quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Fodé Mané: "Foco da instabilidade está na Presidência da República"
Depois do regresso à normalidade constitucional em 2014, a Guiné-Bissau começou a navegar em águas tranquilas. Em Março de 2015, conseguiu a promessa de apoio de 1,5 mil milhões de dólares por parte da comunidade internacional para financiar projectos em quase todos os sectores.
Entretanto, em Agosto, e depois de uma anunciada crise entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, José Mário Vaz demitiu o Governo de Domingos Simões Pereira, apesar de vários pedidos de personalidades internacionais para recuar na sua intenção.
A partir daí, o país voltou a estagnar e, até agora, o novo Executivo, imposto por uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que considerou inconstitucional um Governo de iniciativa presidencial ensaiada por Vaz, está sem programa.
O jurista e analista Fode Mané considera, na rubrica Agenda Africana da VOA, que o ano pode ser dividido em duas partes e aponta o dedo à Presidência da República como sendo o foco da instabilidade.
Ouvir AQUI
Quanto ao futuro imediato, caso o programa do Governo não for aprovado, o jurista , que analisa a forma como se faz na política na Guiné-Bissau, aponta a marcação de eleições legislativas antecipadas como a única saída legal, caso nenhum outro partido consiga apresentar um Governo e um programa com apoio parlamentar. Entretanto, lembra que o país não tem dinheiro para realizar eleições. VOA
O meu desejo para o Povo da Guiné-Bissau, é que tenha um ano de 2016 pleno de paz, com estabilidade, prosperidade e entendimento entre os guineenses. Na certeza porém de continuarmos juntos nesta árdua tarefa que é a luta contra todo o tipo de tirania, abominando qualquer tentativa ditatorial. Viva a Guiné-Bissau, viva o Povo guineense, viva a República, viva a Democracia. Votos de feliz ano para os nossos irmãos de Cabo Verde. António Aly Silva
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
VOA: Retrospectiva 2015 na Guiné-Bissau
Contra todas as conjecturas iniciais, animado por uma campanha eleitoral, que se dizia unida no interior do PAIGC, o pais foi sacudido por uma crise política, evolvendo o Presidente da República, José Mário Vaz, e o então Chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, igualmente líder do PAIGC.
Uma crise que deixou o pais economicamente carente, fundos prometidos na mesa redonda de Bruxelas em banho-maria, desconfiança entre guineenses mais acentuada e querela política a ganhar outro impulso, deixando os parceiros de desenvolvendo da Guiné-Bissau à deriva. Parceiros que estiveram muito bem presentes durante o ano que agora termina.
Do ponto de vista político, Rui Jorge Semedo, um dos especialistas em política interna guineense, ressalvou que 2015 era considerado um ano de recuperação do pais a todos os níveis. Mas, os factos e os indicadores, de momento, ilustram que a esperança que se guardava foi se embora, em virtude da crise política que ainda se vive no país.
Luís Petti, jurista guineense, é da opinião que o conflito político que marcou o ano transito permitiu testar a maturidade das instituições da república e dos guineenses. Contudo, feito o balanço, Luís Petti, não hesitou em assumir que 2015 foi um ano de frustração. Para Rui Jorge Semedo, investigador associado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, a crise política que dominou e que sobrepôs todas as esferas da vida pública nacional, reproduziu reflexos que tiveram e ainda têm uma incidência nos sectores sociais e institucionais do país.
2015 foi um ano em que a diplomacia esteve em alta com visitas consideradas importantes, nomeadamente as do Secretário de Estado da Marinha americana, Ray Mabus, do Rei de Marrocos, Mohamed VI, do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, e do entõ Chefe do Governo de Portugal, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República Portuguesa, Maria de Assunção Andrade Esteves.
Tudo isso aconteceu no meio de muitas confusões políticas, envolvendo o Presidente da República e o então Governo de Domingos Simões Pereira, que estava sob pressão do Ministério Público, cujo Procurador-Geral da República não sobreviveu às contendas políticas. No campo social, 2015 não ficou isento de algumas greves em determinados sectores, não obstante a interessante ausência dos militares na agenda política. A primeira desde 1998.
Muitos guineenses não acreditam que o país possa sacudir da actual crise política. Aliás, os espíritos estão a ser sustentados por um 2016 muito mais efervescente e com transtornos imprevisíveis. VOA
Despachos no campo, na labur!!!
O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) da Guiné-Bissau, Idrissa Djalo, acusou hoje o Presidente guineense, José Mário Vaz, de ser o principal "fator dos problemas" do país, através da sua atuação. "O Presidente tem graves deficiências", assinalou Djalo, líder do PUN, um partido extra-parlamentar, que se tem notabilizado devido à sua intervenção na vida política guineense.
Em conferência de imprensa, o presidente do PUN acusou José Mário Vaz de, "no lugar de ser chefe de Estado, se ter vindo a comportar-se como líder de uma facção" de alas políticas desavindas. Idrissa Djalo afirmou estar triste com a atuação do Presidente guineense, mas não surpreendido, já que, disse, o próprio José Mário Vaz esclareceu durante a campanha eleitoral ser desconhecedor da Constituição da República e das prerrogativas de um chefe de Estado.
Olhando para aquilo que diz ser o comportamento de José Mário Vaz durante a sua presidência, o líder do PUN afirmou que o Presidente tem sido "o acusador público número um e lavrador", quando, na realidade, devia se preocupar apenas com as suas responsabilidades de chefe de Estado. Numa declaração pública por ocasião das festas do Natal, o Presidente guineense anunciou que vai consagrar o ano 2016 para a produção do arroz (base da dieta alimentar no país), dedicando os fins-de-semana à lavoura na sua aldeia natal.
"Vou trabalhar no meu gabinete (em Bissau) de segunda a quinta-feira, e a partir de sexta-feira, estarei no campo, na lavoura, quem quiser fazer um despacho comigo terá que me encontrar no campo", disse o Presidente guineense. Para o líder do PUN, José Mário Vaz "faz uma autêntica confusão" entre a sua pessoa e a instituição Presidência da República, o que indica uma "clara falta de noção das suas responsabilidades", enquanto chefe de Estado.
Perante os factos, adianta ainda Idrissa Djalo, em condições normais, José Mário Vaz "nem podia ser candidato à Presidente dos guineenses", por ter sido constituído arguido e detido no processo de alegados desvios de 12 milhões de dólares, doados por Angola à Guiné-Bissau em 2012, quando era ministro das Finanças.
Djalo teceu ainda várias acusações de situações de alegadas práticas de corrupção que envolvem José Mário Vaz, no passado, das quais agora "está refém por parte dos seus cúmplices". O líder do PUN afirmou que as suas acusações já foram entregues ao Ministério Público desde o mês de abril mas até agora não obteve nenhuma reação da justiça, o que também estranha.
O dirigente político quer uma auditoria internacional a ser conduzida por uma empresa contratada pelo Governo para, sobretudo, esclarecer o paradeiro de um fundo de 20 milhões de dólares gerado no país mas "mal utilizado".
APOIADO: Partido PUN propõe criação de Tribunal Especial para julgar crimes contra democracia na Guiné-Bissau
Idrissa Djalo, líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) da Guiné-Bissau defendeu hoje a criação de um Tribunal Especial Internacional (TEI) com competência para julgar os autores de "crimes contra a democracia" no país.
Falando numa conferência de imprensa, Idrissa Djalo, passou em revista a situação política no país desde 1998 (ocasião em que se deu um conflito político-militar) até a data, para concluir que a instabilidade na Guiné-Bissau "é da exclusiva responsabilidade dos políticos", disse.
Para Idrissa Djalo, antes de se pensar na reforma do sector da Defesa e Segurança, a Guiné-Bissau "devia instituir rapidamente" um Tribunal Especial Internacional que tivesse a competência de julgar "todos os autores políticos que tenham participado em atos de subversão e de violência contra a democracia, crimes de sangue, crime de corrupção ou ambiental". CM/Lusa
Médicos do Norte de Portugal homenageados
Realizou-se ontem, na cidade de Guimarães, uma cerimónia de homenagem a dois ilustres e distintos médicos, e ainda ao próprio Hospital Senhora da Oliveira. Com esta cerimónia pretendeu-se reconhecer o mérito dos médicos Luis Gonçalves, oftalmologista e José Furtado, obstetra, que de há seis anos para cá têm-se deslocado todos os anos à Guiné Bissau, levando com eles vários profissionais de saúde que têm prestado serviço em Missões de cooperação e solidariedade.
Por esta razão o Senhor Mbala Alfredo Fernandes, Encarregado de Negócios da Embaixada da República da Guiné Bissau em Lisboa e o Senhor Dr. José Manuel Pavão, Cônsul-Honorário da Guiné Bissau no Porto, movidos de um forte sentimento de gratidão e de justiça, estiveram presentes na cerimónia solene realizada no Salão De Conferências do Hospital Senhora da Oliveira, presenciada por vários profissionais de saúde daquele Hospital e familiares dos homenageados, a quem foram entregues Diplomas de Mérito.
Nas suas intervenções ambos os representantes do Estado da Guiné Bissau fizeram questão em mostrar o quão nobre são as atitudes destes dois reputados médicos do Norte, que uma vez por ano se deslocam à Guiné- Bissau, onde permanecem durante um mês a dar consultas e realizar cirurgias à população guineense gratuitamente.
Durante seu discurso como orador principal, o Encarregado de Negócios da Embaixada, Mbala Alfredo Fernandes, falou sobre a cooperação e solidariedade no âmbito da saúde, e durante quarenta minutos abordou a cooperação entre Portugal e a GB no domínio da saúde, recorrendo a exemplos bem explícitos, explicou ainda os constrangimentos e as necessidades mais preementes para o desenvolvimento do sistema de saúde na Guiné-Bissau, e reforçou o papel do terceiro sector no desenvolvimento do sector da saúde na Guiné Bissau.
Terminou reafirmando a vontade do estado da Guiné-Bissau, por ele representado em Portugal em promover Missões médicas similares com vista a superar o sofrimento dos mais carenciado principalmente nas áreas materno infantil entre outras.
Com os Diplomas de Mérito em suas mãos ambos os homenageados, nos seus discursos embuídos de emoção, disseram ver esta iniciativa como um bom augúrio, fazendo questão de não esquecer de agradecer a todos os enfermeiros, auxiliares e voluntários que compōem as missões e que sem eles as consultas e as cirurgias não seriam possíveis de serem feitas. Agradecem também ao Conselho de Administração do Hospital por todo o apoio a nível administrativo e logístico. Terminando agradecem à Guiné-Bissau, na pessoa do Encarregado de Negócios , Mbala Fernandes , pela singela homenagem que lhes faz ter agora mais de que nunca mais esperança e entusiasmo naquilo que melhor saberem fazer, exercer a medicina e ajudar aqueles que menos podem.
