sábado, 29 de junho de 2013

GUINÉ-BISSAU, a famosa...


Saiba mais sobre o 1º narcoestado em ÁFRICA

FAGB - Renato Moura ganha eleição com 100 por cento dos votos


papy fagb
DEPOIS DA VOTAÇÃO, A FOTOGRAFIA PARA A POSTERIDADE

O DISCURSO DA VITÓRIA

Quero, em primeiro lugar pedir um minuto de silêncio em memória do nosso Juíz de partida Ubaldo da Gama, recentemente falecido.

Como devem calcular, é enorme a alegria que sinto neste momento. Acabo de ser reeleito Presidente da F.A.G.B. fruto dos objectivos previamente traçados e felizmente alcançados. Não foi fácil devido à conjuntura económico/social em que vivemos, mas a determinação é algo que acaba sempre por provar a sua preponderância nas nossas vidas.

Tive momentos um tanto difíceis neste mandato que agora termina, mas foram certamente aspectos com que tive que lidar enquanto Presidente e momentos que irei certamente reviver, ciente de que contribuirão para uma melhor formação da minha pessoa, como homem e como responsável máximo pela nossa Federação. A maturidade é extremamente importante e sei que qualquer um dos presentes sente que de facto, estes quatro anos liderança, vieram a confirmar a minha dedicação ao Atletismo e consequentemente ao Desporto Nacional.

Quero aqui expressar o meu profundo agradecimento aos treinadores da Federação, aos nossos Delegados Regionais, também técnicos, e endereçar um forte abraço a todos os atletas da Guiné Bissau, estando dentro ou fora do País. É para vocês que trabalhamos pois é nosso dever trabalhar para vocês. Enquanto Presidente para os próximos quatro anos, o que aqui assumo, é de que esta Federação terá uma estrutura ainda mais coesa, com inovações no nosso método de trabalho que, concerteza nos levarão a alcançar níveis aceitáveis em termos de progresso e rendimento.

À Comunicação Social, agradeço profundamente todo o apoio e carinho que nos deu.

Ao Pedro Aimé, criador do nosso Facebook e do site oficial da F.A.G.B. estamos-te eternamente gratos.

Um especial agradecimento ao C.O.G.B. pelo apoio que vem dando à nossa e às outras Federações para o desenvolvimento das suas actividades. Também uma palavra de apreço à empresa de Telecomunicações MTN e ao primeiro clube que a F.A.G.B. irá apresentar nesta nova Época Desportiva, o BAO. Obrigado por acreditarem no nosso trabalho!

A todas as pessoas que nos apoiaram ao longo destes quatro anos através da rádio, televisão, internet e de feedbacks nas ruas, a todos os meus amigos que sempre seguiram a minha carreira como atleta e até hoje me apoiam, a toda a minha família (incluindo os que já não estão connosco), aos meus pais que, só Deus sabe o que fazem por esta Federação esta minha reeleição é vossa.

Que venham mais 4 anos!

Muito Obrigado!


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PROGRAMA 2013-14

COMPETIÇÕES NACIONAIS

2013/2014


• Jornadas Regionais
• Jornadas no SAB
• Campeonatos Nacionais
• Captação Novos Talentos (Dia Mundial de Atletismo)
• Taça Ubaldo Elísio Soares da Gama (ex. Juíz de Atletismo recentemente falecido)
• 5ª Edição Meia Maratona de Bissau
• Formação Treinadores



COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

2013/2014

• Campeonatos do Mundo Pista Coberta – Polónia, Março 2014
• Campeonatos do mundo ½ Maratona - Dinamarca, Março 2014
• Campeonatos do Mundo de Juniores – EUA, Julho 2014
• Campeonatos Iberoamericanos – Brasil, Junho 2014
• Jogos Olímpicos Juvenis (C.O)- China, Agosto 2014
• Jogos Africanos Juvenis – Botswana Setembro 2014
• Campeonatos de África – Marocos, Junho 2014

quinta-feira, 27 de junho de 2013

EXCLUSIVO: Botche Candé será o director de campanha de Carlos Gomes Jr., nas próximas eleições presidenciais. AAS

Refugiado da guerra na Guiné-Bissau é um bailarino de excelência em Lisboa


Veja AQUI o vídeo

APGB - O cerco continua


Um despacho do ministro de Estado e dos Transportes e Comunicações, Orlando Viegas, determina a proibição da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) realizar despesas com valor superior a 5 milhões de Fcfa (cerca de 7 mil euros). Estão proibidos também a autorização de isenção e "créditos a terceiros" (como se a APGB fosse um banco...)

Em relação a Armando Correia Dias, o acossado presidente do Conselho de Administração da APGB, o ministro de Estado e dos Transportes e Comunicações exige a "eliminação da assinatura" de Armando Dias de todas as contas bancárias onde, doravante, passa a ser obrigatória as assinaturas do diretor-geral da APGB, Augusto Cabi e do director administrativo e financeiro. AAS

Conferência de paz com Guiné-Bissau como tema


O Coordenador do Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau, Peter Thompson, irá discursar sobre como o crime organizado afecta a construção da paz numa cimeira de alto nível, patrocinada pelo Governo Suíço, que terá lugar na próxima semana em Genebra. A conferência, denominada “O Crime Organizado e o seu Impacto nos Esforços de Construção da Paz”, foi organizada pela Divisão de Segurança Humana do Departamento Suíço das Relações Exteriores, em conjunto com a Plataforma de Construção de Paz de Genebra, uma organização que junta as quatro maiores instituições suíças que lidam com a paz e a resolução de conflitos.
 
Centrado na questão da Guiné-Bissau e comparado o que se passa neste país africano com a Irlanda do Norte, de onde Thompson é natural, e onde o crime organizado dominou durante o conflito nesta região do Reino Unido, Peter Thompson irá discutir esta questão em conjunto com um mediador sénior do Governo Suíço e representantes da União Africana, das Nações Unidas e do Comité Internacional da Cruz Vermelha. Thompson irá também discursar numa sessão pública desta conferência destinada a apresentar o seu mais recente estudo, “Responsabilidade e Reconciliação na Guiné-Bissau”, publicado pela Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos de America. Esta cimeira terá lugar nos dias 02 e 03 de Julho no Hotel d’Angleterre, em Genebra.

SEF investiga 400 guineenses por fraude nos pedidos de residência


Pode LER mais aqui

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ÚLTIMA HORA/EXCLUSIVO/ORGIA NA ABGP: Depois de o ministro de Estado e dos Transportes e das Comunicações, Orlando Viegas, ter exonerado o administrador dos Portos da Guiné-Bissau, Armando Correia Dias por burla e desvios de mais de um bilhão e duzentos mil de Francos CFA, eis que surge em cena alguém inusitado: Sory Djaló, o presidente da Assembleia Nacional Popular, "mandou" chamar o ministro, pedindo-lhe que...revogasse o seu (do ministro de Estado!) próprio despacho. Uma fonte do Ditadura do Consenso fala em suposto suborno, e avança mesmo os números: 15 milhões de FCFA - do Dias para o Sory Djaló. AAS


Força, Mandela!


mandela

"Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis." (Bertold Brecht)

Nada podem contra mim


"Carta de Lisboa:

Aly Silva - o D. Quixote guineense

Jornalista e pintor, António Aly Silva, também bloguista, é um autêntico D. Quixote da Guiné-Bissau, uma figura ímpar de que me apetece aqui falar.

O António, de 43 anos, natural do Quebo, antiga Aldeia Formosa, na região de Tombali, no interior da Guiné-Bissau, é um caso fabuloso de desdobramento de personalidades, entre o pintor que começou a ser ainda muito novo, na adolescência, e o jornalista irreverente em que depois se tornou, com uma posição assinalável no blogue Ditadura do Consenso. Rapaz de duas pátrias, a guineense e a portuguesa, pois que em ambas já viveu, ele tem um desassombro excepcional quando fala dos muitos problemas da terra onde também nasceu Amílcar Cabral; e onde tantos morreram, em circunstâncias várias.

Falar do António Aly Silva e da sua maneira de estar na vida é homenagear todos aqueles que transgridem, que fazem tantas vezes aquilo que nós pensamos mas não temos a coragem de fazer ou de dizer. Depois de tanto se ter escrito nos últimos anos sobre uma pátria ainda a dar como que os primeiros passos, pois que 36 anos pouco são na vida de uma nação, é bom ter uma matéria nova para falar, que não seja o peso dos militares ou as influências do narcotráfico.

Aly é um artista e um poeta, que nos sabe bem ler, pois dele transcende o mais puro espírito libertário. E aqui o gostaria de colocar ao lado de muitas das outras figuras africanas que já tenho abordado ao longo da vida, pessoas com maneiras diferentes de estar na vida, mas que de algum modo não podemos ignorar: o José Vicente Lopes, o Tony Tcheka, o José Eduardo Agualusa, o Ondkaji, o João Paulo Borges Coelho, o Mia Couto, o Nelson Saúte e tantos outros.

Esta minha carta é para eles, os cidadãos lusófonos que aprecio, pessoas que têm ajudado a fazer notadas as jovens nações onde vivem. Pessoas todas elas com menos de 65 anos; nascidas portanto depois da II Guerra Mundial e de tudo o que ela significou para marcar um antes e um depois.

O António Aly Silva andava na instrução primária em Portugal quando aqui foi o 25 de Abril de 1974 e algum tempo depois seguiu para Bissau, a matricular-se no Liceu Kwame Nkrumah, onde a sua pintura começou a ser notada, em tons vivos, como é próprio da África e dos africanos. Galerias de Dacar, Lisboa, Sintra, Paço d'Arcos e Cascais viram os seus quadros, bem como algumas salas de Bissau. Toda uma corrente de afectos se foi gerando à sua volta, como de ódios também; ou não fosse a Guiné-Bissau um país de perfídias, onde por vezes parece tão fácil morrer, vítima do feitiço de alguém que nos quer mal.

Aos meus olhos, ao colocar claramente os pontos nos iis, denunciando as conjuras, os golpes baixos, em pleno terreno armadilhado, o Aly é um herói, um autêntico D. Quixote deste tempo novo, deste século XXI em que nos é dado viver, até que os deuses o permitam. "Venham mais cinco!", como ele, como o Zeca Afonso, como o José Dias Coelho. E um dia talvez o mundo seja melhor, onde mereça a pena viver. Graças ao esforço dos que tantas vezes chegam a duvidar de que valha a pena. Dos que tropeçam nos escolhos mas acabam por arranjar forças para se levantar.

Jorge Heitor"

segunda-feira, 24 de junho de 2013

EXCLUSIVO DC-APGB: A primeira medida administrativa tomada pelo ministro de Estado e dos Transportes e Comunicações, Orlando Viegas, foi enviar uma carta aos bancos comerciais a ordenar a suspensão da assinatura do presidente do conselho da Administração dos Portos da Guiné-Bissau, Armando Correia Dias (Ndinho) junto dos mesmos. Motivo? Orlando Viegas alega uma "investigação em curso." Espera-se portanto, que quer da parte do Ministério Público quer do procurador-geral da República, Abdu Mané, haja total empenho e colaboração institucional... AAS


Esclarecimento


A fim de evitar mal entendidos, e calúnias que se tornam virais, o editor do blog Ditadura do Consenso esclarece o seguinte:

Ponto 1 e único) Não voltar a publicar notícias relacionadas com os candidatos à liderança do PAIGC até que a data do Congresso esteja oficialmente marcada.

Lisboa, 24 de junho de 2013
António Aly Slva

Federação de Futebol de pantanas!


Os membros da direção da Federação de futebol da Guiné-Bissau estão envolvidos numa acesa polémica que já motivou demissões de vários elementos do Comité Executivo, o último o secretário-geral, Alberto Dias. De acordo com uma fonte da Federação, Alberto Dias foi hoje demitido do cargo por ordens expressas do presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes, na sequência de uma auditoria recentemente realizada, que teria mostrado "várias irregularidades" financeiras.

A fonte não adiantou os valores em causa, mas precisou que o presidente da Federação prometeu entregar os resultados dos inquéritos ao Ministério Público. Interinamente, o lugar de secretário-geral da Federação de Futebol guineense será ocupado por Virgínia Mendes da Cruz. Já antes da suspensão do secretário-geral, outros elementos do Comité Executivo tinham sido exonerados ou '"batido com a porta", como os casos de Alfredo Gomes, segundo vice-presidente da Federação, Inum Embaló, responsável pelo futebol feminino, e Mutaro Bari, responsável financeiro.

