terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Golpistas, ponham-se a pau
SONDAGEM DC - RESULTADOS
PERGUNTA: Os autores morais e materiais do golpe de Estado, devem ser acusados e julgados?
RESPOSTAS:
SIM - 703 VOTOS (94%)
NÃO - 37 votos (4%)
Não sei/Não respondo - 6 votos (0%)
Votos apurados: 746
A afronta da CEDEAO
Parece que, finalmente, a CEDEAO deu conta da trapalhada em que se meteu na Guiné-Bissau. Ontem em Dakar, houve uma reunião entre a União Africana e União Europeia sobre a Guiné-Bissau, e também entre os CEMGFA do grupo dos quatro países que suportam os golpistas guineenses.
A CEDEAO está encostada à parede. A UE chegou ao ponto de acusar a CEDEAO de "não cumprir com o seu papel" e de e ser o "principal responsável" pela derrapagem da situacão no país, que resultou, desde o golpe de abril de 2012 em dezenas de raptos, espancamentos e assassinatos e culminou com o embarque forçado de 74 cidadãos sírios num avião da TAP rumo a Lisboa, pagando avultadas somas em dinheiro. AAS
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
CADOGO - Comunicado de Imprensa
Comunicado de imprensa
Carlos Gomes Júnior recenseou-se em Cabo Verde
O Presidente do PAIGC Carlos Gomes Júnior recenseou-se este sábado, na cidade da Praia, em Cabo Verde, iniciando o processo de participação nas eleições gerais na Guiné-Bissau, que, se ajuíza de inclusivas, livres, transparentes, e que conduzam à reconciliação nacional e ao retorno da ordem constitucional. Com este acto, Carlos Gomes Júnior oficializa o primeiro procedimento necessário para se apresentar como candidato presidencial às eleições agendadas para o próximo dia 16 de Março.
Em Portugal, desde do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, Carlos Gomes Júnior reafirma, desta forma, a sua firme determinação em regressar à Guiné-Bissau. No entanto, para regressar, é fundamental que estejam reunidas as condições necessárias para que o processo eleitoral decorra com normalidade e segurança, a saber:
- Liberdades de expressão e de manifestação;
- Segurança para que todos os guineenses que queiram regressar à terra mãe o possam concretizar, de acordo com as premissas de um Estado de direito democrático;
- Garantias já avançadas pela comunidade internacional, nomeadamente, pelas Nações Unidas e pela União Africana, da realização de eleições livres e justas, inclusivas e transparentes.
O Presidente do PAIGC acompanha com muita preocupação e tristeza o rumo que o País tomou desde do golpe de Estado. Carlos Gomes Júnior espera que as autoridades ilegais que assumiram de forma ilegítima o poder na Guiné-Bissau saibam terminar o processo de transição. Não é por ser um governo inclusivo com todas as forças políticas presentes, incluindo os partidos políticos sem representação na Assembleia Nacional Popular, logo, sem legitimidade popular, que lhe confere a legalidade necessária para governar e representar o povo. Assim urge concluir o processo de transição e devolver a palavra ao povo.
Esta é a última oportunidade que a comunidade internacional oferece à Guiné-Bissau para que o País possa retomar o processo de normalidade democrática e de respeito pela ordem constitucional.
Carlos Gomes Júnior confia na força e na determinação do povo guineense que, desde 12 de Abril de 2012, souberam resistir às adversidades impostas, da privação de liberdades fundamentais garantidas pela Constituição da República e da degradação crescente das condições sociais e económicas, ao isolamento internacional, privando os guineenses da ajuda e assistência internacionais fundamentais no domínio da saúde, educação e desenvolvimento económico.
Carlos Gomes Júnior acredita que o tempo está a chegar para, juntos, os guineenses ultrapassarem os desentendimentos e os desafios, apelando à conciliação e ao empenho de todos na construção de um país melhor para todos.
O Presidente do PAIGC conta regressar brevemente à Guiné-Bissau para, em conjunto com o governo eleito nas próximas eleições, ajudar a cumprir com o sonho de Amílcar Cabral e guiar a construção de um Estado próspero.
Lisboa, 31 de Dezembro de 2013
A Candidatura de Carlos Gomes Júnior
Carlos Gomes Júnior recenseou-se em Cabo Verde
O Presidente do PAIGC Carlos Gomes Júnior recenseou-se este sábado, na cidade da Praia, em Cabo Verde, iniciando o processo de participação nas eleições gerais na Guiné-Bissau, que, se ajuíza de inclusivas, livres, transparentes, e que conduzam à reconciliação nacional e ao retorno da ordem constitucional. Com este acto, Carlos Gomes Júnior oficializa o primeiro procedimento necessário para se apresentar como candidato presidencial às eleições agendadas para o próximo dia 16 de Março.
Em Portugal, desde do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, Carlos Gomes Júnior reafirma, desta forma, a sua firme determinação em regressar à Guiné-Bissau. No entanto, para regressar, é fundamental que estejam reunidas as condições necessárias para que o processo eleitoral decorra com normalidade e segurança, a saber:
- Liberdades de expressão e de manifestação;
- Segurança para que todos os guineenses que queiram regressar à terra mãe o possam concretizar, de acordo com as premissas de um Estado de direito democrático;
- Garantias já avançadas pela comunidade internacional, nomeadamente, pelas Nações Unidas e pela União Africana, da realização de eleições livres e justas, inclusivas e transparentes.
O Presidente do PAIGC acompanha com muita preocupação e tristeza o rumo que o País tomou desde do golpe de Estado. Carlos Gomes Júnior espera que as autoridades ilegais que assumiram de forma ilegítima o poder na Guiné-Bissau saibam terminar o processo de transição. Não é por ser um governo inclusivo com todas as forças políticas presentes, incluindo os partidos políticos sem representação na Assembleia Nacional Popular, logo, sem legitimidade popular, que lhe confere a legalidade necessária para governar e representar o povo. Assim urge concluir o processo de transição e devolver a palavra ao povo.
Esta é a última oportunidade que a comunidade internacional oferece à Guiné-Bissau para que o País possa retomar o processo de normalidade democrática e de respeito pela ordem constitucional.
Carlos Gomes Júnior confia na força e na determinação do povo guineense que, desde 12 de Abril de 2012, souberam resistir às adversidades impostas, da privação de liberdades fundamentais garantidas pela Constituição da República e da degradação crescente das condições sociais e económicas, ao isolamento internacional, privando os guineenses da ajuda e assistência internacionais fundamentais no domínio da saúde, educação e desenvolvimento económico.
Carlos Gomes Júnior acredita que o tempo está a chegar para, juntos, os guineenses ultrapassarem os desentendimentos e os desafios, apelando à conciliação e ao empenho de todos na construção de um país melhor para todos.
O Presidente do PAIGC conta regressar brevemente à Guiné-Bissau para, em conjunto com o governo eleito nas próximas eleições, ajudar a cumprir com o sonho de Amílcar Cabral e guiar a construção de um Estado próspero.
Lisboa, 31 de Dezembro de 2013
A Candidatura de Carlos Gomes Júnior
Fernando Vaz, o perfeito anormal
"Guiné-Bissau é um Estado atípico e propicio a ocorrência de situações surrealistas. Por extensão dessa particularidade, assim são certos figurinos dessa atipicidade que cada que passa se desonra como pais de pessoas de bem. Tanto assim é, que uma figura insignificante e medíocre do actual circulo do poder guineense consegue ser o centro das atenções e de querela politica entre a Guiné-Bissau e Portugal.
O homem consegue ser importante ao ponto de incomodar e sermonar altas figuras portuguesas, chegando a apelida-los de "neocolonialistas", "infelizes" e ate, neste caso concerto, apelidar o Presidente da Republica Portuguesa de "infantil". Tudo isto, foi dito, com o maior desplante deste mundo nos órgãos de comunicação portuguesas que levianamente disponibilizaram a um esquizofrênico um tempo de antena ideal para arrotar as suas frustações e recalcamentos de um poder renegado e ostracizado pela comunidade internacional.
Um deslize imperdoável que, hoje queiramos ou não tem e terá os seus custos, de ponderação... e de reaccão, pois tais desgovernos de tal envergadura ao podem ficar sem resposta adequada. Tudo poderia ser ate compreendido se se tratasse de alguém que se respeite e que represente algo, quer na sociedade guineense, quer na sociedade a que se dirige que e a portuguesa. Porem, não e o caso, pois estamos perante um individuo sem nível, um comum meliante e delinquente pervertido.
Fernando Vaz dá-se ao gozo de achincalhar e vilipendiar as Autoridades portuguesas que o acolhem e prestam serviço sem que dai resultasse qualquer consequência. fê-lo em tempos, repetiu-o outras vezes sempre que a ocasião se lhe proporciona e voltou a reincidir, desta vez, rocando a provocação da má-criação.
A postura de provocação e agressividade patente de Nando Vaz em relação as Autoridades Portuguesas, tem um fito e um objetivo: agradar os seus patrões militares golpistas de Bissau, que por conta deles, tem insultado e humilhado a instituições Portuguesas que não reconhecem, e bem, o governo e instituições golpistas instaladas ilegalmente na Guine-Bissau. E certo e compreensível esse seu papel, porem cabe as Autoridades Portuguesas como pessoas de bem que se respeitem, mostrar a esse energúmeno e delinquente de primeira linha, como se tem o respeito em relação a pessoas de bem.
Para isso, as Autoridades Portuguesas tem sobejamente mil e umas pontas por onde pegar no vasto enredo da vida atribulada e desviante desse delinquente primário, hoje travestido de governante.
Se assim não fizerem, então os Portugueses, não se sentirão como filhos de boa gente. façam-nos o favor de por o Caloteiro, o pedófilo, Golpista e Traficante Fernando Vaz no seu respectivo lugar. Assim exigem os guineenses de de bem e que respeitam as instituições Portuguesas.
Carlos Santos -Algueirao"
domingo, 29 de dezembro de 2013
Reerguer a Pátria
"Aly,
Mantenha a honrada posição de Independente e continua a tua marcha para a construção do Estado Guineense una e indivisível. Pensamentos dos mais nobres ainda não estão identificados com a criação dum Estado onde os Guineenses são todos os cidadãos que nasceram dentro das fronteiras da Guiné-Bissau. Procuremos unir as forças politicas nacionalistas para reerguemos a nossa Patria."
Cipriano Gomes
TAP/SÍRIOS: Esta é a minha vez
Tenho lido bastantes declarações, umas patéticas, outras incoerentes, acerca do embarque forçado de 74 "refugiados" sírios no aeroporto de Bissau, com destino a Lisboa e sob coação do próprio ministro (agora demissionário) do Interior António Suka Ntchama. Ponho aspas na palavra refugiados, porque um refugiado mal tem para comer ou mesmo onde cair morto, e esses viajaram sempre de avião do seu país até chegar a Bissau e não foi num avião da OIM..., pagaram sempre as suas despesas de hotel e alimentação, coisa que voltaram a fazer em Lisboa, onde pediram asilo político. Refugiados de luxo.
Ponto 1. Quando um ministro (também demissionário) e desta feita dos Negócios Estrangeiros, no caso concreto Delfim da Silva, vem a público dizer que «há uma rede organizada» em Bissau e noutros países africanos para o tráfico de ilegais, então cai por terra o patético discurso das autoridades ilegítimas de Bissau de chamar "refugiados" a esses cidadãos sírios: foi, isso sim, um acto criminoso, aquilo que aconteceu no aeroporto de Bissau! Ninguém parou para pensar nas consequências que um acto daquela natureza poderia acarretar para o país. Custou a ligação aérea Bissau/Lisboa/Bissau a quem dela necessita. Não custou nada para quem ilegitimamente ocupou o poder em Bissau, e 'despachou' os sortudos sírios, muito pelo contrário: meia dúzia de pessoas embolsaram centenas de milhares de euros, deixando na lama o nome Guiné-Bissau.
Ponto 2. As declarações, cada uma mais infeliz que a outra, do 'ministro' e porta-disparate Fernando Vaz, denotam não apenas um profundo desespero, mas também uma grande dose de mediocridade e, porque não, de vulgaridade. Só quem desconhece o que quer dizer Estado é que se comporta desta maneira perante outro Estado. Infantil, infantil, foi aquilo que o Nando Vaz provou ser. Alguma imprensa portuguesa faz apenas o seu - às vezes recorrente - triste papel: gastar ingloriamente os seus quinze minutos a favor de uma figura que nunca acrescentou nada, mas nada de bom à Guiné-Bissau.
