quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Os escutados


As embaixadas de Portugal, França, Espanha, de Angola, da África do Sul, da Gâmbia e a representação da União Europeia na Guiné-Bissau; Os cônsules e/ou encarregados de Negócios de Portugal, de Angola e da Espanha, estão sob mira da secreta guineense. "É quase, posso dizer, uma obsessão, isto de se meterem a escutar diplomatas", adiantou ao ditadura do consenso um oficial do serviço de informações da Guiné-Bissau, que duvida ainda da "legalidade e das reais intenções" por detrás deste novo passatempo das autoridades de Bissau. Um passatempo perigoso e com consequências que ninguém pode prever.

"Quase todas as comunicações por telemóveis são escutadas, e gravadas", refere e diz que mesmo as comunicações via internet "não estão cem por cento seguras",. A nossa fonte revela ainda que as escutas podem também estar a ser feitas a elementos da sociedade civil, e, mais grave ainda, denuncia que os próprios militares têm acesso a tudo que é gravação. O desespero tem destas coisas...

Ainda hoje, parceiros internacionais da Guiné-Bissau diziam-se preocupados com a "vigilância por agentes de segurança do Estado" de "membros e propriedades da comunidade diplomática", sem contudo especificarem. Num comunicado divulgado em Bissau e assinado pelo representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, os parceiros afirmam-se também muito preocupados "com as contínuas e inaceitáveis violações de direitos humanos". AAS