Tirando Inum Embaló, que foi suspenso de funções depois de levantar várias suspeições sobre a forma como o presidente da Federação está a conduzir o organismo, Alfredo Gomes (atual ministro da Educação, Juventude, Cultura e Desporto) e Mutaro Bari saíram por discordarem da forma como Manuel Nascimento Lopes dirige a Federação. Os clubes de futebol da Guiné-Bissau estão a exigir a realização de um congresso extraordinário para uma análise profunda à gestão da atual direção da Federação, eleita há pouco mais de um ano.

Enganar os menos atentos


Quase dois anos depois, uma notícia publicada no blog ditadura do consenso mereceu uma atenção especial de um jornalista 'quase especial' para alguns guineenses. Segundo esse reconhecido jornalista, quando, nas vésperas da campanha eleitoral de 2012, o então ministro do Comercio, Botche Candé, fez o lançamento das obras de reparação de uma estrada do interior do país, este acontecimento mereceu atenção especial de um blogue de um conterrâneo nosso, que classificou esta acção de lançamento da obra (com cobertura da comunicação social), como sendo uma pura propaganda eleitoral. Para o autor deste blogue, o ditadura do consenso, o ministro Botche Cande não passava de “um ministro analfabeto”, como se alguém não merecesse o reconhecimento e elogio do seu trabalho útil para as populações, sobretudo quando faz um trabalho bem feito!
 
A dúvida reside no seguinte: Ele é analfabeto? Lançou a pedra da obra? Alguma mentira foi dita pelo editor do blog ditadura do consenso? E ter um ministro analfabeto merece chacota ou não? Venha o diabo e escolha...
 
Como disse e bem o reputado jornalista: Quando nas vésperas da campanha eleitoral de 2012, o então ministro do Comercio, Botche Candé, fez o lançamento das obras de reparação de uma estrada do interior do país, este acontecimento mereceu atenção especial de um blogue de um conterrâneo nosso, que classificou esta acção de lançamento da obra (com cobertura da comunicação social), como sendo uma pura propaganda eleitoral. Outra vez pergunto: A atenção que este facto mereceu no blog ditadura do consenso era só para fazer chacota ou para reportar o lançamento da obra? A obra foi pura propaganda eleitoral? Compete ao Ministro do Comercio a reabilitação das estradas? Qual devia ser papel do ministro do Comércio para com o ministro das infraestruturas/ministro das finanças, se o ministério de Vomércio dispunha de montante para reabilitar a estrada?

O António Aly Silva falou mentira? Nos EUA, é o ministro do Comércio que faz a manutenção das estradas? Mas, a maior curiosidade, o porque só agora (passaram quase dois anos) esta notícia merece especial atenção de reconhecido jornalista? Será que esta passagem no texto, não é algo para desviar atenção dos menos atentos, quando a razão é defender a desflorestação denunciada na semana passada por ONG´s entre os quais a AD?

Senão vejamos, o reputado jornalista disse:

Por exemplo, se uma organização não-governamental ou ambiental achar injusta a exploração de uma determinada floresta guineense, que a mesma proponha uma zona protegida, como aliás fizeram com as florestas de cantanhez, com o parque nacional de orango (ilhas bijagós), com o parque natural dos tarrafes do rio cacheu (norte), com o parque nacional marinho joão vieira e poilão (sul), e com o parque nacional lagoas de cufada (sul). Mas, outras experiências africanas e mundiais têm mostrado que quando questões ambientais se transformam em políticas, dificilmente um consenso é alcançado. Só me resta encorajar as partes a não perder a esperança de discutir e partilhar as melhores ideias e passar à sua aplicação.

Mas outras perguntas:

O reconhecido jornalista achou justa a forma como está a ser explorada a nossa floresta? Será que a questão da nossa floresta recentemente denunciada pelas ONG´s é politizada? Por ultimo, meu caro Jorge Herbert, há muito que aprecio as sua publicações, mas hoje confesso que tiro-lhe o chapéu. Os grandes se conhecem no momento certo."

<<<<<< Nova sondagem DC. Vote

O algodão não engana


Sondagem Ditadura do Consenso

Pergunta

- ESTE GOVERNO É ILEGAL?

Respostas

- SIM, COMPLETAMENTE - 430 (53%)

- NÃO, É DE GOLPISTAS - 175 (21%)

- É LEGALMENTE DOENTE - 140 (17%)

- NÃO SEI - NÃO RESPONDO - 64 (7%)

Votos apurados: 809

A falta de rigor dos atuais intelectuais/académicos ou formados


Saber ler não é o mesmo que saber estudar ou saber pesquisar com rigor, da mesma forma que dominar a arte de escrever não significa de todo saber opinar com rigor. Refiro-me ao tão propalado e almejado, mas um tanto ou quanto mal definido, rigor académico. Aquele rigor que devia nortear, para o resto da vida, todos aqueles que um dia tiveram a oportunidade de cumprirem um percurso académico com maior ou menor sucesso… É certo que não devemos confundir um intelectual de um académico e muito menos um destes dois com um “formado”…

Ao ler o artigo “O Cinismo e as Ambiguidades dos “futuros arrependidos”, fiquei estupefacto com a falta de rigor demonstrado pelo seu autor, atendendo ao reconhecimento profissional de que já goza entre os guineenses!
O poeta português Fernando Pessoa escreveu uma vez que “para que um homem possa ser absolutamente intelectual, tem que ser um pouco imoral”. Mas, modéstia a parte, vou discordar do grande poeta português, já que defendo que a intelectualidade só é sustentável, enquanto andar de mãos dadas com a moralidade. Ou seja, uma intelectualidade verdadeiramente produtiva necessita também da moralidade como matéria-prima.

Segundo o nosso reconhecido jornalista, “Muitos ignoram o facto de qualquer desenvolvimento de um país começar pela criação de infra-estruturas indispensáveis para o seu funcionamento, criando estrutura administrativa e empresarial precisa. Daí serem extremamente importantes as construções de obras públicas, que possam albergar serviços públicos e privados, com o objectivo de proporcionar um ambiente propício e confortável para o exercício digno da profissão.

Para o nosso jornalista, as infraestruturas, depois de criadas, criam eles automaticamente condições de trabalho, que influenciam o desenvolvimento de um país!? Não sei em que manual académico relacionado com modelos de desenvolvimento das nações foi buscar essa ideia, mas fico a espera da respetiva referência bibliográfica.

Numa "dança" entre a ambiguidade e o contraditório, o nosso reconhecido jornalista faz referência às infraestruturas criadas no período da presidência de Luís Cabral (“Socotram, Fábrica Bambi, Leite Blufo, Fábrica de Cumeré, Fábrica de Compotas Titina Silá, Fábrica de Nhaye, montagem do Volvo, Fábrica Cicer”), mas esquiva-se a questionar as viabilidades económicas das mesmas, como se isso não tivesse a mínima importância para a sustentabilidade e a continuidade desses mesmos investimentos! Simultaneamente fala de “guineenses orgulhosos e nostálgicos” desses projetos, assumindo claramente os seus desaparecimentos, mas sem fazer um pequeno exercício de raciocínio para perceber que, efetivamente, não foi por terem sido erguidos que o país tirou o devido proveito deles, acabando por desaparecerem…

Para não ser fastidioso, não pretendo divagar-me sobre as "estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável", nem vou dissecar os seus componentes (ambiental, económica e sociopolítica), para depois remeter-me aos abates indiscriminados das árvores na Guiné-Bissau, entre outras delapidações dos nossos recursos naturais que têm acontecido, sem que o povo usufrua verdadeiramente disso... Também não vou falar do conceito da “Felicidade Interna Bruta” de um país para analisar o impacto desses investimentos no nosso país, nem tão pouco vou socorrer-me de referências bibliográficas internacionais sobre modelos de desenvolvimento.

Vou sim aconselhar ao nosso reconhecido jornalista, a leitura muito atenta de um livro, escrito por um guineense, que retrata e analisa de forma implícita e explícita, nada mais que a criação e o fim desses projetos do “tempo de Luís Cabral” que deixou alguns guineenses nostálgicos. Não é que concordo ou me identifique com a linha de raciocínio e orientação política e cultural que Filinto Barros denotou no livro intitulado “Testemunho”. Mas, uma leitura imparcial e desapaixonada desse livro, principalmente a sua primeira metade, permite-nos tirar ilações sobre a falta ou ausência de estratégias de desenvolvimento a médio-longo prazo dos sucessivos governos, desde a nossa independência… Numa passagem na página 14 do mesmo livro, o autor dá uma pequena lição “pós-mortem” ao nosso reconhecido jornalista, afirmando o seguinte: “È neste mar de ingenuidade que os dirigentes da Guiné-Bissau se lançaram numa tarefa inglória de industrializar por industrializar, na vã esperança que uma unidade industrial caída de para-quedas, geraria por si só todas as condições necessárias ao seu sucesso”. A verdade é que ainda temos quadros e dirigentes políticos a pensar desta forma, perpetuando o nosso marcar do passo, rumo ao desenvolvimento!

“Assim, o povo tem o direito de pedir explicações sobre quaisquer “contrapartidas” e exigir, sobretudo, uma maior transparência na selecção e aplicação dos projectos de desenvolvimento. Todavia, esta “vontade de saber” não deve ser guiada pelo sentimento antigovernamental, fruto de ajustes de contas com os “inimigos” dos nossos amigos. Este sentimento deve ser genuíno, apolítico e guiado por um espírito de incentivar parcerias entre as instituições estatais, não-estatais e comunitárias”.

Contrariamente ao nosso reconhecido jornalista, importo-me sim quando as ajudas e novos acordos de cooperação estão a ser negociados e viabilizados por um governo e um presidente ilegítimos, sedentos de financiamento recusado pelos principais financiadores do país e a quem o povo não pode, de forma nenhuma, pedir explicações! Que mecanismos de fiscalização existem neste momento, para este governo ilegítimo? A quem o povo guineense pede explicações hoje em dia, sobre a governação do bem comum!? O povo que, num estado de direito democrático, poderia ter uma atitude vigilante e crítica e posteriormente julgar nas urnas, está neste momento oprimido, atemorizado e impedido de exercer qualquer dos seus direitos mais básicos!  

“Portanto, para concluir, diria que os projectos que já existem ou em vias de construção devem ser encarados como investimentos patrimoniais bem-intencionados e que, se espera que mais tarde ou mais cedo, irão beneficiar a Guiné-Bissau.  Se calhar, nessa altura, dificilmente lembraremos que este ou outro edifício público tenha sido fruto de um Governo de Transição.”

Sr. Jornalista, “investimentos patrimoniais bem-intencionados” cheira-me a empirismo e leviandade que temos assistido a conduzir a Guiné-Bissau aos piores índices de desenvolvimento. Os investimentos estatais, patrimoniais ou não, não podem assentar no princípio de boas intenções! Conforme diz o português, “de bem-intencionados está o cemitério cheio”. Quando vejo um académico, intelectual ou formado a aplaudir “investimentos patrimoniais bem-intencionados”, sem olhar ao rigor que a gestão da coisa-pública exige, fico deveras preocupado com o futuro da nossa Guiné-Bissau e da nova geração de intelectuais que o país está a formar…

“Devemos sim, apoiar sempre, sem preconceito de quem faz o bem, independentemente do facto de ser ”analfabeto”, não licenciado ou outro.”

Sr. Jornalista, sem qualquer preconceito da minha parte em relação aos analfabetos, digo-lhe que não apoio qualquer analfabeto que queira fazer o bem, com o dinheiro público (portanto de todos nós), a não ser que se faça rodear de bons conselheiros letrados e tecnicamente capazes e ele limitar-se apenas a pôr o dedo ou a carimbar os documentos, como fazia o primeiro responsável pela área dos transportes no período imediato pós-independência, conforme reza a história,

Sr. Jornalista, é com esses analfabetos, alguns mal formados, golpistas e pseudo-transicionistas, obviamente “bem-intencionados”, a gerir a coisa-pública é que a nossa Guiné-Bissau insiste em não sair da equipa de países mais pobres do mundo! Aplaudi-los e incentivá-los, não é mais que contribuir para o prolongar do “estado comatoso” em que se encontra o nosso país… O mundo está em constante mudança e a Guiné-Bissau não pode continuar a insistir na sua guetização, com dirigentes políticos analfabetos ou semi-analfabetos aplaudidos por intelectuais/académicos ou formados.