Ponto 3. Portugal devia proibir qualquer membro deste governo pária, de delinquentes, de golpistas, de narcotraficantes de pisar o seu território. E pouco importa se têm residência ou mesmo a nacionalidade portuguesa. As autoridades portuguesas deviam inventariar todos os seus bens em Portugal, contas bancárias, casas e outros bens, e fazer depois a clássica pergunta: «como conseguiu tudo isto?», e deixar que fulano, beltrano e sicrano se pronunciem e façam prova daquilo que dizem. Mas Portugal, presumo, nunca irá por esses caminhos, Portugal é demasiado brando, lá está, um país de brandos costumes... Também, estamos habituados! AAS
TAP/SÍRIOS - Portugal e a Guiné-Bissau, o olhar de Seixas da Costa
AUTOR: EMBAIXADOR FRANCISCO SEIXAS DA COSTA
FONTE: O INFORMADOR
“O embarque forçado de dezenas de cidadãos sírios num avião da TAP, sob pressão das autoridades guineenses, constituiu um ato da maior gravidade e representou um gesto de clara hostilidade para com Portugal. A questão, contudo, tendo uma indiscutível dimensão bilateral, não pode deixar de ser tratada, em prioridade, no quadro internacional, perante o qual deve ficar bem claro que a administração de facto que domina Bissau age à margem das normas mínimas que um qualquer Estado deve respeitar na ordem externa.
A acrescer às acusações de cumplicidade no narcotráfico, o governo saído do golpe militar anti-constitucional projeta agora esta nova imagem delinquente e isto não pode passar impune perante a comunidade internacional. Nenhum argumento de realpolitik deve sobrepor-se à necessidade de Portugal dever estar, neste caso, na primeira linha de mobilização de vontades para promover a condenação de um Estado pária que é como a Guiné-Bissau de hoje se apresenta ao mundo.
Portugal pode e deve também retirar todas as consequências, no plano bilateral, das inaceitáveis, por desrespeitosas, declarações de responsáveis guineenses face à legítima expressão de indignação formulada pelas suas autoridades (e era importante que se soubesse que decisões o nosso governo tomou já nesta matéria), mas só se fragilizará se se continuar a deixar envolver numa “guerra” de argumentos através da qual a parte guineense procurará criar fórmulas sucessivas de diversão, iniciadas com o caricato “relatório” sobre o incidente e prolongadas agora com “questão” as dívidas da TAP.
A condenação essencial que é importante garantir para este ato de pirataria – e é como ato de pirataria que o assunto deveria ter sido tratado por Lisboa desde o primeiro momento – é, naturalmente, no campo multilateral. Com firmeza e sem tibiezas, nomeadamente sem se deixar impressionar pelos apelos apaziguadores da comunidade dos interesses, que não podem nunca sobrepor-se aos princípios que sempre compete a Portugal defender na ordem externa, o nosso país deveria ter ido muito mais longe do que até agora se sabe ter ido no processo de denúncia e isolamento das autoridades guineenses, quer no plano multilateral europeu (mas não só), quer no âmbito da mobilização da solidariedade por parte da CPLP, que curiosamente não se viu nem ouviu. Mas, de facto, não tendo hoje Portugal, na prática, um representante diplomático junto da organização – inacreditável situação a que a nossa comunicação social não presta a menor atenção – como poderia o nosso país utilizar o quadro lusófono como uma das frentes para tratar devidamente este assunto?
Com pena, temo que nos deixemos enredar num processo que, com o passar dos dias, e com a prestimosa ajuda das agências portuguesas de comunicação – que, nos últimos dias, ajudam Bissau a “plantar” entrevistas, declarações e até “notícias” na nossa imprensa – , acabará por “beneficiar o infrator” ou, pelo menos, deixar passar impune esta falta. Espero bem estar enganado…”
TAP/SÍRIOS: Erro de matemática/cálculo de Fernando Vaz
«Ora viva Aly,
No passado dia 26.12.2013, em Lisboa, Fernando Vaz deu uma pequena entrevista à SIC na qual respondeu a algumas perguntas relativamente ao caso da TAP/Sírios. Da tal entrevista, houve um erro de cálculo crasso por parte do FV, a qual envio como “attachment” neste e-mail. Estou certo de que facilmente os teus leitores se aperceberão do erro ao ouvirem o clip que te envio.
Penso que seria interessante publicar o excerto da entrevista no teu blog. O link do clip completo é ESTE
Bucas»
TAP/SÍRIOS: Suka Ntchama ameaça Abdu Mané com processo
O ministro do Interior da Guiné-Bissau, António Suca Ntchama, acusado de ter forçado o embarque dos 74 sírios com passaportes falsos num avião da TAP, anunciou que vai apresentar uma queixa-crime contra o Procurador-Geral da República. Através de uma nota de imprensa assinada pelo seu advogado, António Suca Ntchama diz que foi vítima de difamação por parte do Procurador guineense, Abdú Mané, quando este afirmou publicamente que se teria recusado a ser detido.
Em nota de esclarecimento, o Procurador-Geral da Republica guinenese afirmou que o diretor-geral da Polícia Judiciária, Armando Namontche, teria recusado acatar a ordem de detenção dada pelos magistrados contra o ministro Suca Ntchama. Para o advogado, em nenhuma circunstância António Suca Ntchama foi informado "nos autos" que deveria ser detido, "como relata o Procurador", e também não existe nenhum documento escrito que possa provar que o diretor da PJ se recusou a cumprir a alegada ordem.
Por outro lado, o advogado de Suca Ntchama entende que mesmo havendo uma ordem de detenção, à luz da lei aplicável em casos de crime cometidos por titulares de cargos públicos, a Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) devia ser chamda a pronunciar-se sobre o levantamento da imunidade do governante, o que não foi o caso, assinalou.
O advogado Basilio Sanca considera, por isso, que o Procurador-Geral da República incorreu num crime de divulgação do segredo da justiça ao admitir publicamente que o ministro do Interior, Suca Ntchama, teria agido de forma ilegal ao obrigar, via telefonica, que a tripulação da TAP levasse para Lisboa os 74 sírios.
Também em nota de imprensa, a Polícia Judiciária diz que "em nenhuma circunstância" recebeu qualquer mandado de detenção ou de condução à cadeia relativa ao ministro do Interior, António Suca Ntchama, como afirmou o Procurador-Geral da República.
A PJ insta Abdú Mané a tornar publico o ofício com qual solicitou a intervenção do diretor da corporação. O Procurador havia anunciado que vai mandar abrir um processo disciplinar contra o diretor da PJ, Armando Namontche, por desobediência e eventualmente um outro processo de natureza criminal. LUSA
sábado, 28 de dezembro de 2013
A transportadora aérea portuguesa TAP é acusada por Fernando Vaz de não pagar 6 milhões de dólares do Imposto Geral sobre Vendas (equivalente ao IVA em Portugal) e a contribuição industrial na Guiné-Bissau desde 2004 até hoje. "Já notificámos a TAP várias vezes", afiança, mas diz depois que afinal "há um acordo desde 2004". A TAP não comenta
TAP/SÍRIOS: PJ DESMENTE PROCURADOR-GERAL ABDU MANÉ
POLÍCIA JUDICIÁRIA
DIRECTORIA NACIONAL
Nota de Imprensa Nº 03/2013
A Directoria Nacional da Policia Judiciária em resposta a nota de esclarecimento do Ministério Publico relativamente ao “Caso 74 Sírios” vem pela presente esclarecer a comunidade nacional e internacional o seguinte:
1 – Em nenhuma circunstância e até a presente data a Policia Judiciária chegou de receber qualquer Mandado de Detenção ou de Condução a cadeia contra o Eng. António Suca Ntchama e que recusara cumprir, pelo que solicita o M.P a tornar publico o oficio que remetera a PJ contendo o Mandado em causa;
2 – A PJ realça e esclarece que foi este órgão de investigação criminal, que tendo conhecimento logo à partida dos factos, iniciou o competente inquérito tendo inclusive efectuado a imediata detenção do indiciado Calido Baldé tendo-lhe apresentado ao Ministério Publico para interrogatório e consequente requerimento de prisão preventiva e realizado ainda várias outras audições;
3 – A PJ salienta que é uma instituição cujo os procedimentos e actuações são presididos pelos mais elementares princípios e normas legal e constitucionalmente consagrados, aos quais deve escrupuloso cumprimento, observando sempre o primado da tramitação documental;
4 – A PJ apela o M.P a encetar mais e melhor coordenação com os órgãos de investigação criminal, em especial a Policia Judiciária, seu principal órgão auxiliar, reiterando aqui, a sua estrita dependência e submissão hierárquica nos termos da lei.
Bissau, 28 de Dezembro de 2013
A Directoria Nacional
____________________
Faustiniano Aires dos Reis
Director Nacional Adjunto
Pena
«Para que conste.
Pena é que alguns "media" luistanos com prestígio e alguma credibilidade, como é o caso da TSF, tenham dado espaço e guarida a gente desta. Em suma, a golpistas e a mafiosos. Nem sequer abrindo, mesmo ao de leve, as portas ao contraditório. Ficam-lhe bem tais sentimentos. Para mim, as coisas assim ficam claras e a TSF e outros que tais estão definidos. É pena!»
F. H. da Silva
Nacionalismo
"Aly,
Tem piada que eu acho que o nacionalismo exacerbado de praticamente todos os guineenses que conheço pode ser justamente uma das causas da situação actual difícil. Esse tal deslumbramento! Para se crescer é preciso achar-se que o que temos não nos chega. Os guineenses, de resto como os portugueses, estão convencidos que o seu país é o melhor do mundo e arredores, o tal gigante-entre-gigantes-"to be".
E alimentam-se disso. Em Portugal deu no Sebastianismo. Na Guiné no Cabralismo. Se calhar é preciso o processo inverso: destruir o habitual discurso sobre os heróis de outros tempos para melhor construir um país hoje do qual possam dizer, não que é o melhor lá da rua, mas que "vai bem, obrigado. E há-de ainda melhorar."
Nuno M.
FINALMENTE. Conheça as 7 Maravilhas da Guiné-Bissau
> AK-47
> RPG-7
> Catana
> Analfabetismo
> Mentira
> Ódio
> Inveja
Crucificação do Fernando Vaz
«Olá António Aly Silva, bom dia e boas festas.
Aly, é através do seu blog que muitos de nós têm acesso à informação da nossa bela Guiné-Bissau. Peço-lhe, se possível, publicar no seu blog este meu pequeno texto. E obrigado antecipado.
Olhe, eu não sou apologista da violência, mas na conjuntura actual na Guiné-Bissau, o povo devia optar pela violência com algumas pessoas como o Fernando Vaz. Este imbecil que fala como se a Guiné-Bissau fosse sua e nós seus rendeiros. Vendo e ouvindo este merdas a falar, nota-se: se tudo depender dele, a Guiné-Bissau nunca irá às eleições para ele se perpetuar no poder. Da minha parte julgo que este lerdo devia ser crucificado vivo para servir de lição para outros lerdos iguais a ele! Que direito tem ele para andar a falar tanta merda em nome de todos nós?»
Olho de Hórus
M/R: Nem a mim ocorreu isso da cruz e coisa e tal...mas estou 101% de acordo. Boas festas, para si e para os seus. AAS
Pense
Como é que um país com quarenta anos de independência, com tanta história de mestria e valentia; como é que este país que lutou pela sua independência e de mais quatro (!) países atirou a toalha ao chão?
Guiné-Bissau é coisa pouca para alguém? Seja. Mas é nossa. Pode até ser uma coisa pouca, uma luz qualquer. Chega-nos. Deslumbra-nos. Guiné-Bissau podia, hoje, ser um gigante entre gigantes mas nunca deixaram-na ter essa medida, esse sentido de proporção, a mínima mercê. E, no entanto, o país continua brilhante como se a noite não existisse.
Do que nos vale uma Nação sem nacionalismos? Que tal é a sensação desta alma colectiva que se desalma diariamente; esta idade sem qualidade, este tempo dessincronizado com a nossa natureza, onde já não há herói, figura, exemplo, esperança que nos empolgue ou nos sirva? AAS
TAP/SÍRIOS: Guerra de paus mandados
«O caso dos 74 Sirios expedidos a granel para Lisboa pelo Ministro do Interior da Guiné-Bissau Suka Intchama está a dar que falar e fazer em Bissau, capital da nova Republica das Bananas Guineense.
Pelas piores razoes duas figuras vis e anedóticas do regime actual esgrimem argumentos da sua inutilidade e insignificância na já podridão da praça publica de Bissau. Nesse baile de insignificantes, o PGR, Abdu Mane manda emitir um mandato de detenção contra o Ministro protegido de Kumba Yala e Antonio Injai, o Director da Policia Judiciaria, Armando Namontche, outro protegido dos ditos cujos, manda o PGR de encomenda dar uma volta e faz de papel higiênico o douto mandato. Resumindo, já estamos esclarecidos, Suka Intchama é intocável e não vai para cela nenhuma da Judite pois não cometeu nenhum crime.
Ele limitou-se a salvaguardar a segurança do estado guineense expedindo via DHL e a expensas da TAP, 74 sírios emigrantes para Lisboa a troco de centenas de euros a repartir entre ele e os seus protectores -mandantes. Regista-se, de que, irritadíssimo, ou fazendo-se passar, o inactivo e ineficaz PGR, puxa dos seus galões e anuncia um processo disciplinar contra o DG da PJ por desobediência a autoridade e obstrução a justiça.