Obs: Na fotografia da esquerda para a direita : Dr. José Furtado- Obstetra, Dr. Delfim Neto- administrador do Hospital de Guimarães, Dr. Mbala Alfredo Fernandes, Encarregado de Negócios da Embaixada da Guiné -Bissau em Lisboa, Dr. José Manuel Pavão- Médico Cirurgião Pediatra/Cônsul Honorário da Guiné Bissau no Porto, Dr. Luís Gonçalves, oftalmologista. (1)
Embaixada da República da Guiné-Bissau
NOTA: (1) Fotografia não disponibilizada. AAS
ALERTA: Se a Guiné-Bissau tiver que rebentar, por causa de um homem - o Presidente JOMAV - então que rebente com estrondo e que corram rios de sangue se necessário for! Nenhum barda-merda PODE hipotecar o futuro dos guineenses! Isso é o que mais faltava!!! Os guineenses que saiam para as ruas e gritem por SOCORRO e ESTABILIDADE! AAS
BOMBA/IDRISSA DJALÓ: "O problema de José Mário Vaz é a corrupção em que está envolvido"
Declarações do Idrissa em síntese
Guiné-Bissau viveu um período complicado de 1998 a esta parte, com conflitos, golpes e contragolpes instigados essencialmente pela classe
política corrupta e podre, sem legitimidade moral para o que quer que seja.
2015 foi um ano de complicado, 2016 será ainda pior se nada for feito pelos guineenses para travar a classe política que continua a manietar
a sociedade. O principal factor de instabilidade foi e é o Presidente José Mário Vaz, com a sua atitude de tomada de posição. O Presidente comporta-se como se fosse líder de uma facção beligerante.
Há uma luta no seio de um partido (PAIGC), em vez de ser o árbitro do sistema, o mediador das partes, o Presidente toma parte de uma ala, o
que lhe retira toda credibilidade moral para ser o garante da estabilidade. Desde a sua eleição o Presidente confunde a sua pessoa com a de figura de chefe de Estado.
Não é de estranhar porque já durante a campanha eleitoral José Mário Vaz disse num debate público contra o candidato Hélder Vaz que não sabia nada da Constituição, desconhecia por completo quais os termos de referência de um Presidente da República.
Desde a sua investidura José Mário Vaz comporta-se como se fosse o acusador público numero um no país, como um lavrador, quando, na realidade, foi eleito para ser o Presidente da República. Não tenho nada contra se ele pretende ser lavrador que é uma profissão nobre. Eu sou lavador, como o é milhares de guineenses, agora não o elegemos para ser agricultor mas sim para ser Presidente da República.
Se Mário Vaz pretender agora dedicar-se à lavoura, como disse, então que deixe de ser Presidente. O problema de José Mário Vaz é a corrupção em que está envolvido, alias, em condições normais nem podia ser candidato a Presidente. O PAIGC cometeu um grande erro ao indicar e forçar a sua candidatura, quando se sabia que ele foi indiciado, arguido e até esteve detido no caso dos 12 milhões de dólares que Angola deu à Guiné-Bissau.
Esse caso é apenas a ponta do iceberg de todo um esquema de corrupção em que José Mario Vaz está envolvido com várias pessoas, entre as quais Braima Camara, na qualidade de presidente da CCIAS. Depositamos, enquanto colectivo de empresários, uma denúncia no Ministério Público, de todo o esquema de corrupção na CCIAS, envolvendo José Mario Vaz, enquanto ministro das Financas, mas desde Abril até hoje ainda não ouvimos nada.
As pessoas tem medo da auditoria internacional que o Governo mandou fazer sobre o Funpi. Mas é preciso esclarecer tudo. De cada vez que se
fala nessa auditoria o Governo é demitido ou há um golpe de Estado. Não sei como é que o senhor Mário Vaz vai fazer se derrubar este Governo do PAIGC. Porque se demite o Governo e forma um outro numa junção do PRS com a ala dissidente do PAIGC, então seria um Governo em que o PRS será a cabeça, logo o Presidente estaria a patrocinar uma situação de golpe parlamentar em que um partido que não venceu as
eleições forma Governo.
Temos que extirpar da nossa sociedade o cancro que é a classe política e empresarial que não gosta de prestar contas, por isso, propomos um
levantamento cívico dos guineenses, dentro dos limites da lei para mudar o jogo. Se nada for feito então estaremos a adiar um problema.
Proponho um Tribunal Especial Internacional para julgar todos os autores de crimes contra a democracia, crimes de corrupção, crimes
ambientais, que sejam julgados, condenados e presos durante longos anos. Só assim - concluiu - o país poderá libertar-se e pensar nas reformas de outros sectores.
Ministro do Comércio e Indústria visita Portugal
Vicente Fernandes, ministro do Comércio e Indústria da Guiné-Bissau, esteve na passada segunda-feira em Paços de Ferreira. O governante guineense visitou a Associação Empresarial, acompanhado pelo chefe de gabinete Moisés Lopes dos Santos e por Nilson Silva, presidente da Casa da Guiné-Bissau em Portugal.
A visita teve como objetivo estreitar laços e acertar pormenores para a assinatura de um protocolo que inclui a transferência de tecnologias nas áreas do mobiliário, serralharia, confeção têxtil e carpintaria. Em vista está ainda a instalação de unidades fabris destes setores na Guiné-Bissau.
O protocolo servirá de ponte entre os dois países, solidificando a boa relação já existente. Para além disso, permitirá desenvolver equipamentos, tecnologias e a atividade industrial. Um dos planos passa também pela instalação de um centro de formação profissional nas mais diversas áreas, de onde podem vir a sair técnicos eletricistas, mecânicos, carpinteiros, marceneiros e costureiros, entre outros.
José Ribeiro, diretor-executivo, e Rui Carneiro, presidente da AEPF, manifestaram interesse em colaborar na organização da Feira Internacional da Guiné-Bissau, algo que está nos planos do governante daquele país.
A comitiva conheceu as instalações da AEPF e a PilarBox, a casa modular e habitável inaugurada na última edição da feira de mobiliário e decoração da Capital do Móvel. Vicente Fernandes reiterou o convite à AEPF para uma missão empresarial à Guiné-Bissau, que poderá acontecer já no primeiro semestre do próximo ano. Imediato.pt
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Pré—aviso de greve
O Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior de educação, SIESE, já entregou ao governo um pré -aviso de greve de 15 dias úteis a contar a partir de 15 de Fevereiro de 2016.
A propósito disso o SIESE vai fazer amanhã uma conferência de imprensa pelas onze horas na unidade 17 de Fevereiro. A presença de todos os professores e demais funcionários é indispensável.
PAIGC - Resolução Final da reunião extraordinária do Bureau Político
VIII REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO BUREAU POLÍTICO
RESOLUÇÃO FINAL
O Bureau Político (BP) do PAIGC reuniu-se, no Salão Nobre “Amílcar Cabral” da Sede Nacional do Partido, no dia 28 de Dezembro de 2015, na sua VIII sessão extraordinária, presidida pelo Camarada Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, tendo aprovado por unamidade uma agenda de trabalhos onde constava um único ponto;
Análise da situação política à luz da votação do Programa do Governo na ANP;
O início dos trabalhos foi marcado com uma intervenção do Presidente do PAIGC que explicou em linhas gerais todo o processo que antecedeu a sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, nomeadamente a efectivação das Jornadas Parlamentares, a VII Reunião Extraordinária do Bureau Político, bem como os alertas jurídico-políticos lançados quando solicitou uma votação clara que evitasse eventuais e desfazadas interpretações jurídicas sobre a votação do Programa do Governo.
Seguiu-se um intenso debate e no final das diferentes intervenções de 71 dirigentes presentes e no uso das suas competências estatutárias o Bureau Político delibera nos termos da alínea b) do artigo 32º dos Estatutos:
Mandatar o Presidente do PAIGC e a Comissão Permanente do Bureau Político para adoptarem medidas conducentes à viabilização do Programa do Governo e a governabilidade do país até o final da presente IX Legislatura;
Exortar o Conselho Nacional de Jurisdição à prosseguir na via da aplicação de medidas disciplinares na sequência da Resolução da VII Reunião Extraordinária do Bureau Político de 19 de Dezembro de 2015, na qual se apelou ao cumprimento estricto da disciplina de voto, cuja inobservância se configuraria como um acto de traição política, conduzindo a auto-exclusão do Partido, em conformidade com o estatuído nos artigos 55º, conjugado com os artigos 100º a 103º dos Estatutos do PAIGC;
Convocar a reunião do Comité Central no mais breve espaço de tempo a fim de se debruçar sobre a actual situação política vigente no país;
Consultar o Comité Central para se debruçar sobre um eventual retorno do Programa do Governo à ANP, de acordo com a decisão da Mesa em relação ao requerimento apresentado pela Bancada Parlamentar do PAIGC;
Encorajar o Presidente do Partido a manter-se firme e determinado na condução dos destinos do PAIGC na linha que vem imprimindo desde o VIII Congresso realizado em Cacheu;
Aprovar uma Moção de Solidariedade para o Presidente do PAIGC e para o 1º Vice-Presidente e Primeiro-Ministro;
Expressar um voto de um rápido restabelecimento ao Presidente da ANP e elogiar a sua firme e esclarecida condução dos destinos do Parlamento guineense;
Realçar a grande e responsável militância e um elevado espírito de camaradagem que caracterizaram os debates abertos e francos no decurso da VIII Reunião Extraordinária do Bureau Político.
Feito em Bissau aos 28 dias do mês de dezembro de 2015,
O Bureau Político do PAIGC
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
ALERTA: Tuberculose aumenta no País
O administrador do hospital Raoul Follereau, principal centro de tratamento da tuberculose na Guiné-Bissau, alertou hoje para o aumento da doença no país e pediu a atenção das autoridades
O holandês Johannes Mooij lançou a alerta quando recebia alguns donativos, recolhidos por particulares, numa coordenação do músico guineense, Juca Delgado, no âmbito das festividades do Natal e do fim do ano.
Com 108 camas, 70 por cento das quais reservadas às mulheres e crianças, o hospital Raoul Follereau, também presta assistência médica e medicamentosa aos doentes com HIV/SIDA, da Guiné-Bissau e de países vizinhos.
Johannes Mooij enalteceu o "gesto solidário" mas salientou para a responsabilidade das autoridades para com os doentes internados no hospital e os que recebem tratamento ambulatório.