Jorge Herbert

sábado, 22 de junho de 2013

Empresários lusófonos assinam parcerias


Plataformas empresariais portuguesas e a Câmara do Comércio da Guiné-Bissau rubricaram hoje (sábado) em Bissau um protocolo para a criação de parcerias de negócios nos países lusófonos, aproveitado as organizações dos oito países. O protocolo, cuja validade inicial é de dois anos, foi rubricado entre a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO)e a Cooperação, a Associação Industrial Portuguesa (AIP)e a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau.  

De acordo com o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO), Francisco Mantero, o acordo rubricado irá permitir que as empresas do espaço lusófono "desenvolvam actividades nos blocos regionais" a que pertencem os oito Estados da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e Macau, tendo a língua portuguesa "como um activo importante". Citando números, Mantero disse, por exemplo, que 4,2 por cento do negócio mundial é feito pelos países de língua portuguesa, o que, observou, totalizar cerca de 240 mil milhões de dólares, embora dessa percentagem apenas 3 por cento do negócio seja feito entre os países da CPLP. "O ideal seria subirmos essa percentagem para pelo menos seis por cento de transações entre os países da língua portuguesa", notou o presidente da ELO ao justificar a importância do protocolo rubricado com o presidente da CCIAS da Guiné-Bissau, Braima Camará.  

Os países lusófonos "têm tudo a ganhar" se potenciarem mais a língua portuguesa, disse Mantero, sublinhando que na União Europeia, com a presença de Portugal, e na CEDEAO (Comunidade Económica de Países de África Ocidental), com as presenças de Cabo Verde e Guiné-Bissau, "existem condições para excelentes negócios". Destacando ainda a importância da pertença de cada país no seu bloco regional, Mantero apontou o caso da Guiné-Bissau, frisando ser um país "charneira para as futuras parcerias" sobretudo para as empresas portuguesas que queiram entrar na CEDEAO. "A Guiné-Bissau é um país importante para o sector privado português, nomeadamente para a banca", disse Francisco Mantero, apontando, contudo, as tarefas a executar para a materialização das parcerias.  

Evitar a dupla tributação e a remoção de barreiras ao negócio, a troca de informações e prestações de apoios mútuos são entre outras as tarefas a realizar, disse. Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, enfatizou que com as parcerias a serem criadas entre as empresas do espaço CPLP "o país poderá ter aqui uma grande oportunidade para iniciar o ciclo de saída da pobreza" em que se encontra actualmente. A instalação de empresas para transformação do cajú (principal produto de exportação do país) e a criação de emprego para os jovens são os benefícios imediatos apontados por Braima Camará nas parcerias a serem estabelecidas.

...Logo depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012


RECORDAR O QUE O MUNDO FALOU. O Povo da Guiné-Bissau aguarda para ver.

Amigos mangadel


RTP, "PORTUGUESES PELO MUNDO" - GUINÉ-BISSAU

Para o sr. Punheteiro


UMARO VOCE ESTA AQUI

Umaro e Serifo (em pé)

Umaro, um dia havemos de estar frente a frente para repetires as enormidades e as mentiras que andas a escrever sobre a minha pessoa. Não passas de uma sanguessuga e de um vil traidor do Povo da Guiné-Bissau! Tu e essa escória a que te juntaste. Espero que acabem a comer farelo como porcos que são. AAS

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Com a alma em sangue


A nomeação de Bion Na Tchongo (um militar no activo) para liderar a secreta (civil) guineense, é uma afronta às instituições internacionais, e um presente com sabor a fel para o 'presidente' da CEDEAO, que teve de engolir uma vez mais, o peixe pelo rabo! A nomeação de Biom foi uma imposição de António Indjai, que já pedira a substituição de Serifo Mané e do chefe da Guarda-Fronteira. "Estão todos a dormir", disse em tom exaltado, referindo-se à falha na segurança que culminou na captura de Bubo Na Tchuto pela norte-americana DEA, e, posteriormente, na acusação do próprio António Indjai pelos Estados Unidos da América.

A Montreal Gazette resume, assim, este braço de ferro entre a emparedada Guiné-Bissau e quem dá de comer aos seus ricos e reluzentes políticos - a União Europeia:

Guinea-Bissau says a navy officer with links to a suspected drug kingpin had been named head of the West African nation's information service. The appointment of Biom Natchongo was announced in a statement Thursday by the Council of Ministers. Natchongo is an associate of former navy chief Jose Americo Bubo Na Tchuto, who was arrested in April and transferred to New York on charges of conspiring to import narcotics into the U.S. Natchongo has also served as a bodyguard to former President Joao Bernardo Vieira, who was assassinated in 2009. Long a transit point for South American cocaine bound for Europe, Guinea-Bissau has been trapped in a cycle of instability since gaining independence from Portugal in 1974, with the most recent coup occurring in April 2012.

No caso em concreto, a humilhação maior, esta bofetada sem mãos, vai direitinha para a União Europeia e para as Nações Unidas. E, já agora, para os EUA através da DEA. Recorde-se que já depois da imposição das sanções contra 21 militares superiores e generais das forças armadas guineenses, o CEMGFA António Indjai viajava (vide as denúncias várias feitas pelo Ditadura do Consenso) a seu bel prazer e era recebido com honras semelhantes às de um chefe de Estado - que até certo ponto é, e não como devia: um assustado general acusado - e procurado com base num mandado internacional de captura por tráfico de droga, associação a grupo terrorista, conspiração para matar cidadãos norte-americanos. Da Nigéria à Costa do Marfim, do Burkina Faso ao Senegal, todos se prostravam aos pés do general - golpista como eles.

A imagem que a Guiné-Bissau tem passado para fora das suas fronteiras, é triste e mete dó. Um Estado incapacitado, completamente desfigurado, sem exemplos que empolguem o seu Povo. Um Estado tomado pelos cartéis sul-americanos da cocaína. FARC? É connosco! HEZBOLLAH? Com certeza! AQMI? Por que não? Um Estado de eternos desconfiados e cheio de manhas. Ainda assim, um Estado.

Não estou a criticar o meu País, apenas por criticar. Tenho a alma em sangue!!! Quando critico os poderes, os seus desmandos, faço-o de forma responsável - apesar das possíveis e, inadiáveis consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Tenho acompanhado com acentuada preocupação, a situação na Guiné-Bissau. Acompanho o que lhe passa ao perto e ao longe, enxergo o que lhe mal fazem, ocultam, tramam, sonegam, roubam. Percebo onde lhe alvejam, meço o quanto lhe cerceiam ou destroem. Eu sou apenas a favor da Guiné-Bissau. Contra os que lhe mal fazem, os que lhe roubam. António Aly Silva


"Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes." - Isaac Newton

quinta-feira, 20 de junho de 2013

DENÚNCIA


CARLOS SCHWARZ da AD - Acção para o Desenvolvimento, na primeira pessoa

VERGONHA: O delegado da União Europeia pediu à equipa da RTP que não fosse filmado na audiência com Delfim da Silva. Só o embaixador de Espanha falou, pouco ou nada adiantando, mas deixou uma pista - a desconfiança dos 27 mantém-se...


Ou seja: Este encontro, a pedido de Delfim da Silva, foi tipo uma visita de cortesia, só que ao contrário: Como a UE não convidaria nenhum ministro ou membro de um governo golpista, que não reconhecem, toca o ministro a chamar! Ma n'falau, kussa tem!!! AAS

Cada macaco no seu galho


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Delfim da Silva, convocou hoje o embaixador do Reino de Espanha e o delegado da União Europeia, ambos residentes em Bissau. Ouviu aquilo que já se esperava: um rotundo não, no que toca a um hipotético retomar da cooperação. Uma possível retoma da cooperação, sim, mas só - e só - apenas depois das eleições, que, de resto, NÃO terão lugar este ano. A UE comprometeu-se a continuar a dar o seu apoio aos vários programas de cooperação que estão a cargo de organizações não-governamentais. Apanhado pela imprensa, à saída do encontro, Delfim da Silva praguejou e gaguejou. E acabou por nada dizer. O que é triste.

Mais, nem o embaixador de Espanha nem o delegado da UE se dignaram a falar à imprensa no fim do encontro, deixando o ministro a falar sozinho, debitando um discurso falido como se de um disco riscado se tratasse. Senhor Fernando Delfim Da Silva, você e o seu governo de golpistas, nada podem contra a União Europeia (dos 27 paíes não mobilizariam um avo), nem contra a União Africana, e menos ainda contra as Nações Unidas. Esses já vos descobriram a careca. Enganam uns quantos da CEDEAO, em cujos países reina e mesma coisa: a anarquia. O meu avó já dizia "quando não se tem nada para dizer o melhor é ficar calado." António Aly Silva

E Se Nos Levantarmos? O mundo democrático está de olhos postos na Guiné-Bissau, e aguarda um levantar estrondoso do seu apático Povo, que, ao que parece, ainda não percebeu a mensagem. Chame-se-lhe Primavera quente, Verão molhado ou - e porque não - Outono infernal. No Brasil, são aos milhares e há uma semana que não dão descanso aos governos estadual e federal. A revolução deve doer. Como qualquer metamorfose! AAS


... Mesmo a tempo!


O Conselho Europeu confirmou as medidas restritivas aplicadas aos militares implicados no Golpe de Estado de 12 de Abril. No dia 18 de Junho de 2013, o Conselho Europeu decidiu manter a decisão tomada na sequência do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau, confirmando medidas restritivas contra 21 militares que estiveram implicados na execução do golpe.

A Decisão prevê o congelamento, no território europeu, de todos os fundos e recursos económicos que sejam propriedade dessas pessoas, no seguimento da sua implicação em actos que ameacem a paz, a segurança e a estabilidade na República da Guiné-Bissau. Essas pessoas estão igualmente sujeitas a proibição de entrar ou de transitar no território da União Europeia. A lista dos militares submetidos a estas medidas restritivas pode ser consultada no sítio web da Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau.

E agora? Em que ficamos? O major Idrissa foi nomeado 'embaixador' na Gâmbia, e Biom viu ser-lhe agora reconhecido o papel no golpe de Estado, e foi nomeado chefe da secreta guineense, entre outros. E agora, o que fará mesmo a União Europeia? Ou limitar-se-á a ver, de boca calada e com os braços cruzados? AAS

Ex-guarda costas de 'Nino' Vieira é o novo chefe da secreta


O ex-guarda-costas do falecido Presidente da Guiné-Bissau 'Nino' Vieira Biom Natchongó foi nomeado hoje pelo Governo de transição novo chefe da 'secreta' do país. A decisão foi tomada em conselho de ministros e tornada pública através de um comunicado a que a Agência Lusa teve acesso no qual o Governo informa que o capitão-de-mar-e-guerra Biom Nantchongo vai substituir no cargo o coronel Serifo Mané, exonerado em abril passado.

O despacho que anunciou a exoneração de Serifo Mané, em abril, não adiantou os motivos, apenas referiu que a decisão foi tomada pelo ministro do Interior, António Suca N'Tchamá, para "dar maior dinâmica" aos Serviços de Informação de Estado (a 'secreta' guineense). O novo responsável pelos serviços de Informação de Estado guineense é um oficial da Marinha que tem à contrainformação militar. Biom Nantchongo é membro do extinto Comando Militar que protagonizou o golpe de Estado a 12 de abril de 2012.

Para quem anda distraído, Biom está na lista de sanções da União Europeia, que finge não saber:

Comandante (Marinha) Biom NA TCHONGO (t.c.p. Nan Tchongo)
Nacionalidade: Guiné-Bissau
d.n.: 8 de abril de 1961
Filiação: Cunha Nan Tchongo e Bucha Natcham
Função oficial: Chefe do Serviço de Informações da Marinha
Passaporte: Passaporte diplomático DA0001565
Data de emissão: 01.12.2005
Local de emissão: Guiné-Bissau
Válido até: 30.11.2008
Membro do "Comando Militar" que assumiu a responsabilidade pelo golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

... Descubra as semelhanças


26 de Dezembro de 1995

"Dizem-me que em Nápoles há o costume, não sei se de sempre ou destes dias, de mandar vir um café e pagar mais do que se tomou. Por exemplo, quatro pessoas entram, sentam-se, pedem quatro cafés e dizem: "E mais três em suspenso." Passado um bocado aparece um pobre à porta e pergunta: "Há por aí algum café em suspenso?" O empregado olha o registo dos adiantados, a verificar o saldo, e diz: "Há." O pobre entra, bebe o café e vai-se embora, suponho que agradecendo a caridade. A mim, parece-me isto bem. Trata-se de uma solidariedade barata, é certo, mas se este espírito se fortalece acabaremos por ir ao restaurante e pagar dois almoços, entrar numa sapataria e pagar dois pares de sapatos, comprar um frango e deixar dois pagos, e tudo na mesma conformidade. Aliás, parece que não iremos ter outro remédio. Como o Estado cumpre cada vez menos e cada vez pior as suas obrigações para com os cidadãos, caberá a estes tomar conta da sociedade antes que nos tornemos todos, excepto os ricos e riquíssimos, em pobres de pedir, e portanto sem ninguém que nos pague um cafezinho."