Em suma, um show off para pacóvio ver, pois tudo não passará de uma tempestade num copo de agua...e como tudo o que acontece na Guiné-Bissau esse desaguisado dará em NADA. Porem, em toda essa guerra de dois patéticos paus mandados, o que não consigo compreender, e que, desde quando a PJ é tutelada pela PGR? Assim me parece contudo de uns tempos a esta parte pelas directivas tutelares da PGR em direcção a PJ.
Uma simples pergunta, se bem que me conforme, que na Republica Bananeira da Guiné-Bissau actual tudo é possível... ate um porco querer voltar a ser Presidente da Republica.
L.P.»
Para o porta-disparate
«Sr. Aly
O Fernando Vaz (ministro de Estado e porta-voz do Governo da Guiné-Bissau), dependendo da forma como entrou em Portugal – se na qualidade cidadão português ou se na qualidade de cidadão guineense - corre sério risco de ser detido e ouvido pelas autoridades portuguesas se estas levarem a sério as últimas declarações proferidas, em território português, em que desancou no Presidente da Republica, Cavaco Silva, apelidando-o de infantil; denunciou que não é primeira vez que entram estrangeiros (Sírios/Turcos) de forma ilegal e fraudulenta no território nacional; pôs em causa a segurança duma aeronave portuguesa considerando o facto como um acto comercial; desanca no Governo português acusando-o de desestabilizar um País estrangeiro, no caso vertente, a Guiné-Bissau.
Se entrou como cidadão português, com passaporte português, é normal que seja detido, à saída, pela SEF a fim de ser ouvido pela PJ e para se saber porque é que ele ataca o Estado português, no território nacional, A FAVOR DE UM Estado estrangeiro (Guiné-Bissau).
Se entrou na qualidade de cidadão guineense, o assunto ainda é mais grave, porque Portugal não concede visto de entrada no seu território a ministros de Governos que ele não reconhece e o ministro terá muito que explicar como entrou, permaneceu e fez as declarações que fez em Portugal.
No mínimo, ao Fernando Vaz será aplicado um TIR (Termo de Identidade e Residência) e como há perigo de fuga de ser aplicada uma medida mais gravosa que é prisão preventiva.
Porque e em nome de quem o Fernando Vaz “se tramou”?
Com cumprimentos,
António Jorge»
NOTA: O porta-disparate tem autorização de residência em Portugal. Há quem diga que tem a nacionalidade portuguesa...AAS
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Guiné-Bissau: A espinha atravessada na garganta
In: Bloguítica
"O governo de facto oriundo do golpe de Estado de 2012 nunca escondeu a enorme irritação que lhe causou o facto de Portugal não lhe ter reconhecido legitimidade política. O trauliteiro Fernando Vaz é o ponta de lança que dá corpo a essa enorme irritação. O governo oriundo do golpe militar sabe bem o quão importante é o papel de Portugal. Por isso a posição do Governo português tem sido uma espécie de espinha atravessada na garganta.
Neste jogo, em que a paciência conta muito, o desgaste não é homogéneo e equitativamente distribuído. Portugal pode conviver tranquilamente com o arrastar da situação, o que não é o caso do governo de facto de Bissau. À medida que se vai esgotando a paciência da CEDEAO -- o último presidential statement do secretário-geral da ONU dá algumas pistas nesse sentido -- o governo oriundo do golpe vai perdendo espaço de manobra, ficando cada vez mais isolado e dependente dos poucos apoios que lhe restam.
As eleições, entretanto, poderão voltar a deslizar no calendário. A confirmar-se, a reacção da comunidade internacional será inevitável. Este governo de facto está num beco com uma saída muito estreita. O primeiro-ministro de Bissau sabe isso, Fernando Vaz também, só alguns idiotas úteis portugueses é que parecem não ter ainda percebido o que para os golpistas foi claro desde a primeira hora."
Uma república das bananas governada por nabos
Ora deixem lá ver se percebi: Então, o diretor da Polícia Judiciária recusou acatar a ordem de detenção do ministro-demissionário-que-não-sai Suka Ntchama, emitida pelo ministério Público, certo? Correto. E não há forças da ordem capazes de prender o ministro, fazendo assim cumprir a ordem? Alguém tem medo do Koumba Yalá e do António Indjai?
PARA O MUNDO CIVILIZADO:
O 'governo golpista de transição' está a dar o seu melhor (ou pior), tudo para ADIAR as eleições, fazendo merdas para desviar as atenções. TOMEM MEDIDAS CONTRA ESTE GOVERNO ILEGAL, CHEGA DE PALAVRAS E AMEAÇAS VÃS. PONHAM ORDEM NA GUINÉ-BISSAU, SALVEM O SEU POVO!!! SE A COMUNIDADE INTERNACIONAL NÃO AJUDAR, QUALQUER DIA SERÁ ATINGIDA A SÉRIO. DO AEROPORTO DE BISSAU, 'EXPORTA-SE' TUDO: DROGAS, ARMAS, SERES HUMANOS TRAFICADOS E SABE LÁ DEUS QUE MAIS... AAS
TAP/SÍRIOS: Ramos Horta quer esclarecimento sobre incidente com avião da TAP
O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, instou hoje o Governo e as autoridades judiciais guineenses a esclarecerem os incidentes com a TAP, forçada a transportar 74 sírios com passaportes falsos para Portugal. Em nota distribuída à imprensa, Ramos-Horta enalteceu o facto de o Governo ter mandado instaurar um inquérito que apurou que a ordem de embarque forçado dos sírios foi dada pelo ministro do Interior, Anónio Suca Ntchama, e que as conclusões das averiguações foram enviadas ao Ministério Público.
O representante especial do secretário-geral da ONU saúda o envio para a Procuradoria-Geral da República do relatório da comissão para procedimento judicial "contra todos os envolvidos", ao mesmo tempo que insta o Governo a "dar mostras claras de que está seriamente empenhado em acabar com a impunidade" no país.
O Procurador-Geral guineense, Abdu Mané, informou hoje, em nota pública de esclarecimento, que vai mandar abrir um processo disciplinar e posteriormente criminal contra o diretor-geral da Polícia Judiciária, Armando Namoncthe, por este se ter negado a prender o ministro do Interior.
A Procuradoria considerou que António Suca Ntchama é culpado de conduta ilegal por ter pressionado a tripulação da TAP a transportar os 74 sírios para Portugal, onde acabariam por pedir asilo político. A Lusa está a tentar obter reações do diretor-geral da PJ e do advogado do ministro do Interior, mas sem sucesso.
O representante da ONU em Bissau diz que regista "com preocupação" as conclusões do inquérito sobre a passagem dos sírios em Bissau, nomeadamente pelo facto de existir uma "rede criminosa transnacional envolvida no movimento ilegal de pessoas" para a Europa, a operar na Guiné-Bissau.
Ramos-Horta congratula-se pelo facto de as autoridades guineenses se terem prontificado em informar a Interpol sobre este facto. Enaltece, contudo, o facto de Bissau se ter prometido levar à justiça os elementos integrantes dessa rede.
Na sequência do incidente, a TAP cancelou os voos para Bissau e anunciou na quinta-feira que realiza no dia 30 de dezembro o último voo com escala em Dacar, através da Senegal Airlines. LUSA
EXCLUSIVO - DROGA: MAIS DETENÇÕES, DESTA FEITA EM DAKAR
No dia 25 de dezembro, mais dois cidadãos guineenses foram presos no aeroporto Léopold Sedar Senghor, em Dakar, com 1.630 gr de cocaína. Vinham do Brasil, via Lomé, a capital do Togo. Um deles engoliu 63 bolotas e o outro 54, totalizando 117 bolotas, que foram expulsos no hospital. O outro estava na posse de 300 gramas de cocaína não ingerida. A droga apreendida está estimada em 114 milhões de fcfa (mais de 100 mil euros). AAS
PEDIDO DE NATAL
Kin ku sibi kal ki morada di porta disparate "Nando Vaz" na Lisboa, pá i tem pacença i publicano el pa nó bai facil um visita... Pa i sibi kuma homis ka kaba inda murri!
TRADUÇÃO: Quem souber a morada do Nando Vaz em Lisboa, faça o favor de nos comunicar (pode ser via ditadura: aaly.silva@gmail.com) para que possamos fazer-lhe uma visita. Para que saiba que nem todos os HOMENS já morreram!!! Tcholonadur
OPINIÃO: Os dislates dos actuais dirigentes da Guiné-Bissau
«O caminho da Síria para Portugal não deveria passar por Bissau. É lamentável que diferentes órgãos da comunicação social publiquem declarações de pessoas tais como o ministro guineense da Presidência, Fernando Vaz, sem as contestarem ou complementarem. Não está certo o ministro vir dizer em Lisboa que é uma coisa normal dezenas e dezenas de sírios procurarem, desde há mais de sete meses, entrar em Portugal com recurso ao voo Bissau-Lisboa.
O caminho mais rápido da Síria para Portugal é pela Turquia, pela Grécia, pela Itália, pela Espanha ou por Marrocos. De forma alguma pela Guiné-Bissau. Se os sírios vêm por Bissau é porque só lá são aceites em aviões com destino a Lisboa. E não em Atenas ou em Casablanca. Como é que se compreende que sírios que estejam aqui ao pé da porta, em Marrocos, desçam até Bissau para depois serem enfiados em aviões da TAP, rumo a Lisboa?
Só se poderá compreender se se explicar que muitas pessoas com poder em Bissau são corruptas e vendem vistos e facilidades de entrada em aviões portugueses. É esta anomalia de se ir do Médio Oriente à África Ocidental para depois se alcançar a Península Ibérica que televisões e outros órgãos de informação nem sempre estão a explicar, limitando-se a actuar como meras caixas de ressonância de qualquer disparate dito por um ministro guineense de um Governo de Transição.
Aliás, como é que Portugal deixa entrar aqui ministros de um Governo que resultou de um golpe de estado, que afastou o legítimo Presidente interino e o Governo constitucional? Se a União Europeia não reconhece este Governo de que faz parte Fernando Vaz, como é que o dito cujo pode vir aqui passar uns dias em Portugal e insultar, inclusive, o Presidente da República Portuguesa?
Não se compreende que haja televisões a dar tempo de antena a pessoas que impediram um acto eleitoral de ir até ao fim e que estão agora a protelar o mais possível a concretização de nova ida às urnas. O que ressalta de tudo isto é que, apesar de tudo, os militares golpistas guineenses e os políticos a eles associados ainda têm amigos em Portugal, que lhes facilitam a vida, mesmo contra o que é o discurso oficial.
Gostaria de ver a Comunicação Social explicar devidamente as coisas, de forma mais detalhada, sem se ficar pela reprodução das declarações de A, B ou C.» Jorge Heitor - Jornalista
EXCLUSIVO DC - DROGA: Detidos no aeroporto
Estes são os cidadãos guineenses detidos com mais de 20 kg de cocaína:
Foram detidos no aeroporto de Lisboa, no passado dia 25 do corrente mês, provenientes do Brasil, três cidadãos guineenses (correios de drogas) com mais de vinte quilos de cocaína na sua posse. Encontram-se de momento detidas duas delas MILANKA R. e VANESSA Pires (sobrinha de Lito 'Nánia', um famoso capo da droga conhecido por Pablo Escobar e que está detido em Espanha desde o inicio do ano também por tráfico de drogas) e um homem. Uma delas - a Vanessa - é reincidente, tendo já cumprido pena de prisão pelo mesmo crime. AAS
EXCLUSIVO DC - DROGA: Três guineenses detidos em Lisboa
Foram detidos no aeroporto de Lisboa, no passado dia 25 do corrente mês, provenientes do Brasil, três cidadãos guineenses (correios de drogas) com mais de vinte quilos de cocaína na sua posse. Encontram-se de momento detidas duas delas MILANKA R. e VANESSA Pires (sobrinha de Lito 'Nánia', um famoso capo da droga conhecido por Pablo Escobar e que está detido em Espanha desde o inicio do ano também por tráfico de drogas) e um homem. Uma delas - a Vanessa - é reincidente, tendo já cumprido pena de prisão pelo mesmo crime. AAS
TAP/SÍRIOS: CADEIA, JÁ!!!
A direção da Polícia Judiciária, ainda não desmentiu ESTA notícia dada ontem pelo ditadura do consenso em primeira mão sobre o não acatamento da ordem do ministério Público - outro disparatento-mor da nossa praça. Se são lestos a 'desmentir', porque não piam? Metam mas é o Suka Ntchama na cadeia - lá é que é o lugar para bandidos, e não na rua!!! Cumpram a ordem de detenção dada pelo ministério Público, e já - porra!!! AAS
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
PREOCUPANTE: TAP suspende qualquer ligação para a Guiné-Bissau
A TAP suspendeu a sua operação normal para a Guiné-Bissau na sequência do embarque forçado no aeroporto de Bissau de 74 passageiros com documentação falsa no passado dia 10 de dezembro. Nem voos diretos nem voos através do Senegal. A TAP vai deixar de fazer, a partir de segunda-feira, qualquer ligação para a Guiné-Bissau. Tendo em conta o período do ano desta ocorrência, a companhia aérea decidiu promover temporariamente voos extraordinários entre Lisboa e Dacar, fretando um avião à Senegal Airlines para transportar os passageiros entre a capital do Senegal e Bissau.
