sexta-feira, 31 de maio de 2013

PAIGC E PRS recusaram proposta para formação de novo governo


Os dois maiores partidos da Guiné-Bissau recusaram a proposta do primeiro-ministro para a formação de um novo Governo, que contempla menos de metade do total de ministérios para PAIGC e PRS. O primeiro-ministro do Governo de transição enviou uma carta ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ao Partido da Renovação Social (PRS) a pedir-lhes que enviem até às 12:00 de hoje as propostas de nomes a integrarem um novo executivo. Nas cartas, Rui de Barros pede nomes para quatro ministérios ao PAIGC e para três ministérios ao PRS. Caso o executivo remodelado seja idêntico ao atual, terá 15 ministérios. LUSA

Peter Thompson: ”O mundo não deve abandonar as vítimas da história na Guiné-Bissau”


Peter Thompson, coordenador do grupo parlamentar britânico para a Guiné-Bissau, deixou um aviso à comunidade internacional, no sentido que a Guiné-Bissau deverá reconciliar-se com o seu passado antes de ter um melhor futuro. Falando numa conferência internacional de paz que teve lugar na Irlanda do Norte, Thompson disse que resolver o passado é o primeiro passo para uma Guiné-Bissau mais estável. “Desde a independência, a Guiné-Bissau foi andado de crise em crise, de golpe em golpe, de assassinatos em assassinatos. Ao povo da Guiné-Bissau nunca foi dada a dignidade de um processo de verdade e reconciliação nacional. Várias comunidades guineenses no país têm perguntas sem resposta acerca do passado e desejam falar sobre isso”.

Thompson com o povo de Bolama
PETER THOMPSON - de camisa azul - NUMA ACÇÃO POPULAR EM BOLAMA - FOTO DR

Acrescentou ainda: “Chegou o tempo de as vítimas serem legalmente reconhecidas como tal. Justiça histórica, através de amnistias verdadeiras ou ainda os tradicionais “fóruns locais” deverão ser tidos em consideração. Estas respostas não se encontram num livro – encontram-se nos corações do povo guineense. Vamos ouvi-los e dar-lhes força para prosseguir”. Thompson afirmou também que os membros das Forças Armadas que foram mortos, feridos ou torturados durante a guerra da independência, a guerra civil ou noutro conflito interno, deverão ser formalmente reconhecidos como vítimas, em paralelo com as suas famílias.

Um processo de reconciliação nacional não pode ter uma hierarquia de vítimas. Soldados que sofreram devem ter o mesmo reconhecimento que as vítimas civis da guerra colonial ou das vítimas da violência militar guineense nos últimos 50 anos. Não nos vamos esquecer que os soldados guineenses são também seres humanos e que as Forças Armadas do país deram ao seu povo a dignidade da independência e da auto-determinação.” Peter Thompson, ele próprio uma vítima do conflito na Irlanda do Norte, é o membro internacional da Comissão de Reconciliação na Assembleia Nacional Popular.

Nô bai


convite_finhani_9_junho

O quê: Lançamento dos livros:

1. Poesia POLON MALGOS
2. (Romance) FINHANI – O Vagabundo Apaixonado
Onde: Centro Comercial Vasco da Gama
Quando: Domingo, 09 de Junho de 2013, pelas 18h30
Quem: Autor: Seravat Amil/Emílio Lima, Corubal e a Chiado Editora

Autor:

Emílio Tavares Lima Nasceu em Canchungo, Guiné-Bissau, a 04 de Agosto de 1974. Licenciado em Ciências da Comunicação e da Cultura, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (Portugal). É actualmente mentor e Coordenador do projecto "Djorson Nobu" na publicação da Antologia Poética Juvenil da Guiné-Bissau - TRAÇOS NO TEMPO e autor do Livro “A ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER”, “NOTAS TORTAS NAS FOLHAS SOLTAS.”

Participou na Antologia de poesia e prosa Poética Portuguesa Contemporânea - POIESIS, vol. XVIII, XIX e XX, também na Colectânea «DO INFINITO», da Editorial Minerva. Em 2011 organizou a antologia "NA FLOR DO SER. No mesmo ano, recebeu da Associação dos Estudantes Guineenses em Lisboa um Diploma de mérito, pelos esforços na divulgação da cultura guineense aquém e além-fronteira. Em 2012, Participou na Antologia "Na Magia da Noite". Polon Malgos é o seu terceiro livro de poesias e primeiro do autor a ser publicado por uma editora guineense.

Sinopse - Polon Malgos:

(…) No leito das folhas mais ternurentas, presenteia-nos com os seus mais recônditos desejos, permitindo-nos deliciar de turbulentos arrepios, onde apaixonadamente deixamo-nos perder e fantasiar em cada verso, sendo sim um renascer no desfolhar fundíbulo para o paraíso sonhado, entre o labirinto em que o poeta, transportando tão pesado fardo, pranto pós pranto nos lembra o materno leite do bagaço que se verte vermelho de tamanha violência da flecha inimiga. Ainda eufórico, envolve-nos em grande desejo de consolo dentre qual amansa-nos a alma e se define como filho da terra e homem apaixonado, gritando: junto a ti, sua majestade, encontramo-nos todos! (…) Do prefácio da poetisa Saliatu da Costa.

Sinopse - FINHANI – O Vagabundo Apaixonado:

(...) Imagine como pode terminar uma aventura transcontinental, por um corpo profundamente agoniado, corroído pela ganância e brutalidade dos homens e, consumado pelas balas de canhões?
Foi assim que nasceu a ilusão do Finhani Pansau Kam-mecé, em emigrar para Europa, só com a roupa de corpo, após ter visto a casa e a família que construiu com muito amor e suor transformarem em escombros e fragmentos de sonhos
(…)

Para quaisquer dúvidas, esclarecimentos adicionais, não hesite em contactar:

Lisboa: 969432876 / miolindo@hotmail.com – Emílio Tavares Lima
Bissau: 00245 5917716 / corubalgb@gmail.com - Miguel de Barros

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(ainda) não foi desta


"Mais uma vez, os golpistas demonstraram ao mundo e ao povo guineense a sua vontade em perpertuar-se no poder e a sua falta de vontade para a realização das eleições e o consequente retorno a tão almejada ordem constitucional.

É que depois da demonstração de patriotismo por parte do PAIGC e do PRS que esta vez alinhou, o Presidente da República, o 1.º Ministro e os militares enviaram aos dois maiores partidos uma proposta patética oferecendo pasta que nenhuma importancia têm, isto na tentativa de manter no governo aalguma figura como o Abubacar Demba Dahaba (Ministro das Finanças), Fernando Vaz (Ministro da Presidência), Faustino Imbali (Ministro dos NE). A resposta dos dois maiores partidos foi um não.

O impasse mantém e vai manter, porque se por um lado o PAIGC e o PRS não vão aceitar propostas destas, do outro lado é que o PRT, o 1.º Ministro e o Militares contentam com o impasse, porque só assim resolverão os seus objectivos que é de manter o status quo.

Mais uma razão para os que defendem uma intervenção das forças das Nações Unidas.

Bolingo Cá
"

O (ir)responsável Nr. 1


"SERIFO NHAMADJO: RESPONSÁVEL Nº 1 DE TODOS OS ENTRAVES DO PAÍS NESTE MOMENTO

Ao Senhor presidente de transição quero apenas dizer isto:

1. Sr. Presidente, por favor, deixa de ser bunda mole.
2. Você está a ser muito prejudicial para a Guiné-Bissau.
3. Tem toda a autoridade para tomar decisões e não está a fazer uso da sua autoridade e poder.
4. Não tem a ousadia de tomar decisões e passa todo o seu tempo em concertações atras de concertações.
5. Porque razão transfere as responsabilidades de formar um novo governo a um 1º Ministro que não tem muitas margens de manobra e de negociação?
6. Porque razão não consegue marcar as datas de eleições gerais, pelo menos para permitir a comunidade internacional organizar-se melhor para nos ajudar?
7. Se o Sr. Presidente não sabe, então fique sabendo, que a marcação da data de eleições não depende da formação de nenhum tipo de governo, este depois de formado, apenas tem que trabalhar para a sua realização.
8. Sr. Presidente, o Mali, onde ocorreu um golpe de Estado, na mesma altura que a Guiné-Bissau, e, apesar de ainda se encontrar em estado de guerra já fixou as datas das próximas eleições para o dia 23 de Julho de 2013. Isto porque entenderam que a transição não faz bem a ninguém, ninguém gosta de estar numa situação de transição, nem de um país para o outro, nem na gestão da família, nem a frente de uma instituição e nem tão pouco num país em crise, sem dinheiro, sem escolas a funcionar, onde os abusos de poder são frequentes e onde o povo está com fome de mudança. O que é preciso fazer é trabalhar para terminar e depressa com esta transição para o país se recompor e poder minimamente ser governado com legitimidade.
9. Sr. Presidente não precisa ter medo dos militares (estes estão encurralados, nem sequer tirar a cabeça conseguem por causa dos satélites americanos), além disso, o Senhor está protegido pela CEDEAO, pela UA e pelas NU.
10. Qual é o seu problema?

Tenho dito!
"

A transição precisa da inclusão para atingir a ordem constitucional?


Sei que sou um leigo da política e que estou há muitos anos fora da minha pátria. Mas, há assuntos políticos da Guiné-Bissau, que teimam em não entrar no meu entendimento, de forma clara e rápida, talvez por ser limitado nos assuntos políticos! Não queria era deixar de partilhar essas minhas dúvidas e inquietações com outros compatriotas, que podem até achá-los básico e desajustado da realidade... Se houver algum iluminado que me possa esclarecer, agradeceria do fundo do coração.

A questão que se levanta é que, na sequência da interrupção violenta da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau, em Abril de 2012, foi criado um governo dito de transição e uma figura presidencial, saídos do seio dos golpistas e patrocinado pela CEDEAO, para gerir um período de transição que nos foi dito que teria o seu tempo limitado a um ano. Julgo não ser o único que entende que esse governo e esse presidente, ditos de transição, fizeram tudo e mais alguma coisa, exceto preocuparem-se com a verdadeira transição do país saído de uma interrupção violenta da ordem constitucional para a reposição da mesma ordem.