José Saramago in 'Cadernos de Lanzarote" Diário II, Editorial Caminho 1995

Só para recordar...


Ditadura do Consenso DENUNCIOU esquemas mil na APGB... Agora, acordaram. AAS

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Glup!...


A transmissão dos serviços da RTP e RDP na Guiné-Bissau, interrompida desde domingo, deverá ser hoje reposta disse fonte do Governo, alegando que a suspensão deveu-se à falta de combustível para o gerador que alimenta o emissor. O secretário de Estado da Comunicação Social do governo guineense, Armindo Handem, confirmou hoje à Lusa que o corte nas emissões das televisões e da rádio se deve à falta de gasóleo para o único gerador que alimenta o emissor de Nhacra, arredores de Bissau. "Neste momento conseguimos mil litros de combustível, que dá para solucionar parte do problema", disse o responsável em declarações à Lusa, acrescentando ser possível que hoje mesmo o emissor volte a funcionar. Lusa

Divergências sobre a Guiné-Bissau atrasam conclusões da CPLP


Divergências sobre a questão da Guiné-Bissau atrasaram a redacção das conclusões finais da reunião informal da CPLP, documento assinado esta quarta-feira em Lisboa. A discussão sobre a Guiné-Bissau dividiu os intervenientes durante a reunião dos presidentes dos oito Parlamentos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve lugar terça-feira na Assembleia da República. O texto das conclusões finais foi trabalhado ao longo de várias horas para se conseguir um consenso sobre a sua formulação final, tendo acabado por ser assinado apenas esta quarta-feira de manhã.

No documento, destaca-se a afirmação de um “comprometimento solidário com a evolução da situação política da Guiné-Bissau, assinalando como encorajadora a recente formação de um governo inclusivo, na esteira do Pacto de Transição e Acordo Político e da Agenda Política de Transição, aprovados em Maio passado pela Assembleia Nacional Popular”. Na terça-feira, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, informou em conferência de imprensa que os Parlamentos da CPLP tencionam deslocar-se à Guiné-Bissau “numa data mais próxima das eleições” presidenciais e legislativas naquele país, que estão previstas para o final do ano. Assunção Esteves declarou que a situação da Guiné-Bissau “exige a todos uma grande disponibilidade de colaborar”.

A presidente da Assembleia da República portuguesa elogiou a “determinação” e a “capacidade hercúlea” do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José-Ramos Horta, ausente da conferência da imprensa, que tem “um plano completo e bem organizado na cabeça” a aplicar na Guiné-Bissau. Na conferência de imprensa conjunta, o vice-presidente do parlamento angolano, João Lourenço, recordou a “clara condenação” do golpe de Estado pela CPLP, mas sublinhou os “progressos bastantes significativos” no diálogo entre os actores políticos, no sentido da realização de eleições. João Lourenço acrescentou ainda que “Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau”.

Sobre a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP que vai decorrer em Luanda no próximo ano, Assunção Esteves afirmou a intenção de uma “uma agenda concreta com recomendações políticas” com a qual será possível “um impulso ao plano político dos poderes executivos”. Entre as recomendações poderão “eventualmente” integrar a liberdade de circulação de cidadãos da CPLP e a adopção de temas-chave, como os direitos das crianças, a cada dois anos. Sobre os protocolos assinados, os parlamentos lusófonos afirmaram que “é importante que não fiquem na gaveta”. Lusa

FAGB em contagem decrescente para eleição do seu presidente


Termina amanhã o prazo de entrega das candidaturas e, até à data, o Presidente Renato Moura  apresenta-se como único candidato. Renovando como tudo indica, Renato Moura torna-se assim no primeiro Presidente desde a fundação da Federação de Atletismo em 1988, a repetir o mandato. Bastante jovem ainda, Renato Moura conseguiu recuperar a confiança da IAAF (Federação Internacional de Atletismo) que tinha suspendido a Federação das suas actividades Internacionais bem como do apoio que dava, organizando Campeonatos Nacionais (excepto o ano passado devido às obras de reconstrução do Estádio 24 Setembro).

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RENATO MOURA o actual presidente da FAGB

Invejável

Renato Moura conseguiu o impossível. Levou o País a participar em vários eventos Internacionais, pela primeira vez, como os Campeonatos do Mundo de Atletismo em Pista Coberta (Qatar e Turquia), os Campeonatos Iberoamericanos (Espanha), os Campeonatos de África (Kenya e Benin) e os Campeonatos do Mundo de Juniores (Canada e Espanha) pela segunda e terceira vez, 1ª Edição Meia Maratona UEMOA. De Salientar ainda a organização da Meia Maratona de Bissau que vem assumindo uma dimensão cada vez maior em parceria total com a Empresa de telecomunicações MTN, que, como tudo indica, deverá ir para a sua 4ª dição em Outubro próximo.

Através do C.O. o País esteve ainda por três vezes na Meia Maratona de Macau com o melhor registo para o 6º lugar de Alexandre Djata na sua categoria em 2011. A participação nos primeiros Jogos Olímpicos na categoria de Juvenis em 2010 em Singapura  e a melhor presença de sempre agora nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, ficam também nos registos desta actual Direcção. Renato Moura foi ainda nomeado nesta nova Direcção do Comité Olímpico da Guiné Bissau,  Secretário Geral adjunto do Comité Olímpico da Guiné Bissau, responsável pelo Marketing e Comunicação e Chefe de Missão deste novo Ciclo Olímpico 2012/2016. AAS

Orgia na APGB: O ministério Público guineense notificou hoje o presidente do Conselho de Administração dos Portos da Guiné-Bissau, Armando Correia Dias (Ndinho), o director geral dos portos, Fernando Augusto Kaby e o director administrativo e financeiro, Armando Rodrigues. São todos suspeitos de desvios de fundos no valor de 1.250.000.000 de FCFA (perto de 2 milhões de euros) dos cofres dos Portos da Guiné-Bissau. Especula-se em Bissau se o processo irá em frente, isto devido à amizade e cumplicidade existente entre o PCA Armando Dias e o procurador geral da Repúlica, Abdú Mané. Mais uma vez a culpa morrerá solteira? Veremos... Para já, estão todos suspensos. Ditadura do Consenso, tinha já avisado sobre a gatunagem existente na cúpula dos portos da Guiné-Bissau. AAS


Ramos Horta adverte: Vem aí fome


ramos horta

O que esperamos de vós?


"É com uma certa esperança que eu e certamente a maioria dos guineenses recebemos a notícia da eleição de novos órgãos da Comissão Nacional de Eleições(CNE). Se para os que rezam dia e noite para que o status quo da tarde/noite de 12 de Abril para cá mantenha este acontecimento é uma tristeza, para nós, cada passo dado rumo ao almejado retorno a ordem constitucional é de aplaudir, pois defendemos sempre que quem decide e deve decidir é o povo e não os senhores de arma e o politicos corruptos.

Não queremos questionar a legalidade ou não deste acto da Assembleia Nacional Popular e nem vamos entrar em detalhes, mas queremos só alertar aos novos membros, principalmente ao Juiz Conselheiro Augusto Mendes a quem tenho enorme respeito e confiança, que o mal de várias equipas da CNE é a falta de coesão entre os membros da comissão ou secretariado executivo (Presidente, Secretário Executivo e os adjuntos). Esta falta de coesão se deveu ao facto de que o interesse partidário sempre estava acima do interesse do país. Mesmo sabendo que tudo se passou na base de transparência, o que o representante ou a pessoa indicada pela parte vencida levava ao partido era diferente do que acontecia na realidade. Para suprir todo esse mal se avançou pela proposta deste órgão ser dirigido por magistrados, que se pensa serem apartidários e que à semelhança do que fazem ou deviam fazer nos tribunais, devem trabalhar na base da lei e das suas consciências, sem pressões políticas, pois, o povo julga que vós estais acima dos partidos.

A confiança depositada em voz (96% dos deputados presentes no hemiciclo votaram em vós - 82 dos 85 deputados presentes) demonstra e agudiza ainda a responsabilidade que recai sobre os vossos ombros.

Uma outra questão que se possa realçar é a juventude da nova equipa. Esta é uma oportunidade para demonstrarmos que já é altura dos nossos velhos entregarem o barco aos jovens. O vosso sucesso refletirá não só ao nível da CNE, mas até dos partidos políticos. Por isso o nome de toda a juventude guineense está nas vossas mãos. A vossa vantagem é que não respondem pelo partido A, B ou C. Não serão chamados a responder em comissões politicas ou comtés centrais, só devem obdiência a lei e apenas a lei, elegendo a verdade e transparência como lema.

Desejo-vos toda a sorte deste mundo.

Bolingo Cá"

Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau - João Lourenço


O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional de Angola, João Lourenço, rejeitou hoje, em Lisboa, que o país tenha deixado de apoiar o processo de estabilização política da Guiné-Bissau. "Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau, um país-irmão, pois, em momento nenhum abandonou a Guiné-Bissau", disse João Lourenço, na conferência de imprensa, no final da reunião, hoje, em Lisboa, de líderes parlamentares da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que abordou a situação política na Guiné-Bissau. Segundo João Lourenço, “o facto de a Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG) ter saído do país, não pode ser entendido que Angola deixou de apoiar a Guiné-Bissau, porque Angola está sempre com o povo guineense". Reafirmou ainda que no quadro da CPLP e das Nações Unidas, "Angola fará tudo para apoiar a Guiné-Bissau em voltar à normalidade constitucional e a pensar na situação económica e social do país".
 
Questionado sobre o actual posicionamento de Angola relativamente à Guiné-Bissau, João Lourenço disse que "com a nomeação de José Ramos Horta, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, constatamos ter havido progressos significativos no sentido do diálogo entre os vários actores políticos". "Se este esforço conduzir às eleições, Angola e a CPLP só terão de se congratular", avançou João Lourenço, que considerou ainda importante que o futuro Governo na Guiné-Bissau seja legitimado pelo voto popular.

Le Monde: "Aqui jaz uma nação conformista. O Brasil acordou!" O povo guineense, esse, continua moribundo... AAS


terça-feira, 18 de junho de 2013

CAN por um...canudo


A seleção da Guiné-Bissau já não compete há mais de um ano e os jogadores guineenses que atuam no futebol europeu pediram a Serifo Nhamadjo, presidente interino do país africano, para criar condições para que haja uma seleção a disputar as pré-eliminatórias para a Taça das Nações Africanas de 2015. O apelo dos jogadores guineenses surgiu após terem vindo a público notícias de que a Guiné-Bissau não iria ter uma seleção a competir nas provas internacionais por falta de verbas, um argumento que Manuel Nascimento Lopes, presidente da federação, não aceita.

«Se a seleção nacional não competir vou colocar o meu lugar à disposição. Seria mau de mais para mim. Se estes jogadores não puderem competir seria uma tristeza enorme para eles e para todo o país», afirmou Manuel Nascimento Lopes, que fez questão de acompanhar os jogadores no apelo ao presidente do país. «É inconcebível a argumentação de falta de verbas», acrescentou, pedindo o esforço a Serifo Nhamadjo para que a Guiné-Bissau possa medir forças com Marrocos em agosto, na pré-eliminatória da Taça das Nações Africanas de 2015.

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Chico-Esperto: Portagem velha, Medida atrasada


"Aly,

Não é que o Governo de Transição decidiu há já um mês instalar um posto de portagens em Jugudul antes daquela enorme rotunda. Tudo que é veiculo paga 500 XOF (quinhentos francos CFA) para passar em ambas as direções, até aqui nada de surpreendente, e é até compreensível que quem vai na direção Jugudul-Mansoa-Bissorã-Farim pague portagem por uma estrada nova que ainda está a ser construida e que precisa ser mantida.

A "novidade" está no facto de que, quem vai na direção Jugudul-Bantamdjan-Bambadinca, numa estrada que já tem cerca de 10 anos ou mais também paga portagens! Não compreendo o porquê desta medida  só agora, depois de muito tempo. Alguns até dirão que é para cobrir os custos de manutenção das estradas, eu pergunto e o dinheiro pago ao Fundo Rodoviário para quê que serve?

