sábado, 24 de novembro de 2012
INSTABILIDADE POLÍTICA: ACÇÃO DA SOCIEDADE OU TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE?
Se nos anos 50 e 60 praticamente todos os movimento culturais que lutaram contra a exploração e dominação colonial foram criados na Diáspora. A ideia dos lideres africanos para libertar o continente africano surgiu noutro lado do continente, antes a África era dominado, massacrado e reprimido pelos europeus. Mas hoje são os próprios africanos quem massacra seus próprios povos.
A aplicação da lei seria e será sempre um problema na história na Guiné-Bissau.
Há um ditado que os filósofos gregos costumam usar, quando não a punição, a tendência é voltar àquela mesma coisa. Como é o caso dos mentores da instabilidade política na Guiné-Bissau.
O país precisa urgentemente apresentar leis que pune severamente penas de prisão que poderão ir de acordo com lei para todos aqueles que forem considerados culpados pelos atos de instabilidade que paira na sociedade. Esta onda de violência que começou e ninguém sabem quando vai parar. Não podemos ser intimidado pelos próprios “irmãos”, só pelo fato de serem militares. O artigo 20º da Constituição do país deixa claro que os militares têm a função de defender a soberania e a integridade territorial. Mas em Bissau, a situação é inversa, são eles que estão a arruinar o país. Violências aterrorizam cada vez mais a população guineense. Basta de agressões, não é possível que a sociedade civil, que é quem mais ordena que estejam todos os dias a passar por tal situação.
A Guiné-Bissau atravessa momentos de divergência dividida por conflitos e tentativas de sucessão, muito especialmente o período pós-queda do regime de Nino Vieira. Só após conflito interno de 07 de junho de 1998 a 1999, cessam as tentativas de revolta. Mesmo assim, considera-se que a “centralização do poder nas mãos dos militares” foi suficientemente forte para dar instabilidade ao país. Uma instabilidade que conseguiu adiar sempre alguns passos importantes, dando afinal o ar da crise latente e crônica. As mais graves tensões vieram sempre á tona de diversas formas.
Do inicio, a sociedade guineense não tem muita noção de quanto o conflito interno de 07 de junho foi surpreendente nos anos de 1998 a 1999. Pois tal conflito serve meramente como veiculo de transporte entre causas e efeitos de longo prazo, como resultado, o surgimento de intrigas, invejas, ambição e traição que passou a ser visto como uma consequência inevitável para sociedade civil.
Tendo em conta este contexto histórico, o conflito interno de 07 de junho de 1998 a 1999, liderado por ex- Chefe de Estado Maior Ansumane Mané marcou o fim do domínio da era Vieira e instituiu um regime tão mais violento, acentuado e instrumentalizado as clivagens e étnica (exílio, prisão, tortura e execução de quadros de referencia) e levando o país á ruína econômica. Tendo sofrido inúmeras tentativas de usurpação de poder por parte dos militares.
A forma súbita como as sucessivas tentativas de golpes de Estado se intensificam num curto período de tempo no país impõe algumas indagações. Qual é o melhor caminho para inibir tal situação que aterroriza a sociedade civil? Será que ação ou transformação da sociedade é o caminho viável para contornar tal problema. Investir na Educação é outro caminho para acenar essa cultura de violência que paira no país.
“Nós só podemos seguir crescendo na atividade que abraçamos e amamos se os compromissos forem mantidos, se o ideal for renovado e se nossa capacidade de sonhar não se limitar aos problemas e for sempre maior que eles”.
Rolim Adolfo Amaro
Quem ama a Guiné-Bissau de verdade constrói a PAZ.
A.B.F.