Nomearam uns, exoneraram outros, compraram guerras e quezílias, perseguiram outros, foram coniventes com espancamentos, torturas e assassinatos de outros guineenses e, não conseguindo fazer aquilo pelo qual se propuseram, procuraram bodes expiatórios por todo o lado, desde Angola, passando por Cabo-Verde, Portugal, CPLP e agora, por fim o último inimigo timidamente acusado, foi os EUA que, segundo os transicionistas, tiveram a ousadia de ir prender um guineense no território guineense. Da atividade ilegal em que participava esse alta patente da fileira castrense, ninguém os ouviu pronunciar-se! Abro aqui um parêntese, para dizer que é pena que o Presidente “zigue-zigue” não esteja de vida, para que fosse aos EUA assistir ao julgamento do seu protegido Bubo Na Tchuto, já que foi ele que, ao nomeá-lo Chefe de Estado da Marinha, disse que os EUA não podiam apenas acusar Bubo Na Tchuto de narcotraficante, mas teria de apresentar provas do seu envolvimento no narcotráfico. Se estivesse vivo passaria a conhecer todas as provas!

Voltando ao assunto das minhas dúvidas e inquietações, julgo que é inquestionável que as autoridades ditas de transição demonstraram nesse ano que conduziram o denominado processo de transição serem políticos incapazes e incompetentes, interessando-lhes tão só o prolongamento da situação atual, com a única intenção da preservação e perpetuação do poder. Então, face à reconhecida incapacidade e incompetência do atual governo e presidência, a brilhante solução que a dita comunidade internacional encontrou, foi criar outro monstro para o erário público, que é outra estrutura com um nome até algo pomposo – “governo inclusivo” - que só servirá para organizar as eleições e mais uma vez delapidar os cofres do estado, com ordenados, carros, viagens, ajudas de custo e todas as regalias relacionadas com esses cargos políticos. É óbvio que os partidos políticos e os seus elementos que andam sequiosos do poder, já que é o único meio de subsistência e sobrevivência que têm, aplaudem e engajam-se nessa causa, independentemente da instabilidade interna inerente à seleção dos militantes ministeriáveis!

A minha inquietação nasce de algumas questões simples e pragmáticas:

1.      O país precisa de um outro governo para tão curto período de tempo - seis meses?
2.      O país precisa de um governo inclusivo para se conseguir realizar umas eleições livres e justas, portanto repor a Ordem Constitucional?
3.      Porque não deixar este governo dito de transição completar o seu ciclo transicionista e depois ser julgado pelo povo?
4.      Com essa mudança governamental, assume-se a incompetência do atual governo na condução do país para um processo eleitoral?
5.      O país caminhará para um governo de inclusão política, sem tirar ilações e dar a conhecer ao povo as conclusões do desempenho de um governo dito de transição que dirigiu o país durante mais de 12 meses?
6.      Esse governo vai sair impune, independentemente das asneiras que tenha cometido? Nem sequer se apurararão as acusações de que esse governo pagou salários com verbas provenientes do narcotráfico!?
7.      Os membros dos outros partidos, incluindo o PAIGC, estão dispostos em deixar diluir as responsabilidades totais de um governo golpista para o seio de um governo de inclusão, em troca de algumas regalias inerentes ao cargo de ministro ou secretário de estado?
8.      Quantos novos ministros e secretários de estado o país precisará suportar nesse processo inclusivo, para que possa caminhar para a reposição da ordem constitucional?
 
Ou não percebo nada da política, ou esta gentalha está mesmo a brincar com o país e o seu povo! Até o dia em que o povo se levanta para demonstrar que efetivamente não é burro.
 
Jorge Herbert

ONU em modo raly


"Aly,

Gostaria de contar com sua ajuda para denunciar mais um absurdo que se passa na Guiné-Bissau.  Moro no Bairro da Ajuda, próximo a via SITEC, entrada da farmacia Aziza, como costumamos descrever o endereço. Uma rua tranquila, da periferia de Bissau, sem grandes problemas, onde as crianças passam o dia a brincar na rua, as pessoas andam sem se preocuparem com o transito, pois por ser uma via sem alcatrão e com pouca circulação de carros não ha necessidades de temores em relação a acidentes de viaturas. No entanto esta paz e tranquilidade tem sido abalada por uma moradora nova, funcionaria das Naçoes Unidas, a princípio desconfio que não seja guineense, mas oriunda de um destes paises francofonos da subregião. A senhora, que dirige uma viatura com o slogan das Naçoes Unidas, não se preocupa com quem esta na rua quando passa, faz questão de acelerar sua viatura e deixar uma nuvem de poeira no ar e quem esta na frente que se cuide, por que se não sair do caminho ela passa por cima sem qualquer constrangimento e pudor.

Somente esta semana duas vezes fui vítima de sua arrogancia no transito, para além de mim, varias outras pessoas tem alegado a mesma coisa, e hoje eu tive a oportunidade de ver quando a dita senhora quase atropelou duas mulheres que estavam a beira da estrada. Geralmente estas cenas acontecem no período da manhã, por volta das 08H30, hora que saímos para o trabalho ou no periodo da tarde, quando regressamos para casa. A primeira vez que aconteceu deixei passar, mas hoje novamente a senhora teve a mesma postura, situação que deixou indignado os moradores que estavam presentes no momento.

É impensável como uma organização que se diz com os valores das Naçoes Unidas libera uma viatura para um quadro conduzir desta forma, colocando em risco a vida de pessoas. É preciso maior rigor por parte desta organização em relação as suas viaturas e quem as conduz. Gostaria de contar com sua ajuda para evitarmos um mal maior, pois  ha de chegar o dia que esta senhora conseguirá atropelar uma pessoa nesta rua e com a morte não ha retorno. Poderias divulgar este texto para o público tomar conhecimento e quem sabe esta pessoa aprende que para conduzir é preciso ter responsabilidade, via pública não é lugar para fazer corrida.

Agradecemos.

C. Silva"

quinta-feira, 30 de maio de 2013

PAIGC acusa primeiro-ministro e presidente de transição de travarem processo


O PAIGC declinou hoje qualquer responsabilidade na demora para a formação de um novo Governo na Guiné-Bissau, culpando o Primeiro-ministro e o Presidente de Transição pelo atraso. A comunidade internacional tem exigido a formação de um novo Governo na Guiné-Bissau, que seja mais inclusivo, substituindo o executivo formado na sequência do golpe militar em abril do ano passado.  
 
Há meses que os políticos guineenses estão a discutir o novo processo de transição: PAIGC e PRS - primeiro e segundo partidos mais votados nas eleições de 2008, assinaram um memorando de entendimento a 17 de maio e na quarta-feira o parlamento adotou um novo Pacto de Transição e Acordo Político para levar o país até eleições. "Até agora espera-se, como acordado, que o senhor Primeiro-ministro de transição convoque os dois partidos para discussões" e  que a proposta final seja remetida ao Presidente de transição, para este decretar o novo Governo, diz o PAIGC em comunicado. Tal ainda "não aconteceu", acusa o Bureau Político dos Libertadores, que considera  a situação "estranha e incompreensível" e apela ao Primeiro-ministro Rui de Barros e ao Presidente Serifo Nhamandjo para que respeitem a Constituição e os instrumentos políticos e jurídicos de transição.
 
O Bureau Político do PAIGC diz também que o atual momento que a Guiné-Bissau atravessa requer um elevado sentido patriótico dos guineenses em geral e em particular do Governo e do Presidente. O PAIGC e o PRS "têm dado um inestimável contributo para a consolidação deste processo de transição" e deram ao Governo e ao Presidente "um subsídio importante, tanto no que se refere à orgânica, como à composição do Governo" para que hoje "pudéssemos já ter um novo Governo", diz o comunicado. Na sequência de um golpe de Estado, a 12 de abril do ano passado, que afastou as autoridades eleitas, a Guiné-Bissau iniciou um período de transição que devia culminar com eleições ao fim de um ano. Como nada aconteceu, o período de transição foi prorrogado até final deste ano, havendo o compromisso dos responsáveis de fazer eleições nesse período. Há mais de um mês (a 28 de abril) que o Presidente de transição disse que o novo Governo estava "para breve". RDP-ÁFRICA

Mais uma gaffe do porta-disparate


"O porta disparate do GT está frustrado e anda de cabeça baixo com pé em cima devido ao anunciado criação de um governo de inclusão, fez um despacho em que exonerou o seu Chefe de Gabinete e mais dois assessores jurídicos afecto ao seu pelouro, evocando a quebra de confiança em relação aos senhores exonerados. Por outro lado o senhor Nando Vaz alegou vários motivos que originou esta quebra de confiança começando afirmar que três elementos exonerados utilizam com frequência o blog Ditadura do Consenso, por outro lado disse que estes andam a fazer dentro do seu gabinete de trabalho o trabalhos para Carlos Gomes Júnior, por ultimo acusou os mesmos elementos de que um destes afirmou que o senhor Nando Vaz vai deixar o ministério da Presidência do Conselho de Ministros e os restantes limitaram a dar gargalhadas.

Este assunto merece uma outra abordagem, que o seguinte:

Na administração pública todos os servidores publico estão sujeito a exoneração e promoção mais não na base de calúnias ou difamação, portanto os senhores exonerados merecem um bom nome na praça pública porque tem família e são pessoas de bem, portanto devem apresentar uma queixa contra o Porta Disparate por calunias e difamação e devem exigir o senhor porta disparate para apresentarem provas sobre as suas acusações.

Por outro lado os senhores que foram acusados pertencem a geração de ouro na Guiné Bissau porque um deles exerceu o cargo do Presidente do Conselho Nacional da Juventude CNJ e um outro foi Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis RENAJ, portanto são pessoas com uma grande reputação e granjeiam respeito dentro da panorama guineense, aliax os ambos senhores foram eleitos através de um processo democrático e no momento certo abandonaram a liderança Associativo juvenil. O Senhor Nando pelo contrario se não fosse pelo golpe de estado seria alguém ou Ministro na Guiné Bissau? Qual é o passado deste senhor em comparação com os senhores que estão a acusar?