Será que não estaremos a cair num caso de dupla taxação? Será que não estamos a pagar duas vezes pela mesma coisa?
Com esse governo nunca se sabe!

C. V. M."

CPLP: Golpistas não entram


Os presidentes dos Parlamentos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se hoje em Lisboa para discutir o reforço da "dimensão parlamentar" da comunidade lusófona e a situação política da Guiné-Bissau.

"A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa forma um grupo de Estados, sobre uma partilha de língua, história e afetos, que não pode ser politicamente desperdiçada", escreve Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, que promoveu o encontro informal dos presidentes dos parlamentos da CPLP. De acordo com Assunção Esteves, a estrutura da CPLP, "negando o isolamento" e realizando uma das formas modernas de cooperação política entre Estados, dá-lhe "virtualidades" que os parlamentos são desafiados a explorar.

"Nesse percurso, está a intensificação das nossas democracias, a atenção empenhada e solidária com a estabilização da Guiné-Bissau, a valorização estratégica das nossas organizações regionais de inserção, a formação de pontes de cada um de nós para elas", acrescenta a presidente da Assembleia da República de Portugal na apresentação do encontro. A sessão de abertura da reunião está marcada para as 10:30 e da parte da tarde conta com a participação de Ramos-Horta, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau.

Delinquentes & Molhados


Nenhum governo digno, de designação democrática, devia perder o seu tempo e nem gastar o dinheiro dos seus contribuintes, com ruins defuntos e com um governo delinquente, como é o caso do regime golpista, narcotraficante e repressor da Guiné-Bissau. Deixem-nos governar com os seus próprios meios. Nem dinheiro para as eleições, que servirá para encher o bandulho a ignorantes, nem nada! Amanhem-se.

O círculo vicioso mantém-se: oficias das forças armadas, vítimas de sanções internacionais, são descaradamente nomeados: até para cargo de embaixador (no caso em concreto, a Gâmbia deve uma explicação...); políticos no aparelho do Estado, e no governo, acossados de envolvimento no tráfico de drogas e de terrorismo - venda de armas para os terroristas colombianos das FARC. É a orgia, o deboche total!

Guiné-Bissau devia, pura e simplesmente, ser encostado às boxes. Deve continuar banido das organizações a que pertence. O Povo guineense devia olhar para o exemplo do Povo brasileiro, um Povo heróico, que contra o gás, as balas de borracha e até de balas reais, mantém-se firme nas ruas, dia após dia, exigindo e reclamando os direitos que lhe são negados. Este sim é um povo ciente, que sabe o que é a democracia.

O golpe de Estado de 12 de abril de 2012 nunca será o "último", como pregam os patetas. Será, isso sim, o toque de alvorada para outro golpe. É apenas uma questão de tempo. O Povo devia levantar-se; os sindicatos deviam, todos, mas todos, parar o País completamente. Quem quiser governar o sol e a chuva - faça o favor! E lembrem-se desta máxima: ninguém tem o direito de obedecer àquele que não tem o direito de mandar! António Aly Silva

segunda-feira, 17 de junho de 2013

De fora


Nenhuma instituição da Guiné-Bissau participou no encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP). “Reconhecemos com alguma tristeza que não tivemos a participação da Guiné-Bissau e isso preocupa-nos”, comentou Jorge Ferrão, reitor da Universidade de Moçambique e presidente da organização, ao fazer um balanço do XXIII encontro anual daquela instituição.

Falando à rádio UFMG Educativa, o líder da Associação lamentou a ausência, afirmando que “há um processo que acontece na Guiné-Bissau que tem a ver com os sistemas políticos. A AULP não está preocupada com isso, estamos preocupados com os académicos, com o sistema de ensino da Guiné-Bissau. Não podemos promover a exclusão desses académicos”, comentou o reitor moçambicano.

Esta preocupação reflectiu-se numa moção de solidariedade aprovada pela assembleia do encontro e na declaração final, onde se lê que a AULP irá solicitar ao secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa o apoio no sentido de transmitir àquelas instituições irmãs a preocupação da Associação pela situação naquele país, desejando-lhe “uma rápida normalização, incluindo a plena participação nas suas actividades”.

A Guiné-Bissau atravessa um período de transição governativa e aguarda pela realização de eleições na sequência de um período de instabilidade, iniciado com o Golpe de Estado de 12 Abril de 2012. No final do encontro, foi anunciado que a AULP pretende criar uma base de dados da produção científica e de informações curriculares que abranja todos os países de língua portuguesa. LusoMonitor

Estado de espírito


Os guineenses têm sido sempre psicologicamente preparados para sofrer. Eu quando os ouço preparo-me. É óbvio que, quando ouvem isto, os cidadãos temem. E tremem. É o Estado a preparar-se para nos ir ao pacote. Quer dizer, para nos irem ainda mais do que já vão num dia normal. Quando políticos e outros começam a falar assim, numa só voz, então é porque vamos ser “sodomizados”. Quando o Estado pede sacrifícios aos cidadãos, então é o próprio Estado que tem um problema entre mãos. Vai daí, enquanto pedem “sacrifícios” numa voz séria mas meiga, obrigam os cidadãos a ajoelhar, de costas, a baixar as calças, e zunga!

É claro que eu, em certas circunstâncias, sou perfeitamente capaz de fazer sacrifícios pelo meu País. Mas quase quarenta anos depois da (in)dependência, acho imoral que nos venham pedir mais sacrifícios. Primeiro, porque nós já fizemos esses sacrifícios nos últimos anos; e depois porque, na verdade, nunca os problemas da Guiné-Bissau foram tão culpa do... Estado idiota da Guiné-Bissau. É verdade que os homens nascem iguais e devem todos ter os mesmos direitos e blá, blá, blá... Porém, há uma grande diferença: nem todos estão ao mesmo nível; uns estão mais avançados que outros e são os que estão mais avançados que devem governar os outros, são eles que sabem. Mas, o que se vê neste País? Os mais atrasados a quererem mandar.

Para que o progresso se faça, é necessário aceitar as diferenças, é necessário que um elemento crie o seu contrário, o qual entrará em contradição com ele para o negar, discutindo, em paz. É que a nós parece que a vida nada ensinou. Se somos cegos, então apalpemos o caminho antes de avançar, senão caímos num buraco. Os guineenses não têm feito outra coisa nos últimos 40 anos que não pagar do seu parco ordenado para manter a bandalheira do Estado. O Estado está com problemas? Então o Estado que resolva os seus problemas e nos deixe em paz... a minha vida, que já leva 47 anos, tem sido um esforço em mostrar a uns e a outros que há sempre lugar para o talvez. António Aly Silva

domingo, 16 de junho de 2013

Homenagem sentida a José Lima Barber


As cerimónias fúnebres do Ex-Vice Gonernador do Banco Central da Guiné-Bissau, marido de Sua Excelência, Senhora Hilia LIMA BARBER Embaixadora da Guiné-Bissau em França, terão lugar esta segunda-feira, dia 17 de junho de 2013, na cidade de Praia, em Cabo Verde às 10 horas (hora local).

Quem podia imaginar que a vida de José Lima Barber viria a terminar bruscamente, em Paris, no dia 6 de junho de 2013? Natural de Cabo Verde, partiu para a Guiné-Bissau como jovem quadro, e da Guiné-Bissau para França, já como reformado - e assim terminou a viagem daquele que foi um dos melhores funcionários de carreira do banco Central da Guiné-Bissau.

Homem da resistência ao Governo colonial português, o Ex-Vice Governador do Banco Central da Guiné-Bissau, teve um papel importante de militância na fuga do senhor Abílio Duarte, primeiro Presidente da Assembleia National de Cabo Verde e dope outros camaradas para Conakry durante os acontecimentos do massacre de Pidjiguiti em 3 de agosto de 1959, onde muitos guineenses perderam a vida.

O "Collectif des Ressortissants, Sympathisants e Amis de la Guinée-Bissau” esteva presente no dia 14 de Junho no 7 Boulevard Ménilmomtant, Paris 11, para render homenagem ao nosso Administrador, Professor da Contabilidade, Membro de honra de Rotary Club e da ONG Solidariedade Polon.

Deu a sua contribuição como filho digno que nasceu na luta, tendo deixado como testemunha a sua assinatura na moeda nacional da Guiné-Bissau.

José Lima Barber participou nas diferentes negociações bancárias internacionais (Alger - Dakar - Paris - Londres etc, na formação dos quadros bancários, e foi também um dos principais Conselheiros económicos dos diferentes governos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

No velório - estiveram presentes o Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Senhor Carlos Gomes Jr, os diferentes corpos diplomáticos acreditados em Paris (Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Senegal, Gâmbia,  etc.), e diferentes personalidades guineenses - a filha do malogrado, Ana Denise Lima Barber, Advogada, agradeceu a todas as pessoas e pronunciou um discurso carregado de muita emoção que falava da vida e obras do seu pai provocando lágrimas na sala. Revelou a profunda humanidade do homem, do cidadâo de dois países que participou na história dos dois povos. A mensagem de Ana Lima Barber foi a seguinte:


JOSÉ LIMA BARBER,

Um HOMEM que fez toda a sua carreira ligada ao banco, tendo passado do Banco Nacional Ultramarino (BNU) para o Banco Central da Guiné-Bissau, onde desempenhou um papel muito importante.
Um Cabo-verdiano-Guineense, que conseguiu unir a Guiné-Bissau e Cabo Verde, à sua maneira, o que, aliás, prova o seu espírito de UNIÃO.

Um HOMEM do povo, que adorava a sua FAMÍLIA, fonte de tudo, no seu entender.
Humilde, atencioso, meigo, de fino trato, QUE PROCURAVA SEMPRE DAR, AJUDAR, sem nunca esperar nada em troca.
HOMEM que soube sempre encarar todos os problemas da vida com tranquilidade, sensatez, sacrifício... sem nunca ter perdido o sorriso nos lábios.

De uma Cultura Geral, invejável, pois adorava ler e aprender.
Um matemático nato, resolvia as equações de matemática com uma rapidez singular e atraía a atenção das pessoas pela facilidade e forma como contava as notas (dinheiro)!

Tinha PALAVRAS Sábias para todas as situações. Um grande Humorista, sempre a brincar e a sorrir.
Nunca se aborrecia, a menos que fosse alguma deslealdade irresponsabilidade ou traição.
Dizia que a sua MISSÃO era SERVIR as pessoas e não servir das pessoas.
Amado e respeitado por todos os quadrantes políticos e sociais,
Amigo de todos, não interessa a cor, o género, a raça ou a religião.,
JLB soube transmitir aos filhos, Princípios, Valores, Respeito pelo Próximo, que perdurarão para sempre, no dizer destes.

Enfim, quem conheceu este HOMEM, que deixou marca indelével não só no coração de todos aqueles que tiveram oportunidade de conviver com ele, mas também no próprio sistema bancário guineense, teve um Grande PRIVILÉGIO!
Este GRANDE MESTRE Cabo-verdiano/ Guineense, que amou estas duas pátrias como ninguém, deixou um GRANDE VAZIO no seio da sua família e amigos.

Que a sua ALMA descanse em PAZ!

Ana Lima Barber

sábado, 15 de junho de 2013

Narco...estudo


Guiné-Bissau nas BOCAS do MUNDO (especial atenção à 'caixa' amarela, nas páginas 14 e 15)

Que isto fique bem claro


"A CPLP está certa de que a nova dinâmica no país reflete a vontade de todas as partes de junto trabalharem com vista à normalização da vida no país e ao pleno respeito aos direitos humanos, incluindo a possibilidade de regresso dos cidadãos no exílio, contribuindo assim para o retorno da Guiné-Bissau ao concerto das Nações. Encorajamos o Governo a adotar medidas que permitam a realização de eleições livres, justas e transparentes, ainda no decurso de 2013, com vista à reposição da ordem constitucional e democrática no país irmão da Guiné-Bissau, subvertida pelo golpe de estado militar de 12 de Abril de 2012."

Comunicado da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

PAIGC/Direcção da Célula do partido em Portugal


COMUNICADO

Para os devidos efeitos se comunica que, no próximo domingo, dia 16 de Junho, a Direcção da Célula do PAIGC em Portugal reunir-se-á com o camarada António Óscar Barbosa, Membro da Comissão Permanente e Responsável do Departamento das Relações Exteriores do PAIGC.
 