Sobre estes, diz Mooij, a Guiné-Bissau "corre perigos", uma vez que "muitos pacientes multiresistentes" aos fármacos, fora do hospital, podendo ser fontes de contágio aos familiares, avisou.
O responsável do Raoul Folllereau exorta o primeiro-ministro, Carlos Correia, a se interessar pela situação do hospital no sentido de "baixar a índice" da tuberculose na Guiné-Bissau, uma doença que se acreditava estar em decréscimo no país. Lusa
domingo, 27 de dezembro de 2015
Cabo Verde: PM e membros do Governo homenageados pelos imigrantes
O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, as ministras Cristina Fontes Lima, Janira Hopffer Almada e Marisa Morais e a Diretora Geral da Imigração, Carmen Furtado, foram alvos, esta tarde 21 de Dezembro de 2015 de uma singela homenagem por parte da Plataforma das Comunidades Imigradas (PCA).
Um gesto que muito agradou aos homenageados que, na voz do Chefe do Executivo agradeceram pelo facto de tal gesto significar o reconhecimento “pelo bom trabalho e diálogo” desenvolvido com a plataforma e em prol das comunidades imigradas em Cabo Verde.
Tony Parker Danso, com o primeiro-ministro José Maria Neves, e as ministras Cristina Fontes Lima e Marisa Morais
Este, considera Neves, é o reconhecimento e a confirmação do trabalho e do diálogo que as várias governações lideradas por ele fizeram em prol de uma maior integração das várias comunidades imigradas deste país.
o PM salienta, sobretudo, o facto de a Ministra da Administração Interna, Marisa Morais, estar a ser igualmente condecorada, sendo que deverá ser “um facto inédito no mundo” e comprovador deste diálogo que sempre existiu entre o Executivo e os imigrantes.
O facto dos sucessivos governos de José Maria Neves terem na sua constituição um ministro-adjunto responsável pela pasta da imigração mostra esta perspectiva diferente e integradora das diferentes comunidades, como referenciou o próprio Chefe do Governo.
O PM recorda ainda os esforços do Executivo na regularização de imigrantes ilegais no país e que estará, também, na base deste singelo gesto da Plataforma dos Imigrantes em Cabo Verde,
José Maria Neves destaca o facto de mais de 80% dos imigrantes estarem empregados e considerarem-se bem integrados no nosso país e lembra que Cabo Verde vai-se tornando um país mais rico pela cultura, língua e forma de estar daqueles que vêm viver e conseguem integrar-se, e sublinha que a génese do Cabo-verdiano é essa combinação de culturas e de civilizações e que Cabo Verde é precisamente o resultado disso.
O Chefe do Governo aproveita para lembrar aqueles que todos os dias os milhares de imigrantes que todos os dias se aventuram ao mar desconhecido, arriscando as suas vidas à procura de uma vida melhor.
sábado, 26 de dezembro de 2015
Guineense assassinado em Espanha
O homicídio de um cidadão da Guiné-Bissau de 41 anos, de nome Amissão, esfaqueado durante uma discussão no trânsito, desencadeou confrontos e incêndios em contentores de lixo na localidade espanhola de Roquetas de Mar, Almería.
Fontes da Subdelegação do Governo citadas pela agência de notícias espanhola Efe indicaram que o agressor, ou agressores, do cidadão guineense são ciganos, e que foi montado um cordão policial para evitar confrontos no bairro de Cortijos de Marín entre imigrantes subsaarianos e residentes do bairro, onde vivem muitos ciganos.
Os bombeiros solicitaram proteção para levar a cabo trabalhos de extinção dos incêndios em contentores de lixo e mobiliário urbano. Os incêndios foram ateados depois de ter sido encontrado o cadáver do guineense, que apresentava ferimentos de arma branca no abdómen, feitos, de acordo com as primeiras hipóteses aventadas pela Guardia Civil, durante uma discussão de trânsito.
De acordo com a agência EFE até agora não houve detenções e prosseguem buscas para identificar os autores do crime. Há oito anos também se registaram distúrbios em Roquetas de Mar, no bairro das Doscientas Viviendas, após a morte violenta de um senegalês às mãos de um habitante desse bairro. L
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
JOMAV: "Quero ser o melhor presidente da história da Guiné-Bissau"...
DC pergunta: Já lá vão quase dois anos. Começamos a contar a partir do terceiro ano de mandato, é isso??? É que ainda não vimos nada, e não haverá segundo mandato! Mindjor bu djanti dê...Ma brinkadera tchiu na terra...AAS
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
PAIGC
Comunicado de Imprensa
O Secretariado Nacional do PAIGC registou mais um acto de flagrante indisciplina praticada por 15 militantes e dirigentes do Partido que, contrariamente as orientações do Bureau Político votaram contra os interesses superiores do partido de cuja bancada foram eleitos como Deputados da Nação defraudando os eleitores que com o seu voto deram a maioria absoluta ao PAIGC.
Por este facto, entende o Secretariado Nacional informar aos militantes e simpatizantes do nosso grande Partido, bem como o povo guineense, em geral e a opinião pública internacional de que houve de facto uma grave violação dos Estatutos que regem a vida interna do PAIGC.
Os Estatutos do PAIGC no nº 2 do Artigo 55º, impõe de forma clara uma disciplina do voto vincula os membros da bancada na votação, designadamente, da Constituição da Republica, do Programa do Governo, do Orçamento Geral do Estado, das Moções de Censura e de Confiança, dos Projectos de Resolução sobre o Debate de Urgência e do Estado da Nação e demais projectos de Leis e Decretos-lei.
Assim sendo, a VII reunião extraordinária do Bureau Político aprovou, por uma larga maioria uma resolução que entre outras decisões, impunha o absoluto cumprimento da disciplina de voto, levando os infractores, em caso da sua não observância a se considerarem auto-excluídos no seio do Partido, factos que estão plasmados nos artigos 10º conjugados com os artigos 100º, 101º, 102º e 103º dos Estatutos do PAIGC.
Entende ainda o PAIGC que a Moção de confiança em relação ao Programa do Governo, em relação ao Programa do solicitada pelo Primeiro-Ministro à Assembleia Nacional Popular foi aprovada, porquanto o próprio Regimento da ANP 88º, nº 4 é muito claro no tocante aos votos por abstenção, que não são contáveis para a maioria absoluta exigida na alínea d) do artigo 104º, conjugado com o nº 5 do artigo 85º, ambos da Constituição da República.
Nesta conformidade, a Bancada Parlamentar do PAIGC interpôs um requerimento com o objectivo de solicitar a clarificação sobre os resultados da votação para aprovação do Programa do Governo apresentado pelo Senhor Primeiro-Ministro, porque o PAIGC considera que o Programa do II Governo da IX Legislatura aprovado.
O Secretariado Nacional apela aos militantes e simpatizantes do PAIGC, bem como a grande maioria de guineenses que se revêem no nosso grande e histórico Partido a manterem-se calmos e serenos, confiando sempre nos órgãos da Direcção Superior do Partido.
Feito em Bissau aos 23 dias do mês de Dezembro de 2015.
O Secretariado Nacional do PAIGC
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
NOTÍCIA DC: Lista dos Deputados do PAIGC que estiveram contra o PAIGC, hoje, na ANP
1 - Adja Satou Camara
2 - Rui Dia de Sousa
3 - Baciro Dja
4 - Aurora Sano
5 - Amido Keita
6 - Tcherno Sanha
7 - Braima Camara
8 - Soares Sambu
9 - Abel Gomes
10 - Eduardo Nhama
11 - Tumane Mane
12 - 'Manelinho' Nascimento Lopes
13 - Isabel Buscardini
14 - Bacaisinho (Junior)
15 - Nhirboi Balde
Um esclarecimento do Ministro da Economia e Finanças
"Não me sinto muito confortável em escrever estas “peças de clarificação”, mas sou obrigado a fazê-lo. Li recentemente alguns artigos na imprensa nacional que evocam a ‘queda a pique’ da economia e o ‘fracasso total da política económica do governo’.
Vamos então esclarecer:
O crescimento económico é calculado numa base anual. O gráfico em baixo mostra a evolução do crescimento económico na Guiné-Bissau no período 2012-2015.
Fonte: FMI
Como se pode ver, em 2012 houve recessão, com a economia a contrair 1,7%. Em 2013, o crescimento foi anémico (0,8%). Em 2014, a economia cresceu 2,7%. Para 2015, estimámos com o FMI um crescimento de 4,7%.
Na semana passada, o FMI reviu em alta essa estimativa para 4,8%. Ou seja, o que o FMI veio dizer na semana passada foi o seguinte: ‘nós estimávamos que em 2015 a economia da Guiné-Bissau iria crescer 4,7%, agora estimamos que irá crescer 4,8%’.
O ano ainda não acabou. Seja como for, um crescimento económico em torno de 5% em 2015 está garantido (mais 0,1% ou menos 0,1% não fará diferença. A economia não é uma ciência exacta).
Destes números, onde é que se vê algo parecido com ‘a queda a pique’ da economia? Espero que tenha humildemente ajudado a esclarecer.
Geraldo Martins
Ministro da Economia e Finanças"
NOTA: Texto publicado na página oficial do MEF, no Facebook.
Carlos Coreia, PM: "Assumo. Aceito a decisão dos deputados. A vida continua."
Um senhor, o nosso Primeiro-Ministro, Engº. Carlos Correia. Um homem digno, impoluto e incorruptível - acima de qualquer suspeita. AAS
Nô pintcha
A moção de confiança foi aprovada, o programa de Governo não. Assim, dentro de 15 dias o Governo deverá voltar à ANP com o seu programa. AAS
PGR/COMUNIDADE INTERNACIONAL/MANUEL MACEDO, O ESCROQUE: A acusação DEFINITIVA contra o actual PR JOMAV - Desvio de 12 milhões de dólares
Manuel Macedo, o escroque: Vá levar onde a galinha põe ovos...cá está a acusação de que fala a babar. Crime público é isto:
Segundo a acusação: "O SUSPEITO AGIU LIVRE, VOLUNTÁRIA E CONSCIENTEMENTE BEM SABENDO QUE TAL CONDUTA É PROIBIDA E PUNIDA POR LEI PENAL.!".