Numa outra vertente, é bom interrogar: existe alguma lei que proíbe a utilização do bog Ditadura do Consenso? E como é que o Nando sabe das informações deste blog? Por ser utilizador assíduo deste blog?

Será que a preocupação do Nando Vaz continua a ser o Carlos Gomes Júnior?

ESPERAMOS PELAS RESPOSTAS

Zico Djassi"

EAGB? Estamos conversados


"Aly,

Escrevo estas linhas para colocar uma questão sobre uma empresa pública que tem dado o maior dos desgostos aos guineense - a famosa EAGB. Como é que é possível que uma empresa que detêm o monopólio do seu sector de actividade, isto é não tem concorrência, não consegue prestar um serviço minimamente satisfatório?

- Como é que é possível que funcionários da EAGB tenham tenham energia eléctrica nas suas casas enquanto o bairro todo está às escuras?

- Como é que é possível que o pessoal do serviço de piquete da EAGB, nunca esteja disponível para atender aos clientes que tenham sofrido avarias na rede eléctrica, no seu bairro ou em sua casa, sem que tenham que desembolsar uns trocados em CFA (que às vezes chegam aos quinze mil dos nossos já parcos francos)?

- Como é que possível, depois de tantos anos, ainda não conseguirmos garantir energia eléctrica à capital deste país nem que seja um mínimo de doze horas diários?

- Como é que é possível que um empresa que se diz em dificuldades e que até tem salários em atraso, tenha directores, administradores, todos a andar em carros de alta cilindrada e vivendo no bem bom?

- Como é que é possível, apesar de tudo isso, até hoje, nenhum governo deste país (digo bem, nenhum) conseguiu tomar a decisão de privatizar a EAGB já que não se consegue arrumar gente competente para o gerir?

Acabem com essa pouca vergonha e entreguem a EAGB a quem saiba fazer melhor. Não nos interessa que seja chinês, nigeriano, americano ou javanês...o que interessa é termos algo tão básico hoje em dia como a energia eléctrica na nossa, capital e em nossas casas. Sem energia nenhum país se desenvolve.

De um cidadão indignado e farto de toda esta pouca vergonha!

C.V. Monteiro"

Fundação Ricardo Sanha - um exemplo de humanidade


A Fundação Ricardo Sanha - FRS, foi ontem caluniada. Mentiras mil e humilhação a que Ditadura do Consenso não podia ser indiferente. Assim, hoje, fui dar um passeio para, pessoalmente, constatar com os meus próprios olhos. A FRS tem neste momento 12 doentes a seu cargo - para além de alguns familiares acompanhantes dos mesmos. Estas imagens falam por si e não serão precisas mais palavras.

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FOTOS AAS(C) DR

A FRS conseguiu até um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em que alguns doentes recebem entre 150 e 200 euros por mês para as suas necessidades - não pagam renda, nem medicamentos nem deslocações constantes para os hospitais. Ainda hoje, o próprio Ricardo Sanha, acompanhado da esposa, levou dois doentes ao hospital de Santa Maria para consultas.

Pedro Infanda ainda não fala - uma pancada forte na cabeça, durante o espancamento de que foi alvo pelos militares, teve essa consequência, para além de lhe ter deixado com problemas neurológicos. AAS

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ditadura do Consenso no...


... FACEBOOK

Geba, rio di nha terra


CARTAZ ULTIMA VERSAO GEBA

Queridos americanos


A AMÉRICA NÃO NOS LARGA MAIS. ORA LEIAM

Falta de gasolina em Bissau: Hoje, na capital, um litro de gasolina custa 1.500 FCFA (2,29€). AAS


CEDEAO diz que vai patrulhar fronteiras


Dominic Azumah, membro do Parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse que o compromisso  em patrulhar as fronteiras para garantir uma redução de postos de controlo e verificação nas foronteiras interestaduais. Azumah adiantou que as patrulhas irão assegurar o controlo eficaz da circulação de armas, a luta contra a insegurança e os crimes transnacionais.

Pan-africanismo foi tema de conferência na UNESCO


OIÇA AQUI as intervenções. AAS

CEDEAO 'ensaia' afastamento do CEMGFA António Indjai


Quatro chefes das forças armadas de países africanos apoiantes do golpe de estado de abril de 2012 e dos golpistas, chegaram segunda-feira a Bissau para uma 'cimeira' com o seu homólogo guineense, o general António Indjai. O programa oficial da cimeira que começou ontem, previa a análise do processo de transição na Guiné-Bissau, a reforma dos sectores de defesa e segurança e os desafios para o futuro do conselho de chefes de Estados-Maiores Generais da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental). Fontes militares admitiram que “outros temas poderão ser discutidos na cimeira”, sem adiantarem pormenores.

'Outros temas', entre eles um - a saída do general que manda na Guiné. Ditadura do Consenso apurou que existe um forte mal estar entre os militares da sub região, isto por causa da detenção de Bubo Na Tchuto e da acusação, pela DEA, do CEMGFA António Indjai, de vários crimes. Numa palavra: ficam mal na fotografia com a pressão norte-americana. O assunto está a ser tratado com paninhos quentes, pois assustar a fera não levará a lado nenhum. Indjai vive um autêntico calvário, não pode viajar para país nenhum sem que os EUA lhe ponham as mãos. AAS

terça-feira, 28 de maio de 2013

Audição de Cancan e Marciano


Óscar Barbosa (Cancan), membro da Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC, Secretário para as Relações Internacionais e o Porta-Voz Oficial do PAIGC e igualmente Deputado da Nação e Marciano Barbeiro, membro do Bureau Político e da Comissão Permanente da ANP, ambos, proeminentes apoiantes da candidatura de Braima Camará à Presidência do PAIGC, foram ouvidos em separado, até ao meio da tarde de hoje na sala da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, pela Promotoria do Tribunal Militar, por causa do caso Pansau Intchama.

À saída da audiência, os dois Deputados não prestaram quaisquer declarações, embora fosse visível o seu estado de grande e serena calma. Um núcleo constituído de quatro advogados, que voluntariamente compareceram para prestar apoio aos dois dirigentes do PAIGC, não emitiram qualquer declaração, mas deixaram a certeza pelo ar que aparentavam, não haver sinais de problemas futuros para os dois Deputados da Nação.

Recorde-se que no âmbito deste processo, com contornos políticos, já foram ouvidos Domingos Simões Pereira, igualmente candidato à Presidência do PAIGC e Tomás Barbosa, membro do Bureau Político do Partido e Secretário de Estado das Pescas no Governo derrubado de Carlos Gomes Júnior em 12 de Abril de 2012. Contrariamente ao que foi ventilado, afinal não há nenhuma cabala montada contra Domingos Simões Pereira, já que também o seu mais temível adversário à Presidência do PAIGC, apoiado pelo Projecto “por uma liderança democrática e inclusiva” Braima Camará, viu dois dos seus principais pilares alvos de audição pela Promotoria do Tribunal Militar.

Pansau Ntchama: O caso que ainda mexe


Óscar Barbosa (Cancan) e Marciano Barbeiro, deputados do PAIGC e apoiantes da candidatura de Braima Camará à presidência do PAIGC, estão neste momento a ser ouvidos na sala da comissão permanente da Assembleia Nacional Popular, por causa do caso Pansau Ntchama. Já esta manhã, o tribunal militar esteve a ouvir Tomás Barbosa no âmbito do mesmo processo.

Vários militantes e alguns simpatizantes do PAIGC contactados via telefone e por e-mail, não se escusaram a um comentário, e lá foram dizendo que o partido e os seus militantes "está atentos" e nada fará com que estes dois deputados "deixem de apoiar Braima Camará e o seu projecto de inclusão" na sua candidatura para presidir os destinos dos 'libertadores'. AAS

Ramos Horta prevê eleições para o mês de novembro


O Representante do Secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, avançou a data de realização das eleições no país e fez um apanhado geral da situação ao nível político, económico e social, em entrevista ao Conselheiro principal do International Peace Institute (IPI), Warren Hoge, para o Global Observatory. José Ramos-Horta avançou a previsão para a realização do pleito eleitoral no país, que terá lugar «no final de Novembro deste ano, e este período de transição terá então terminado, seguido de uma segunda fase do engajamento internacional, que será essencialmente para apoiar de forma pro-activa a reconstrução das instituições do Estado», referiu o antigo Presidente de Timor-Leste.

A população guineense está a viver um período de tensão e pobreza extrema, para o qual a colaboração das instituições internacionais tem sido decisiva: «As agências das Nações Unidas, aqui, do UNICEF ao Programa Alimentar Mundial (PAM), deparam-se com recursos muito limitados, tentando ajudar no máximo possível», referiu o responsável da ONU. Em abordagem à questão do tráfico internacional de drogas, Ramos-Horta reconheceu que, tal como outros Estados Oeste Africanos, a Guiné-Bissau é um local de passagem para o tráfico de drogas. «Há obviamente um sério problema de drogas aqui, muitas pessoas estão envolvidas, em diferentes níveis da política, do Governo, do exército».

Contudo, descarta a classificação de «narco-Estado», dizendo que existem outros países onde a situação é mais grave e que a comunidade internacional «deveria voltar a engajar-se imediatamente, prestando assistência ao país, evitando que os cartéis da droga da América Latina façam uso de um pobre país tão frágil», disse o responsável da ONU na Guiné-Bissau, defendendo a assistência técnica e financeira ao país, para atenuar a situação do narco-tráfico melhorando a «vigilância marítima, o sistema judiciário e a polícia». Sobre a corrupção e o tráfico no meio militar, Ramos-Horta considera que nem toda a gente está envolvida nesse tipo de actividades. «A grande maioria de soldados e oficiais são simplesmente pessoas que foram negligenciadas durante anos, porque o exército, como instituição, não existe. Há pessoas com uniformes, pessoas com armas, mas em condições extremamente precárias».