Mais se comunica que a referida reunião é de carácter informativo e terá início pelas 13 horas no Salão do Dr. José Alage Baldé, sita na Zona Industrial de Massamá, junto ao BOWLING.
 
Em virtude da transcendente importância da mesma, a Direcção da Célula do PAIGC em Portugal apela à participação de todos os seus Membros e enaltece o imperativo da intransigente observação da pontualidade, como forma de rentabilizar o tempo útil disponível.

Feito em Lisboa, aos 15 dias do mês de Junho do ano de 2013.
 
O Presidente da Direcção
 
Iafai Sani

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Indjai de saída do cargo de CEMGFA


O General António Indjai deixará em breve o cargo de CEMGFA – conformado que agora está com a “imperiosidade” do seu afastamento como forma de permitir e/ou facilitar uma melhoria da imagem externa da Guiné-Bissau e pôr termo ao cerrado isolamento internacional em que o país se encontra, avançou hoje o África Monitor.

De acordo com esta publicação, o seu substituto no cargo deverá ser o General Tomás Djassi, de 45 anos, de etnia balanta, e actual comandante da Guarda Nacional. Tomás é considerado próximo de António Indjai – uma condição que também terá influenciado a sua escolha, dada a necessidade de assim “mitigar” resistências do ainda CEMGFA à sua retirada.

O quotidiano de António Indjai deixa já transparecer um afastamento de facto da função de CEMGFA. Por exemplo, na sua circulação em Bissau passou também a usar viaturas civis e a sua escolta foi despojada do antigo aparato – evidências também remetidas para preocupações de segurança do próprio, como a de se rodear de maior discrição.

As relutâncias de António Indjai ao seu afastamento do cargo de CEMGFA claudicaram face a pressões internacionais baseadas no argumento de que isso constituía condição “sine qua non” para pôr termo ao isolamento da Guiné-Bissau, tendo em conta o seu estatuto de “persona non grata”, na Europa e, sobretudo, EUA.

A CEDEAO representou o principal foco de pressão sobre António Indjai. Os CEMGFA’s dos 5 países com forças destacadas na Guiné-Bissau ao serviço da ECOMIB (Nigéria, Costa do Marfim, Burquina Fasso, Senegal e Togo) reuniram-se a 4 de Junho, em Bissau, com António Indjai numa iniciativa visando persuadi-lo a afastar-se.

Os 5 chefes militares, numa atitude inferidamente destinada a “amolecer” reticências de António Indjai, prometeram-lhe uma “saída honrosa”, i e, será ele a pedir a demissão e esta terá como enquadramento legal e em termos de oportunidade o lançamento próximo do processo de reforma das forças armadas e de Segurança. Numa medida destinada a transmitir tranquilidade a António Indjai, os chefes militares da CEDEAO prometeram-lhe assistência jurídica destinada a habilitá-lo a organizar a sua defesa face às acusações dos EUA. O princípio da presunção de inocência (António Indjai nega as acusações), é o argumento justificativo da atitude dos chefes militares, conclui o África Monitor.

UE vai dar pérolas aos porcos...


O representante da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau, Joaquim Gonzalez Ducay, reafirmou que a organização vai apoiar técnica e financeiramente as eleições gerais do país, que devem ocorrer em novembro deste ano. "Já confirmámos que a União Europeia está pronta para contribuir para o financiamento do processo eleitoral com fundos e apoio técnico", observou Gonzalez Ducay, quando questionado sobre o que a UE pensa fazer daqui para a frente em relação à Guiné-Bissau.

Questionado sobre se a sua presença na posse dos novos dirigentes da Comissão Eleitoral significa o reconhecimento das autoridades de transição, o embaixador disse que a a UE quer falar antes do apoio às próximas eleições gerais. "Estamos a falar do apoio ao processo eleitoral para o regresso da ordem constitucional. Esta é uma etapa importante, vamos proceder por etapas. Vamos continuar com os apoios em função da evolução dos acontecimentos", sublinhou Gonzalez Ducay.

O diplomata europeu reconheceu que foram dados passos importantes com a criação do novo Governo inclusivo e agora com a posse da nova equipa dirigente da CNE, mas disse faltar ainda a marcação da data das eleições. Gonzalez Ducay afirmou também que o novo Governo criado na semana passada tem a responsabilidade de preparar as eleições dentro dos padrões internacionalmente aceites. "O Governo tem uma grande responsabilidade de gerir o processo de transição até à realização de eleições que se querem livres, justas e transparentes e que permitam ao país regressar à ordem constitucional", acrescentou. LUSA

NOA: A UE não tem emenda mesmo...financiar eleições para depois haver outro golpe de Estado??? As autoridades guineenses deviam pagar - ou a CEDEAO por eles - todo o processo conducente à realização das eleições! Mas, vocês lá saberão... AAS

Guiné-Bissau: 13 mil crianças sofrem de alguma deficiência


A maior parte das deficiências detetadas em crianças na Guiné-Bissau podiam ser evitadas através de vacinas e boas práticas de higiene, disse hoje o representante da UNICEF no país, que considera também prioritário "transpor a barreira da discriminação". Abubacar Sultan falava na cerimónia de apresentação em Bissau do último relatório global da UNICEF sobre a infância, este ano sobre "Crianças com Deficiência".

Na Guiné-Bissau, disse Abubacar Sultan aos jornalistas, não existem muitos dados estatísticos embora relatórios de 2010 apontem para cerca de 13 mil crianças com alguma deficiência, num universo de 1,5 milhões de pessoas. Cruzando outras informações, nomeadamente junto de hospitais, o responsável admite que o número seja superior. Na Guiné-Bissau é frequente as famílias esconderem as crianças com deficiências, pelo que Abubacar Sultan entende ser esse "o principal desafio e a principal mensagem", a de "transpor a barreira do estigma e da discriminação". "O nosso lema é o de que é necessário ver primeiro a criança e depois a deficiência", disse, acrescentando ser necessário também que se comece a debater de forma mais aberta o problema e a "expor mais a criança".

Falecimento de José Lima Barber - Comunicado


A família LIMA BARBER informa que hoje, 14 Junho de 2013, terá lugar no 7, Boulevard MENILMONTANT, Paris 11, as cerimónias do velório de Sua Excelência, Senhor JOSÉ LIMA BARBER, Ex-Governador do BANCO CENTRAL da Guiné-Bissau, marido de Sua Excelência, Senhora Embaixadora, Hilia LIMA BAERBER, falecido no dia 6 de junho no American Hospital of Paris, Neuilly-Sur Seine.

As cerimónias fúnebres terão lugar na proxima segunda-feira, em Cabo Verde, na cidade da PRAIA, sua terra Natal, às 10 horas.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

E tudo voltará ao normal...mas só depois das eleições


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) divulgou um comunicado sobre a formação de novo governo na Guiné-Bissau, manifestando apoio ao processo de normalização política e social e realização de eleições. "A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tomou conhecimento com satisfação da formação e tomada de posse de um Governo inclusivo na Guiné-Bissau, no dia 7 de Junho de 2013", lê-se na nota divulgada pelos governos dois oito estados membros.

"A CPLP está certa de que a nova dinâmica no país reflete a vontade de todas as partes de junto trabalharem com vista à normalização da vida no país e ao pleno respeito aos direitos humanos, incluindo a possibilidade de regresso dos cidadãos no exílio, contribuindo assim para o retorno da Guiné-Bissau ao concerto das Nações". De acordo com o comunicado, a CPLP "encoraja o Governo a adotar medidas que permitam a realização de eleições livres, justas e transparentes, ainda no decurso de 2013, com vista à reposição da ordem constitucional e democrática no país irmão da Guiné-Bissau, subvertida pelo golpe de estado militar de 12 de Abril de 2012."

A organização que reúne Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Lesta,  "reafirma o seu compromisso de continuar a apoiar e trabalhar em prol da convergência dos esforços em curso para a estabilização da Guiné-Bissau, em particular os desenvolvidos pela União Africana, Nações Unidas, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e União Europeia." Finalmente, a CPLP saúda "a dedicação e o trabalho" realizados pelo Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, o ex-Presidente José Ramos-Horta [de Timor Leste], e pelo Representante Especial da União Africana na Guiné-Bissau, Embaixador Ovídio Pequeno [de São Tomé e Príncipe].

Simplesmente inédito


Acabei agora mesmo de pesquisar o meu blogue favorito, “DITADURA DO CONSENSO”, para me inteirar dos últimos acontecimentos no meu País e estabelecer as devidas correlações entre a decepção e a esperança. De acordo com o meu calendário, estamos precisamente no dia 11 de Junho de 2013, e BRAIMA CAMARÁ é um dos candidatos à liderança do PAIGC.

Tive a oportunidade de ler muita notícia a respeito do cidadão e candidato BRAIMA CAMARÁ; comentei muitos disparates a seu respeito; acusei-o de tudo e mais alguma coisa; atribuí-lhe adjectivos que, por uma questão de respeito para com os possíveis leitores deste meu artigo, faço questão de não mencionar; conotei-lhe com todos os males que possam de facto existir e com os que só podiam ser produzidos pela minha imaginação, embora nunca o tenha conhecido e nunca tenha sequer cruzado com ele. Sou produto de uma sociedade onde tudo isto é possível, não por maldade, mas, por deslize (para agradar o interlocutor); por arrasto (porque toda a gente diz as mesma coisas); por complexo (para os outros não pensarem que sou ignorante); porque faz parte da nossa conduta cívica (acusar, julgar na praça pública e condenar e só depois ouvir o depoimento do réu).

Estive presente no Hotel “CLARIDGE”, em pleno Triangle d`Or de Paris, onde BRAIMA CAMARÁ fez questão de se reunir com a comunidade guineense e, reconheço que fiquei profundamente maravilhado e rendido às evidências, no que diz respeito as suas qualidades humanas, políticas e profissionais. Impressionou-me sobretudo a sua humildade e total disponibilidade de esclarecer tudo (sem reservas nem tabus), o que se prende com a sua vida privada, proporcionando aos presentes um panorama esclarecedor do que tem sido o seu percurso de vida e as batalhas que teve de enfrentar para chegar onde chegou e sentir-se hoje em condições de reclamar uma oportunidade como Militante do PAIGC e cidadão guineense, para liderar o Partido de Amílcar Cabral e servir dignamente o seu País.

As intervenções que ouvi naquela sala, ajudaram-me a decifrar os sofisticados contornos que envolvem o Mundo da política, sobretudo quando se refere ao seu exercício num País socialmente atrasado e intolerante como a Guiné-Bissau, onde todos os meios (calúnias, intrigas, mentiras, acusações infundadas, traições, conspirações, etc.), são aplicáveis e se justificam plenamente, perante os objectivos que se pretende atingir. Compreendi finalmente que BRAIMA CAMARÁ, à semelhança de todos os grandes políticos do PAIGC, com os quais tive oportunidade de me privar no passado e que sonhavam com o progresso da Guiné-Bissau, está a ser mais uma vítima destes males, que em nada contribuem para dignificar a nossa imagem no Mundo.

Ouvindo BRAIMA CAMARÁ a falar da sua vida, deduzi que é um jovem normal, como os demais da sua geração, e que, embora tenha surgido das entranhas do sistema que hoje pretende liderar, abdicando dos privilégios, que lhe eram naturalmente reservados, viveu, cresceu e lutou a sua maneira, aceitando desafios, enfrentando adversidades, coleccionando sucessos, para compilar as bases que hoje suportam a sua imagem: Integridade, Patriotismo, Tolerância, Humildade, Franqueza, Transparência, Firmeza e Profunda Convicção.

Este encontro em Paris, que o próprio BRAIMA CAMARÁ, humildemente designou de “Encontro de Auscultação” com os Militantes do PAIGC e todos os cidadãos guineenses não-indiferentes à situação do nosso País e que estejam facultados e interessados em contribuir para o enriquecimento do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, à semelhança do que já tinha feito em Portugal, assim como em todos os sítios por onde tem passado, sem esquecer do périplo que o levou à todas as regiões do País, num gesto inédito, que espelha profundo respeito pelos Militantes do seu PAIGC e pelo povo guineense em geral, dando-lhes a conhecer o seu Projecto e aproveitando a oportunidade para acatar as suas preocupações.

