sexta-feira, 6 de setembro de 2013

As mil colinas do general Indjai


CONCLUSÃO

"Aos americanos, o general cocalero enviou mimos em entrelinhas, deixando-lhes um aviso claro de que, esta disposto a dar a vida e provocar um autentico «banho de sangue», um autentico genocidio, caso o tentem deter, adiantando, que se suicidaria em ultima instância caso a sua captura esteja eminente. Disse expressivamente, de que nunca se deixara capturar apesar de os «americanos estarem habituados a prenderem balantas», referindo-se neste caso, à detenção do narcotraficante Bubo Na Tchuto (BNT) seu comparsa e cumplice de negocios da droga e da mesma etnia.

Face à CI o general AI deixou cair descaradamente a mascara da reserva, demostrando todo seu lado cruel, a sua alta perigosidade em fabricar factos (veja-se o cajo da nossa compatriota de portada de Cabo-Verde) e um estratega em vitimizar e utilizar a sua etnia como escudo para entravar todo o tipo de saidas democratica potencialmente delineadas para a Guiné-Bissau. Acima de tudo demostrou a sua voltabilidade para a violência, a sua capacidade para promover a divisão e o odio e acima de tudo a sua tendência suicidaria, indo mesmo ao ponto de ameaçar implicitamente despoletar uma guerra tribal na Guiné-Bissau caso ele e a sua etnia sejam postas em causa.

Com mais esta saida fracassante do general AI, creio que definitivamente a CI deve dar-se conta de que, na realidade o problema da Guiné-Bissau assenta substancialmente na figura do general, facto que, mesmo o pasmolho do Ramos Horta ja deve ter-se apercebido, apesar de não se atrever mesmo a peidar, e fazer o mais simples comentario ou reprovação publica ao discurso desrespeitante e genocidiario do general cocalero, limitando-se como sempre ao paliativo dos paninhos quentes.

Também, é sabido de que, pouco depois do hecatombico discurso que acabo de comentar, as mãos longas e tenebrosas do general AI novamente se fizeram sentir. Desta vez a vitima, foi o Presidente da LGDH que ficou mais de 5 horas de tempo retido em «interrogatorio» de humilhação nas instalações da PJ, instituição hoje dirigida pelo «zeloso balanta», mas incompetente Nhamontchi, como tal prestes a todos os «mandados» e «recomendações» sujas vindas da corte do general cocalero. Segundo as proprias palavras do Presidente da LGDH, ele foi sujeito a «tortura psicologica» e «ameaças escamoteadas».

Para o general, mesmo a mais prestigiante instituição da Sociedade Civil, das poucas que se erigem corajosamente em defesa dos cidadãos, é respeitada e tão pouco poupada... e para servir de exemplo, nada que, tentar humilhiar o seu Presidente Luis Vaz Martins. E qual o crime que a Liga cometeu ?... simplesmente, desmentiram o general, apresentando provas irrefutaveis de que, afinal de contas a nossa compatriota alegadamente «morta pelos caboverdeanos», segundo as acusações publicas do general, afinal estava viva e bem viva, mas ao que parece,...com medo de vir a não vir a estar viva por obra e interesse do proprio general e o seu Nando Vaz, que teimam vergonhosamente em querer inculpar e sujar o nome de Cabo-Verde, pais irmão que elegeram, como um dos seus actuais «animais de estimação» preferido

Foram estes dois factos, a que se juntam o curriculum do general cocalero, que me atiçaram a fazer este artigo de contribuição, a qual permitiu-me tirar as seguintes ilações que se-me afiguram pertinentes partilhar para a analise do contexto em que vivemos no nosso pais:

- AI mostrou claramente de que, é um homem frio, imbuido de profundo odio e disposto a ir até as ultimas consequências e, até mesmo se preciso for, arrastar o pais a uma guerra tribal ou ao caos total com o fim ultimo de manter o poder no seu feudo e no nucleo da sua etnia, que ja detêm e dominam neste momento a quasi totalidade dos meios de repressão na Guiné-Bissau, ou seja, as forças armadas e as forças de segurança, e ultimamente o aparelho judiciario actualmente, também sob o controlo de alguém do mesmo nucleo do poder tribal.

Em suma, AI demostrou friamente, de que na falta de outros argumentos para se manter ou sobreviver no poder com o seu grupo pretende arrastar a sua etnia no seu todo à sua causa de poder e provocar uma guerra tribal na Guiné-Bissau.

- AI não respeita ninguém e cré-se intocavel. Não respeita a CI, não respeita a CEDEAO, não respeita a União Africana (UA), não respeita, odeia mesmo a CPLP, não respeita as NU, pois tem a noção de que, a sua intocabilidade associada a cumplicidade criminosa de certos paises da CEDEAO (Nigéria, Costa do Marfim, Senegal e Burkina) esta-lhe assegurada por largos tempos, sendo-lhe tudo permitido na Guiné-Bissau, onde reina e desgoverna a seu bel prazer com o seu arsenal de repressão, medo e de morte;

- Outro facto extremamente inquietante em tudo isto, são as atitudes e tomadas de posição recentes de AI, que estão a encaixar perigosamente num discurso sectarista e tribalista. Esta posição recente do general cocalero, respalda a tese da vitimização complexada e xenofoba ha largos anos doutrinada sorrateiramente por Kumba Yala (KY) no seio da sua etnia em que inculca nos seus um pretensioso estatuto «natural» de liderança e de supremacia da etnia balanta sobre as demais etnias e grupos sociais que compõem o mosaico heterrogeneo da sociedade guineense. A perigosidade da emergência dessa tese ja é visivel na clara «adesão» do general ao extremismo étnico que esteve patente ao longo do esquizofremico seu discurso...

É aqui que entra a tal «face invisivel do poder», poder esse dominado e manipulado por KY que entra em simbiose com o «poder visivel» de AI. Essa conjugação de poderes, é ademais preocupante, sabendo-se que, apesar de todos os seus defeitos não se conheciam à luz do dia posições de extremismo tribalista de AI..., porém, a gora a realidade mostra-nos um outro cenario que podera ser hecatombico para a Guiné-Bissau se nada for feito, pois neste momento quem comanda o poder real, é o dono do «poder invisivel» detido por Koumba Yala e, a historia mostra-nos que, embora não seja um sanguinario que se aponta o dedo, porque trabalha sempre na sombra, KY ainda é bem pior que AI, pois ele a começar pelo Caso 17 de Outubro, esteve e esta, por tras de todos os conflitos, perturbações, golpes de Estado, denuncias e derramamentos de sangue na Guiné-Bissau, sem no entanto sujar as mãos nem os seus encardidos dentes. Um criminoso de luvas brancas.

Apos tudo isto, apos esta postura de ruptura quase genocidiaria assumida por AI, resta-ns esperar para ver o que dirão a CEDEAO, a CPLP, a UA, a UE e as NU. Espero eu, que não se mantenham quedos e mudos como sempre fizeram em relação as questões que tocam com a Guiné-Bissau, pois não reagindo, não admirem uma possivel ruandização da Guiné-Bissau.

Policarpo Silva Té"