O Nobel da Paz é da opinião que, em relação ao trabalho da Comissão de Consolidação da Paz da ONU, «há uma vontade de voltar a engajar a Guiné-Bissau, assim que tivermos o novo Governo de transição - espero que nos próximos dias ou semanas - a fim de auxiliar nalgumas áreas muito importantes, como continuar o que o Fundo de Consolidação da Paz fez num passado recente, no que diz respeito à reforma e modernização das Forças Armadas, o Judiciário, e algumas outras iniciativas para ajudar a consolidar, melhorar a governação democrática no país». José Ramos-Horta defende a «reorganização de todo o exército de A a Z. A CEDEAO (especialmente Nigéria e Senegal) está melhor posicionada para liderar este processo e eles já começaram a pôr o dinheiro para reconstruir os quartéis e, ao mesmo tempo, ajudar com o fundo de pensão, no qual o Fundo de Consolidação da Paz das Nações Unidas também estará engajado. PNN

segunda-feira, 27 de maio de 2013

"A casa morreu no lugar onde nasci. A minha infância não tem mais onde dormir." Mia Couto, prémio Camões

Melhorar para combater a rota do pó


A Europa vai avaliar o Programa "Cocaine rota" em 28 de Maio, no decorrer de uma conferência internacional em Roma, intitulado "Melhorar as respostas ao crime organizado e ao tráfico de drogas na rota da cocaína". A conferência foi organizada pela Comissão Europeia e do Serviço Europeu para a Acção Externa (SEAE), em cooperação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano. Alto-falantes de abertura do evento vai incluir Exterior do Ministério do Director Geral para Assuntos Políticos e de Segurança (DGAP) Sandro De Bernardin, diretor EuropeAid para o Desenvolvimento Humano e Social Kristian Schmidt eo ex-presidente da Nigéria e atual presidente da Comissão Africano Olusegun Obasanjo Ocidente.

Os primeiros quatro anos

A conferência oferecerá uma oportunidade para avaliar os primeiros quatro anos do programa "Cocaine Route", que foi lançado em 2009 pela União Europeia, está em curso em 36 países e é coordenado pela Itália. O programa é uma iniciativa europeia de base ampla que visa o combate à criminalidade, à lavagem de dinheiro transnacional e tráfico de drogas, e que tem como alvo três áreas mais perigosas do mundo no que diz respeito ao crime: África Ocidental, América do Sul e do Caribe Oriental. O objectivo da iniciativa é harmonizar os vários componentes dos esforços da Europa para combater a actividade criminosa no ar e no mar e lavagem de dinheiro, e em apoio das forças policiais e tribunais da África Ocidental e da América do Sul. O programa é administrado pela Direcção-Geral do Ministério das Relações Exteriores para a Cooperação ao Desenvolvimento (DGCS) e coordenado por gabinete do ministro, e para este fim, a DGCS formou uma equipe multinacional de especialistas coordenados pela Itália.

Há mar e vir


Tal como no poema de Garcia Lorca «a las cinco en punto de la tarde», fui ver o mar. Há não sei quantos dias eu carregava comigo duas obsessões: ver o mar e estar com o meu filho. Agora, contudo, a obsessão é estar perto do Guilherme. Ainda não vi o meu filho (está para muito breve), mas vi o mar. Foi melhor que nada, foi imenso!

No mar, pensei em coisas que magoa descrever. Também pensei em sonhos, esperanças, histórias com final feliz. Enfim, fiz o que pude para justificar o privilégio que tive de estar a ver o mar. Senti também um cheiro inebriante a verde, que me sugou, o calor, a humidade que cola à pele, o ruído dos carros na ponte, as canoas com gente a pescar ao largo, mulheres à procura de caranguejo, crianças chafurdando na lama cinzenta, a ponte que nem sequer oscila.

Eu continuo na margem. Sentado naquilo que já foi uma canoa. Mão direita a suportar o queixo, olhando coisa nenhuma. Mas mesmo daqui, pesem todas as adversidades, mantenho o deslumbramento. Quem viu o mar, nem que seja um pedaço de mar, não esquece mais. No estado em que me encontro tudo isto me parece fantástico. Entretanto tremo de frio, procuro entender os segredos da vida. E no meu espírito desorganizado duas imagens de alguma forma me animam. Ela, e ele – o meu filho. Dormia agora - com a vossa licença - o sono mais profundo da minha vida. N’kansa.

António Aly Silva, 2009

Angola põe UA a mexer


Angola pode cantar vitória, pois ao presidir o Conselho de Paz e Segurança da UA, 'forçou' os líderes africanos, reunidos na XXI Cimeira da UA, em Addis Abeba, ao estabelecimento de uma força de intervenção rápida para acudir a situações de emergência. Os olhos, para já, estarão postos no Mali e...na Guiné-Bissau.

Líderes africanos decidiram nesta segunda-feira criar imediatamente uma força militar de reação rápida para lidar com emergências regionais, buscando tornar a segurança do continente menos dependente dos fundos e contingentes de outras origens. A decisão, tomada em uma cúpula da União Africana na Etiópia, atende aos apelos de vários líderes preocupados com os diversos conflitos e rebeliões em curso na África.

Os planos para uma Força Africana de Prontidão já existem há mais de uma década, e os sucessivos adiamentos na sua criação geram críticas de que o continente depende em excesso da ajuda da ONU e de doadores ocidentais. O texto adotado pela Assembleia da UA, ao qual a Reuters teve acesso, disse que a força de reação rápida será formada com contribuições voluntárias de soldados, equipamentos e verbas a serem feitas por países africanos que estiverem em condições para isso. A iniciativa está sendo chamada de Capacidade Africana para a Resposta Imediata a Crises (Caric), e seria uma solução provisória até a formação definitiva da Força de Prontidão.

Entre os desafios de segurança enfrentados nos últimos dois anos pela UA estão os golpes militares da Guiné-Bissau e Mali, as ofensivas de grupos militantes islâmicos no Mali e Nigéria, e conflitos envolvendo rebeldes no leste da República Democrática do Congo e da República Centro-Africana. No começo deste ano, a França interveio militarmente no Mali, ex-colônia sua, para impedir o avanço de rebeldes islâmicos, numa ação que causou constrangimento à UA, por demonstrar sua incapacidade de defesa própria.

Crescer para...os lados?


A Guiné-Bissau deve recuperar e crescer 4,2% este ano, depois de ter sofrido uma recessão de 1,5% no ano passado, prevê o African Economic Outlook, um relatório sobre África organizado quatro instituições internacionais. De acordo com o relatório elaborado pelo Banco Africano para o Desenvolvimento, a OCDE, a Comissão Económica de África e o Programa do Desenvolvimento das Nações Unidas, o cenário macroeconómico do país foi afetado pelo golpe de Estado de abril do ano passado, fazendo o país sofrer uma recessão de 1,5%, depois de ter crescido 5,3% no ano anterior. O défice orçamental foi de 2,3% no ano passado, depois de ter registado um excedente de 0,7% no ano anterior, refere o relatório, que prevê que as contas públicas caminhem para o equilíbrio graças à disciplina orçamental e às melhorias que estão a ser introduzidas na coleta de impostos.

O regresso de Abdulai Sila


abdulai sila - livro

ECOMIB - Djumbai em Bissau


Os chefes de defesa, pessoal e generais da tropa e da polícia da missão na Guiné Bissau (ECOMIB) - a mesma que a América diz ser "totalmente ineficaz" - vão ter uma reunião hoje em Bissau. Os agentes de segurança também vão discutir os desafios enfrentados pela a missão, bem como o estado de implementação da reforma no sectoor de defesa e segurança (DSSRP) na Guiné-Bissau. Tambem vão testemunhar o hastear da bandeira da missão. AAS

domingo, 26 de maio de 2013

Brasil perdoa dívida


O Brasil anunciou o perdão e reestruturação da dívida de 12 países africanos (entre os quais a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe), no valor total de 897,7 milhões de dólares americanos. O anúncio foi feito no âmbito das comemorações dos 50 anos da organização da Unidade Africana.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, discursou na cimeira, relembrando que metade dos brasileiros tem origens africanas e que o seu país pretende uma cooperação Sul-Sul. No entanto, foi o seu porta-voz que fez o anúncio do perdão da dívida, à margem dos trabalhos. As trocas comerciais entre o Brasil e África quintuplicaram nos últimos dez anos, atingindo os 25 mil milhões de dólares, em 2012. Hoje o Brasil é o quarto país do mundo com mais embaixadas em África (39 que cobrem 54 países), depois dos Estados Unidos da América, Rússia e China.

sábado, 25 de maio de 2013

BOM DIA, ÁFRICA ....A MINHA VAGINA NÃO É NEGOCIÁVEL!


Dia 25 de Maio, dia da África. Como todos os dias vou ao facebook ver o que se passou durante as minhas horas de ausência. Muita coisa escrita sobre este dia , muitas opiniões umas mais optimistas outras menos optmistas sobre o futuro do continente. Um post em particular chamou a minha atenção : refere-se a “gloriosa” luta das mulheres Togolesas que têm usado a greve de sexo para conseguir fazer passar algumas reivindicações relativas aos seus direitos. Isto é, as mulheres refutam o contacto sexual com seus maridos ou companheiros até que as suas reivindicações sejam satisfeitas. Uma das passagens do artigo diz assim “....Na Libéria, país precursor da greve de sexo em África, a activista dos direitos humanos Leymah Gbowee, em 2003, convida as concidadãs a "cruzar as pernas" até que o presidente Charles Taylor, no poder de 1997 a 2003, aceitasse associar as mulheres nas negociações em curso com os “senhores da guerra”. Uma acção bem sucedida a ponto de que em 2011 Leyman Gbowee foi agraciada com o Prémio Nobel da Paz.....”

Pois bem a minha resposta é esta, e se sou feminista ou não pouco importa mas sei que sou mulher que presa pelo trabalho e pela luta em REAVER o que me pertence usando a cebeça com dignidade e não oferencedo como moeda de troca a minha VAGINA.

Tenho pena que em África possivelmente devido a tantas dificuldades muitas vezes nos pautemos pela filosofia “ do mal o menor” ou aqui tudo passa porque “quem tem um olho é rei” . Pois se no meio do desespero aparece alguém “iluminada” mais ou menos activa com algum poder de influenciar e se decide a tomar determinadas iniciativas rápidamente encontra não só apoiantes como financiadores. Caso para dizer : em África tudo é possível e para África tudo serve. Vale até negociar a nossa VAGINA e o mundo encara como normal e até aplaudem a nossa capacidade de luta vaginal. Afinal quanto tempo mais continuaremos nós mulheres a expor-nos como objectos sexuais? Estranha-me que haja até organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e que lutam contra a discriminação da mulher aliados a esta vergonha. Para mim esta acção só revela que, nós as mulheres Africanas, continuamos subjugadas à maculidade dominante e sempre que possível usamos, num jogo de “coquetismo” ridículo, o poder da atracção sexual como arma.