Porém, o contrato com a companhia senegalesa termina com a realização do voo que parte de Lisboa na próxima 2ª feira, 30 de Dezembro, regressando na manhã de terça-feira. Os passageiros com reservas Lisboa/Bissau/Lisboa para além do dia 1 de janeiro serão contactados oportunamente pelos serviços da TAP.
A realização, no futuro, de voos da TAP entre Lisboa e Bissau será reavaliada quando existirem garantias que permitam a realização de voos em condições normais de segurança. Foi no dia 10 que o ministro guineense do interior exigiu o embarque de 74 passageiros sírios com documentação falsa.
Lavandaria a pressão
Depois da longa audição do ministro do Interior Antonio Suca Intchama, no âmbito das investigações do caso dos sírios, na passada segunda feira, os magistrados do Ministério Público emitiram um mandado de detenção contra o referido ministro, um dos homens de grande confiança do CEMGFA Antônio Indjai.
Segundo fontes fidedignas do DC, irritado com a duração da audição, Antônio Indjai convocou uma reunião no Estado-Maior General das Forças Armadas para advertir que, caso se continue com esta audição, que ele considera de humilhante para um oficial superior das FA, mandaria os seus homens para o retirar à força das instalações do ministério Público.
Segundo as mesmas fontes, o director da Policia Judiciária recusou executar a ordem de detenção de Suca Intchama alegando falta de condições de segurança para o efeito. Aliás, o suspeito ministro do Interior foi ao ministério Público acompanhado de dois elementos da PIR fortemente armados.
Esta atitude ilegal de obstrução à justiça de Antônio Indjai terá motivado o ministério Público a ordenar a libertação de outro suspeito, Calido Baldé, que esteve detido durante 14 dias nos calabouços da PJ. Tudo indica que este caso está encerrado definitivamente porque nem o governo muito menos o Serifo Nhamadjo estão interessados em entrar em rota de colisão com o Antônio Indjai - o super-homem da Guiné-Bissau. AAS
Lubu na kumé lubu? Son na Guiné
Governo guineense de transição responsabilizou o Executivo de Timor-Leste pelas dificuldades no processo de recenseamento eleitoral, em curso desde 1 de Dezembro. Em comunicado , assinado pelo Director-Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Cristiano Na Bitan, afirma-se que os materiais doados por Timor-Leste à sua equipa chegaram «tardiamente» ao país e são «insuficientes». Uma boa desculpa para já não arrancar com as eleições no primeiro trimestre de 2014... Jorge Heitor, jornalista
OPINIÃO: Um senado para a Guiné-Bissau
Autores: Paulo Mendes Pinto, Rui Lomelino de Freitas e Fernando Catarino(*)
FONTE: PÚBLICO
«Urge criar soluções que possam dar à Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Um país em construção apresenta um grupo de vantagens e, ao mesmo tempo, de desvantagens que reside na fragilidade das instituições do Estado. No caso da Guiné-Bissau, temos uma identidade coletiva construída em torno de grupos e de etnias, alguns deles transnacionais, cimentada essa identidade nos próprios processos de independência e na construção de uma vontade comum de daí construir um Estado.
No momento presente parece não carecer de grande demonstração a verificação da fragilidade das instituições do Estado guineense. Da mesma forma as sucessivas lutas, por vezes violentas, entre lideranças políticas demonstra também a inadaptação da aplicação de um modelo político ocidentalizado a uma realidade cultural muito específica. O desenvolvimento e instalação, nos últimos anos, de rotas de narcotráfico, é "apenas" um dos muitos corolários lógicos correspondentes a um duplo processo que se cruza no tempo:
1) Por um lado, as instituições tradicionais, ancestrais e agregadoras do coletivo não só se vão erodindo como não encontram direta cama nem reflexo no Estado ocidentalizado;
2) Por outro, as instituições e as lideranças de um modelo político constitucional não conseguiram um lugar na estrutura social que as legitime como óbvias, que as apresente como naturais, que as torne verdadeiramente emanadas e ao mesmo tempo dirigidas para a população.
Neste quadro, urge criar soluções que quebrem este ciclo vicioso podendo dar à Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Mais que reforço das polícias de administração interna, mais que o reforço das competências do Exército, mais que colaboração de tropas internacionais, torna-se imperativo recriar a ligação da população à sua ideia de nação e ao Estado, criando mecanismos de regulação do poder político e, acima de tudo, de representatividade das instâncias secularmente agregadoras dos indivíduos.
A criação de uma assembleia consultiva que surgisse de dentro das instituições que ao longo dos séculos construíram as diversas identidades da Guiné poderia afirmar-se como um patamar fundamental de recriação de elos entre a população e as suas elites, contornando toda a desconfiança e instabilidade que tem reinado em torno de qualquer processo político guineense.
Nesta assembleia consultiva, que se poderia designar por Senado, deveriam estar representados todos os grupos que possibilitam dar à Guiné a coesão que está para além dos pequenos ciclos políticos, ou até mesmo a continuidade em momentos de revolução.
As lideranças tribais e religiosas afirmam-se desde há milhares de anos como os polos de unidade social e aqui, na Guiné, deveriam ser a base desta instituição onde a representatividade não se obtém pelo voto, mas sim pela identidade coletiva. Poderiam ter assento neste Senado pelo menos três grupos de indivíduos que se movem num tempo mais longo que o imediato tempo do jogo político:
1) líderes tribais;
2) líderes religiosos;
3) líderes e antigos líderes de câmaras profissionais (comércio, indústria, ordens profissionais, etc.)
Obviamente, a criação de uma instituição como a aqui apontada implicaria o seu sólido estabelecimento no articulado da Constituição, e deveria ter como base do seu processo de estabelecimento um debate nacional que conduzisse a um amplo consenso.
Só num processo que recupere a ligação da população aos seus vectores de identidade se pode dar à Guiné uma porta para que entre o passado e o futuro se construam oportunidades para as novas gerações. A capacidade cada vez mais sólida das novas gerações deve ser consolidada politicamente através de uma “religação” ao que une as gentes e as torna habitantes de um lugar, ao que dá sentido a um colectivo que vê na comunidade um caminho comum.
(*) Professores da área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona»
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Koumba
No dia 2 de Julho de 2009, apresentei a minha demissão do cargo de porta-voz da candidatura do Kumba Yalá (uma nomeação que ele próprio assinou, ainda em Marrocos). Foi-me entregue um exemplar, e um outro foi afixado na vitrine da sede do PRS, em Bissau - presumo que o original esteja guardado nos arquivos do partido... Kumba Yalá, em conversa nas horas 'mortas' da campanha referia-se à minha pessoa como «o nosso Mandela». «És, és i nô Mandela». E Kumba sabia bem porque dizia isso. Nós sabemos!!!
Mas queria aqui contar-vos a cena que se seguiu à minha demissão. Os resultados da primeira volta das eleições presidenciais de 2009 foram apresentados no Palace Hotel (hoje, Embaixada da República de Angola na Guiné-Bissau). Boicotei a conferência de imprensa, e fiquei a aguardar o Kumba na casa dele. Eu já sabia ao que ia... Assim que Koumba chegou, gerou-se o aparato do costume. Abriram o portão, descarregaram-se as AK-47 para dentro de casa, e ele disse «Aly, entra» (um pormenor: Koumba vinha sempre receber-me à porta), e fomos entrando. Fui o último a entrar. Deixei que o BALTASAR ALVES CARDOSO, o GASPAR GOMES FERNANDES (já falecido), o PAULO CIRILO CASSAMA, o VITOR PEREIRA e o PEDRO DA COSTA entrassem.
Lá dentro já não havia uma cadeira disponível, de modo que fiquei de pé. E de repente Koumba entra na sala. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, tomei a palavra e disse com convicção: «Presidente, estes cinco bandidos vão estragar a sua campanha», e estendi-lhe a minha demissão. Ele apenas abriu os braços como que perguntando «mas o que se passa aqui?». Era irreversível a minha decisão, e com efeitos imediatos. Disse boa tarde, e saí aliviado da casa do Koumba Yalá.
Fui diretamente para o jornal 'Diário de Bissau'. Bati à porta e entrei. Estava lá o diretor do jornal, o meu bom amigo João de Barros, também militante do PRS e um seu antigo secretário de Estado para a Comunicação Social. Dei-lhe conta do sucedido. Não me admoestou, muito pelo contrário. O João sabia das arbitrariedades todas, e nunca se mostrou de acordo. Foi dos poucos, no PRS, a apontar-lhes as minhas capacidades. E o que acontece a seguir?
Bom, a seguir alguém tocou à porta do jornal. Para o nosso espanto, entram a Sra. ALIMA FERRAGE e uma outra pessoa, que vim a saber depois tratar-se de uma sobrinha do próprio Koumba Yalá. Então, a cena que se seguiu foi surreal. A Alima Ferrage, sem nada dizer, deixou-se cair de joelhos prostrada à minha frente, tirou o lenço da cabeça e, implorando, disse: «Por favor, Ticha, vem, vamos conversar com o Presidente, ele está à tua espera.»
O que lhe respondi - e o João de Barros continua como testemunha - foi: «Diz ao Koumba Yalá que vá para a puta que o pariu!» Não sei se a Alima deu o meu recado... António Aly Silva
P.S.: Sei que é dia 24 de dezembro, véspera de Natal, época em que os palavrões são mais censurados. Façam de conta que estão a ler o último parágrafo deste texto no dia 26. AAS
TAP/SÍRIOS: IDENTIDADE DESCONHECIDA
Como se identifica alguém que não tem documentos? Melhor: como se identifica alguém que não tem documentos e cujas impressões digitais não aparecem em nenhuma base de dados europeia? Melhor ainda: como se identifica alguém que não tem documentos, cujas impressões digitais não aparecem em nenhuma base de dados europeia e que vem de um país em guerra civil? Pois é. Para ler na Sábado, um trabalho do NUNO TIAGO PINTO
Kumba Yalá disse que eu fui «expulso do PRS»...Para os mentirosos, cá vai:
VEJAM QUEM FOI EXPLUSO: A DEMISSÃO DE ANTÓNIO ALY SILVA, DO PRS...E mais não digo. Ele terá falado como... padrasto de alguém?. Ai, se eu abro a boca sobre coisas que vi numa certa campanha política... Bom dia. AAS
TAP/SÍRIOS: Depois da bonança...a tempestade
O Governo português insiste que «embarque forçado» de sírios é «inaceitável> e o o «embarque forçado» de passageiros sírios por coerção de autoridades guineenses é «inaceitável», revelando que aguarda as «consequências» e que seja garantido que situações semelhantes não tornem a acontecer.
«O Governo português reitera que o sucedido - o embarque forçado, através de pressão e coerção por parte de autoridades guineenses sobre funcionários da TAP, de 74 passageiros com documentação reconhecidamente falsa numa aeronave portuguesa com destino a Lisboa - é absolutamente inaceitável», pode ler-se num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A nota surge depois de o ministério de Rui Machete ter sido informado das conclusões da comissão de inquérito acerca do «grave incidente de segurança» ocorrido no aeroporto de Bissau, que apontam para o envolvimento direto ministro do Interior do Governo de transição guineense, António Suca Ntchama.
«O Governo português reitera que o sucedido - o embarque forçado, através de pressão e coerção por parte de autoridades guineenses sobre funcionários da TAP, de 74 passageiros com documentação reconhecidamente falsa numa aeronave portuguesa com destino a Lisboa - é absolutamente inaceitável», pode ler-se num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A nota surge depois de o ministério de Rui Machete ter sido informado das conclusões da comissão de inquérito acerca do «grave incidente de segurança» ocorrido no aeroporto de Bissau, que apontam para o envolvimento direto ministro do Interior do Governo de transição guineense, António Suca Ntchama.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
PAIGC: Comunicado do projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”
Comunicado
O Projecto para uma Liderança Democrática e Inclusiva, tendo tomado conhecimento do conteúdo quer, do acordo denominado “Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC”, como das declarações aí proferidas, vem tornar público o seguinte:
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, sem prejuízo da sua avaliação quanto ao mérito da iniciativa, respeita os esforços das diferentes sensibilidades e correntes de opinião na busca de soluções para os inúmeros problemas funcionais que Partido enfrenta, uma vez que a busca de alternativas que minimizam o nível de conflitualidade e contribuam para um diálogo construtivo constitui um dever de todos os militantes, sem excepção.
