sábado, 14 de setembro de 2013

Com a alma em sangue

Pense. Como é que um país com quarenta anos de independência, com tanta história de mestria e valentia; como é que este país que lutou pela sua independência e de mais quatro (!) países atirou a toalha ao chão?

Este país é coisa pouca para alguém? Seja. Mas é nosso. Pode até ser uma coisa pouca, uma luz qualquer. Chega-nos. Deslumbra-nos. A Guiné-Bissau podia, hoje, ser um gigante entre gigantes mas nunca deixaram-na ter essa medida, esse sentido de proporção, a mínima mercê. E, no entanto, a Guiné-Bissau continua brilhante como se a noite não existisse.

Do que nos vale uma Nação sem nacionalismos? Que tal é a sensação desta alma colectiva que se desalma diariamente; esta idade sem qualidade, este tempo dessincronizado com a nossa natureza, onde já não há herói, figura, exemplo, esperança que nos empolgue ou nos sirva?
AAS