade e os seus «100 dias» – parece dar-se conta da amplitude dessa tarefa que espera o regime actual face a crise Casamançesa. Reconhecendo, que «nos iremos falhar… » – se a crise em questão não fôr resolvida – o responsavel da diplomacia senegalesa, lembra implicitamente a missão de Macky Sall en encontrar uma saida para esta crise antes (ou no fim) do seu primeiro mandato.

Ao lado desta tomada de consciência, Alioune Badara Cissé, fazendo o balanço dos 100 dias à frente do seu ministério, insistiu sobre as acções do Senegal, visando contribuir com o seu concurso para a retoma definitiva da paz nos paises vizinhos : «A Guiné-Bissau e o Mali atravesam situações dificeis consecutivas à interrupção brutal do foncionamento normal das instituições democraticas e à ocupação da região Norte do Mali por bandos armados que põem assim em causa a sua integridade territorial». Reafirma : «O nosso pais esta fortemente implicado na procura de soluções a essas crises, no quadro das regras que nos adoptamos na CEDEAO (…), nomeadamente, importantes medidas que vão no sentido do restabelecimento da ordem constitucional nesses dois paises, e a soberania plena e inteira do Mali sobre o conjunto do seu territorio».

Assim, centrando-se sobre o ultimo ponto, o ministro dira : « Nos somos em vias de afinar as nossas acções, em concertação com a União Africaina, em vias de obter do Conselho de Segurança das Nações Unidas que se autorise uma intervenção militar sob o capitulo VII da carta e acorde um apoio logistico às tropas da CEDEAO». No que concerne a situação na Guiné-Bissau, o ministro dos Negocios Estrangeiros e dos Senegaleses do Exterior, em jeito de tranquilizar os nossos vizinhos, anunciou que «o Senegal, na sua qualidade de membro do grupo de contacto regional, participou nos trabalhos concernentes de forma empenhada, tanto em Banjul como em Abuja no fim do mês de abril».

Por outro lado, segundo opinião do Sr Cissé, «o estabelecimento das relações de confiança com os vizinhos imediatos do Senegal e os paises da sub-região continua a ser um dos pontos prioritarios da diplomacia senegalesa e que, com o concurso da Gambia acções energicas serão levadas a cabo para um retorno da paz na Casamança ».
...)

Fonte : Loffice
Abdourahmane Mbodj et Mansour Ndiaye
© Copyright Leral

Nota : Essa posição do MNE do Senegal, demostra a expressão menor com que questão guineense é tratada pelos nossos vizinhos-inimigos. Em suma, para o Senegal, a crise guineense esta ja completamente resolvida (no bom sentido e no interesse do Senegal) e, por isso não merece mais que meros paliativos para nos manter no estado de actual de COMA PROFUNDO... enquanto vão delapidando à la sénegalaise os nossos recursos na zona de exploração conjunta e comprando o nosso caju a vil preço... para «re-exporta-lo» a preço de ouro como produto made in Senegal.

Abram os olhos, guineenses. AAS