Ena, tantos crimes, e ainda assim Presidente da Republica e a falar de corrupção!!! Segundo a acusação: "O SUSPEITO AGIU LIVRE, VOLUNTÁRIA E CONSCIENTEMENTE BEM SABENDO QUE TAL CONDUTA É PROIBIDA E PUNIDA POR LEI PENAL.!". AAS
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
MENTIRA TEM PERNA CURTA - o fim
E para encerrar de vez, cá vai disto:
O M de Sa Pereira, "mulher do DSP e sócia no negócio", afinal é...MÁRIO!!! Ainda vão insistir?? Cambada de imbecis. AAS
GUINEENSES: QUEM MENTE NÃO DEVE MERECER UM SEGUNDO DO VOSSO TEMPO. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA QUE CONTINUE TRANQUILO, POIS A ESMAGADORA MAIORIA DO POVO DA GUINÉ-BISSAU ESTÁ COM ELE DE ALMA E CORAÇÃO. NINGUÉM DEVE DESVIAR UM MÍLIMETRO QUE SEJA. A REVOLUÇÃO TEM DE CONTINUAR, COMO DIZIA O INSIGNE LÍDER AMILCAR CABRAL. AS MENTIRAS SERÃO SIMPLESMENTE DESMONTADAS!!! UMA POR UMA E SEM ESPINHAS! AAS
JÁ LEU SOBRE A BOMBA (Capítulo I)?
MANUEL MACEDO - O ESCROQUE - PACTUOU COM O ASSASSINATO DE MILHARES DE TIMORENSES
Ainda vai a tempo. CLIQUE AQUI e vá com o seu deus! AAS
Mentira tem perna curta (é só perguntar ao escroque MM)
"Podem desmascarar um tal bloguista que anda a publicar tudo e mais alguma coisa sem se inteirar da veracidade das informações. Como guiniense não consigo ficar calado deixando passar uma coisa dessas.
O tal S. Pereira de que se fala é Serge Pereira, e NÃO tem nada a ver com o Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Podem consultar a página 10 do relatório em anexo ou o link abaixo dando conta da oferta de aquisição das ações da CAP feita por esse investidor.
AQUI ESTÁ O LINK
Cap in equity issue
By StockMarketWire | Wed, 26th February 2014 - 14:19
Cap Energy has received the final $1,500,000 tranche of the $3,500,000 subscription agreement announced on 3 October and issued 621,999 new ordinary shares.
Cap says Serge Pereira is now interested in 1,451,331 ordinary shares, representing 4.99% of the company's enlarged issued share capital of 29,035,633 ordinary shares.
Agradeço o anonimato.
Força e coragem.
Pa um Guiné mindjor"
Está desmontado.
- S. Pereira NÃO É O MESMO que DOMINGOS SIMÕES PEREIRA;
- M de Sá Pereira (a mulher do Domingos Simões Pereira NÃO TEM Sá no nome...
Guineenses, abram bem os olhos e não se deixem cair em manipulações. Os contratos são coisa séria e os nomes DEVEM ser reais.
Os guineenses não são, vá lá, muito estúpidos. Bom, mas alguns são... AAS
Controlada: Guiné-Bissau controlou inflação em 2015
A Guiné-Bissau manteve nos primeiros 11 meses de 2015 a inflação sob controlo, em 1,1%, abaixo da meta fixada pelo Banco Central dos Estados da Africa Ocidental (BCEAO), disse hoje o diretor da instituição. Aladje Fadiá procedia ao balanço das atividades dos bancos comerciais da Guiné-Bissau, supervisionadas pelo BCEAO, e o desempenho macroeconómico do país durante 2015.
Entre os critérios de convergência da União Económica e Monetária da Africa Ocidental (UEMOA), da qual a Guiné-Bissau faz parte com mais sete países, Bissau conseguiu "bons desempenhos em dois", indicou Aladje Fadiá.
A inflação controlada e um bom desempenho a nível da balança de pagamentos são os dois critérios e que a Guiné-Bissau registou melhorias em 2015.
"Até ao mês de novembro a inflação registada na Guiné-Bissau é de 1,1%, abaixo da meta fixada pelo Banco Central que é de manter a estabilidade do preço com uma variação máxima de 2%", adiantou o diretor do BCEAO na Guiné-Bissau.
Em relação à balança de pagamentos, a melhoria se deveu a boa campanha da comercialização da castanha do caju (principal produto de exportação do país), o que permitiu ao país arrecadar o equivalente a mais de 130 milhões de euros no Tesouro Público, disse Fadiá.
Com esse dinheiro o país tem assegurado a sua capacidade de garantir as importações de bens e serviços para, pelo menos, 11 meses, indicou o diretor do BCEAO.
Aladje Fadiá afirmou que os bancos comerciais "até podem emprestar dinheiro ou financiar a atividade económica", mas ressalvou que tudo terá que ser dentro das regras de concessão de crédito.
A reunião de hoje ocorre trimestralmente e serve para o balanço das atividades dos bancos comerciais na Guiné-Bissau, dentro das regras definidas pelo BCEAO. Lusa
BOMBA (Capítulo I)
Há cerca de duas semanas, publiquei no meu blogue uma notícia sobre a TAP (via Lusa) e partilhei depois quer na minha página pessoal do Facebook, quer na do próprio blogue.
Pois bem. Agora, um vulgaríssimo e conceituado vigarista português de nome Manuel Macedo (MM, o escroque, na foto) - velho conhecido da justiça portuguesa e onde foi condenado em inúmeros processos por tudo quanto é crime - comentou dizendo que o bilhete de avião para Bissau era caro por causa das taxas e coisa e tal. Alguém comentou então o post do MM, o escroque, acusando-o de estar a mentir.
Dei razão ao MM, o escroque, pois é a mais pura das verdades. As taxas são exorbitantes!
Acto contínuo, apaguei a mensagem de insulto, e bani a pessoa dos meus contactos - e, pedi mesmo desculpas ao MM, o escroque pelo insulto de que foi alvo na minha página. A página é minha, quem quiser avacalhar que avacalhe na sua página. Nem sequer me respondeu…
Um ou dois dias depois, publiquei também no meu blogue e compartilhei na minha página pessoal do Facebook e na do blogue, um artigo de opinião do Dr. Pedro Santana Lopes publicado no jornal lisboeta Correio da Manhã, sobre o Carlos Gomes Jr.
Afinal, foi o rastilho que faltava para meter o MM, o escroque a ganir, a mentir e a acusar-me despoticamente de eu lhe ter dito que o Cadogo Jr. é que “mandou matar o Tagme Na Waie e o ‘Nino’ Vieira, e de querer à viva força o regresso deste a Bissau.”
“SE SABES QUEM PAGOU PARA ASSASSINAREM O GENERAL TAGME E O NINO, PORQUE DEFENDES AGORA O REGRESSO DESSE ASSASSINO A BISSAU?” Vejam só! Que grande filho da puta me saiu o MM, o escroque!!! Eu levo com cada um…
'Esta caixa tem centenas de milhares de dólares...aquele negócio, sabes?'
Então respondi-lhe (ainda) com calma: “Mas se o Cadogo Jr. fez mesmo tudo isso, bom seria ele regressar e responsabilizar-se...ou não?” Obviamente, do cão nem uma assobiadela. Percebi: o MM, o escroque acusa-me mentido mas quando o acuso, assobia para o lado. Próprio dos cães…
Mas quem é mesmo MM, o escroque? Para quem anda a leste, dizer ‘apenas’ que foi um feroz activista do regime indonésio quando este se entretinha a massacrar o povo irmão de Timor Leste na altura sob ocupação indonésia. Mas vamos ler o que se segue, em uníssono:
Manuel Macedo, ‘amigo’ e ladrão do ‘Nino’ Vieira (que é como quem diz da Guiné-Bissau), foi um operacional da ex-rede bombista de extrema-deireita MDLP-ELP, numa altura em que o TENI intensifica a chacina do povo maubere (Timor Oriental), e a despeito do contencioso diplomático que opõe o ex-colonizador acabrunhado à potência invasora, funda, de forma algo provocatória, a caricatural Associação de Amizade Portugal-Indonésia…
' Suharto, quantos mais timorenses matarmos, melhor'
Alardeava na lapela um crachat com a bandeira daquele país e, contrariando o boicote económico instituído por Portugal, importa algodão indonésio para a sua unidade fabril.
Nada parco em declarações de choque, sublinha não acreditar na autonomia de Timor-Leste. Inclusive, revela intrincados lances de bastidores entre o triângulo Portugal, Resistência timorense e o poder de Jacarta, por quem vai terçando armas. Nesse período, é referenciado como espião ao serviço do presidente Suharto e de Ali Alatas, ministro dos Negócios Estrangeiros.
(sentados) um macaco entre os seus pares...
O massacre «foi um acidente», comentou em Agosto de 1993. Na sua óptica, os direitos humanos em Timor-Leste não eram letra-morta. Há cinco anos, em plena estrada, agride uma equipa da RTP, cena transmitida pelo canal. Um subinspector da PJ queixou-se do mesmo tratamento.
O fio comercial orienta a sua acção e daí pretender tecer negócios entre a Indonésia, os PALOP (Guiné-Bissau, na altura 'de' Nino Vieira) e Timor-Leste, na mira de exportar vinho do Dão e conservas de peixe para Díli, a par da instalação de duas fábricas de têxteis. As convicções pró-indonésias de Manuel Macedo não se deixam abater após o massacre de Santa Cruz. Para ele, o regime de Suharto «é uma democracia».
Ser preso e suspeito da prática dos crimes de burla e associação criminosa com importação ilegal de automóveis, não é mais do que uma pequena etapa no percurso de um homem que direccionou a sua vida sempre à margem da tranquilidade e das leis. A postura temperamental haveria de projectar o empresário nortenho para a ribalta das personagens misteriosas, dando a sensação de não dizer tudo o que sabe, ou saber menos do que aquilo que diz. Acidentada, a sua vida reúne contornos bombásticos que o próprio se compraz em deflagrar.
Começou por ser peça importante no Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) liderado pelo então general Spínola. Atribuíram-lhe a preparação de 11 atentados sob as ordens do industrial Joaquim Ferreira Torres, irmão do ex-presidente da Câmara de Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres. E assim vai o mundo...
Mas o que teve graça, foi outra acusação - esta ainda mais patética e surreal: MM, o escroque acusou-me de lhe VENDER AS NOTÍCIAS DE ‘O INDEPENDENTE’ ANTES MESMO DESTAS VIREM A PÚBLICO…se alguém - e falo de colegas meus e das diferentes direcções deste magnífico semanário que servi com competência e brio - perceber o que pretende MM, o escroque com esta acusação, faça o favor. A mim, deu-me para rir a bandeiras despregadas. Tribunal, eu? Nãããã, ele que vá fazer queixa.
Para que conste: vi o MM, o escroque uma única vez, nos mais de dez anos que vivi em Lisboa: foi depois da entrevista que o Nino me deu, e, na altura O Independente fez uma caixa onde espetaram uma fotografia em que ele aparece de boca aberta, como que embasbacado. Ligava para o jornal a insultar-me mas quando passou às ameaças, dei conta do sucedido ao meu editor e à direcção do jornal.
