quinta-feira, 15 de novembro de 2012

D. Berta em livro


Jpeg Dona Berta

Caro Aly

Dizer que o conheço só porque o vi uma vez em Bissau, é estultícia. Foi em Maio de 2010, no dia em que terminava o campeonato português de futebol, estava eu no restaurante Porto rodeado de benfiquistas por todos os lados a ver o jogo quando você "entrou em campo" com uma camisola do Sporting! Certamente lembra-se da "calorosa recepção" que a plateia lhe fez e eu, que sou do Belenenses, achei muita graça à irreverência do seu gesto de afirmação clubista. Enfim, já dizia o poeta e escritor Vargas Llosa que o encanto do futebol deve-se ao facto de, "...ser melhor do que a vida".

Costumo segui-lo porque o seu blogue dá-me notícias da terra onde está a minha filha, e sigo com preocupação o que aí se passa.

Mas a razão deste escrito prende-se com o lançamento do livro que escrevi sobre a D. Berta. Esteja onde estiver, aqui vai o convite.

Cumprimentos
José C.


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E a propósito do livro, um amigo escreveu

Meus Caros Amigos,

Sei que nem todos conhecerão a Dona Berta e que nem todos os que a conhecem estarão por Lisboa no próximo dia 21 de Novembro. Poderão mesmo assim, eventualmente conhecer alguém que a conheça e que por Lisboa esteja e assim, agradeço, re-transmitir. A nossa mais do que querida Dona Berta vive desde há já longos meses um epílogo de vida bem ingratamente distante do mundo de doçura, carinho e amor desinteressado que foi a marca de toda a sua vida.

Neste momento, é muito provável que, mesmo tendo-lhe sido dito, não apreenda que no próximo dia 21 um livro com o seu nome e a si inteiramente dedicado verá a luz do dia. O próprio autor, José Ceitil (obrigado sem fim, José!) lho há-de ler. Lançamento na sede da CPLP…dificilmente poderia ser mais simbólico o local, falando nós de uma caboverdiana do Maio, guineense de Bissau por coração inteiro, portuguesa de Campo de Ourique e com a Ordem do Infante, avó, mãe, irmã, amiga de brasileiros, s.tomenses, moçambicanos, angolanos, timorenses e tantos outros de tão desvairadas paragens que nela em Bissau tiveram o privilégio de colher o seu oiro de ímpar riqueza humana ao longo de 50 anos.

Se neste mundo reconheço uma marca que deste mundo não é, é pelo nome de Berta Bento que ela responde. Eu não estarei em Lisboa no dia 21 de Novembro. Cada um de vocês que possa estar atenuará a minha melancolia. F. S.