Contudo convém relembrar que as competência para proceder à correcção e ajuste dos documentos a submeter à intenção do VIII Congresso Ordinário do Partido, cabe à Comissão Nacional Preparatória criada pelo Comité Central, sendo por conseguinte inaceitável que um grupo de Dirigentes, tenham a veleidade de se propor usurpar e substituir o referido Órgão Estatuário criando uma pretensa “Comissão Técnica Conjunta para correcção e ajustes à proposta de Ante-Projecto de Revisão dos Estatutos, do Regulamento Eleitoral e do Regimento do Congresso”, à luz da referida Aliança.
O Ante-Projecto Revisão dos Estatutos e a proposta Alternativa de Revisão Pontual, com os comentários e subsídio que lhes foram aportados durante a sua apreciação e discussão pelos militantes nas conferências sectoriais e regionais, são os documentos base, não se podendo pretender, agora, forjar e introduzir documento com elementos que não foram objecto da tramitação de consulta previstas nos Estatutos do PAIGC.
Outrossim, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, reafirma a posição anteriormente manifestada sobre o modelo organizacional, preconizando uma revisão pontual dos aspectos dos actuais estatutos que tenham sido causa próxima de conflitualidade interna, reservando uma eventual revisão profunda para um congresso extraordinário a convocar para o efeito.
Condenamos as arbitrariedades, discriminações e violações sistemáticas das mais elementares regras de funcionamento do Partido e respectivos órgãos, atitudes essas, que estão a minar os valores de confiança e credibilidade do processo preparatório do VIII Congresso Ordinário, bem com a coesão interna do Partido.
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” exorta as estruturas competentes a absterem-se de comportamentos que tenham como resultado prático os sucessivo e inadmissíveis adiamentos do Congresso, com o risco sério do Partido não participar nas próximas eleições legislativas mascadas para 16 de Março próximo, pelo que, tais comportamentos persistam serão tomadas medidas preventivas tendentes a salvaguardar os superiores interesses dos militantes e simpatizantes do partido e do povo da Guiné-Bissau.
Congratulamo-nos com a circunstância das demais candidaturas reconhecerem a necessidade de federar numa aliança todos os projectos minoritários como forma de tentar contrariar a vontade da maioria absolutamente inequívoca expressa nas assembleias de base, conferências sectoriais e regionais.
O acto de assinatura da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC também permitiu constaram de forma evidente que muitos estão no PAIGC porque têm um interesse pessoal a defender, portanto, demonstraram inequivocamente que são gente sem escrúpulo e querendo o poder a todo o custo, mesmo pisando as mais elementares regras ditadas pela ética e pela moral.
Desde a primeira hora, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e o seu Candidato à Presidência do PAIGC, camarada Braima Camará defenderam uma linha de rumo, ou seja, os Estatutos aprovados em Gabú e repudiaram de forma firme e clara o ante-projecto que defende uma bicefalia no Partido e os subscritores da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC demonstraram que se vestem conforme as suas necessidades e ambições pessoais, numa prática que os nossos cidadãos apelidam de “manha de camaleão”.
Um velho ditado que citamos, diz que “quem tem telhado de vidro não atira pedras ao vizinho” e por isso mesmo só queremos relembrar aos integrantes da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC, que nas recentes Conferências Regionais ocorridas em Bissau, Tombali, Cantchungo, Farim, Bafatá e mesmo em Bubaque, camiões transportaram arroz, óleo de mancarra, para além de dinheiro vivo que foram distribuídos aos delegados a olho nu e se tiverem a ousadia de negar, apresentaremos provas destes factos.
É esta a diferença que subsiste entre a Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC e o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, razão pela qual expressamos a nossa grande preocupação pelo facto de algumas importantes ajudas financeiras concedidas ao PAIGC por países e partidos amigos e que não foram depositadas nas contas bancárias do Partido, mas sim, por ordens expressas tomadas pelo actual 1º Vice-Presidente e Presidente em Exercício do PAIGC, Comandante Manuel Saturnino da Costa foram entregues à gestão directa de um dos candidatos, ou seja, do camarada Carlos Correia, servindo-se delas para apoiar as acções da Plataforma, hoje, transformada na dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC, acto em si ilegal, anti-estatutário e de foro criminal, que demonstra de per si, a continuidade desta prática irresponsável ditada por uma condenável promiscuidade e impunidade reinante na actual Direcção Interina do PAIGC.
Entendemos que no seu devido tempo, accionará os mecanismos em instituições competentes no sentido de repor a legalidade na defesa da transparência política e administrativa.
A terminar, comunicamos a todos os dirigentes, responsáveis e militantes que o integram a manterem-se firmes, coesos e determinados até a conquista da nossa vitória no VIII Congresso Ordinário, para assim podermos salvaguardar os valores e os princípios pelos quais os melhores filhos da nossa Pátria Amada deram à vida, entre os quais se destacam Amílcar Cabral e os seus companheiros Combatentes da Liberdade da Pátria.
Bissau, 23 de Dezembro de 2013
Pela Coordenação Política do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”
TAP/SÍRIOS: Vá apanhar bonés, ó ministro!
"O ministro Saido Baldé disse aos microfones da RDP-Africa, que os passageiros Sirios embarcados à força para Lisboa por um dos seus comparsas nesse governo de malfeitores, "eram turistas que estavam em trânsito na Guiné-Bissau". Disse igualmente de que, o Ministro do Interior, Suka Ntchama "alegando segurança interna, fez pressão para que seguissem viagem, pois enquanto turistas não podiam ficar no territorio nacional", pois "entre ficar e perigar a segurança do pais, ou embarcar..., este forçou o embarque destes para o destino".
Pergunta-se qual destino!!!
O que se sabe e bem, é que os Sirios não tinham e nem podiam ter como destino Lisboa, pois não possuiam documentos legais para ai seguirem viagem. Eles não possuiam vistos nem quaisquer outros documentos validos que os habilitassem legalmente para prosseguir viagem com destino para Lisboa.
Dai, Sr Ministro, o que seria elementar num Estado de Direito (não como foi no Estado Traficante de Emigrantes Clandestinos como o nosso), os ditos "turistas" encomendados por meliantes do governo de que Va Exa faz parte, deviam ser recambiados à origem da sua proveniência, isto é, Marrocos e não força-los a embarcar criminosamente para um pais que não tinha nada a ver com eles, num manifesto acto de terrorismo de Estado.
O que o Ministro devia dizer, caso os tivesse no sitio, é que, os Sirios tinham que viajar, tal como viajaram para Lisboa à força de ameaças e aos empurrões, porque um grupo de contrabandistas que apoderaram de um Estado abandonado, ja tinham recebido à cabeça e adiantadamente, centenas de milhares de euros e aguardavam simplesmente o embarque com destino a Europa (neste caso concrecto Lisboa), para se apressarem a estender as mãos e exigirem o remanescente desse trafico humano hediondo.
Era tão simples como isso, Sr Ministro Inquiridor, não vale a pena ir por tantos caminhos da mentira para tentar enganar os guineenses que ja conhecem e bem, o que é capaz o vasto cadastro do (des)governo de Va Exas.
E ja agora, deixe-lhe dizer de que, a chicana maquiavélica de tentar co-responsabilizar o chefe de escala da TAP para Africa nessa torpe palhaçada para branquear o seu colega traficante de carne humana não "cola", pois por aquilo que nos tem dado a constactar, se, nem da sua matéria bem sabe, tão pouco sabera das regras de gestão e de segurança do trafego aereo.
Tenho dito"
VOO TAP/SÍRIOS: ANTÓNIO SUKA NTCHAMA É O PRINCIPAL VISADO
A comissão de inquérito ao incidente com um voo da TAP em Bissau concluiu que o ministro do Interior do Governo de transição guineense, António Suka Intchama, "exigiu" o embarque dos 74 sírios com passaportes falsos para Portugal. LER NOTÍCIA DO DC De acordo com o relatório da comissão de inquérito, divulgado hoje, "houve de facto uma intervenção direta" do ministro guineense, que alegou "motivos de segurança interna" para exigir o embarque dos sírios.
O documento refere ainda que "não houve coação nem física nem armada em relação à tripulação da TAP, nem ao chefe de escala" da companhia aérea em Bissau em relação ao voo de dia 10 de dezembro. O relatório concluiu também que a ordem do embarque dos 74 sírios foi dada pelo diretor-geral de escalas das delegações da TAP em África, a partir de Lisboa.
domingo, 22 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
CNE diz que recenseamento eleitoral está com "andamento lento"
O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Augusto Mendes, manifestou a sua preocupação com o "andamento lento" do recenseamento de potenciais eleitores decorridos 15 dias desde o início do processo. Em conferência de imprensa, Augusto Mendes não quis adiantar os números de eleitores já registados, mas apresentou aos jornalistas um conjunto de elementos que indicam a preocupação da CNE.
"Não se afigura pertinente nesta primeira fase divulgar cifras, mas contudo é deveras preocupante o estado do desenvolvimento do recenseamento eleitoral", disse Augusto Mendes, ao apresentar à imprensa os resultados de uma missão de avaliação no terreno. Lusa
«"O ano que finda foi (na Guiné-Bissau) um ano de mais sofrimento, de desilusões, de promessas não cumpridas, de medo, de impunidade". José Ramos-Horta, finalmente muito mais realista e céptico do que o estava há seis meses, quando ainda parecia ter esperança de endireitar o país para onde fora enviado pelo secretário-geral das Nações Unidas. Agora começa a compreender que será difícil promover daqui a três meses eleições justas, com a garantia de os resultados serem integralmente respeitados."» - Jorge Heitor, Jornalista
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
SÍRIOS ESFUMARAM-SE: O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras não sabe onde estão 10 dos 74 sírios que chegaram a Portugal vindos da Guiné-Bissau, com passaportes falsos. Os cinco adultos e cinco crianças saíram das instituições onde estavam instalados, na colónia balnear "O Século" e numa outra instalação na Parede.
Masturbar , ou não - eis a questão
MASTURBO, NÃO MASTURBO…
In: SIMINTERA
Escrevo, não escrevo, escrevo, não escrevo, escrevo, não escrevo, masturbo, não masturbo, masturbo, não masturbo, masturbo, não masturbo…
Como guineense, orgulhoso da sua origem, até não ia escrever, pela vergonha que o caso dos “74 sírios” me causa, mas acabei por escrever (sem masturbar, julgo eu) e publicar, porque as barbaridades são para serem combatidas de forma incansável, enquanto existirem pessoas a cometê-las e outras a defendê-las.
A notícia desta semana em Portugal, que ainda hoje faz abertura de alguns telejornais, envolveu, MAIS UMA VEZ DE FORMA VERGONHOSA, a Guiné-Bissau e feriu de morte o orgulho de todos os guineenses de bem.
Para falar verdade, entre os guineenses, já não sei quem é quem, quem é de bem e quem é de mal e quem pretende o bem ou o mal da Guiné-Bissau!
Que os golpistas militares e “transicionistas” guineenses não tenham sensatez, nem vergonha na cara, e que só lhes interessa as negociatas para proveito próprio, venham eles de qualquer tipo de tráfico, já todos sabemos. Agora, que este incidente ou prática grave e vergonhosa, facilitada por supostos dirigentes guineenses, que envolveu o trânsito de vítimas de uma guerra, exploradas por uma rede ilegal de malfeitores, pondo em causa a segurança internacional, tendo a Guiné-Bissau como a placa de lançamento para o espaço Schengen, seja aproveitada por guineenses, para criar cisões entre guineenses, é intolerável e roça o limiar da baixeza…
Todos os guineenses, com excepção dos criminosos que hoje se dizem dirigentes da nossa pátria, deviam ficar preocupados e até horrorizados, com o estado actual do nosso país, sendo que este incidente ou prática, só pode significar que a nossa pátria amada é hoje usada para a prática de todos os tipos de actividades que se relacionam com o submundo do crime organizado, com conluio dos próprios filhos da Guiné-Bissau…
No alto da sapiência virtual guineense, interpreta-se mal e porcamente, e não se hesita em misturar aquilo que é a denúncia de uma ilegalidade estritamente administrativa (falsificações de passaportes e vistos) potencialmente ligada a redes de narcoterrorismo e a insegurança internacional, com aquilo que é a segurança da aviação civil e a segurança durante um único voo.
Para já, a segurança para a aviação civil deve ser garantida pelo país contratante do serviço, ou seja, aquele que fornece o seu aeroporto para aterragem dos aviões. É isso que a TAP espera e reclama das supostas autoridades guineenses (que na prática não existem, desde Abril de 2012), e é isso que levou a suspenderem os voos para a Guiné-Bissau, até verem resolvida a questão da segurança da aviação civil.
O argumento, usado pelos golpistas e seus acólitos, de que nem toda a gente com farda é militar, não cola neste assunto em particular, uma vez que se trata de uma área que deva ser estritamente controlada pela autoridade local. Neste caso em particular, já se sabe que a ordem de embarque desses Sírios foi dada por um alto funcionário do suposto estado guineense, acompanhado de criminosos fardados. Também já se sabe que foi esse acto que levou à demissão do suposto Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau.
