terça-feira, 6 de novembro de 2012
União Europeia dará "resposta apropriada" a qualquer intrusão na sua delegação
A União Europeia advertiu formalmente as autoridades guineenses de que consideraria uma intrusão policial ou militar das suas instalações em Bissau como um “acto hostil”, a que daria resposta apropriada. A iniciativa ocorreu na esteira de ameaças de lançamento de uma acção destinada a proceder à retirada coerciva de cerca de 15 indivíduos refugiados nas referidas instalações, no Bairro da Penha.
Melcíades Gomes Fernandes, general da força aérea (Manuel 'Mina'), alegadamente implicado no atentado à bomba que em março de 2009 vitimou o ex-CEMGFA, General Tagme Na Waie, era um dos refugiados; outro, Tomás Barbosa, secretário de Estado das Pescas no governo deposto. No rescaldo do episódio foi estabelecido um compromisso nos termos do qual os refugiados abandonariam as instalações da União Europeia sob custódia da ECOMIB, que também se comprometia a garantir a sua protecção pessoal. Manuel 'Mina', piloto-aviador r oficial especializado em minas e explosivos, era alvo de especiais atenções das autoridades, em especial a dos militares, por suspeitas de estar envolvido em planos para atentar contra as suas vidas.
A advertência da União Europeia foi apresentada directamente ao MNE, Faustino Imbali, pelo seu representante em Bissau, Gonzalez-Ducay, instruído para tal por Catherine Ashton, alta representante para os Negócios Estrangeiros. Também por reflexo do desfecho do caso todos os dispositivos militares e policiais instalados junto às representações diplomáticas em Bissau foram levantados. Em todas se encontram refugiados indivíduos – em geral acolhidos por alegarem considerar a sua integridade física ou a sua vida em perigo, devido a ameaças e perseguições. AM