quarta-feira, 4 de setembro de 2013

OPINIÃO: As mil colinas do general Indjai (parte II)


"Os termos «balantas», raça, catana, suicidio...foram as palavras, uns mais utilizadas, outros expressos com requintes de malvadez arrepiantes. O espectro de uma guerra tribal sempre pairou no discurso do general cocalero, pois analisando atentamente esse discurso, essa ameaça esteve la sempre bem presente. O general AI, ao longo do seu discurso propositadamente, a meu ver, atabalhoado e de trejeitos comicos (fortemente aplaudida por uma corja de militares e forças de segurança submissos e cobardes), foi deleitando a sua mensagem..., falando friamente da «morte», do «odio» que nutre pelos «outros» que não são da sua etnia, da sua «sede de vingança», para os que não querem o bem da sua etnia, que ele classifica de «discriminada ao longo dos tempos», «injustamente assassinados», «severamente reprimidas», «constantemente desfavorecida»..., enfim o rosario de falsidades de sempre da teoria da vitimização.

Nota-se, quando o general AI fala da morte, o requinte do habito ao feito, a malvadez placida na sua voz imperturbavel e, um olhar maroto de um habitué des faits, e mais... disse ainda, que tinha uma catana guardada e bem afiada, para no momento oportuno fazer uma «festinha» ao Ibraima Sow...

Pergunta-se então. Que fara o general AI ao Carlos Gomes Junior ??. Pois, sobre este, disse que «todos falam que ele (Cadogo) vira, mas ninguém diz nada, a Liga não diz nada, a SC não diz nada, as NU não diz nada... e depois, se algo vir a acontecer, dizem logo que, é o Antonio Injai»... Mas, quem tem duvidas de que É o general ?.

O general tarimbado carniceiro, fez todas essas declarações com a calma e placidez de um anjo, não lhe faltando no fim, um sorrisinho cinico de maldade, como que, lembrando uma cena de morte selvagem que ocorreu num passado recente no quotidiano guineense, a qual, decerto atormenta e invade recorrentemente a sua mente morbida.

Em toda a linha do seu discurso, o general AI, mostrou claramente de que, é um tribalista primario, um xenofobo da primeira linha, um complexado social e um racista assumido. Fala da sua etnia, como se fossem os pre-destinados e os unicos a ter o direito de pertencer as FA e a dirigir a Guiné-Bissau. Quando adverte de que, «quem quer ir as eleições, primeiro, que conte as pessoas que tem a seu lado (quis dizer da sua etnia), pois se não chegarem a 100, não vale a pena irem as eleições». É elementarmente assacavel de que, o general cocalero quiz dizer, que estas eleições gerais sera uma guerra de etnias, umas eleições de cariz tribal, pois quem não pertence ou tem uma etnia a seu lado que não se aventure a ir as eleições.

Contudo, é preciso ter em conta de que, quando o general AI manda contar o numero dos seguidores dos pretensos candidatos, seguramente que ele, não se esta a referir a um mero exercicio matematico que pretensamente lhe garante uma supremacia numerica da sua etnia sobre as demais, pois estou certo e convencido de que, o general cocalero, esta sim a referir-se indirectamente ao contar das armas, isto é, quer demostrar que, quem detem o poder das forças armas e o poder bélico na Guiné-Bissau é que detera o poder. Esse poder real das armas e que desequelibra o jogo democratico esta nas suas mãos e da sua etnia. Eles é que detêm o controlo das armas e o poder nas FA. Esse poder é eterno e impartilhavel pela etnia balanta e da qual nunca se desembaraçarão pacificamente na Guiné-Bissau, porque é so através dela é que poderão com seguraça deter o poder..., por isso fica assim o aviso à CEDEAO e a CI sobre as pretensas reformas nas FA e nas FS.

Policarpo Silva Té
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