Portanto, a suposta autoridade guineense (que no fundo não existe, já que são criminosos travestidos de autoridades), não só facilitou a prática ilegal, como coagiu os responsáveis do voo a executarem essa ilegalidade, o que poderia repercutir na segurança do voo ou posteriormente na segurança dos cidadãos residentes no espaço Schengen. Em nenhuma altura o comandante de bordo detectou qualquer acto que pudesse colocar em perigo aquele voo concretamente, por isso não agiu conforme mandam as normas de segurança do voo… Limitou-se a deixar que os agentes de controlo das fronteiras (SEF) fizessem o seu serviço… É disso que se trata. Saber ler não é o mesmo que saber interpretar… É a velha questão da literacia funcional!
Outro exercício da iliteracia funcional, que não sei se é intencional ou não, é tentar colar a autoridade consular portuguesa residente na Guiné-Bissau a este caso, quando a notícia veiculada, inclusive no artigo do jornal “Expresso”, é claro a fazer referência à “PASSAPORTES E VISTOS FALSOS”. Aliás, o antepenúltimo parágrafo do artigo do “Expresso”, diz o seguinte:
Só entre janeiro e outubro, o SEF interceptou 173 pessoas provenientes da Guiné-Bissau portadoras de PASSAPORTES E VISTOS FALSOS. É um aumento de 90% em relação a 2012.
Portanto, não são passaportes nem vistos passados pela autoridade consular portuguesa sediada na Guiné-Bissau!
Ainda, no parágrafo anterior e no subsequente do mesmo artigo, lemos o seguinte:
As redes turcas de imigração clandestina para vários países europeus movimentam milhões de dólares por ano e têm ramificações na capital guineense.
Várias fontes policiais e diplomáticas garantem que estas redes se confundem , e negoceiam, com as que se dedicam com o tráfico de droga por toda a África Ocidental.
As redes que auxiliaram estes cidadãos em Bissau estão ligadas ao tráfico de estupefacientes, principalmente de cocaína.
Estes sim, são dados que me interessam e preocupam como guineense e que devem preocupar a todos os guineenses de bem, sem excepção. O resto é secundário. O resto é encher páginas, ou melhor, aquilo que os portugueses chamam de “encher chouriços” e que eu chamo de “masturbação intelectual”.
Chega a roçar o delírio persecutório, quando se tenta arranjar “bodes expiatórios” para todas as asneiras cometidas por impreparados que assaltaram o aparelho de estado guineense!
Estes dados não é nada mais que um indício claro do estado em que está mergulhada a nossa pátria e que resgatá-la das mãos do crime organizado está a tornar-se cada vez mais difícil e, sem uma ajuda internacional séria e desinteressada (o que é uma miragem!) e o empenho de todos os guineenses de bem, arrisco a dizer que é uma tarefa inglória ou até impossível.
A realidade é nua e crua, não existe neste momento um verdadeiro estado na Guiné-Bissau. O território guineense e o seu povo estão tomados por redes criminosas, facilitadas por supostos dirigentes políticos e agentes da lei, em que o único interesse nem chega a ser o enriquecimento ilícito, já que o que sobra para esses agentes guineenses facilitadores dessas actividades ilegais, são umas migalhas que dá para ser usada como um “lago dourado”, no oceano da miséria que é o país…
Entrando na linha do meu anterior artigo, volto a manifestar a minha extrema preocupação com o défice democrático e político dos vários candidatos que se alinham para as próximas eleições guineenses!
Um candidato à liderança do que quer que seja, quanto mais de um país, deve partir para a disputa desse cargo com o espírito de quem pretende colocar às suas capacidades ao serviço daqueles a quem pretende dirigir ou orientar. Deve conhecer ou tentar conhecer profundamente aquilo que pretende vir a dirigir, para poder transmitir aos seus eleitores, aquilo que pretende mudar quando for eleito. Esse exercício não deve ser feito só durante a campanha eleitoral! Quem quer assumir o papel de líder político, deve saber que tem de estar a altura de intervir, sempre que as circunstâncias do quotidiano justificarem, principalmente quando está em causa assuntos que lesam profundamente o país e o povo!
O povo guineense anseia por políticos com coragem e determinação de Amilcar Cabral, Mahatma Gandhi, Mandela, entre outros. Necessitamos de uma outra revolução na Guiné-Bissau, feita, desta vez, por democratas, sem necessidade de recurso à luta armada.
O povo guineense anseia por democratas que usem da voz e da escrita para combater os criminosos que lhe mantém refém. O povo guineense não precisa de discursos de ocasião, carregados de chavões, proferidos por homens com fatos reluzentes e gravatas alinhadas, com currículos ditos brilhantes. O povo guineense precisa de políticos com “P grande”, que sabem apontar o dedo aos desvios dos interesses do Estado e que também sabem apontar soluções e saídas para o estado moribundo em que se encontra o país.
Cabral, no decurso de uma luta armada que contava vencer, já desenhava caminhos para o desenvolvimento nacional após a libertação do país. Os nossos actuais políticos pretendentes á liderança do país, não são capazes sequer de fazer uma abordagem pública, incisiva e clara dos factos actuais relevantes!
No aproximar de Março de 2014, este (entre outros) é mais um dos graves acontecimentos que morrerão no silêncio daqueles que dizem ser candidatos a líderes da Guiné-Bissau! Com que interesses!?
Se os nossos democratas ou pseudo-democratas não saberem juntar as vozes, para denunciarem os criminosos e solicitarem ajuda internacional para combate-los, jamais sairemos do atoleiro onde nos encontramos.
Será que vou morrer sem ver outro Amilcar Cabral na Guiné-Bissau?
Jorge Herbert
Carta para o Ramos Horta
«Caríssimo Aly,
Foi com particular sentido de humor que li a mensagem de Ano Novo do Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos Horta, postada no teu incontornável blog.
Li-o com bastante humor sim ...! Humor, num contexto de penúria humana e governativa, que ele, na sua mensagem de Boas Festas, reconhece de forma inequívoca, a qual infelizmente, ele não consegue fazer reflectir tão claramente nos seus famosos relatórios de paninhos quentes de uma no cravo e outra na ferradura endereçada a quem representa no pais de Cabral. Alias, RH não respalda nos seus relatórios, nem os factos tal como deviam ser e, tão pouco sugere ou propõe medidas concretas e injuntivas ao Douto Conselho para fazer sair a Guiné-Bissau desse marasmo de podridão em que se encontra atolado.
Sendo emotivo e quiçá, liberto de formalismos e preconceitos desnecessariamente adquiridos desse complexo processo, Ramos Horta, finalmente, em poucas linhas, retratou com alma iluminada, a verdade dos factos e do sofrimento do Povo guineense, factos e verdades que ele não consegue expor perante quem de direito e em instância própria..., e com essa atitude acobardada de não ferir susceptibilidades de bestas ignorantes, RH vai adiando, sem dar conta, que seja tomada uma decisão firme e corajosa que indique a porta da saída para a crise guineense.
Apenas um senão, RH persiste em indicar caminhos a seguir após o período eleitoral (solicita um Presidente de largo consenso, dialogante, preconiza a constituição de um governo alargado a todas as forças politicas e por ai fora...). Julgamos que isso não foi pedido ao RH e nem deve ser esse o seu papel. O seu papel é o de apresentar soluções para a saída da crise guineense, ajudar a realizar eleições livres justas e transparentes, onde todos os guineenses sem exclusão possam participar livres de quaisquer constrangimentos ou ameaças. Enfim a realização de um processo de transição para uma verdadeira democracia na base da verdade e nos verdadeiros ensejos do Povo da Guiné-Bissau.
Não sendo assim, RH esta a ir para além do seu papel e esta a dar directrizes e quiçá a falar por conta de alguém... Sendo assim trasvasa o seu papel e deixa de ser imparcial.
Um Santo Natal e um Feliz Novo Ano para todo o Povo Guineense, se possível livre dos impostores que assaltaram o poder na Guiné-Bissau.
Grupo de Reflexão 'No Pensa Guiné'»
100 sombras
Estamos todos a aguardar a divulgação do tão propalado relatório sobre o embarque à força e sob coacção armada de 74 cidadãos sírios num voo da TAP Portugal. Aposto aqui que os demissionários Delfim da Silva e António Suka Ntchama VÃO permanecer nos seus postos - aquilo foi tudo teatro, uma encenação preocupante, à medida do aflito poder golpista de Bissau!!! Está tudo pronto para atirarem uma vez mais areia para os olhos dos guineenses e fazer da comunidade internacional uns autênticos parolos.
Está claro para todos - idiotas à parte - que o ministro do Interior está desde a primeira hora ligado aos sírios. Quem, no seu perfeito juízo, pode pensar que 74 cidadãos 'refugiados' estrangeiros chegam organizadamente a Bissau, instalam-se confortavelmente em dois hotéis (refugiados ricos, esses), pagando tudo do seu bolso, sem ninguém dar por nada?
É claro que para um regime vetado ao ostracismo, qualquer solução, por mais dramática que seja, é bem vinda para arrecadar somas avultadas. É a 'transição', há que mamar... 25 mil dólares por pessoa... Não importa o dano causado a terceiros (neste caso, a vinte e sete países), estão-se nas tintas para as consequências pois estão habituados a governar ignorados pelo resto do mundo.
Só num país anárquico é que podia acontecer o que se assiste na Guiné-Bissau. Prisões arbitrárias, raptos, espancamentos, assassinatos, tráfico de droga, de armas, e, para compor o ramalhete, de seres humanos! Guiné-Bissau parece um palco que em vez de pessoas tem sombras deambulando. Tristemente, a comunidade internacional, a mesma que impõe sanções, assiste, impávida e serena às violações das suas sanções. Um exemplo:
Major Idrissa DJALÓ
Nationality: Guinea-Bissau
Date of birth: 06 January 1962
Official function: Protocol Advisor to the Armed Forces Chief of Staff
Designation/Justification: Point of Contact for the "Military Command" which has assumed responsibility for the coup d'état of 12 April 2012 and one of its most active members. He was one of the first officers to publicly assume his affiliation to the “Military Command”, having signed one of its first communiqués (nº5, dated 13 April 2012). Major Djaló also belongs to the Military Intelligence.
E o que é feito mesmo do major Idrissa Djaló? Depois de sancionado, foi calmamente nomeado embaixador extraordinário e plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República da Gâmbia!!! Essa é que é a verdade!!! E convive lá, em Banjul, com a mesma comunidade internacional...
E a ONU, tugiu? Não me parece. Mugiu? Ora essa, doutor! AAS
UNIÃO EUROPEIA - JUNHO DE 2012
SÓ PARA RECORDAR QUE FALTAM OS 'ACTOS', E QUE O POVO GUINEENSE ESTÁ FARTO DE PALAVRAS
A União Europeia aprovou resolução que condena golpe de Estado, e Diogo Feio, Ana Gomes e Rui Tavares apelam à UE para passar das palavras aos actos. O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje em Estrasburgo uma resolução que condena com veemência o golpe de Estado na Guiné-Bissau do dia 12 de Abril. Os deputados europeus exigem o retorno à ordem constitucional e a realização da segunda volta das eleições presidenciais.
Diogo Feio, Ana Gomes e Rui Tavares, deputados ao PE, congratularam-se com este resultado e com o trabalho que desenvolveram em conjunto no sentido de sensibilizar a euro-câmara para a questão guineense. Os três deputados pretendem que a União Europeia (UE) envie um sinal claro de que não tolera a tomada do poder pela força na Guiné-Bissau e que está disponível para promover e colaborar no regresso à ordem democrática do país, bem como para apoiar as populações carenciadas.
Diogo Feio (PPE), defende a devolução do poder aos seus legítimos titulares. "Receio que, sem o apoio da UE, a Guiné-Bissau corra o risco de se tornar num Estado falhado corroído pelo tráfico de droga. A reforma do sector de segurança e defesa deve ser um dos primeiros passos a dar no sentido da estabilização do país. É importante apoiar o povo da Guiné e os seus legítimos representantes nesta hora de extrema dificuldade".
Ana Gomes (S&D), "não é tolerável que a CEDEAO na Guiné‑Bissau, tal como no Mali, esteja a respaldar soluções que reabilitam os golpistas e lhes permitem ensaiar uma farsa de transição em violação da democracia. É imperativo que a UE se empenhe, no regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau e ao processo eleitoral. É disto que depende a reabilitação do país e a segurança do povo guineense".
Rui Tavares (Verdes), espera que a resolução desperte a atenção do Serviço de Acção Externa da UE, para a defesa da Guiné-Bissau. "Os guineenses já demonstraram que têm capacidade para desenvolver o seu Estado e a sua sociedade. Qualquer demissão do nosso dever de solidariedade para com a Guiné tem custos que se materializam no perpetuar de uma situação de sofrimento para a população, como a corrupção, a militarização e o enquistamento do narcotráfico."