E assim continuaremos por muito tempo a ser objecto sexual dos homens. E pior ainda, sentimo-nos bastante confortáveis nesta pele de objecto sexual: “Meu querido, amante, amigo, companheiro, namorado, etc...etc... dá-me o que eu quero e eu dou-te a minha vagina“ . E o mais revoltante é que, enquanto mulheres, estamos a pedir, a negociar para ter aquilo a que temos direito, a dizer que nos devolvam o que é legitimamente nosso ou seja os nossos direitos, os nossos espaços, os nossos recursos que anos e anos de repressão motivada por uma concepção patriarcal das sociedades nos ceifou. Pois se desde Atenas( diz uma das passagens do texto...) foi usado este método de negociação da VAGINA e até hoje estamos onde estamos já era tempo de as Mulheres perceberem que as armas têm que ser outras. As nossas armas para o desenvolvimento têm que ser inventadas , refinadas, devidamente pensadas e estruturadas. Temos que encontrar formas de luta que tenham efeito prático e que porporcionem resultados concretos mas SEMPRE numa luta com DIGNIDADE sem termos que colocar no mercado a nossa VAGINA.

Ás minhas irmãs Africanas promotoras destas campanhas de “negociação da vagina” para retirar dos usurpadores os DIREITOS QUE SÃO NOSSOS digo: VAGINA sempre tivemos.....e não será por aí que chegaremos onde queremos e nem sequer nos dignifica ir por esse caminho pelo contrário tornamo-nos cada vêz mais objecto passível de negociação. Afinal temos um cérebro e é este o instrumento com que actuaremos sempre. Imaginem : há mulheres que desiludidas com o sexo oposto dizem que “ os homens pensam com o orgão la de baixo e não com a cabeça” Pois bem e agora? E nós? Que até prémios nobeis da paz chegam a usar este método de “ negociação da vagina” e achamos bem? O mais triste disto tudo é que serão muito poucas as vozes que se levantarão contra esta barbaridade de MÉTODO DA VAGINA uma vêz que a senhora Leymah Gbowee, que até é prémio nobel da paz, usou e incentivou outras mulheres a usarem este método . E nós em África que até adoramos o culto da personalidade não me admira nada que este tipo de campanhas venham a ganhar cada vêz mais corpo e força uma vêz que até a própria senhora nobel da paz negociou a sua vagina.

Caras irmãs do continente, e agora perdendo um pouco as maneiras e o polimento...” mteress puku” digo-vos que este método de pressão a mim dá-me nojo, dá-me asco, dá-me vergonha... Que me perdoem as mulheres Togolesas, que me perdoe a Sra. Nobel da Paz e todas aquelas que perfilham e apoiam este método de reivindicação mas vender, negociar a MINHA VAGINA em troca dos meus legítimos mais que legítimos direitos ? ..NUNCA ! E espero que muitas mais mulheres digam ...NUNCA!

Desejo um bom dia da África a todas as irmãs do continente: Vamos pois, minhas irmãs, usar a CABEÇA para o desenvolvimento do continente. Este é o orgão que, em principio, naturalmente e por excelência, todo e qualquer ser humano deve se servir para prosseguir os seus sonhos....

Helena Neves Abrahamsson

OBS: Este artigo não é um contra argumento e muito menos um ataque ao artigo a que me refiro no Fcebook. Pois o artigo em referência limita-se a descrever os factos e em algumas passagens, o autor muito cuidadosamente, chega mesmo a colocar pontos de interrogação. Usei o artigo em referência para fazer o aproveitamento da excelente descrição dos factos e assim enviar a minha mensagem do dia de África .

África


Hoje, 25 de Maio, alio-me ao editor do blog Ditadura do Consenso, na recusa em comemorar o dia da minha “avó” África, enquanto a minha “mãe” Guiné-Bissau se encontrar refém de alguns filhos criminosos violentos. Como guineense, considero prioritário libertarmos a nossa mãe das mãos desses criminosos travestidos de militares e políticos, antes de pensarmos na união e bem-estar a volta da nossa avó, intitulada Pan-africanismo.

O nobre filho Amílcar Lopes Cabral também sonhou não só com a dignidade da sua mamã Guiné, como também quis a união, harmonia, paz e desenvolvimento de todos os netos da avó áfrica e acabou por ser assassinado pelas mãos dos próprios irmãos, com dúvidas se não houve conluio de algum primo da vizinhança… Infelizmente, nós filhos da mamã Guiné, nenhuma lição conseguimos tirar desse assassinato do nosso grande irmão e de tantos outros que deram a vida pela sua mãe. Continuamos a hipotecar o nosso futuro nas mãos de “tios”, que ao longo da nossa curta história comportaram-se apenas como vizinhos invejosos que não querem ver-nos a desenvolver e fazerem tudo para condicionar o nosso desenvolvimento ao passo deles…

A história da avó África levou a que os genes dos seus filhos e netos tenham sido polvilhados e contaminados por outros genes vindos do exterior, com interesses antagónicos, portanto alheios à nossa forma de ser e de estar… Os africanos devem pensar que primeiro é urgente arrumar as casas das nossas mães (nossos países) e, só depois pensar em juntar os netos a volta da avó África, num grande banquete de filhos verdadeiramente independentes e autónomos, num ambiente de alegria, paz e prosperidade. Enquanto tivermos filhos a olharem apenas para os seus interesses pessoais e outros apenas para os interesses das suas mães e não nos importarmos com o sofrimento dos nossos tios e primos, que tratamos apenas como vizinhos que queremos sempre inferior a nós, qualquer banquete em nome da nossa avó África, não passa de uma falsidade e hipocrisia de dimensão continental…

Vejo amigos interesseiros apressados em criar mais um ambiente eleitoral, apenas para conseguirem colocar a mamã Guiné alinhado com os seus interesses pessoais e pergunto se serei o único a pensar que não adianta absolutamente nada fazer eleições e eleger os filhos melhores intencionados, se os outros filhos criminosos não forem punidos pelos seus crimes e aperceberem-se de uma vez por todas que o crime não compensa e que fazer refém a irmãos, só porque se tem uma arma na mão ou se tem amigos armados, é um crime punido com mão pesada da justiça, que obrigatoriamente terá de passar a funcionar e de forma imparcial na nossa mamã Guiné-Bissau.

Por outro lado, vejo a proliferação da mediocridade a ser tido como referência em várias vertentes da vida da nossa mamã Guiné-Bissau, e até fora dele! Vejo toda uma corja de impostores impreparados a ditarem regras e a fazerem se passar por profissionais ou até condutores dos destinos de todos os irmãos guineenses, que questiono seriamente se valerá a pena gastar dinheiro em eleições, sem antes pôr ordem e moralizar com mãos duras toda a sociedade Bissau-Guineense!

Dentro da escuridão do meu ceticismo a volta das eleições, pressinto poder haver uma pequena luz ao fundo do túnel, quando vejo uma figura como o Eng. Domingos Simões Pereira a sacrificar a sua vida pessoal e todo o seu património cultural e intelectual que custou anos e muito sacrifício a angariar, para percorrer um árduo caminho que poderá levá-lo ao volante da embarcação que se encontra a deriva no alto mar. Não conheço pessoalmente Domingos Simões Pereira mas, do que conheço do seu percurso académico, pessoal e político, não hesito em manifestar publicamente o meu desejo de o ver atingir o leme do país e dizer-lhe aqui que, assim como muitos guineenses, o que espero dele é que consiga reinventar aquele país com que um outro Engenheiro (Amilcar Cabral) um dia sonhou…

Um dia espero poder vir a comemorar o dia da minha avó África, 25 de Maio, com a alegria e o orgulho de um filho que assiste a paz e o bem-estar da sua mãe Guiné-Bissau.

N’rispitau vovó África, mas n’ama i n’disdja nha mamã Guiné.

Jorge Herbert

Apoiar quem precisa


A Federação de Desportos para Deficientes da Guiné-Bissau (FDD-GB), recebeu um convite da comissão organizadora do Mundial de Atletismos para Deficientes que terá lugar em França (Lyon) para tomar parte na mesma. Dadas as Dificuldades financeira dessa instituição Desportiva que precisa de 8.877.500 cfa (oito milhões oitocentos setenta sete mil e quinhentos francos cfa) soma essa que é para cobrir as passagem de Bissau ate França e mais o Alojamento, a mesma vem por este meio solicitar ajuda de todas as pessoas de Boa Vontade tanto no País assim como na Diáspora para poder fazer representa a Guiné-Bissau.

Depois de varias tentativas de ter essa soma sem sucesso e com um timing limitado até 1ª semana de Junho de 2013 por isso recorremos a todos os meios para fazer passar o nosso grito de (SAKUR) a todos. Também se informa de que nesse mundial os países vão buscar as qualificações para os próximos jogos Paralímpicos de Rio em 2016, o que torna imperativamente a nossa participação.

Quem estiver sensibilizado com essa nossa SOS, pode entrar em contatos com a mesma através dos Seguintes:

Fdd_gb@hotmail.com TM: 245 6689003/588 87 87/725 31 06.

Os nossos obrigado á todos os Patriotas de boa Vontade.

Bissau 25 de Maio de 2013

A FDD-GB

Secretario Geral
Julio Beto Q. Gomes
245 662 17 08
245 588 87 87
245 725 31 06

AJUDA - UE não esquece população guineense


É PRECISO LER - E BEM - E ESTA NOTÍCIA. A UNIÃO EUROPEIA NÃO ESTÁ A COOPERAR COM O GOVERNO ILEGÍTIMO QUE DE RESTO NÃO RECONHECEM. NÃO. A UNIÃO EUROPEIA ESTÁ, ISSO SIM, A FINANCIAR PROJECTOS ATRAVÊS DE ONG E OUTROS, COM AS QUAIS, DE RESTO, NUNCA DEIXOU DE COOPERAR.

