quarta-feira, 4 de julho de 2012

Observação sábia


"Aly,
 
Permita-me através do seu espaço informativo (blog) que de alguma forma também é nosso, pelo serviço público que desempenha, puder tecer algumas consideraçoes sobre  uma observaçao sábia, interessante diria mesmo oportuna do senhor Alberto Indequi e que foi publicado neste seu/nosso espaço informativo no pretérito dia 3 do mês em curso intitulado: Precisamos de uma forças armadas reformadas para serem um instrumento de defesa da vontade popular.
 
Observaçoes deste tipo, feita por uma pessoa digna e apaixonada por um país que lhe viu nascer, só nos pode encher de orgulho e acalentar ainda mais a esperança de que é possível encontrar soluçoes internas para o nosso próprio problema.
 
Por ser Advogado e Empresario, deu-lhe a imparcialidade e, porconseguinte, a free of mind ( a liberdade de opinar ou de pensar) nao precisando por isso de bajular ao contrário de muitos dos pseudos advogados e jurístas que  ajudaram a orquestrar o golpe mais nefasto da história de todos os golpes ocorridos na Guiné-Bissau apenas com o intuito de ter a sua vez no mercado de "mamanso. E que mamanso!
 
Sr Alberto Indequi, nas suas observaçoes invocou a premente necessidade que o país tem em proporcionar aos militares as condiçoes mínimas (dignas) por forma a diminuir as suas dependências porquanto ser uma profissao bastante especifica e , sendo esta uma das condiçoes facilitador para a  tao propalada reformas no sector da defesa e segurança. Sobre este ponto de vista, penso que o desejável seria isso mas nao deixa porém de ser importante prestarmos atençao sobre outros aspectos que aflige a sociedade no seu todo e onde urge também prestar particular atençao: saúde, electricidade apenas para citar entre tantas outras necessidades. Sendo o nosso país económicamente dependente do exterior, cabe também aos militares e a sociedade civil no seu todo, jogar um papel faciliador para que possamos direccionarmos os poucos recursos de que dispomos para sectores de actividades mais produtivas e geradores de riquezas internas: Agricultura, saúde ou electricidade. 
 
Sobre o ponto de vista de condiçoes básicas às nossas forças armadas, é verdade que muito há por fazer mas também algo já vinha sendo feito neste sentido com a cooperaçao neste domínio com o Governo de Angola. Nao basta apenas a nossa dependência em quase tudo senao tudo, com os nossos parceiros de desenvolvimento, é preciso também que façamos a nossa parte e assumirmos doravante a nossa responsabilidade. O exemplo é como explicar, se é que haja explicaçao, deste patético golpe de Estado em plena eleiçoes! Isso no mínimo é brincarmos  e esbanjarmos os impostos que os outros paises nos oferecem.
 
Nenhum Estado ou Governo consegue prestar serviços que cobre todas as necessidades das suas populaçoes. Cabe a cada singular cidadao assumir o seu papal como complemento do próprio Estado/Governo. Neste sentido, é particularmente fértil vermos pessoas de várias profissoes obtidas em muitas Universidades /tecnocrátas mas que nao  conseguem ter uma engenheria para criar o seu próprio emprego ou negócios que a sua própria profissao lhe proporciona. Sao pessoas que gravitam a volta dos militares adaptando-se a um estilo de vida no meio de violência e de intriga para poder sobreviver. Basta olharmos para a composiçao deste governo dito de transiçao para vermos muitos Ministros e Secretários de Estado que só conseguiram pastas como pagamento de serviços prestado na materializaçao deste golpe ultimo.
 
Sr Alberto, em meu nome quero -lhe dizer o meu muito obrigado pelo seu belo artigo e dizer-lhe que ha muito que tenho vindo acompanhar as suas observaçoes que considero todas elas de elevado nível de sapiência.

MAL"