A resolução comum contou com o apoio de seis grupos políticos que representam a grande maioria dos deputados ao Parlamento Europeu, prova da convergência de pontos de vista quanto à situação política e militar da Guiné-Bissau.
Ramos Horta faz balanço do ano
Esta é a mensagem do chefe do chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS):
"Infelizmente, o povo da Guiné-Bissau não celebrara um Natal mais feliz do que os anteriores; o ano que finda foi um ano de mais sofrimento, de desilusões, de promessas não cumpridas, de medo, de impunidade.
Como Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas não posso, honestamente, dizer que houve progressos com vista ao regresso da paz, boa governação, justiça, bem-estar. Estou preocupado em relação a 2014, pois nada nos assegura que a situação vai melhorar. O adiamento da realização de eleições significa o adiamento da resolução dos graves problemas da Guiné-Bissau.
A comunidade internacional continua muito cética em relação à vontade dos líderes políticos Guineenses de assumirem as suas responsabilidades e, decisivamente, encontrarem soluções duradouras para os graves problemas do seu país.
A comunidade internacional não se substitui aos líderes nacionais. A comunidade internacional só pode apoiar aqueles que, demonstradamente, merecem ser apoiados, que querem ser apoiados. Apelo às elites político-partidárias da Guiné-Bissau para se unirem à volta dos ideiais do passado da sua luta, para se sentarem à mesa de diálogo e proporem uma agenda para a Paz, democracia e desenvolvimento.
O primeiro passo terá de ser o da realização das eleições gerais a meados de Março de 2014. A não realização das eleições, como prometido ao povo Bissau-guineense e à comunidade internacional, iria inevitavelmente agravar os problemas, já muito sérios, que o país enfrenta.
Por isso, apelo a todos para que trabalhemos no sentido da realização de eleicoes livres e democráticas, credíveis; para a formação de um governo de base ampla, inclusiva; e para, juntos, possamos mobilizar os recursos possíveis para resgatar a Guiné-Bissau da penúria, da extrema pobreza, da instabilidade.
A todos desejo felicidades nesta quadra de festas e no Novo Ano que se aproxima."
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Rui Barros já tem inquérito a voo da TAP
O primeiro-ministro do Governo de transição da Guiné-Bissau já tem em mãos as conclusões dos inquéritos sobre o embarque forçado de passageiros com passaportes falsos num avião da TAP, disse à Lusa fonte governamental. Segundo a fonte, os resultados apurados por uma comissão chefiada pelo ministro da Justiça, Saido Baldé, foram entregues a Rui de Barros "no final do dia" e o primeiro-ministro vai decidir na sexta-feira sobre os procedimentos a seguir sobre o assunto.
A fonte indicou ser provável que Rui de Barros convoque uma reunião extraordinária do conselho de ministros para debruçar sobre o resultado do inquérito. De seguida Rui de Barros deverá remeter ao presidente de transição, Serifo Nhamadjo, o documento resultante das averiguações sobre o que realmente se passou em 10 de dezembro quando 74 sírios com passaportes falsos foram embarcados à força em Bissau num avião da TAP para Lisboa.
O caso provocou o cancelamento dos voos diretos da transportadora aérea portuguesa para Bissau e ainda o pedido de demissão de dois ministros guineenses do Governo de transição. LUSA
FANTASMAS: Fernando Vaz diz que MNE português vê «terrorismo em tudo»
O porta-disparate do 'governo de transição' reagiu - com a baixeza de sempre e a linguagem que se (re)conhece - às declarações de Rui Machete, ministro português dos Negócios Estrangeiros, que classificou o embarque forçado de cidadãos sírios num voo de Bissau para Lisboa como «um acto de terrorismo». O vocabulário do Vaz: «A mentalidade deste homem, infelizmente, é de quem vê terrorismo em tudo, tem alguns problemas mal resolvidos», disse, acrescentando não querer «entrar em detalhes» sobre as declarações de Rui Machete, por considerar estar a colocar-se «ao mesmo nível» do governante português (Nando baixara o nível logo na sua primeira intervenção...)
O porta-voz informou que o seu Governo está a trabalhar no sentido de a Guiné-Bissau ter a sua própria companhia aérea, de forma a não depender de outras companhias, numa alusão à suspensão dos voos da TAP para Bissau. (a companhia aérea será apenas para os aeroportos internacionais de Rubane e Cufar?)
No que respeita ao pedido de demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva, e à colocação do lugar à disposição por parte do ministro do Interior, António Suca Ntchama, Fernando Vaz minimizou o impacto sublinhado que casos desta natureza são raros na Guiné-Bissau (Tão raro, presumo eu, quanto embarcar ilegalmente cidadãos sírios num avião de passageiros com bandeira estrangeira).
OPINIÃO: Fernando Seara
Da Vaidade
Jornal: Diário de Notícias
Autor: Fernando Seara
1- As relações de Portugal com a Guiné-Bissau estão significativamente perturbadas em razão dos acontecimentos ocorridos com a "invasão" do avião da TAP. O Governo, em particular o MNE, e a transportadora aérea reagiram bem. E prontamente. E o mínimo que se exigiria, mesmo a um poder político precário, era a imediata identificação dos prevaricadores e a delimitação da respetiva liderança. O que mais me perturba, nestes tempos, é alguns julgarem que os "outros são parvos". É o exemplo de um tipo de vaidade contemporânea. Como acontece, em outro sentido, perante a opinião pública global, com o cidadão sul-africano que "falsificou a linguagem gestual" numa das cerimónias públicas de homenagem a Nelson Mandela e a sua desculpa "bem esfarrapada"!
Com efeito, e no momento em que escrevo, apenas sabemos que decorre um processo de inquérito na Guiné-Bissau. Eu diria que o Governo precário da Guiné-Bissau, se queria mostrar autoridade - que não legitimidade -, deveria ter identificado, de imediato, todos aqueles que violaram, grosseiramente, regras internacionais inequívocas. Ao não o fazer mostrou cumplicidade. Ao adiar confirmou a fragilidade do seu poder. Ao não concretizar qualquer medida demonstrou a crise de autoridade que o condiciona. E perturba. E, em rigor, o humilha.
E a um poder precário sem autoridade e sem a mínima influência não se poder conceder uma segunda oportunidade para remediar uma "má impressão". Tem de se agir com toda a firmeza. E não escutar nenhuma "viúva carpideira".
Tem de evidenciar que há hierarquia e valores e que esta hierarquia não pode vacilar perante atos graves, factos grosseiros e situações perigosas. E perante precedentes que, face à fragilidade dos poderes - ou em rigor dos poderes fácticos - se podem repetir. "Os Estados falhados" devem ser ajudados. Mas precisam de mostrar, sempre, que querem e merecem ajuda. Não podem os seus temporários titulares julgar os "outros" como "serenamente parvos" ou, eles próprios, serem "desculpáveis permanentemente". Julgando que o "encolher de ombros" é regra mesmo que perante um conjunto de lágrimas caídas como aqueles que brotam nos rostos de uma personagem de uma falhada telenovela. O que fica é uma decisão rápida e responsável do Governo da República. Mostra autoridade. Bem necessária nos tempos que correm e naqueles que se aproximam.
2- Entre o ensino de Eça e o gosto pela leitura há uma relação de compromisso. É pela palavra que Eça nos conquista. Pela minúcia da narrativa, pela finura da graça e pelo inigualável poder de efabulação. O recorte semântico e ficcional da escrita interage com a nossa própria capacidade de sonhar e adensa o nosso fascínio pela linguagem.
É, nesta perspetiva, que a escrita e a leitura da obra de Eça de Queirós se tornam consequentes. É na excecional criatividade do uso da palavra e na perfeição formal da prosa queirosiana que se mantém sempre atual. Ensinar a ler ou ler e ensinar Eça de Queirós, alteia o nosso legítimo anseio de cultivar a literacia nacional e estimular a vivacidade da língua portuguesa. Para além de qualquer relatório ou disputa política meramente semântica como aquelas que nos dominam e condicionam nos dias de hoje.
A narrativa de Eça de Queirós estende-se a uma crónica dos costumes, da cultura, da política, da civilização, dos movimentos sociais do século xix verdadeiramente notável.
Para o embaixador tataflu
O embaixador da Guiné-Bissau em Dakar (ilegalmente nomeado, diga-se), anda a espalhar por aí uma 'nota de esclarecimento' sobre esta NOTÍCIA . Mas como o embaixador desconhece o que é uma 'nota de esclarecimento', eu dou uma ajudinha: É... isso mesmo: o direito que uma pessoa tem de se defender de críticas públicas no mesmo meio em que foram publicadas.
O embaixador ilegalmente nomeado pelo poder golpista de Bissau, sabe mais, muito mais do que aquilo que diz. Por que razão o embaixador não enviou essa 'nota de esclarecimento' para o blog que deu a notícia, o ditadura do consenso? AQUI, NO DITADURA DO CONSENSO, TINHA MAIS AUDIÊNCIA...MUITO MAIS!!! Vá-se lá perceber esses embaixadores... Ah, o embaixador também não percebeu a frase «Refugiados» sírios 'passaram' por Dakar»? «Terá», «estará»...A língua portuguesa é fodida. Ah, eu não tenho tempo... AAS
Caso TAP/Sírios: O 'governo de transição' da Guiné-Bissau decidiu, em conselho de ministros, adiar por um dia a conclusão do relatório sobre o incidente com um voo da TAP. Nando Vaz - ele de novo - disse haver a necessidade de concluir todas as audições necessárias para "apurar o que de facto se passou"...AAS
PDD - Apresentação pública
É hoje a apresentação pública do Partido Democrático para o Desenvolvimento cujo sigla é PDD. O presidente do partido é Policiano Gomes, antigo presidente de Conselho Nacional de Juventude. Hoje, no espaço LENOX, às 16,30h.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
EXCLUSIVO/EXCLUSIVO: Guiné-Bissau já tem companhia aérea, e um avião...
Excitação: "Chega desta dependência [da TAP]. Vamos rapidamente criar uma companhia de aviação da Guiné-Bissau." - Nando Vaz. Parabéns ao Nando Vaz, pá! AAS
Excitação: "Chega desta dependência [da TAP]. Vamos rapidamente criar uma companhia de aviação da Guiné-Bissau." - Nando Vaz
Estou a ver...se aviam, via TAP, imigrantes ilegais, drogas, armas e outras coisas para a Europa, imagino o que não enviariam na 'vossa' companhia. Só uma Europa lelé da cuca vos daria autorização para sobrevoarem o seu espaço aéreo. Calem-me esse Nando Vaz, se fizerem o favor, pois parece que não tem noção da gravidade nem do disparate que fizeram. AAS
OPINIÃO: Manual do resistente
Este é um apelo desinteressado para os trabalhadores e para o Povo democrata da Guiné-Bissau:
Passaram 20 meses desde os tristes acontecimentos na Guiné-Bissau. Vinte meses de SILÊNCIO e de ambiguidade da comunidade internacional. Vinte meses de joguinhos entre o Senegal, a Costa do Marfim, o Burkina Faso, a Nigéria e, pasme-se, os EUA - um país que não ganha uma guerra desde 1945!!! Enfim, vinte meses de vergonha.
Aos trabalhadores:
Que não trabalhem, que façam greves sucessivos. Numa palavra: paralisem o País, pois só assim as leis serão respeitadas, a orgia de violência cessará de uma vez por todas e a Guiné-Bissau caminhará, orgulhosa, e viverá no concerto das Nações civilizadas.
Ao Povo:
NÃO podes manifestar-te! Os teus direitos previstos na CONSTITUIÇÃO estão fechados numa gaveta. Se o POVO guineense se mantiver FIRME e determinado, acreditem, nem precisará da intervenção da comunidade internacional.
A comunidade internacional aguarda um sinal da parte do POVO. Um sinal que pode traduzir-se numa resistência passiva, sem qualquer tipo de violência (a vitória de Ghandi, na Índia, contra a colonização britânica é um BELO exemplo).
Se o POVO se deixar assustar por 'leis' e 'decretos' (ilegais, diga-se) então a comunidade internacional democrática ABANDONA-LO-Á. Lembra-te: a comunidade internacional NÃO lutará por ti. Quando muito, tentará manter a tua cabeça fora de água...assim, não morres. Mas também não viverás...é tipo teres uma vida... pior do que a morte! Há que cerrar fileiras em cada esquina ou beco, o POVO deve continuar firme, sem medos nem receios. Este País pertence a cada um de nós. Se der para o torto, cada um tem então o direito de destruir a parte que lhe cabe... RESISTE com a desobediência civil, com grafittis, com panfletos, no anonimato ou dando a cara, mas RESISTE.