A União Europeia tem prontos para execução ou em fase preparatória avançada programas de apoio à população na Guiné-Bissau no valor de 20 mil milhões de francos CFA (cerca de 30 milhões de euros). Esses apoios, segundo um comunicado hoje divulgado em Bissau pela delegação da União Europeia, incidem essencialmente nas áreas da Saúde, Educação, Água e Energia Elétrica e Alimentação.

"Além das atividades dos nossos Estados-membros, a União Europeia já tem em curso mais de 30 programas de cooperação em benefício direto da população, cuja execução é confiada aos nossos parceiros, incluindo organizações da sociedade civil guineense, organizações não-governamentais internacionais e Agências especializadas das Nações Unidas tais como a PAM, UNICEF e OMS", disse o embaixador Joaquín González-Ducay, chefe da delegação da União Europeia em Bissau, citado no comunicado.
LUSA

Zé Carlos Ka Murri


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José Carlos Schwarz 1949-1977, pioneiro da música moderna guineense, nunca foi esquecido. A ARTISTA KU SI MON enviou uma comitiva, hoje, para fazer a limpeza na campa do saudoso músico. Amanhã, tem lugar uma Palestra dedicada à obra e vida de José Carlos Schwarz.

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BUBO/DEA: Portugal foi armadilha para barões da droga da Guiné-Bissau


Núcleo da agência antidroga americana ajudou a montar falso negócio de droga com terroristas. A operação americana que culminou na prisão do ex-contra-almirante guineense Na Tchuto, por narcoterrorismo, foi desenvolvida a partir de Portugal, onde a agência antidroga americana possui um núcleo especializado em África. José Américo Bubo Na Tchuto, antigo chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau e classificado pelos EUA como "barão da droga" ligado a grupos terroristas, foi detido numa operação da DEA a (Drug Enforcement Agency) em abril último. Esta agência de combate ao tráfico de drogas tem uma delegação em Lisboa que faz parte, desde 2011, de uma força regional - juntamente com a de Paris e outras cinco instaladas em países africanos. JN

sexta-feira, 24 de maio de 2013

UA quer criação rápida de um governo inclusivo (este é o nome da moda, seja lá o que isso for...)


O comissário para a Paz e Segurança da União Africana (UA), Ramtane Lamamra, instou hoje, em Addis Abeba, na Etiópia, as autoridades de transição da Guiné-Bissau a criarem rapidamente um Governo inclusivo, afirmando que ele permitiria associar toda a classe política na gestão do país. "As coisas avançam na Guiné-Bissau. Há uma dinámica interna. Esperamos que haja em breve um consenso sobre o pacto da transição. Deve-se encarar a criação dum Governo inclusivo. A partir daí pode-se preconizar que a data limite para a conclusão da transição a 31 de dezembro próximo será respeitada", explicou Lamamra em entrevista à PANA na capital etiópe.

Segundo Lamamra, a reforma do setor da defesa e segurança deve ser uma prioridade, tal como a luta contra a impunidade e o combate ao tráfico de drogas. "Trabalhamos nisto e posso assegurar-vos de que o nosso representante especial, que reside em Bissau, envidou até esforços para restaurar a unidade do Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) para que este partido, que detém um lugar central na vida política, resgate a serenidade", explicou o comissário para a Paz e Segurança da UA.

"A UA deseja a execução dum plano completo que inclua uma interação entre os diferentes setores", acrescentou. Um novo roteiro do fim da transição, submetido aos diferentes atores bissau-guineenses no início de maio, prevê, entre outros, eleições gerais o mais tardar antes do final de 2013 e a escolha do presidente da Comissão Nacional das Eleições. A Guiné-Bissau é dirigida desde o golpe de Estado militar de abril de 2012, que se seguiu à morte por doença em Paris do Presidente Malam Bacai Sanha, por uma autoridade de transição liderada por Manuel Serifo Nhamadjo.

Cabral e Ki-Zerbo homenageados em Paris


Comunicado de Imprensa

O Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guinée-Bissau, participa na Conferência Joseph Ki-Zerbo intitulada : Jornada de Unidade Africana na sede da UNESCO situada 1, avenida de Suffren 75007 Paris, na terça feira dia 28 de maio de 2013 de 09h30 à 19h00, sala IX. A conferência vai render homenagem ao historiador, Panafricanista Joseph Ki-Zerbo e Amilcar CABRAL, líder e dirigente panafricano, sobre os temas Panafricanismo, Renascença Cultural e Integraçâo Regional.

Na ocasião dos 50 anos da OUA/UA, e no quadro da semana africana, a conferência é co-organisada pelo Departamento Africa, o Grupo Africano, a Delegação de Burkina Faso e a Fundaçâo Joseph Ki-Zerbo para a historia e o desenvolvimento endògeno da Africa. A segunda conferência sobre os temas Panafricanismo, Renascença Cultural e Intépegraçâo Regional, é organizada em parceria com o Grupo africano, a Direcçâo geral para a Africa e a Embaixada do Burkina Faso. A fundaçâo Joseph Ki-Zerbo, criada em 2008, é uma ONG acreditada junto da UNESCO em Paris (França).

Os objectivos da Conferência são:

1- No quadro da quinquagésimo aniversario da Organisaçâo da Unidade Africana/Uniâo Africana, e da reedição do livro de referência (Quando é que a África).
2- Manifestar a solidariedade da Africa com o Povo Maliano, contribuindo assim para o conhecimento da história e a cultura do Mali.
3- Render homenagem a Amilcar CABRAL, pensador e dirigente panafricanista assassinado no dia 20 de janeiro de 1973. Levar ao conhecimento da opnião púnblica internacioanal a situação dos povos da Africa lusófona ainda sob a dominação do fascismo colonial português de SALAZAR.


Paris, dia 23 de maio de 2013

O Presidente do Colectivo em Paris

Jorge Monteiro

O jornalista Sumba Nansil foi detido hoje, em Bissau. Desconhece-se o motivo da detenção. AAS

Amnistia Internacional diz que Angola, Moçambique e Guiné-Bissau não respeitam os tratados que assinaram


A conclusão está no novo relatório da organização, publicado esta quinta-feira (23.05). A Amnistia identificou casos de desaparecimentos, detenções arbitrárias e impunidade nestes países lusófonos. África é um continente muito presente no relatório de 2013 da Amnistia Internacional (AI). Três dos países lusófonos africanos surgem no documento, que sublinha as violações dos direitos humanos praticadas por cada um dos governos.

De acordo com a investigadora da AI, Muluka-Anne Miti, a impunidade das autoridades, a falta de investigação e o desrespeito dos governos pelos tratados nacionais e internacionais, que consagram os direitos humanos e as regras sociais, são o maior problema nestes países. "Angola tem uma boa Constituição, Moçambique também tem uma Constituição que garante todos esses direitos humanos e é da responsabilidade dos Estados respeitar estas Constituições e respeitar os tratados internacionais". Isso é também válido para o caso da Guiné-Bissau, diz Muluka-Anne Mit. O país "tem Constituição, assinou alguns tratados internacionais e tem que os respeitar", conclui.

Desaparecimento de activistas foi pior caso em Angola

Angola é destacada no relatório por diversos episódios de violência política, abusos de poder por parte das autoridades nacionais, detenções indiscriminadas, desalojamentos de centenas de pessoas, censura e falta de liberdade de manifestação.

São muitos os direitos humanos violados no país, diz a investigadora da Amnistia Internacional. Porém, Miti realça o desaparecimento de dois ativistas, Alves Kamulingue e Isaías Cassule, a 27 e 29 de maio do ano passado, respetivamente. "Eles estavam a organizar uma manifestação em Angola e até agora não há informação sobre o seu paradeiro. Havia também outras manifestações que foram suprimidas pelo Governo, manifestações que foram organizadas pelos movimentos de jovens, movimentos revolucionários." Segundo a investigadora, durante as manifestações houve o uso de força pela polícia e também por agentes civis, "suspeitos de serem agentes da polícia".

Prisões sem julgamento

Sobre Moçambique, o relatório da Amnistia Internacional destaca diversos incidentes de abusos de poder de polícias sobre os civis, impunidade, raptos de estrangeiros e ainda centenas de detenções sem julgamento em tribunal. Muluka-Anne Miti sublinha que um dos casos mais graves que a AI descobriu foi o de Zeca Capetinho Cossa, "que ficou mais de 12 anos na Cadeia de Máxima Segurança, em Maputo, sem qualquer acusação, sem qualquer julgamento, e foi posto em liberdade no ano passado depois da visita da Amnistia Internacional." A investigadora diz também que a organização registou "condições de detenção muito más" e sobrelotação de muitas cadeias em Moçambique.

Impunidade

O documento da Amnistia Internacional fala também sobre a Guiné-Bissau, realçando que se vive no país uma forte repressão militar, graves episódios de censura de imprensa, execuções e tortura de civis, impunemente. Segundo Muluka-Anne Miti, esta realidade agravou-se depois do golpe de Estado de abril de 2012. "As rádios foram fechadas durante dois dias. Quando reabriram, tiveram que trabalhar sob muita censura. Houve intimidação de jornalistas", conta. "Os militares também mataram algumas pessoas na sequência de um ataque contra uma base militar, em outubro. Há pelo menos 11 pessoas que foram mortas. Houve também torturas e maus-tratos." Cabo Verde e São Tomé e Príncipe não fizeram parte do estudo da Amnistia Internacional, segundo a investigadora, por falta de meios da organização.

O que faz um Estado


A Presidência da República de Cabo Verde, no âmbito das comemorações do 50º aniversário da fundação da OUA, realiza um leque de actividades.

1 – Dia 25 de Maio, às 14 horas, a Primeira Dama, Drª Ligia Fonseca, oferece um almoço às mulheres das Comunidades Africanas Imigradas.