Um dia, convidou-me para ir ter com ele ao hotel Ritz, e fui. Levou alguém, um guineense, o Eusébio Viiera (e tão criminoso que era que levava familiares do falecido presidente para as suas ilegalidades) com ele ‘para me fazer a folha’ - nas suas palavras. E quando essa pessoas me viu…nem mexeu um músculo: conhecia-me há que tempos para cair nessa. Mas também eu não fui sozinho…
Voltei a ver MM, o escroque…no passado mês de agosto, em Bissau, e eram tudo abraços. Alguém entende como se pode ser assim tão barda-merda?
Agora, acusa-me MM, o escroque de ter deturpado a entrevista feita ao Nino Vieira - desde 1999…aliás, o meu editor na altura disse-me que a entrevista estava muito boa, que teria honras de capa, e teve, mas que não podia ultrapassar as duas páginas. Regras são regras, e o jornal não era meu, e tinha regras. Quem ficou com essas mini-cassetes até foi o na altura director da RDP-África, David Borges, que felizmente está vivo. A entrevista, em nenhuma altura minimizou a figura do general, e pode ser lida aqui:
- ENTREVISTA A NINO VIEIRA
Outra do MM, o escroque: “Ele (Aly) sabe que aquando do gole de Estado do Brigadeiro Ansumane Mané, em que todos que podiam e ele (Aly) próprio fugiu…” Mentira. O Aly saiu de Bissau em 1992 e regressou apenas em 1999, já depois da guerra civil - MM, o escroque, como vê, a mentira tem perna curta.
Eu, sim, tenho muito a escrever sobre o que o MM, o escroque me disse sobre o Nino Vieira e família! Ai tenho, se tenho… De alguns dos cunhados, diz mesmo que foram eles os herdeiros do presidente assassinado e não a família. MM, o escroque lá sabe o que diz…
Mas isso virá no SEGUNDO CAPÍTULO DA SAGA, de que vos darei conta oportunamente: Ontem, escrevi ao MM, o escroque:
"Acabei de falar com um dos filhos do presidente Nino Vieira. Você tem 24 horas para retirar toadas as mentiras que publicou na sua página do facebook SOBRE MIM, ou nunca mais poderá encarar a família - filhos(as), cunhados, outros do PR Nino Vieira sem BAIXAR a cabeça de vergonha. 24 horas ou você desejará não ter nascido para me contar tudo o que me contou.”
Impossibilitado de sobreviver sem o Ocidente, Nino Vieira operou uma imensa viragem no que concerne a política externa da Guiné-Bissau, tendo-se aproximado de países como Israel, Marrocos e Indonésia. Simultaneamente, deixava de reconhecer a República Árabe Saraui Democrática, proclamada pela Frente Polisário.
O General, num esforço de aproximação diplomática chegou inclusive, a convidar o presidente da Associação de Amizade Portugal-Indonésia, MM o escroque para seu cônsul honorário, em Coimbra. A proposta não se efectivou devido ao silêncio e frieza com que Portugal acolheu a proposta… Nino Vieira teve, entretanto, outros representantes de honra em Portugal: Valentim Loureiro no Porto e Fernando Barata em Faro.
Ora bem, meus caros: o MM, o escroque é mentiroso, perigoso e grande ladrão. Foi condenado em diversos processos, desde burla, agressões a jornalistas, ataques a bombas e outros. Tem outros processos pendentes em tribunal, enfim, do MM, o escroque o que não faltam são histórias.
Agora, convido-os a revistarem a vida do MM, o escroque. É SÓ CLICAR EM CADA LINK...:
1 - PAI E FILHO DETIDOS
2 - ERRO JUDICIAL LIVRA MM, O ESCROQUE
3 - PÁRIA
4 - EM RISCO
5 - OLHA O CABRÃO
6 - DETIDO O CANALHA
7 - GABAROLAS
8 - NA CHOLDRA
9 - SIMPLES...MAS SÓ PARA OS BANDIDOS
10 - INSULTANDO AMINE SAAD, PGR DA GUINÉ-BISSAU
11 - PJ DEITA MÃO AO ESCROQUE
12 - QUEIJO LIMIANO
13 - BOMBAAAAAAA
14 - ASSALTO AO MINISTÉRIO GUINEENSE DO INTERIOR
15 - E VAI CONTINUAR…
PRÓXIMO CAPÍTULO: AS ACUSAÇÕES DE MM, O ESCROQUE A ALGUNS DOS FILHOS DO PR ASSASSINADO, À MULHER DESTE E, PASME-SE, A ALGUNS CUNHADOS DO PR.
Portanto, Manuel Macedo, o escroque só podia mesmo ser ‘amigo’ do Nino Veira.
Para finalizar: Se apanho o MM escroque, em Bissau, NÃO RESPONDO POR MIM. FICA O AVISO. Manuel Macedo, ba pa puta ku padiu, bÔ! AAS
ANP: Responsabilidade
PRIMEIRO-MINISTRO, Carlos Correia: "Com aprovação deste instrumento, o país conseguirá retomar os apoios e a confiança da comunidade internacional. O apoio da comunidade internacional mantém-se em relação a Guiné-Bissau, mas tudo dependerá da aprovação deste programa e da estabilidade do país. Os deputados devem coerentes, uma vez que foi o mesmo programa que haviam aprovado na vigência do anterior governo de Domingos Simões Pereira."
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR, Cipriano Cassamá: "Apelou aos parlamentares para darem o voto favorável ao programa de Governo e lembrou que nada alterou em relação ao documento anteriormente aprovado."
PRESIDENTE DO PAIGC, Domingos Simões Pereira: "Qualquer solução, no futuro, tem que passar pelo PAIGC."
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
OPINIÃO AAS: A paciência dos justos
Primeiro, o 'problema' chamava-se Domingos Simões Pereira e o PR José Mário Vaz, contra tudo e contra todos, matou a esperança de todo um povo mergulhando o País numa crise política e económica sem precedentes.
Depois, facto sem comparação no mundo, o presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira, numa atitude de estadista, de diplomata, de magnanimidade deixou o barco seguir o seu curso, e Carlos Correia foi empossado no cargo.
Não satisfeito, JOMAV manda agora a sua 5ª coluna (passaram num ápice de maus 'conselheiros' a péssimos deputados) para criar confusão, comprar consciências e baralhar o debate e - quem sabe? - a votação que se seguirá.
Senhores deputados,
Guiné-Bissau precisa de estabilidade pelo menos durante 10 anos para ganhar a almejada confiança dos seus parceiros. O País precisa crescer, são precisos empregos, novas empresas, investimento estrangeiro que o Estado não pode fazer e nada disso se faz com novos governos a cada dia 24.
Crises cíclicas, ainda que sem sangue, são também golpes de Estado. E este que acontece, hoje, na Assembleia Nacional Popular é comandada directamente da Presidência da República, o que não deixa de ser triste e lamentável para quem apenas devia ser uma espécie de árbitro e não um incendiário.
Perdidas todas as batalhas em que voluntariamente se meteu, o Presidente da República quer agora, com base na compra de consciências, ainda que através de terceiros virar o jogo a seu favor. A comunidade internacional há muito que apanhou o fio à meada. Diplomaticamente, vetou o presidente dos rumores ao ostracismo e aguarda para dar o murro na mesa.
Os diplomatas fugiram do PR a sete pés, e, não fosse o protocolo a que, às vezes, são obrigados não compareceriam sequer aos patéticos actos oficiais da presidência. Exemplos? O cómico empossamento de Bacio Dja (os diplomatas nem sabiam ao que iam...), as ausências mais do que notadas no 'jantar' alusivo à data da independência, no Azalai, ou ainda as posses apressadas e atabalhoadas do PGR e presidente do Tribunal de Contas a que só compareceu o infeliz representante da Rússia.
Os deputados da Nação, eleitos pelo Povo, têm todo o direito a votar, ou não, naquilo em que acreditam; mas não votar num programa SUFRAGADO por unanimidade depois das eleições ganhas pelo PAIGC (não mudou uma vírgula) será pura canalhice.
Guiné-Bissau NÃO tem dinheiro para ir novamente a uma eleição.
A responsabilidade pelo chumbo do programa de Governo tem consequências imprevisíveis mas que todos podemos adivinhar. O mundo que nos financia o orçamento, está de olho; e aquele que nos prometeu centenas de milhões de dólares na mesa redonda de Bruxelas, também. AAS
ANP: Continua o debate no hemiciclo sobre o programa de Governo do PAIGC. Os ânimos continuam exaltados, com a 5ª coluna que saiu da presidência para comprar consciências a armar-se em virgem ofendida. Alguns oportunistas, armados em acólitos do PR José Mário Vaz, tentam salvar a pele. O PRS faz um papel tristérrimo. O programa de Governo do PAIGC, do primeiro-ministro Carlos Correia, deve ser votado por volta das 20:00 (horas de Bissau). AAS
ANP: Crispação marca debate sobre programa de Governo
Um ambiente crispado entre deputados do Parlamento da Guiné-Bissau marcou o início dos debates do Programa do Governo, com momentos de tensão e de agressões verbais. Por várias vezes o presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, ameaçou chamar as forças de ordem para serenar os ânimos dos deputados.
Em causa estava a substituição de parlamentares, depois de comparecerem na sala do hemiciclo alguns que tinham pedido para ser substituídos. A situação deu-se na bancada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder, perante os protestos veementes do grupo parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), na oposição.
Para o PRS, a bancada do PAIGC apresenta-se com dois deputados a mais, o que, diz, contraria a lei. O presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, perante as discussões entre os deputados pediu ao primeiro-ministro, Carlos Correia, que subisse a tribuna e, em 15 minutos, apresentar o seu Programa.
Cipriano Cassamá pediu aos deputados que se acalmassem, prometendo resolver a situação de "deputados a mais" logo a seguir à apresentação do Programa do Governo. O primeiro-ministro iniciou a apresentação do documento frisando tratar-se da continuidade dos planos do Governo exonerado a 12 de agosto de 2014 e que, disse, foi aprovado por unanimidade pelos deputados.
"O Programa do Governo mantem o mesmo, agora para vigorar para um período de três anos", defendeu Carlos Correia, que sublinhou estar a apresentar o Programa "num ambiente de crispação política" no país. O primeiro-ministro espera, contudo, que os deputados "irão manter a sua coerencia", aprovando o seu Programa do Governo.