Resistindo, não estarás a fazê-lo para ajudar A, B, ou C ou o partido E, F, ou G... estarás a contribuir para tirar do obscurantismo, do medo, do analfabetismo o teu Povo, o teu País, uma Nação inteira da qual te orgulharás mais tarde. Quem diria que a Primavera Árabe teria o seu começo na Tunísia, alastrando-se depois a outros países governados por déspotas, todos eles apoiados pelos EUA? Só um louco de brilhantina no cabelo... RESISTE, e lembra-te sempre desta frase lapidar:
Ninguém tem o dever de obedecer a quem não tem o direito de mandar
- Quem votou em alguém para se arvorar em 'presidente de transição'?
- Quem votou em alguém a ponto de ser chamado de 'primeiro ministro de transição?
- Como é que quatro países (cheios de problemas e conflitos) se sobrepõem aos restantes doze países-membros da CEDEAO, impondo ao POVO da Guiné-Bissau um 'presidente' e um 'governo' ILEGÍTIMOS?
- A que se tem prestado a União Africana, a organização maior do continente? A que estados presta vassalagem? E a troco do quê mesmo? Sobretudo: a que povo deve uma explicação sobre o seu imobilismo e inoperância?
- Por que interfere a América? E a França, a China?
- Porquê tanta ambiguidade da potência do continente, a África do Sul (participou, na tribuna, na festa da independência - e garantiu, depois de confrontado pelo DC, que foi "um erro"...mas ontem, à chegada do 'presidente de transição'... Ninguém os viu de bandeirinha hasteada e nem nenhum representante europeu se prestou a tal coisa...)
- A CPLP, a União Africana, a ONU: Nenhuma destas organizações, a que se somam outras de particular relevo para a Guiné-Bissau como o Banco Mundial, o FMI - Nenhuma delas reconhecem as autoridades pós-12 de abril. Mas então o que se passa afinal? A CEDEAO estará acima da União Africana?
- O que vai fazer a ONU, depois de o Senegal, a Nigéria e outros países terem violado uma resolução do próprio Conselho de Segurança?
- Por que não impõe a ONU sanções contra os países que violaram essa - a sua!!! - resolução?
- O que vai ser feito para SALVAR o POVO da Guiné-Bissau? Quando e como e por quem?
O Povo da Guiné-Bissau aguarda.
António Aly Silva
Preparada? Não, nem de longe...
SONDAGEM DC
PERGUNTA: A Guiné-Bissau está preparada para organizar o recenseamento?
RESPOSTAS:
Sim, está - 118 votos (15%)
Não, nem de longe - 540 votos (72%)
O melhor é adiar as eleições - 88 (11%)
Votos apurados: 746
Obrigado. AAS
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Adeus, Guiné
A TAP confirmou que não tem data prevista para retomar os voos para a Guiné-Bissau. A companhia suspendeu os voos depois de as autoridades guineenses terem forçado a tripulação a transportar 74 imigrantes ilegais, um acto que o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, descreveu como sendo "próximo do terrorismo". Um dos suspeitos de responsabilidade pelo sucedido é o ministro guineense do Interior, que entretanto colocou o seu lugar à disposição. Primeiro, foi o MNE Delfim da Silva a por o lugar à disposição de Serifo Nhamadjo.
12 de abril, 20 meses
"Irmãos Guineenses,
Chamo atenção de todos conterrâneos em geral por aquilo que considero de muito desespero e incompetência das actuais autoridades da Guiné-Bissau.
Estamos na data de (17-12-2013) precisamente vinte(20) meses depois do golpe de estado de 12 de Abril, é incompreensível, sem cabimento, e sem fundamento, as alegadas tentativas de culpabilizar o Cadogo por todas as situações e descalabro sucedidos ao longo deste período pôs golpe Tudo o que acontece, dizem Cadogo injectou dinheiro para provocar isto e provocar aquilo.hoje de novo surgiu a nova acusação de que Ele o Cadogo é que injectou de dinheiro nos Sindicatos para fazerem greve.
Uma acusação muito vergonhoso no meu entender uma vez que é do conhecimento público da deterioração de estado das coisas logo depois do golpe de estado.salários em atrasos em algumas instituições ultrapassa quatro (4) meses. Algum tempo atrás o próprio Mentor do golpe de estado General Injai acusou o Governo de transição de que Ele mesmo faz parte de incompetência e corrupção.
O Homem que se faz de defensor deste Governo, devia ter vergonha na cara e tentar arranjar um pouco de dignidade porque Ele auto intitulou-se na luta pela verdade e o que faz não passa de encenações lamentáveis e sem credibilidade nenhuma.uma coisa é certa mais tarde ou mais cedo a razão julgará.
A. L. F."
OPINIÃO: Duas demissões não chegarão
No espaço de mais ou menos uma semana, dois ministros demitiram-se das suas funções. Delfim da Silva, que tutelava os Negócios Estrangeiros, e, agora, António Suka Ntchama, do ministério do Interior. Não resistiram ao 'caso dos 74 sírios', que de Bissau partiram para atormentar Portugal e a Europa. Foram usados todos os adjectivos para classificar este acto tresloucado das autoridades Bissau-guineense.
Caros amigos,
Quando ministros desta envergadura se demitem por causa de um escândalo que de tão grande, tão grande, pôs em causa a segurança de vinte e sete Estados membros da União Europeia, então seria preciso ir mais longe. Implicaria, a meu modesto ver, a demissão do próprio primeiro-ministro, e, por arrasto, de todo o governo de transição golpista.
Duas demissões não chegarão, portanto. Aliás, ditadura do consenso sabe que mais detenções ocorrerão em Bissau, e, em Lisboa, as autoridades policiais portuguesas estão a trabalhar para a identificação do ponto focal desta rede mafiosa, incumbido de receber o resto do dinheiro. A Polícia Judiciária guineense e o seu diretor geral estão de parabéns, pois só trabalhando com seriedade podemos limpar o nosso país daqueles que lhe mal fazem. AAS
Caso TAP/Sírios: Greve geral trava audição
A greve da função pública que está a decorrer na Guiné-Bissau impediu, esta segunda-feira, a realização da audição em tribunal de K. Baldé, suspeito de recrutar os passageiros com passaportes falsos que viajaram num voo da TAP até Lisboa.
Apesar deste impedimento, a polícia já recebeu garantias de que hoje, terça-feira, haverá um juiz disponível para ouvir o suspeito. K. Baldé, recorde-se, foi detido na sexta-feira pela Polícia Judiciária guineense, pela suspeita de ter acompanhado os cidadãos estrangeiros, presumivelmente sírios, de Marrocos até à capital guineense, referiu a mesma fonte.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
MNE português: «Incidente com voo da TAP em Bissau esteve 'próximo de acto de terrorismo'»
O ministro dos Negócios Estrangeiros português considerou hoje que o incidente com o voo da TAP entre Bissau e Lisboa em 10 de dezembro esteve "muito próximo dos atos de terrorismo". "Foi um ato muito próximo dos atos de terrorismo, portanto, que tem exatamente os mesmos objetivos e naturalmente põe em causa a segurança das pessoas", afirmou Rui Machete em declarações aos jornalistas em Bruxelas, à margem do Conselho de Negócios Estrangeiros,
O chefe da diplomacia portuguesa adiantou ter feito uma intervenção sobre o caso na reunião e que todos os parceiros europeus partilham da "preocupação" do executivo português, referindo ainda que espera que a Guiné-Bissau "dê garantias suficientes" para que a ligação aérea, que foi suspensa, possa ser retomada. Rui Machete revelou ainda que quase todos os 74 presumíveis cidadãos sírios com passaporte falso que chegaram a Lisboa a bordo do voo da TAP, na semana passada, já pediram o estatuto de refugiado e que estes estão a ser analisados "caso a caso".
O ministro acrescentou haver "indicação clara de que os sírios que vieram, que fugiram de uma situação difícil, e que estavam a viver, presume-se, na Turquia, pagaram uma determinada quantia por cabeça a uma organização" com pessoas "ligadas a membros do governo da Guiné-Bissau". Rui Machete referiu que esta situação "demonstra a fragilidade da situação política" na Guiné-Bissau, atualmente com um governo transitório não reconhecido por Portugal, e disse esperar que as eleições previstas para 16 de março possam ser fiscalizadas pela União Europeia.
Eu, a UE
Texto escrito em 2010
Um Franco abraço, e até breve
FRANCO NULLI deixou Bissau hoje, dando assim por finda a sua missão como Delegado da União Europeia na Guiné-Bissau. Não a ligação ao País, de que diz "gostar muito". E eu sei que é a verdade.
Franco Nulli, acompanhado da sua mulher, viajou para Dakar. A viagem continua rumo a Johanesburgo (África do Sul) onde terá de aguardar uma horinha pelo voo que o levará para a Zâmbia, terra da sua mulher, para viver a sua merecida reforma. O embaixador, para além da sua casa, está a construir uns bungalows, uma espécie de turismo rural para receber turistas e amigos.
Conheci Franco Nulli ainda no tempo do Kora Club, nos anos oitenta. Trabalhava como fiscal para uma empresa italiana. Não tivemos nenhuma relação especial mas posso dizer que já bebemos da mesma garrafa de um bom scotch.
Já como delegado da UE em Bissau, Franco Nulli convidou-me uma vez para uma festa muito bonita (com passagem de moda e tudo) nos jardins da representação que dirigia. Partilhámos um caldo de chabéu, num almoço apressado de trabalho em casa de interposta pessoa.
Estive também com ele em dois ou três encontros de trabalho no seu gabinete - eu estava a realizar um serviço para a União Europeia. Tirando isso, um ou outro encontro casual, de circunstância, com cumprimentos breves mas afáveis - reconheço. De resto, outra coisa não seria de esperar do Embaixador Franco Nulli.
Ultimamente - e muito por causa do 'incidente' do 1 de abril - as nossas relações, que eram praticamente nenhumas, simplesmente esfumaram-se. Foi até num café (que é de onde escrevo este post, entre dois cafés e muitos, mas muitos cigarros) que se deu o que se segue.
Quando entrei, vi Franco Nulli sentado com amigos e assim que nos encaramos, começou a abanar a cabeça de um lado para o outro e a gesticular. Depois, disse: "Assim não, Ticha. Assim não". Apertei-lhe a mão e segui o meu caminho, por entre um sorriso maroto. Mas não era nada de pessoal contra Franco Nulli, e sim contra a instituição que representava. Bom, havia alguma provocação da minha parte, admito...
Eu percebi a mensagem, mas, menos de 36h depois, o blog lançava outra notícia-bomba: a reacção de Nulli às declarações do Presidente da República, Malam Bacai Sanha. Obviamente, Franco Nulli não gostou. E, não gostando, reagiu diplomaticamente: deixou simplesmente de me cumprimentar.
Estranhei e perguntei a amigos comuns. Que sim. Dizem-me que Franco Nulli não aprovava de maneira nenhuma os constantes 'ataques' do blog ditadura do consenso à União Europeia, de que era Delegado, o rosto da Europa dos 27 na Guiné-Bissau. E era justo. Eu também não gostaria.
Para a história da passagem de Franco Nulli pela Guiné-Bissau, ficam as duas pontes - a de João Landim e a de São Vicente, duas das maiores obras de engenharia que o País conheceu. Estamos reconhecidos. A Guiné-Bissau ficou ainda a ganhar com muitas leis e algumas reformas pontuais, algumas prontas, outras em preparação, outras já em execução, e ainda projectos vários financiados pela União Europeia.
O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, condecorou o Embaixador, agradeceu-o e reconheceu os esforços e o empenho de Franco Nulli durante os seus anos de missão na Pátria de Amílcar Cabral. Uma missão nada fácil, aquela do embaixador: cheia de espinhos e de barreiras; enfim, Franco Nulli teve de ajudar a apagar muitos fogos. Nuns, ficou chamuscado; noutros saiu quase assado...
Pela parte que me toca, foi um prazer ter conhecido Franco Nulli. Como pessoa e como embaixador e representante maior da União Europeia no meu País - a Guiné Bissau. Imagino que Franco Nulli, neste momento a voar para a África do Sul, esteja a sentir saudades da Guiné-Bissau; imagino Franco Nulli a olhar para a mulher e a assentar-lhe um beijo suave no rosto; imagino Franco Nulli a olhar pela janelinha do avião e a não reconhecer nada do que vê lá em baixo. Os tons de verde não são mais os mesmos. É a saudade, palavra não traduzível em italiano, nem, diz-se, em mais língua nenhuma.
Eu, tenho já saudades do Franco Nulli. E o meu desejo é o de que, um dia, Franco Nulli e a sua mulher possam regressar à Guiné-Bissau para nos visitar, e encontrar um País estável, reconciliado e desenvolvido. Um País orgulhoso do seu conturbado passado. Que venha um encontrar um Povo que soube perdoar.
Que venha encontrar uma Guiné-Bissau que a Europa, bem ou mal, ajudou e ajudará a reerguer-se para, como dizia Amílcar Cabral, "caminhar pelos seus próprios pés e ser guiado pela sua própria cabeça".
Abraço fraterno,
António Aly Silva
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