2 – Dia 28 de Maio

17h00: Assinatura do Protocolo de Cooperação entre a Presidência da República e a Plataforma das Comunidades Africanas Imigradas (PCA)

17h20: Assinatura do Protocolo de Cooperação entre a Presidência da República e a Renascença Africana – Associação das Mulheres da África Ocidental (RA- AMAO)

3 – Dia 31 de Maio, às 17h00, na Biblioteca Nacional- Conferência subordinada ao tema geral “Desafios Africanos"

Programa da Conferência:

Dia 31 de Maio de 2013

16h30: Recepção e instalação dos convidados 

16h50: Chegada dos Conferencistas Dr. António Mascarenhas Gomes Monteiro e Dr. José Ramos Horta 

16h55: Chegada de S.E. o Presidente da República, Dr. Jorge Carlos de Almeida Fonseca 

17h00: Palavras de boas vindas pelo Mestre de Cerimónia 

17h10: Leitura da Mensagem de Sua Excelência o Comandante Pedro Verona Pires, Ex-Presidente da República 

17h15: Apresentação do tema “A CEDEAO E A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS” por Sua Excelência Dr. António Mascarenhas Gomes Monteiro, Ex-Presidente da República 

17h35: Apresentação do tema “OS DESAFIOS DE PAZ E CONSTRUÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO – O PAPEL DA ONU E PARCEIROS REGIONAIS” por Sua Excelência Dr. José Ramos Horta, Ex-Presidente da República Democrática de Timor Leste e Representante do Secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné Bissau 

17h55: Apresentação do tema “ÁFRICA, DEMOCRACIA E DESENVOLVIMENTO” por Sua Excelência Dr. Jorge Carlos de Almeida Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde                         

18h25: Encerramento da Conferência 

18h30: Breves declarações pelos conferencistas à Comunicação Social

DEA - tenham medo, tenham muito medo


dea mosquito

Esta é a nova arma que os EUA desenvolveram para a DEA e outras agências de combate ao crime. O novo "mosquito espião", made in USA, claro, capaz de te poisar em cima, acompanhar-te a casa, captar sons e imagens....e ainda colher umas amostrinhas...para testes de ADN!!! Ah, e é telecomandado! Cuidem-se! AAS

50º aniversário da UA: Os que contam estão a chegar


O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, já se encontra em Adis Abeba (Etiópia) para participar na Cimeira da União Africana (UA) e também nas celebrações do 50.º aniversário da organização que acontece a 25 deste mês. De entre vários encontros bilaterais já agendados, o Presidente de Cabo Verde reune-se dia 25 com o guineense Carlos Lopes, Secretário-geral Adjunto da ONU e Secretário executivo da Comissão Económica para a África. De 25 a 27 de Maio todas as atenções estarão viradas para a capital da Etiópia  Adis Abeba, onde dezenas de Chefes de Estado e de Governo estarão reunidos para debaterem um novo rumo para o continente. O Pan-Africanismo e o Renascimento Africano será o tema central de todo o debate, uma forma de sensibilizar todo os africanos a unirem-se em prol do desenvolvimento da África.

Conforme o Presidente da República, na sua mensagem alusiva à comemoração do 50º aniversário da OUA, o Pan-Africanismo deve ser uma fonte de inspiração capaz de nos guiar ao longo de um percurso de renovação, que, como a história amiúde nos tem demonstrado, nem sempre será fácil e rectilíneo. Para tanto, o Pan-Africanismo, segundo pensamos, deve ser ao mesmo tempo actuante e plenamente alinhado com as realidades do Mundo actual: um Pan-Africanismo capaz de permitir um incremento exponencial do desenvolvimento, em democracia e com direitos humanos respeitados. Apelou aos jovens africanos a tomarem decisões que condicionem positivamente o futuro da África.

Renovar a tropa...


A União Europeia (UE) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) defendem que a Guiné-Bissau deve levar a cabo mudanças nas forças armadas e de segurança, nomeadamente através de uma «renovação da liderança militar superior». «A UE e a CEDEAO concordam que reformas profundas e irreversíveis, começando com a reestruturação radical das forças armadas e de segurança, especialmente a renovação da liderança militar superior, bem como uma profunda reforma dos setores de segurança e da justiça e do sistema político, são essenciais para a estabilização e prosperidade do país», refere um comunicado tornado público ontem pelo gabinete da UE em Bissau, mas referente a uma reunião ocorrida em Bruxelas a 16 de maio.

Ambas as organizações «expressaram ainda a sua profunda preocupação com a infiltração inquietante em todas as estruturas do Estado pelo crime organizado e o narcotráfico, observando que a detenção do ex-chefe da marinha, sob acusação de narcotráfico, e a acusação ao atual chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, de alegada participação no narcotráfico, demonstram a gravidade do problema». Nesse sentido, a UE e a CEDEAO estão determinadas em «tomar todas as medidas necessárias contra todas as pessoas e entidades condenadas pelos tribunais». As organizações apelam, ainda, a «todas as pessoas com cargos de responsabilidade em Bissau» que demonstrem o seu «firme compromisso na luta contra o narcotráfico».

quinta-feira, 23 de maio de 2013

No país do faz de conta


DOMINGOS SIMÕES PEREIRA é bem conhecido dos meios diplomáticos em Portugal e nos países lusófonos pois liderou a CPLP entre 2008 e 2012. Quer concorrer à liderança dos PAIGC e às próximas eleições, ainda sem data marcada depois do golpe do ano passado. Hoje, foi ouvido no tribunal militar em BissauO antigo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e candidato à liderança do PAIGC na Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira foi esta quinta-feira ouvido no Tribunal Militar Regional de Bissau. Os motivos da sua notificação não foram esclarecidos. Um dos seus advogados, ouvido pela RDP-África, disse que o político guineense entrou e saiu declarante. A audição durou duas horas. No tribunal, presidido por um militar, decorre desde Março o julgamento de 16 militares e um civil, acusados de envolvimento na acção militar de 21 de Outubro – apresentada pelos militares golpistas de 12 de Abril, liderados pelo general António Indjai, como uma tentativa de contragolpe. Alguns já foram condenados, entre os quais o capitão Pansau N’Tchama, acusado de liderar o ataque.

«Estou a sair como entrei. Um cidadão nacional. Vim cumprir um dever de cidadania colocando-me à disposição dos tribunais e espero ter contribuído para clarificar um assunto que o tribunal queria de facto esclarecer»

Domingos Simões Pereira, membro do PAIGC, partido do ex-primeiro-ministro derrubado no golpe de Estado de Abril, Carlos Gomes Júnior, disse que em circunstância alguma conheceu Pansau N’Tchama. Este foi, no mês passado, condenado a cinco anos de prisão, acusado de traição e uso de armas ilegais. A acção de 21 de Outubro deu lugar a uma série de perseguições de políticos, detenções, tortura e execuções, de acordo com a Liga Guineense dos Direitos Humanos. O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon, num relatório apresentado ao Conselho de Segurança, em finais de Novembro passado, notava igualmente com “profunda preocupação” a “deterioração da situação de segurança no país” depois desse ataque. Também salientava a “incapacidade” do Estado “em proteger a população e especialmente certos grupos étnicos”, desde então.

O alto responsável das Nações Unidos referia o aumento das violações dos direitos humanos “cometidas por militares”, incluindo tortura e execuções sumárias. E dizia recear que "o direito à vida, à segurança pessoal, à integridade física, propriedade privada e ao acesso à justiça, bem como a liberdade de reunião, de opinião e de informação” continuassem “a ser violados". Destacava os abusos – incluindo tortura, intimidação e assassínios – cometidos contra elementos do grupo étnico Felupe-Djola, que tem sido acusado de apoiar o ataque de 21 de Outubro, e que é visto como próximo de Carlos Gomes Júnior. No mesmo relatório, Ban Ki-moon responsabilizava as chefias militares, no poder desde o golpe de Estado de Abril, pelo aumento do narcotráfico na Guiné-Bissau. Nesse documento e no mais recente que foi aprovado por unanimidade esta quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU, o alto responsável da ONU insistiu na necessidade de se marcar uma data para a realização de eleições e na urgência de atacar o problema do narcotráfico – que já levou à prisão do ex-chefe de Estado-Maior da Marinha Bubo Na Tchuto em águas internacionais numa operação secreta liderada pelos Estados Unidos que o acusam a ele e ao actual chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas António Indjai de envolvimento neste tráfico e outro tipo de crime organizado.

Domingos Simões Pereira, que anunciou este ano a sua candidatura à liderança do PAIGC para suceder a Carlos Gomes Júnior, promete, no seu manifesto político, “distanciamento total do partido” da “natureza criminosa e corrupta dos círculos ligados ao narcotráfico” e defende o envolvimento de todas as instituições do Estado, da sociedade e da comunidade internacional no combate ao narcotráfico. O seu objectivo é concorrer a umas eleições que ainda não têm data marcada. Simões Pereira foi secretário-executivo da CPLP entre 2008 e 2012. No passado, foi membro eleito da Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC e integrou o governo deste partido saído das eleições de 2004 enquanto ministro das Obras Públicas.
PÚBLICO

Perseguição e violência não faz parar os jovens


O Movimento Ação Cidadã da Guiné-Bissau fez circular uma "Carta Aberta" que denuncia à comunidade internacional o clima de medo e perseguição de que a sociedade guineense e, em particular, os jovens estão a ser vítimas.
O Movimento Ação Cidadã dá conta ainda de restrições de liberdade de imprensa e manifestação e denúncia a violação dos direitos humanos. Um dos membros do movimento, Cadija Mané, explica os motivos pelos quais levaram o Ação Cidadã apresentar esta nova "Carta Aberta", e conta que "há vários casos isolados de pessoas que são agredidas que não se manifestam, que não vão fazer queixa", acabam por desistir da denúncia porque acham que "já ninguém quer saber, ou as pessoas sabem, mas não reagem".

A vida dos jovens hoje na Guiné-Bissau não é fácil e Cadijá Mané faz um retrato da situação actual no país. "Os jovens estão apáticos, nos seus lugares. Vivemos cercados de informadores pelas ruas, que uma pessoa onde está sentada tem as outras a ouvir as conversas para depois ir transmitir. Não existe uma total liberdade de expressão." Mané acrescenta ainda: "Estamos realmente muito desacreditados com toda esta situação, de não termos lugar, onde não podemos ter sonhos, onde não podemos fazer os nossos planos". Os jovens, segundo o membro do Movimento Ação Cidadã; querem "uma mudança radical no país. Já são 40 anos, praticamente 40 anos, após a independência, onde não houve nenhuma melhoria, onde não conseguimos atingir um certo grau de conforto ou felicidade", lamenta. 
 