O Parlamento guineense registou hoje uma afluência inusitada de pessoas que pretendem assistir ao vivo a apresentação do Programa do Governo, que acontece, com duas horas de atraso. Lusa
sábado, 19 de dezembro de 2015
PAIGC: Resolução final da reunião extraordinária do Bureau Político
VII REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO BUREAU POLÍTICO
RESOLUÇÃO FINAL
O Bureau Político (BP) do PAIGC reuniu-se, dia 19 de Dezembro de 2015, na sua VII sessão extraordinária, presidida pelo Camarada Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, tendo aprovado por maioria uma agenda de trabalhos onde constavam a;
Apresentação e votação da proposta de preenchimento de vagas do Secretariado Nacional do Partido;
Apresentação das Resoluções Finais das Jornadas Parlamentares do Grupo Parlamentar do PAIGC;
Orientação sobre o sentido de voto na apresentação do Programa do Governo do PAIGC na Assembleia Nacional Popular pela ANP nos termos do Artigo 55º dos Estatutos do PAIGC.
Em relação ao ponto 1 da Agenda de trabalhos, concernente a proposta de preenchimento de vagas do Secretariado Nacional do Partido, o Bureau Político aprovou por maioria a designação dos camaradas António Óscar Barbosa “Cancan”, para o Departamento de Comunicação, Formação e Documentação e Mário Lopes da Rosa para o Departamento da Cooperação, Relações Exteriores e das Estruturas do Partido na Diáspora.
No que concerne ao ponto 2 o Bureau Politico tomou conhecimento das Resoluções Finais das Jornadas Parlamentares do Grupo Parlamentar do PAIGC tendo o mesmo servido de base para, em conjugação com o ponto 3 da ordem do dia, orientar o sentido de voto na apresentação do Programa do Governo do PAIGC na Assembleia Nacional Popular pela ANP nos termos do Artigo 55º dos Estatutos do PAIGC;
Assim e no uso das suas competências estatutárias o Bureau Político delibera:
Aprovar o sentido de voto favorável dos Deputados em plena conformidade com o Artigo 55º dos Estatutos e pelas imposições fixadas pelo numero 2 do mesmo artigo, onde a disciplina de voto vincula os membros da bancada parlamentar na votação, designadamente, da Constituição da Republica, do Programa do Governo, do Orçamento Geral do Estado, das Moções de Censura e de Confiança, dos Projectos de Resolução sobre o Debate de Urgência, do Estado da Nação, demais projectos de Leis e Decretos-lei;
Apelar a todos os Deputados do PAIGC no sentido da observância escrupulosa da disciplina de voto e ao respeito pleno dos Estatutos do Partido;
A não observância e cumprimento da disciplina de voto se configuram como um acto de traição política ao partido e que incorre num acto sancionavel de auto-exclusão do PAIGC, em conformidade com o estatuído nos artigos 55º, conjugado com os artigos 100º a 103º dos Estatutos do PAIGC;
Apoiar sem reservas as Resoluções Finais adoptadas nas Jornadas Parlamentares do Grupo Parlamentar do PAIGC na IV Legislatura;
Exortar, seguindo a linha das propostas apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PAIGC na IX Legislatura nas suas resoluções finais, todos os deputados a manterem a sua coerência e ética política de modo a fortalecer a unidade, a coesão interna do Partido e salvar as conquistas alcançadas pelo povo guineense em consequência dos consideráveis avanços obtidos pelo I e II Governo, que é o de continuidade desta Legislatura;
Apoiar II Governo do PAIGC nesta legislatura liderado pelo camarada Eng.º Carlos Correia, pelo simples facto deste Executivo ter assumido sem reservas o actual Programa do PAIGC, sufragado por uma maioria absoluta do povo guineense nas últimas eleições legislativas ocorridas no país;
Manifestar um voto de louvor e confiança ao Grupo Parlamentar do PAIGC na IX Legislatura em razão do seu firme comprometimento com a unidade e a coesão do nosso grande e histórico Partido, assim como o respeito e determinação na defesa do nosso Estado de Direito Democrático e na promoção e reforço da dignidade do cidadão guineense;
Manifestar um voto de louvor para com todos os dirigentes, militantes e simpatizantes que ao longo deste processo têm manifestado de forma corajosa, transparente e patriótica a defesa do PAIGC e do seu Programa de Governação que mereceu um voto favorável da maioria dos guineenses;
Apoiar, sem reservas, a Direcção Superior do Partido e muito em particular aos camaradas Engenheiros Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC e Carlos Correia, 1º Vice-Presidente do PAIGC e Primeiro-Ministro do II Governo do PAIGC, pela forma como têm dignificado o PAIGC, pela manifesta demonstração de uma responsável e dignificante militância, coragem política e elevado patriotismo, colocando sempre e sem reservas os superiores interesses do PAIGC acima dos seus interesses pessoais.
Nota:A presente Resolução Final foi aprovada entre os 73 participantes, por 69 SIM, 1 NÃO e 3 ABSTENÇÕES
Feito em Bissau aos 19 dias do mês de dezembro de 2015,
O Bureau Político do PAIGC
PAIGC/Grupo Parlamentar: Jornadas Parlamentares, Resoluções Finais
Resoluções Finais
As primeiras Jornadas Parlamentares do Grupo Parlamentar do PAIGC da IX Legislatura reuniu de 16 a 18 de Dezembro de 2015, no Salão “Amílcar Cabral” da Sede Nacional do PAIGC com o objectivo de proceder a um exercício de recapitulação do Programa do Governo do PAIGC de modo a permitir uma melhor e mais adequada intervenção dos Deputados eleitos pelo PAIGC.
Na abertura dos trabalhos destas Jornadas Parlamentares, o Presidente do PAIGC, cda. DSP exortou os Deputados a manterem a sua coerência e ética política de modo a fortalecer a unidade e a coesão interna do Partido e salvar as conquistas alcançadas pelo povo guineense em consequência dos consideráveis avanços obtidos pelo I Governo do PAIGC.
No culminar dos trabalhos a Bancada Parlamentar do PAIGC deliberou no sentido da aprovação em bloco do Programa do Governo, considerando que o mesmo é a continuidade do que fora apresentado pelo I Governo do PAIGC e que mereceu uma aprovação unânime do conjunto dos Deputados da nação reunidos em plenária, dando assim aval a este instrumento de governação.
Os Deputados do Grupo Parlamentar do PAIGC recomendam ao Bureau Político a adopção de uma Resolução que vá ao encontro desta deliberação, aprovada em plena conformidade com o Artigo 55º dos Estatutos do PAIGC nos seus pontos 1 e 2.
O Grupo Parlamentar do PAIGC recomenda igualmente a continuidade do apoio sem reservas a esta deliberação ao nível de todos os órgãos estatutários do Partido, bem como das suas estruturas regionais, tornando este apoio extensivo ao II Governo do PAIGC nesta legislatura liderado pelo camarada Eng.º. Carlos Correia, pelo simples facto deste Executivo ter assumido sem reservas o actual Programa do PAIGC, sufragado por uma maioria absoluta do povo guineense nas últimas eleições legislativas ocorridas no país.
Os Deputados do Grupo Parlamentar do PAIGC reunidos nestas Jornadas Parlamentares deliberam ainda no sentido de exortar todos os elementos integrantes desta bancada a manterem um firme comprometimento com a unidade e a coesão do nosso grande e histórico Partido, assim como o respeito e determinação na defesa do nosso Estado de Direito Democrático e na promoção e reforço da dignidade do cidadão guineense.
Os Deputados do Grupo Parlamentar do PAIGC reunidos nestas Jornadas Parlamentares decidem apoiar sem reservas a Direcção Superior do Partido e muito em especial aos camaradas Engenheiros Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC e Carlos Correia, 1º Vice-Presidente do PAIGC e Primeiro-Ministro do II Governo do PAIGC.
Feito em Bissau aos 18 dias do mês de dezembro de 2015,
O Grupo Parlamentar do PAIGC
OPINIÃO: "Nô Pintcha", Guiné-Bissau
Por: Jorge Heitor
Jornalista
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, elogiou, na terceira semana de Dezembro, o antigo dirigente nigeriano Olesegun Obasanjo por ter ajudado a resolver, pelo menos por agora, a crise política guineense deste ano.
Se bem que ainda se encontrem em vigor sanções internacionais contra os golpistas de 2012, e se bem que o Tribunal Militar continue a querer julgar o contra-almirante Zamora Induta, alegadamente por ter patrocinado um contragolpe, José Mário Vaz entende que se evitou o pior. E, por isso, foi a Abuja agradecer os bons ofícios de Obasanjo, que considerou um orgulho do continente africano.
As Nações Unidas consideram que é preciso continuar de olho em cima do general António Indjai e dos demais militares que em 2012 impediram a concretização das presidenciais, que quase pela certa iriam colocar na Presidência da República o então primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, "Cadogo" Júnior. E o tribunal dos militares mantém-se com as baterias apontadas a Zamora Induta, o grande rival de Indjai nas fileiras castrenses.
Mas, ao menos, conseguiu-se evitar durante o ano que ora finda que as Forças Armadas tivessem interferido no conflito que opôs o Presidente José Mário Vaz às estruturas do seu próprio partido, o PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira.
Depois de Vaz, muito amigo do Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, ter afastado Simões Pereira de primeiro-ministro e o haver substituído por alguém da sua própria escolha, Baciro Djá, Obasanjo conseguiu contribuir para uma solução de compromisso: o primeiro-ministro não seria Domingos Simões Pereira nem uma pessoa aliada ao chefe de Estado, mas sim Carlos Correia, um veterano, que já anteriormente desempenhara esse cargo mais do que uma vez, nos tempos do Presidente João Bernardo Vieira, "Nino".
Por isso, por a Nigéria ter servido de medianeira, José Mário Vaz foi desejar um "Feliz Natal" ao seu homólogo Mohammed Buhari, que por acaso até é muçulmano, como o é Yahaya Jameh, que acaba de proclamar a Gâmbia uma República Islâmica, a exemplo do Irão, do Afeganistão e da Mauritânia.
A Guiné-Bissau é agora um país em paz e, ao contrário do que se poderia temer, o seu Índice de Desenvolvimento Humano até nem é um dos seis piores que se encontram no mundo, a avaliar pelas mais recentes estatísticas das Nações Unidas. O Mali e o Níger, por exemplo, encontram-se mais abaixo na escala.
Como o seu território não é muito grande, com populações a largas centenas de quilómetros da capital, e como nem sequer tem ainda dois milhões de habitantes, lá se vai aguentando, umas vezes melhor e outras pior, evitando ficar mesmo na cauda da humanidade.
Os guineenses têm petróleo e muitos outros recursos naturais, que se forem bem aproveitados, sem mais crises, os poderão retirar da pobreza crónica em que têm vivido desde que se tornaram independentes.