Com esta prática inovadora, BRAIMA CAMARÁ imprimiu nova dinâmica à vida política nacional; restituiu vitalidade ao PAIGC que com muitas dificuldades se recompunha dos efeitos devastadores do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012; obrigou os outros candidatos a abandonar a sua zona de conforto e arregaçar as mangas, fazendo-lhes reconhecer que a vitória no Congresso não é um dado adquirido e que é preciso fazer por ela; ergueu bem alto o símbolo do Partido que libertou a Guiné e Cabo Verde; falou com toda a gente e acalentou a esperança do nosso povo num futuro de Paz e Prosperidade; com este anúncio da sua candidatura, feito ao estilo das Primárias Norte Americanas, BRAIMA CAMARÁ elevou o exercício do Poder á um nível qualitativamente novo e o próprio Congresso deixou de ser uma mera rotina de sucessão do Poder, para adquirir uma ressonância digna da Convenção de um Partido histórico e libertador.
Baseando na minha constatação dos factos, reconheço que BRAIMA CAMARÁ me surpreendeu pela positiva e espero que o PAIGC saiba tirar o máximo proveito desta autêntica enciclopédia humana, cuja única ambição é partilhar com o seu Partido e o seu Povo as experiências acumuladas e as relações estabelecidas em diferentes fases da sua vida e colocar o seu intelecto ao serviço do seu País.
Um novo admirador de Braima Camará

Paris, França

NOVA SONDAGEM DC - VOTE, PELA SUA SAÚDE... AAS

Certório na hora certa


Procurador Geral, este é o CERTÓRIO BIOTE. Um passarinho segredou-me que você terá dito que não sabia quem era o cara. Cá vai então. Obrigadão, pá! AAS

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Conselhos inaceitáveis


Serifo Nhamadjo presidiu hoje ao primeiro Conselho de Ministros do recente governo 'inclusivo' nomeado a 6 de Junho. Em declaraçoes à imprensa o presidente imposto pela CEDEAO não hesitou em afirmar que aconselhou os novos ministros para "evitarem de actos de exonerações e nomeações dos novos dirigentes de administração pública" tais como directores gerais, presidentes dos institutos e empresas públicas etc.

Ora bem. Aliás, ora mal!!! Estas declaraçoes estão descontextualizadas e são completamente ilegais, e traduzem-se numa intromissão grosseira nas competências exclusivas do governo e dos ministros em particular. Para os menos atentos, o presidente golpista da CEDEAO pretende com estas suas inaceitáveis declaraçoes atingir dois objectivos essenciais: primeiro, condicionar o exercício normal de competências dos recém nomeados ministros que não fazem parte do barco golpista por ele pilotado; segundo, ele pretende com esta falsa recomendação proteger vários indíviduos nomeados por sua encomenda, em vários ministérios e estruturas periféricas da administração pública para apoderarem dos parcos recursos públicos.

Se não fossem estas as motivações, então pergunto: porque é que este indíviduo hipócrita não deu as mesmas recomendações ao primeiro-ministro Rui Barros e ao seu colectivo ministerial no anterior governo empossado em Maio 2012?

Como é do conhecimento público, mal tomou posse, aquele governo desencadeou uma perseguição contra todos os aqueles que não comungavam os ideais golpistas. Aquela operação de vassourada na adminsitração pública era comandada pelo porta disparate Fernando Vaz, com o beneplácito do próprio Serifo Nhamadjo, e dos militares. Quantos directores gerais, presidentes de institutos, PCAs de empresas públicas, directores regionais e dos liceus, foram compulsiva e abusivamente exonerados das suas funções? Até directores dos serviços dos vários ministérios foram afastados das suas funções num acto de ódio e de perseguição política nunca antes vista na Guiné-Bissau.

Aliás, recentemente, três jovens quadros qualificados foram afastados das suas funções pelo porta disparate invocando argumentos falaciosos entre as quais serem "visitants assíduous" do blog Ditadura do Consenso - que o próprio Fernando Vaz consulta várias vezes ao dia e com o coração nas mãos? Naquela altura, o presidente golpista da CEDEAO manteve-se surdo e mudo porque aqueles indíviduos, na sua maioria pessoas altamente competentes, não eram golpistas, e, por conseguinte, não seriam merecedores da sua protecção. Nos seus postos foram nomeados indíviduos cuja maioria não dispõe de experiência necessária e muito menos qualificações, requeridas para o lugar.
Por favor, presidente da CEDEAO: tenha vergonha!. Nenhum governo, nenhum ministro tem a obrigação de cumprir com estes seus conselhos viciados e inconstitucionais. António Aly Silva

ÚLTIMA HORA: Augusto Mendes é o novo presidente da Comissão Nacional de Eleições. AAS

DROGA - Explique-se, senhor ministro Certório Biote


O AVIÃO DOS MEDICAMENTOS

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CERTÓRIO BIOTE, MINISTRO DOS RECURSOS NATURAIS, SUSPEITO DA INTERPOL NO TRÁFICO DE DROGAS

Em Julho de 2008, a turbulência voltou a atingir o país. Um avião a jacto desafiou tudo e todos fazendo-se à pista do aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissalanca, a apenas 7,5 km da capital. Proveniente da Venezuela, veio a saber-se que esse voo não tinha sequer autorização para sobrevoar o espaço aéreo guineense e muito menos para aterrar. Toda a gente foi apanhada desprevenida – menos a classe castrense, sobretudo aquela que está na base aérea, contígua ao aeroporto civil. Sabiam de tudo, ainda que dissessem o contrário.

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ESTE É O AVIÃO QUE ATERROU DESCARADAMENTE NO AEROPORTO INTERNACIONAL OSVALDO VIEIRA. SEGUNDO A TROPA, “TRAZIA MEDICAMENTOS”. MAS A POLÍCIA JUDICIÁRIA DESMENTIU TUDO. ERA COCAÍNA, E DA BOA.

Assim que aterrou e se imobilizou na placa do aeroporto, os militares cercaram o aparelho, armados de AK-47, e proibiram a impotente polícia científica da Polícia Judiciária de se aproximar sequer do avião. O braço-de-ferro e as trocas de acusações entre a polícia, o governo e os militares duraram desesperantes duas semanas. Porém, com o cerco a apertar-se cada vez mais, quer pela imprensa quer pela opinião pública, além da comunidade internacional, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Papa Camara - que os EUA tinham acusado pouco tempo antes de envolvimento no tráfico de drogas - e de Bubo Na Tchuto, hoje nas mãos da norte-americana DEA, acusado dos mesmos crimes) veio publicamente dizer que se tratava apenas de “medicamentos para as forças armadas”.

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INTERPOL DESCOBRIU QUE A CARRINHA, NA IMAGEM, QUE SERVIU PARA TRANSPORTAR A DROGA PERTENCIA AO ACTUAL MINISTRO E MILITANTE DO PRS, CERTÓRIO BIOTE

A Polícia Judiciária, através da sua directora-geral, Lucinda Barbosa Aukharie, veio logo a terreiro desmentir prontamente a tropa: “Desde o início que a PJ sabia que se tratava de droga.” E disse mais, disse algo que desarmaria a patética teoria dos militares: “As embalagens são iguais às encontradas na operação anterior.” Ainda assim, e mesmo debaixo dos olhares da impotente PJ, os militares, sempre de kalashnikov em riste, reforçaram a sua teoria e rebocaram o avião para dentro de um hangar desactivado, tendo descarregado todos os pacotes – um a um. Sem qualquer resistência. E esperaram que as coisas acalmassem. Porém, o barulho continuou, ganhando contornos cada vez mais obscuros. E mais decibéis. Assim, e perante uma cada vez mais forte pressão internacional, os militares acabaram por ceder.

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OS DOCUMENTOS FOTOGRAFADOS PELA INTERPOL NÃO DEIXAM DÚVIDAS. A CARRINHA É DE CERTÓRIO BIOTE

Dois agentes federais norte-americanos, entre eles Russell Benson, da DEA, e também alguns portugueses chegaram a Bissau para ajudar as autoridades guineenses nas investigações que se seguiriam. Não viram um grama de cocaína (desaparecera misteriosamente, até hoje), mas em contrapartida os norte-americanos fizeram revelações surpreendentes: os pilotos eram todos venezuelanos e um deles, a cereja no topo do bolo, dava pelo famoso nome de Carmelo Vázquez Guerra, um títere procurado pela Interpol, e meio mundo mais, por tráfico de droga e a quem os norte-americanos viriam a reconhecer a façanha de, num único carregamento, ter traficado cinco toneladas e meia de cocaína do México para os Estados Unidos da América – um feito que os yankees nunca esquecerão.

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A CARRINHA DE CERTÓRIO BIOTE SERVIU PARA TRANSPORTAR A COCAÍNA DO AVIÃO PARA O HANGAR, ONDE UMA MITSUBISHI CANTER AGUARDAVA

Carmelo Vázquez Guerra e os seus comparsas foram detidos numa cela da Polícia Judiciária, mas, curiosamente – ou não –, e perante a incredulidade de todos, comunidade internacional incluída, a justiça guineense viria autorizar a sua libertação. Tanto de Vázquez Guerra como do resto da tripulação, que passeavam por Bissau sem receio, como quem se sente bem protegido. Russell Benson, sem nada mais poder fazer, desabafou apenas, em surdina, que o que mais desejava “era ver o senhor Vázquez Guerra ser conduzido para o México, para ser julgado por tráfico de droga”. Ficou a intenção.

Agora, tem a palavra o procurador-geral da República, Abdu Mané... António Aly Silva

terça-feira, 11 de junho de 2013

Guiné-Bissau: Portugal e Brasil querem "eleições livres"


Portugal e Brasil apelaram ontem ao fim do conflito na Síria e acolheram com satisfação a formação de um governo "inclusivo" na Guiné-Bissau que deve promover eleições e subordinar os militares ao poder civil. A Declaração Conjunta da XI Cimeira Portugal-Brasil, no final do encontro entre o primeiro-ministro português e a chefe de Estado brasileira hoje em Lisboa, formula votos para que o governo da Guiné-Bissau "se concentre na preparação de eleições gerais livres, justas e transparentes até ao final do período de transição contribuindo para a restauração da ordem constitucional e democrática na Guiné-Bissau e para a uma solução consensual e sustentável para instabilidade que tem vindo a afetar o país". Os dois países, sublinharam ainda a importância da subordinação dos militares guineenses ao poder civil e a "luta" contra a impunidade e respeito pelos Direitos Humanos. LUSA

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Agora é que são elas...


... A Europa nua e crua.

Portugal adopta guineense que foi recusado pelo seu próprio País...


O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) está já a tratar dos procedimentos legais com vista à permanência autorizada do jovem de 25 anos. De acordo com informações recolhidas pelo JN, a ordem de expulsão de Portugal deverá ser, a muito breve trecho, dada como sem efeito.

Para ajudar à regularização do caso contribui o facto de o pai de Suleimane - com quem Suleimane Camará veio ter a Portugal, vindo da Suíça - ser titular de nacionalidade portuguesa. Mané Camará está em Portugal há mais de 10 anos, trabalhando 16 horas por dia na construção civil. No dia seguinte à chegada a Portugal, o filho foi detido, por suposta permanência ilegal no país. Volvidos 55 dias de detenção num centro de instalação temporária de estrangeiros, recebeu ordem de expulsão. Não terá sido devidamente valorado o facto de ser familiar de cidadão português - o que lhe confere o direito a, pelo menos, lhe ser passada uma autorização de permanência.

O guineense que há um mês foi alvo de duas tentativas frustradas de expulsão de Portugal vai poder, afinal, ficar em Portugal de forma legal. A entrada de Suleimane na Guiné fora rejeitada duas vezes. JN

Diáspora guineense ouviu atentamente Braima Camara


O salão de Aulnay-Sous-Bois nos arredores de Paris foi pequeno para albergar mais de uma centena de guineenses ligados ao PAIGC, que convergiram de todos os pontos da França para responder ao convite do candidato à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, camarada Braima Camara. Pode-se considerar o encontro entre a comunidade guineense e o candidato a liderança do PAIGC como de grande sucesso pelo elevado interesse que suscitou e pelas inequívocas demonstaçao de apoio que uma esmagadora maioria presente expressou de forma categórica o seu apoio indefectível a Braima Camara. Em primeiro lugar falou Jorge Monteiro, responsável pela Célula do PAIGC em França, que agradeceu a presença massiva dos guineenses, que considerou como um sinal de esperança para a Guiné-Bissau, tendo ainda salientado que, citamos, "estamos aqui porque acreditamos no PAIGC, porque sentimos o PAIGC e apesar das pressões que recebemos de Bissau, estamos aqui porque queremos escutar as propostas de Braima Camara, saber o que tem para nos dar enquanto potencial líder do nosso Partido, o que permitirá a cada um de nós tirar as suas ilações".