Na altura em que Portugal reconheceu a independência da Guiné-Bissau, o Presidente Luís Cabral deparava-se com a triste realidade de o novo Estado se encontrar com os cofres vazios. Mas agora os novos dirigentes terão meios para os encherem, se acaso forem honestos e não andarem com constantes guerrilhas entre si.
Uma vez esclarecidos os equívocos constitucionais, com o Presidente da República, a Assembleia e o Governo cada um no seu lugar, sem tentar interferir no que não lhes cabe, o país onde nasceu Amílcar Cabral poderá encetar 2016 com uma esperança renovada.
O que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que é maioritário, precisa para isso é de limar arestas, de saber reduzir o ego de alguns dos seus dirigentes, de modo a que todos juntos possam verdadeiramente dizer "Nô Pintcha" (Vamos Avançar)!
Recursos Naturais
"Olá Aly Silva,
Agradeço a tua confidencialidade sobre o meu nome e email, para não ter problemas no Ministério. Este é um grito de socorro dos trabalhadores do Ministério dos Recursos.
Universalmente é consensual que os Recursos Naturais estão na base de todo processo de crescimento e desenvolvimento dos países industriais. E, nesta senda, nos sucessivos governos, elegemos sabiamente e fervorosamente os nossos Recursos Naturais, como um dos principais elementos chave para o progresso económico e social.
Infelizmente, as decisões políticas insistem em manter um status quo primitivo e sem bases científicas ou académicas para o comando do Ministério dos Recursos Naturais, mesmo sabendo que figuras como o pequeno negociador das ilhas (Bolama Bijagós), que representa menos de 5% nos cadernos eleitorais, como sendo incompetente-mor e o eterno inimigo da justiça, Daniel Gomes – e, claro, sem esquecer das desastrosas passagens dos senhores Soares Sambu, Aristides Ocante, Certório Biote e outros que apenas entendem do seguinte: kal ki unha percentagem e das contas de tabernas.
Sinceramente, os meus vinte e poucos anos de carreira, diz-me claramente que é necessário entregar os ministérios estratégicos aos tecnocratas com experiências demonstradas na área científica, profissional e que não tenham processos com a justiça, ou seja, com o moral suficiente para desenvolver o sector mineiro e negociar acordos capazes de elevar todos os indicadores macroeconômicos da Guiné-Bissau. Estamos a falar de um setor que estrategicamente bem gerido pode alavancar a a economia nacional.
Mas com essa gentalha como políticos no Ministério dos Recursos Naturais não queremos NUNCA MAIS..é tempo de dizer BASTA DE INCOMPETÊNCIA.
Todos esses ministros que passaram neste Ministério nos últimos 15 anos, só se preocuparam com percentagens, razão pela qual até à data não podemos sair desta miséria e em consequência não podemos explorar ainda os nossos recursos (minas, petróleo, outros)."
GUINÉ-BISSAU: ONU à espera de uma catástrofe para depois 'salvar' o Povo guineense
Miguel Trovoada disse ontem que várias tarefas planeadas com as autoridades guineenses não avançaram durante os dois meses de tensão política após o afastamento, em Agosto, do então primeiro-ministro Domingos Simões Pereira. O antigo Presidente de S. Tomé e Príncipe alertou ainda que “as causas profundas da instabilidade não foram removidas.”
OPINIÃO AAS: ONU, três décadas de gozo não serão suficientes?!
Uma comissão da ONU, criada para acompanhar as sanções na Guiné-Bissau, aconselhou ser o momento de rever a situação em relação aos 11 militares penalizados pelo golpe de Estado de abril de 2012, que derrubou Carlos Gomes Jr.
Entretanto, vá-se lá perceber a coisa, propõe manter o país sujeito a regime de sanções. A embaixadora da Nigéria junto da ONU, que preside o grupo, disse que a intenção é determinar se as sanções ainda satisfazem os critérios de aplicação das medidas. E pediu a revisão periódica do regime de sanções para determinar a sua eficácia.
Ora bem. Só digo uma coisa às Nações Unidas: chega de gozar na cara das guineenses e dos guineenses. Em 2013, já com as sanções da ONU em vigor, um dos visados era o major IDRISSA. E o que aconteceu mesmo ao major? Tudo. Do bom e do melhor:
AQUI
Mas em junho de 2012, a União Europeia já tinha divulgado a sua lista. O major Idrissa estava lá estampado, preto no branco:
AQUI
Agora pergunto: porque razão NINGUÉM chamou à razão as autoridades guineenses ilegítimas da altura? Medo? Receio? Cinismo? Ou a ONU, a União Europeia desconheciam que o major Idrissa fora nomeado embaixador da Guiné-Bissau na Gâmbia - a mesma Gâmbia que agora declarou ser um Estado Islâmico e cujo Presidente é o maior aliado - e o único interlocutor - do presidente da Guiné-Bissau no mundo?
Que a ONU, a UE vão provar deste veneno, não tenho a mínima dúvida. Será uma questão de tempo.
Nós, guineenses, estamos habituados a que cães e gatos cheguem de mansinho e mijem nas nossas pernas. Chega de gozo! Se querem mesmo cooperar com a Guiné-Bissau (a ONU ou quem quer que seja) façam-no de forma desinteressada e deixem-se de manobras dilatórias. O Povo está cansado mas não tem maneira de reagir - está manietado!
A ONU continua lá, em Bissau, sentada num autêntico barril de pólvora, cercada por muros de 3 metros, gastando tudo o que não tem para nosso desgosto. A ONU é só conversa fiada. A ONU precisa urgentemente de uma grande reforma! AAS
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
PRS/Declaração Política
PARTIDO DA RENOVAÇÃO SOCIAL
Bancada Parlamentar
DECLARACÃO POLÍTICA
O Momento particular que o país atravessa, caracterizado numa instabilidade que põe em causa a segurança de pessoas e dos seus bens, interpela a todos os guineenses a uma reflexão profunda, em ordem a encontrar soluções consentâneas com as reais aspirações do nosso povo, sobretudo da classe mais desfavorecida da nossa sociedade, que já de si vive numa situação de estrema precariedade. Acresce-se salientar, que o País vive um momento particular na sua história democrática, traduzida no flagrante desrespeito por mais elementares regras democrática, que urge pôr cobro.
Atento ao exposto, o Grupo parlamentar do Partido da Renovação Social, ciente da responsabilidade que impende sobre os seus ombros, entende não pactuar com status quo que se vive e na observância do disposto noartigo 66 do regimento da ANP, decide apresentar a presente declaração política.
A maioria absoluta conquistada pelo partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), nas últimas eleições legislativa,é uma demonstração inequívoca da confiança que o nosso povo depositou nele, não obstante esta confiança, o Governo do PAIGC desiludiu sobremaneira toda a sociedade guineense com a crise político institucional que o país tem vivido nos últimos meses, fruto de crise interna do PAIGC consubstanciada na arrogância, ausência total de diálogo, nepotismos e, sobretudo, na incapacidadeda sua liderança em conviver com a heterogeneidade de pensamentos inerentes as forças políticas modernas e democráticas.
Sr. Presidente
Caros Deputados
A tão propalada crise política que o país vive hoje é, a nosso ver, algo forjado, pois a simples exoneração, nos termos da constituição, de um chefe do governo não deveria, de maneira alguma, consubstanciar uma crise política e com repercussões cuja amplitude ainda se desconhece, privando o país, durante meses, do seu bem mais importante, a estabilidade.
Não obstante as frustradasmanobras na tentativa de evidenciar a crise, com a persistência na indicação de um único nome de candidato alternativo a cargo de primeiro-ministro, numa clara demonstração da obsessão pelo poder, desrespeito ao princípio da competência partilhada entre o Primeiro-ministro e Presidente da República na nomeação dos membros do governo, a instrumentalização da população, apelo a desobediência civil e outros métodos maquiavélicos, ainda assistimos investidas que visam, pura e simplesmente, agravar a já de si difícil situação que o país vive.
Não podemos compreender e, muito menos, aceitar as razões que estiveram e ainda estão na base de não nomeação dos Ministros dos Recursos Naturais e do Interior, com especial destaque para este último, pelo seu papel na manutenção da ordem pública e na segurança das pessoas perante a ameaça do terrorismo, uma preocupação actual e de todos Estados a nível mundial, como se o PAIGC não tivesse outros quadros qualificados e à altura de assumir as referidas funções,aliás, consta que os quadros propostos não dispõem aptidões técnicas para os postos em causa, fato que, mais uma vez, vem confirmar a ausência de consenso sobre os nomes indicados pelo 1º Ministro ao Chefe de Estado.
A situação política ora vivida com a falta de apresentação, em tempo útil,do programa do Governo, vem demostrar a falta de vontade política por parte do Executivo liderado pelo Eng. Carlos Correia, que embora saiba que o prazo para a apresentação do programa do governo seja de sessenta dias, a contar da data de tomada de posse, nos termos de art.º 138 do RG da ANP, que a seguir se transcreve: “Apreciação do programa de governo.
1.O programa de governo é submetido a assembleia nacional popular, no prazo de 60 dias depois de tomada de posse, com a exposição de primeiro-ministro.
2. Após a apresentação, há um período para pedido de esclarecimento pelos deputados.” Em observância desta disposição regimental e do artigo 85 da Constituição da República, resulta, clara e inequivocamente, que o Governo é ferido de inconstitucionalidade, por desrespeitar o disposto no artigo 85, alínea c) e d) CRGB, conjugado com o artigo 138 do Regimento da ANP, ilegal e ilegítimo, pois não demonstra traduzir a vontade popular, impondo a quem de direito a tirar as devidas ilações da gravidade deste facto.
Com efeito, este Governo resultante de uma forte batalha judicial, em estrito cumprimento da legalidade, incorre deliberadamente, pela sua inércia, em aberrações flagrantes das ilegalidades Regimentais bem como os pressupostos do artº. 85 Alínea. o), da CRGB, fato este testemunhado impávido e serenamente pelos fiscalizadores, numa autêntica cumplicidade que envergonha a nossa democracia.
O PRS, enquanto partido Democrático, não podia ter outra posição que não seja aquela de buscar sempre a solução política e democrática para todos os problemas que o país enfrenta e, por isso, congratula com as medidas tomadas pelo Chefe de Estado, no estrito uso das suas prerrogativas constitucionais, que, ao demitir o Governo liderado pelo Eng. Domingos Simões Pereira, devolveu o poder ao PAIGC, enquanto partido vencedor das últimas eleições legislativas, para indicar o nome do Chefe do novo Executivo, embora não exista qualquer disposição constitucional que determine que o 1º Ministro seja indicado pelo partido mais votado.
Por isso, o PRS não reconhece este governo por ser inconstitucional e ilegítimo. A manter-se esta situação, o Partido da Renovação Social reserva-se no direito de agir, nos termos regimentais e constitucionais, contra esta inaceitável situação e, por conseguinte, exorta o Governo, ainda ilegalmente em função, a prescindir da prática de todos os actos reservados ao Governo legítimo. Para concluir, o PRS congratula com a forma cívica como o povo guineense procedeu face à provocada crise e estende esta congratulação às nossas forças Armadas, por terem mantido equidistante das querelas políticas.
Bissau, 18 de Dezembro de 2015
O Grupo Parlamentar
COOPERAÇÃO GUINÉ-BISSAU/BRASIL: PM visita Centro de Formação das Forças de Segurança
o Primeiro-ministro, Carlos Correia, acompanhado pela Ministra da Justiça, Aida Injai Fernandes; pelo Secretário de Estado da Ordem Pública, Luís Manuel Cabral; pela Secretária de Estado da Cooperação Internacional e Comunidades, Suzi Barbosa e pelos Conselheiros, para a área da Defesa e Segurança, Luís Melo e Comunicação e Informação, Carlos Vaz, depois de ser acolhido com honras policias pelo Embaixador do Brasil, Fernando Aparício da Silva, percorreu as instalações do Centro de Formação das Forças de Segurança, que funciona em João Landim.
Durante o ato cerimonial, o diretor do Centro de Formação, Daniel Vianna Ottoni, Comissário da Polícia Federal brasileira, ao referir aos 40 agentes, que frequentaram um módulo de capacitação de 60 horas de Defesa Policial Pessoal ministrado, fez o enquadramento do curso, dizendo que a “missão da segurança pública dos senhores e a nossa dos cidadãos do Brasil é clara! Nós temos que zelar pelas leis, pelas Constituições dos nossos países, proteger as nossas fronteiras, investigar os crimes, combater o crime organizado, manter à ordem pública. Para fazer todas essas atribuições necessitamos de bons treinamentos, uma boa formação.”
O Embaixador do Brasil ao usar palavra enfatizou a importância do Centro de Formação, ao abrigo da cooperação sul-sul, oficialmente inaugurado, em Abril 2014, tendo já administrado 12 atividades de capacitação, como sendo “uma resposta a primeira versão do Programa da Reforma do sector de Defesa e Segurança. O Governo da Guiné-Bissau colocou este espaço à disposição da cooperação brasileira, para que aqui a Policia Federal do Brasil desenvolva as suas agilidades de capacitação às forças policiais guineenses.”
Também, salientou, a decisão do comité diretivo “em criar uma equipa formal de cooperação que se reuniria periodicamente. O objetivo é integrar os parceiros locais na preparação e realização das atividades de capacitação, tendo em vista que no preciso momento o projeto será definitivamente apropriado pelo governo guineense.” Lamentando, que em matéria de doações a cooperação brasileira “ainda não dispõe de uma legislação que lhe permita fazer doações internacionais.”
Foi “com prazer e alegria que aceitei o convite de vir assistir à cerimónia de entrega dos diplomas do curso aos agentes de defesa pessoal. Queria através do embaixador agradecer ao governo brasileiro, por mais um gesto de cooperação que vem prestando à Guiné-Bissau, formando os nossos agentes”, afirmou o Chefe do Governo. Que ao continuar, disse “...a qualificação dos nossos quadros de defesa e segurança... é de extrema importância. Qualifica-los levam a que prestem maior serviço no mundo de hoje muito complicado, sobretudo confrontado com as crises de refugiados, tráfico de droga, terrorismo....” e a “estarem à altura desses desafios.”
Terminou, a Sua alocução, falando da importância da cooperação económica, ressalvando de que “a Guiné-Bissau com imensos recursos e Brasil com a capacidade intelectual, recursos humanos, pode ser um elemento importantíssimo da nossa cooperação.”
GOLPE 12 ABRIL: Comissão da ONU propõe aliviar sanções a militares
A comissão criada para acompanhar as sanções na Guiné-Bissau disse no Conselho de Segurança que é momento de rever a situação em relação aos 11 penalizados pelo golpe de Estado de abril de 2012, mas propõe manter o país sujeito a regime de sanções. Numa apresentação feita esta quinta-feira, a embaixadora da Nigéria junto à ONU, que preside o grupo, disse que a intenção é determinar se estes ainda satisfazem os critérios de aplicação das medidas. Ela pediu a revisão periódica do regime de sanções para determinar a sua eficácia.
A resolução 2048 proíbe viagens ao exterior a 10 oficiais das Forças Armadas e a um inspetor-geral envolvidos no comando militar que esteve por detrás da ação. A lista é encabeçada pelo antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai. A comissão defende que apesar do alcance limitado das medidas, a implementação do regime de sanções contribuiu para o objetivo da busca de uma solução política duradoura na Guiné-Bissau.
A outra recomendação é que continuem a ser controladas as restrições, a curto prazo, "para avaliar com precisão o caminho rumo à estabilidade e ao desenvolvimento". A comissão acredita que manter o regime de sanções vai enviar uma mensagem clara aos guineenses de que "os perturbadores, sem exceção, serão responsabilizados pelas suas ações". Pretende-se igualmente fazer entender que "o órgão está disposto a adotar medidas e notas adicionais se necessário".
O grupo defende um painel de peritos para apoiar o trabalho da comissão, reforçar a sua eficácia, seguir os padrões estabelecidos e facilitar a supervisão das ameaças à estabilidade e reconciliação. Entre os padrões para levantar as sanções, o comité cita o fim da reforma e desmobilização dos militares, a retoma total do controlo civil sobre os militares, o fim processo de reconciliação e a existência de sistema judicial eficaz e eficiente.
No documento o grupo apoia a ação coordenada de entidades como o bloco regional Cedeao, a União Africana, a União Europeia, as Nações Unidas e a Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP).
PRS diz que não reconhece actual Governo por ser "ilegal e inconstitucional"
A maior formação partidária da Guiné-Bissau, o Partido da Renovação Social (PRS), considerou hoje de inconstitucional e ilegal o atual Governo por não ter apresentado o seu programa no prazo previsto legalmente. O partido, liderado por Alberto Nambeia, apresentou hoje uma declaração política, lida pelo deputado Sola Nquilin, durante a sessão plenária do Parlamento guineense.
"O PRS não reconhece este Governo por ser inconstitucional e ilegítimo. A manter-se esta situação o Partido da Renovação Social reserva-se no direito de agir nos termos regimentais e constitucionais contra esta inaceitável situação", afirmou Nquilin, antigo ministro da Agricultura. Na sua declaração política, o PRS critica o facto de o primeiro-ministro Carlos Correia não ter apresentado o seu programa em 60 dias, como está estipulado por lei.
Na opinião do PRS, a atual crise política que se vive no país "é fruto de lutas internas" no PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), no poder.
"A crise político-institucional que o país tem vivido nos últimos meses, fruto de lutas internas do PAIGC é consubstanciada pela arrogância, ausência total do diálogo, nepotismo e sobretudo pela incapacidade da liderança (do partido) em conviver com a heterogeneidade de pensamentos", de uma forma política, sublinhou Nquilin.
Na segunda-feira o Parlamento guineense começa a debater o Programa do Governo e caso seja chumbado, por duas vezes, o executivo é automaticamente derrubado. Fontes do PRS, que detém 41 deputados admitem a possibilidade de o partido apresentar uma moção de rejeição ao programa do primeiro-ministro, Carlos Correia. O PAIGC conta com uma maioria absoluta de mandatos, 57 deputados, mas a sua bancada parlamentar apresenta fissuras devido a divisões no partido. Lusa
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
"Coração da Guiné - Última tragédia" vence prémio ficção da CPLP
O programa CPLP Audiovisual premiou os projectos dos concursos nacionais DOCTV II e FICTV I nos países de língua oficial portuguesa. O projecto cinematográfico guineense "Coração da Guiné - Última tragédia" arrecadou o prémio melhor projecto de ficção.
O projecto guineense "Coração da Guiné - Última tragédia" recebeu o prémio FICTV. A realização do projecto é da autoria de José Mendes Lopes e a produção está a cargo de Mussá Baldé, o correspondente da RFI na Guiné-Bissau.
Mussá Balde recebeu a noticia com muita alegria, mas com responsabilidade uma vez que "daqui para a frente, temos de trabalhar para podermos chegar a 2017 em condições de realizar o filme tal como está projectado no papel".
Coração da Guiné - Última tragédia
O filme vai tentar retratar uma história já contada num livro do escritor guineense Abdula Sila A Última Tragédia; "nós acrescentámos esta parte "Coração Guiné" para poder abarcar ainda mais a ideia contada por Abdulai Sila. É um filme épico, mas um filme de uma época que acontece entre finais dos anos 50, princípio dos anos 60, aqui na Guiné-Bissau colonial", descreve o produtor do projecto.
"É uma história que relata aquilo que é a luta do povo guineense; a emancipação do povo, mas também retrata aspectos intrínsecos da cultura; do casamento forçado, a crença em poderes místicos, o papel da escola quanto à estruturação da sociedade. É uma história de época, mas muito actual", apresenta Mussá Baldé.
O programa CPLP audiovisual é coordenado pela secretaria executiva da CPLP junto da secretaria do audiovisual do ministério da Cultura do Brasil e o Instituto do Cinema e do audiovisual de Portugal. É realizado por cada Estado membro da CPLP por pólos nacionais formados pelas autoridades nacionais e respectivas televisões públicas. RFI
Dia Internacional das Migrações
A Associação dos Emigrantes e Amigos da GB (AEAGB) e, em parceria com a Secretaria de Estado das Comunidades, Deputados da Diáspora e Conselheiro do Presidente da República para a Diáspora, levam a cabo o seguinte:
Palestra na ANP. alusiva ao Dia Internacional das Migrações (18 de Dezembro e "20 de Dezembro- Dia do Migrante guineense").
Hora; das 10h00 - 14H00
Temas:
1 - Os migrantes guineense na Diáspora e suas contribuições para o desenvolvimento socioeconómico da GB, - Oradora: Dr.ª Suzi Carla Barbosa (SECIC), Moderador: Eng.º Empossa Ié( Conselheiro do Presidente da Repúblicao para a Diáspora);
2 - A Guiné-Bissau no contexto hodierno das migrações, Orador: Doutor João Ribeiro Butim Có, Moderador: Dr. António. Comentários do Professor Delfim da Silva;
3 - As Dinâmicas migratórias: Que políticas para a Guiné-Bissau - por Embaixador Apolinário Mendes e Moderador - Professor Delfim da Silva,
Comentários de Coronel Lino Lopes da DGSMF.
Convite à Sociedade civil/castrense, Diplomatas, Políticos, Académicos etc..
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