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Para Jorge Monteiro o que se quer, citamos, "é sempre o mais e o melhor para o PAIGC e quem nos der maiores garantias e esperanças, será sempre o nosso candidato, será sempre o candidato de todos os que sentem e amam o PAIGC e então será aquele que merecerá a nossa total e incondicional esperança". Por seu turno, Roberto Pinto, representante do Projecto " por uma liderança democrática e inclusiva" em França na sua curta intervenção, sustentou que, citamos, "temos que ter em devida conta não só a importância, como a oportunidade desta candidatura, que deve ser interrogado como o romper com praticas antigas e o ressurgimento de um PAIGC em conformidade com os requisitos exigidos pela modernidade e pelo desenvolvimento".

Martilene dos Santos, da direccâo superior do PAIGC e da Comissao Estrategica de Apoio ao Projecto "por uma liderança democratica e inclusiva" teceria a seguir algumas consideraçôes sobre o estado de saude do PAIGC actual e das perspectivas que se abrem ao partido com a eleicao a presidencia do PAIGC por Braima Camara.

Oscar Barbosa "Cancan", membro da Comissão Permanente do Bureau Politico, Secretario para as Relações Exteriores e Cooperação e Porta-Voz do PAIGC, disse não estar mandatário pela Dicção Superior do Partido e que falaria na sua qualidade de apoiante e integrante da estrutura de apoio à candidatura dee Braima Camara a liderança do PAIGC, que considerou, como sendo "uma candidatura necessária, oportuna e de salvação do PAIGC".

Oscar Barbosa explicou as razoes pelas quais uma esmagadora maioria da actual direcção superior do PAIGC , aos níveis do Bureau Politico e do Comité Central e da própria Bancada Parlamentar do PAIGC, decidiu escolher Braima Camara para liderar o projecto "por uma liderança democrática e inclusiva", para logo criticar asperamente os que estão a aproveitar esta fase da vida interna e do exercício democrático interno do PAIGC para denegrir a imagem de alguns camaradas, principalmente dos que optaram em aderir ao projecto liderado por Braima Camará, tentando, inclusive, a partir de Bissau, sabotar a missão de explicação e promoção encetada por ele junto a disporá guineense na Europa.

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Oscar Barbosa "Cancan" sustentou ainda na sua intervenção proferida junto aos guineenses radicados em Franca que "as características que Braima Camará reúne levaram uma maioria esmagadora de Deputados da Bancada Parlamentar do PAIGC, uma maioria esmagadora se dirigentes do Comité Central, bem como jovens, mulheres e quadros, em momentos diferentes, mas que convergiram todos na mesma visão sobre a pessoa, a personalidade e a capacidade do nosso candidato, propondo-lhe assumir a direcção deste projecto ambicioso de fazer restituir o Partido de Cabral ao seu verdadeiro lugar no panorama político nacional".

Ainda segundo Oscar BARBOSA "Braima Camara é tolerante, dinâmico, patriota, empresário de sucesso, Politico e Deputado emérito e foram estes pressupostos que nos levaram a ser a nossa opção para a liderança do PAIGC".

Oscar Barbosa "Cancan" criticou duramente “os que a todo o custo, tentam denegrir a sua imagem e dos dirigentes que o apoiam com a propagação de falsas acusações, quando estes na sua esmagadora maioria e nos momentos mais difíceis da vida do Partido, deram o rosto, lutando de forma corajosa e convicta em defesa do Partido, sobretudo, os que a partir do 12 de Abril corajosamente e em lugares diferentes, lutaram sem medo para colocar o PAIGC ao nível em que ele hoje se encontra".

Neste caso concreto, sustentaria ainda Cancan que, citamos, "o nosso candidato a Presidência do PAIGC, camarada Braima Camará preenche todos os requisitos, quer de ordem moral, quer políticos, quer materiais, com a grande particularidade de ter vencido na vida todas batalhas que enfrentou, daí a as razoes da nossa escolha e da nossa esperança".

A terminar a sua aposentação, Oscar Barbosa "Cancan" em razão de algumas questões levantadas por alguns guineenses sobre o surgimento de varias andidaturas à Presidência do PAIGC, "embora existam aparentemente muitos candidatos, a proliferação dos mesmos significa para o nosso projecto a existência de uma vitalidade democrática e a existência de um quadro com valores. O que não pode nem deve ser interpretado como sendo uma disputa interna".

Braima Camara após agradecer de forma comovida a resposta afirmativa ao seu convite a todos quantos vindos de todos os cantos da França para responderem ao seu convite, diria, citamos, "não tenho palavras para agradecer tamanho gesto de solidariedade, tamanho gesto de patriotismo, pois o vosso interesse para além do PAIGC é a própria Guiné-Bissau, algo que para nós é urgente e prioritário resgatar e credibilizar".

Antes de prosseguir, Braima Camara disse que "gostaria de escutar todos quantos aqui estão, as suas duvidas, as suas criticas, as suas esperanças, pois sei que uma grande e esmagadora maioria de vocês querem regressar a nossa terra, mas também sabemos que a permanente instabilidade tem vindo a protelar ou adiar esta vossa legitima pretensão", para logo concluir, citamos, "nós somos uma nova geração de políticos e novas esperanças do PAIGC, daí o nosso interesse de aprender, escutando os vossos conselhos, as vossas sugestões, as vossas criticas ou reclamações, pois isso ajudar-nos-á a melhorar de forma permanente e sustentável a nossa Moção de Estratégia".

Mais a frente, Braima Camara sustentaria que a sua visita de contactos a disporá guineense na Europa se inscrevia no seu desejo se armar melhor para enfrentar a luta democrática que se trava internamente no seio do PAIGC que considerou como salutar e benéfica para o futuro do Partido, porque "quando há um debate de ideias serio e responsável há sempre novas e sustentáveis ideias que podem ganhar força e neste disputa democrática há muitos candidatos e todos têm no seu horizonte o bem da Guiné-Bissau e que ganha aquele que merecer a confiança dos nossos militantes representados pelos congssistas eleitos das estruturas de base do nosso Partido, pois para mim ser Presidente do PAIGC para além de ser uma grande honra e um acto de dignidade, não constitui uma obsessão e se as urnas ditarem um vencedor, mesmo que seja o meu mais ferrenho adversário, estarei sempre do seu lado, dando-lhe todo o meu apoio, de forma transparente e honeste e sem equívocos. Ele será sempre o meu Presidente do PAIGC".

Braima Camara sustentaria ainda que a sua "candidatura recebeu o apoio de todos os sectores da vida do partido e muito em particular dos Combatentes da Liberdade da Pátria e dentre eles muitos históricos, facto que me encorajou e estimulou", para de seguida, afirmar "agora gostaria de ouviras vossas preocupações".

A seguir, cerca de vinte e dois dos cerca de centena e meia de guineenses presentes colocaram sem servas as suas questões, dos quais vamos sintetizar as principais:

- queremos regressar e com o surgimento deste projecto temos já garantida essa esperança;

- vou regressar a Guiné-Bissau por causa de Baima Camara, porque sei que ele é justo e correcto e isso da-me seguranca e tranquilidade;

- pela sua juventude, pela convicção dos seus argumentos e pela clareza das suas ideias ele é a esperança dos guineenses e por isso vamos rezar por ele e pelo seu projecto para uma nova Guiné-Bissau;

- se Braima Camara conseguir unir e estabilizar o PAIGC, vai ser o fim da instabilidade quase crónica que se vive na nossa terra, mas também vai ser o fim de muitos partidos políticos, pois tenho a certeza que muitos saíram ou abandonaram o PSIGC por este ou aquele motivo vão regressar ao seu partido se origem, pois todo aquele que já foi PAIGC jamais o deixara de o ser ou sentir;

- Braima Camara émula acérrimo defensor e apoiante da cultura guineense e quem aposta na cultuarem não só capacidade como noção da sua importância na unificação e desenvolvimento, pois Amilcar Cabral sempre defendeu a cultura como uma importante arma de libertação;
- nasci PAIGC, o meu pai morreu nas mãos do PAIGC, saí com raiva e ódio do PAIGC, mas com o surgimento de Braima Camara há uma luz do fundo túnel que me esperança de poder voltar para o meu partido e para o meu país, pois ele pelo que já li e escutei será a salvação da Guiné-Bissau e por ele regresso a partir de hoje ao PAIGC;

- esta iniciativa de contactar a disporá é uma ideia excelente e um bom exemplo a ter-se em conta, pois há 17 anos que não participativa neste tipo de reuniao e saio daqui um apoiante convictos de Braima Camara;
- quando assumir a presidência do PAIGC quais serão as suas três primeiras medidas que tomará?

Braima Camara escutou atentamente todos os intervenientes e preferiu na sua resposta dar explicações sobre as três grandes medidas que tomará caso ganhe a Presidência do PAIGC, enumerando-as assim:

Promoverei em primeiro lugar a reconciliação da família PAIGC e combaterei com todas as minhas forças a fragmentação do nosso Partido, apelando à tolerância, ao entendimento, numa base que possa conduzir a unidade e a coesão do PAIGC. Não sou um homem que fala nas costas de ninguém e não vou igualmente que o façam de outrem, por isso mesmo não fugirei ao debate de ideias e estarei sempre disponível a fazê-lo onde e quando o bem entenderem ou solicitarem;

Em segundo lugar assumirei as acções conducentes à reorganização e reestruturação do nosso Partido, tendo em conta todos os sectores da vida organizacional e operacional próprios de um partido do poder como é o PAIGC;

Em terceiro lugar, tomarei todas as disposições paratornar o PAIGC autónomo sob o aspecto financeiro, para não depender de ninguém, nem mesmo dos bolsos do seu Presidente. Temos que rentabilizar a marca PAIGC e paralelamente temos que introduzir a pratica de prestação de contas.

Na sua longa mas explicita explanaçâo, o futuro lider do PAIGC sustentaria as seguintes consideracoes que passamos a reproduzir:

•O PAIGC necessita de promover uma verdadeira reconciliação e unidade interna, condição indispensável e urgente para salvar o PAGC e consequentemente a própria Guiné-Bissau.

•Esta unídade e reconciliação que se pretende é acima de tudo uma condição imperativa e urgente para salvar o legado de Amilcar Cabral e a rica e valiosa história do que foi a grandiosa epopéia da Luta Armada de Libertação Nacional.
•No estado atual em que se encontra o PAIGC torna-se necessário e urgente que o Partido encontre uma nova liderança, que nao esteja comprometida nem vinculada aos diferentes e perniciosas lutas intestinais que marcaram negativa e profundamente os últimos dez anos deste histórico partido.

•Ha necessidade de um reencontro urgente do PAIGC com a sua propria condicao de partido libertador, para que possa engajar-se de forma mais clara e resoluta na luta que hoje devemos encetar contra a pobreza, a fome, a permitividade e, acima de tudo, na luta para o desenvolvimento.

•Uma das mais complexas lutas, porque exige de todos o armazenamento do saber, com base suficiente em tudo o que servirá de catalisador para o bem-estar dos guineenses.

•O nosso objetivo é despertar os simples militantes do PAIGC e o povo, em geral, para as riquezas que possuímos e a necessidade de transformá-las em ferramentas para os grandes e melhores resultados, de acordo com os nossos valores individuais.

•Cada indivíduo, cada militante ou dirigente do nosso grande Partido é uma experiência, uma vivência, sendo, portanto, um potencial projecto, sendo, portanto, necessario e urgente conjugar os vários projetos individuais no chamado projeto comum no qual cada um e cada uma se revê, na base de uma reflexão e análises profunda da situação política vigente no país, assim como nos funcionamentos dos órgãos do Partido.

•O actual projecto quer retirar o Partido da situacao anomala onde foi conduzido por uma gestao aparentemente colegial, mas profundamente dependente dos interesses do seu Presidente. O VIII Congresso deve necessaria e imperativammente modificar este atual status quo.

•O VIII Congressso Ordinario do PAIGC deve fazer voltar este historico partido as suas origens, isto é, um partido dos seus militantes, um partido sujeito aos seus estatutos e as regras ideologicas de Amilcar Cabral. O PAIGC nao pode ser propriedade de ninguem. É verdade, de ninguém mesmo, a não ser o povo da Guiné-Bissau, como alguém o defendeu de forma clara e corajosa.

Em suma, Braima Camara e o projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" saem de Paris com a plena certeza de que ganharam aliados importantes de todos os guineenses que aqui trabalham e vivem desejosos de regressar a sua terra.