Esperança num amanhã melhor

Apesar deste relato, Cadija Mané diz que há uma pequena luz ao fundo do túnel, que surge com as possíveis eleições de novembro e, nessa altura, Cadija espera que "as coisas tenham um novo rumo. Diz que os jovens estão "à espera disso" e querem "fazer parte dessa mudança". Cadija Mané garante que alguns casos de abusos são denunciados à Polícia Judiciária, mas, até agora, nenhum teve uma conclusão ou foi bem-sucedido. Apesar de haver pessoas que fazem "queixas e notificações", estas acabam por não avançar porque muitas vezes essas denúncias "não dão em nada", segundo o membro da organização.

Para além da "Carta Aberta", o Movimento Ação Cidadã garante estar empenhado em ter uma parceria com a Liga Guineense dos Direitos Humanos para a criação de uma linha telefónica de apoio às vítimas de agressão. E terá o Movimento sentido obstáculos no desenvolvimento deste trabalho? Cadija diz que as dificuldades são tantas que nem sabem "medir até onde". As suas ações até "têm tido impacto a nível do governo", sublinha. "Nós não estamos à espera que no meio de um programa de rádio apareçam lá agentes, polícias ou militares para nos prender ou agredir, mas esperamos que seja um resultado positivo acharem que aquilo que estamos a fazer é bom para a sociedade e que se deve tirar proveito", conta.

Para que a situação de alegada impunidade e de suposto abuso de poder deixe de ser uma realidade no futuro, Cadija Mané apela para que a população da Guiné-Bissau denuncie qualquer acto de intimidação ou violação dos seus direitos por qualquer elemento das forças de segurança ou defesa, pois segundo a ativista, "não é porque a pessoa tem uma determinada farda que tem que desprezar o outro sem motivo aparente". Na "Carta Aberta", o Movimento Ação Cidadã denuncia a agressão por parte de elementos das forças de defesa no espaço público. O Movimento denuncia a agressão à cidadã Eurizanda Balde Fragoso, no Hospital Militar, a 16 de abril deste ano e a Catarina Ribeiro Schwarz, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, a 6 de maio de 2013.

Catarina Schwarz conta na primeira pessoa a agressão de que foi vítima, por parte dos elementos das forças de defesa no espaço público. "Estavamos todos numa fila. A pessoa que me agrediu não estava à espera de ser chamada à atenção. Terá sido apanhada de surpresa e por não querer mostrar-se inferior, então reagiu. Não gostou. Trata-se de um agente que trabalha no aeroporto de Bissalanca e acho que utilizou essa posição para abusar das suas capacidades", relembra Schwarz. Catarina adianta que, mais tarde, soube que a pessoa que alegadamente a agrediu foi colocada em serviço no aeroporto pelas forças armadas, a seguir ao golpe de Estado de abril do ano passado.  

A impunidade como regra

Apesar de se tratar de um caso isolado, Catarina Schwarz garante que este tipo de situações acontece com frequência na Guiné-Bissau. Membro do Movimento Ação Cidadã, Catarina adianta que esses casos acontecem mais regularmente com os cidadãos guineenses. Falando ainda sobre o clima de impunidade que diz ser vivido na Guiné-Bissau, Catarina refere que as vítimas dos alegados abusos não fazem queixa, por temerem que a situação seja descredibilizada. Mesmo perante este contexto, a agredida considera que se deve estimular a população para fazer queixa e denunciar, mesmo que não sejam consideradas, a fim de dar a volta à situação.

Relembra que os jovens têm um papel essencial para originar mudança e que alguns já o fazem. "Aqui na Guiné-Bissau não há muitas formas de manifestação pública e de jovens mas se fizermos uma investigação rápida vamos perceber que através das músicas, há bairros que se juntam e fazem músicas de intervenção com uma carga simbólica muito grande, manifestam o seu desagrado em relação à situação política e militar". Mesmo com letras de denúncia, Catarina garante que as canções de intervenção passam na rádio e não há censura, e acrescenta que "não sei se é porque não conhecem esses grupos, não sei se é porque é uma música, não se leva tão a sério, mas já é uma forma de manifestação". Catarina Schwarz alerta para impunidade das forças de segurança
O papel da comunidade internacional.

E uma das vozes que mais assume o combate aos abusos vividos na Guiné-Bissau, é a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), que reinvindica uma sociedade mais justa. Atenta aos casos de violação dos direitos humanos, o presidente da Liga Guineense, Luís Vaz Martins, ilustra a situação de medo que se vive no país, contando que "nos últimos meses vive-se justamente um clima de tensão, de muito medo onde efetivamente alguns metódos de intimidação, de tortura, de perseguição e restrição de liberdades, é o retrato do que se tem vivido ultimamente". Dando espaço à impunidade e não garantido a salvaguarda dos direitos humanos na Guiné-Bissau, Luís Martins afirma que é cada vez mais difícil ser-se jovem no país.

"É muito difícil efetivamente. Não há horizonte a curto prazo que garanta aos jovens uma saída feliz para a crise em que o país está envolvido". O presidente da Liga acredita que "cada vez mais escasseia esperança de um amanhã melhor e é por isso que a sua organização compreende a posição dos jovens". Neste sentido, a Liga Guineense dos Direitos Humanos "solidarializa-se com a situação dos jovens e de todas as vítimas de perseguição e de maus tratos no país", diz Luís Vaz Martins.

São dezenas as denúncia que chegam à Liga Guineense, relatando casos de abusos a jovens por parte das autoridades nacionais e o presidente da Liga, acredita que se a situação de abusos impunes não for controlada, que o futuro dos jovens guineenses irá se agravar, temendo que a resposta para a violência, seja mais violência com as pessoas a utilizarem "uma espécie de meio de resistência violenta, para responder aos actos violentos de que têm sido alvos. "Para o presidente da LGDH a "única esperança é efetivamente ver os órgãos restabelecidos através das eleições e a situação mudar no seio da comunidade internacional". Uma situação que Luís Martins relembra, que a comunidade internacional está cada vez mais atenta e disposta a apoiar. Deutsche Welle

Protesto!


A União Africana está reunida para discutir estratégias para África, para daqui a 50 anos. Percebo. Oh, se percebo! A UA comemora agora os seus cinquenta anos, e as independências mais antigas outros tantos. Mas foram sobretudo 50 anos de guerras e de matanças; 50 anos de fome, de subdesenvolvimento. Cinquenta anos de ingerência dos ex-colonizadores.

Ainda bem que pude assistir a esta 'celebração', pois muito dificilmente estarei cá para chorar sobre os 100 anos da mãe que se tornou madrasta - África. Não vou participar em nenhuma actividade que tenha que ver com esse dia - o 25 de maio. Esse é o meu protesto. Não tenho motivos nenhuns para comemorar. Para mim, África não passa de uma ilusão - pelo menos nestes últimos 50 anos. AAS

Domingos Simões Pereira "foi ouvido como declarante e saiu como declarante", disse o seu advogado. Não percebo é toda a azáfama de militares armados na entrada do tribunal militar. Bom, mas se são eles quem manda...ah, Guiné-Bissau!!! AAS

Nova Sondagem DC: Vote! AAS

Henrique Rosa


"O teatro protagonizado pelo nosso Estado a volta das cerimónias fúnebres do Sr. Henrique Pereira Rosa demonstra a evidência da deterioração contínua das nossas instituições da República. As ilações que se podem tirar desse absurda obra teatral são várias:

a) Um défice muito grande de sentido de Estado e de sua autoridade;

b) A convergência de vários negativos (retomando a retórica do Dr. Carlos Lopes) que se expressa na existência de diferentes focos de influência de poder que se interpõem, mas que sobrevivem juntos na base de um arranjo institucional frágil, mas construído com muita criatividade e falsidade. Isto resulta em mandos e desmandos, em decisões e contra decisões, tudo numa velocidade supersónica. Ninguém consegue culpar ou julgar ninguém porque ninguém sabe quem é o verdadeiro culpado;

c) Esta obra de arte poderá não acabar com esta encenação, de certeza, novas vítimas serão atingidas. Isto acontecerá porque é este o Estado que temos e que nos vai servindo.

O Sr. Henrique Pereira Rosa foi convidado em 2003 a desempenhar as funções de Presidente da República, num momento crítico onde era necessário resgatar a credibilidade de Estado fortemente abalado na altura. Foi empossado como primeiro magistrado da Nação na própria Assembleia Nacional Popular (que hoje lhe nega as honras de Estado!), onde jurou perante os deputados e a bandeira nacional tudo fazer para servir os interesses supremos do Estado da Guiné-Bissau, das suas instituições e das populações. Durante a sua magistratura representou o país em inúmeras ocasiões no exterior, rubricando vários acordos de desenvolvimento e participando em várias iniciativas que visavam a reconciliação nacional. Depois das eleições em 2005, regressou a sua vida normal passando a beneficiar, a partir dessa altura das regalias inerentes a um chefe de Estado.

Porém e para surpresa de muita gente, o Estado da Guiné-Bissau, mesmo depois de ter publicamente anunciado que iria organizar o funeral do ex-presidente Henrique Rosa com Honras de Estado volta para trás e diz não, ele afinal não merece tamanha honra. A Assembleia Nacional Popular tornara-se de repente algo superior, um lugar sagrado, não para presidentes interinos. Em contrapartida, o Estado propõe à família do malogrado o Ministério da Justiça para acolher o corpo. Qual a razão desta volta-face? Esta parece ser bem simples. A mesa da Assembleia Nacional Popular achou que ele não tinha os requisitos necessários para ter um funeral com Honras de Estado.

Argumento 1: O Sr. Henrique Rosa não foi um presidente eleito. Esta é boa! Dá até gozo, mas também muita pena, porque só num Estado que não é Estado como o nosso, pode uma coisa dessas acontecer. Seria bom para o esclarecimento público que essa gente nos dissesse quem é o Presidente eleito da Guiné-Bissau? Em que parte de mundo se encontra esse achado? O que tem existido de facto na Guine são apenas “Presidentes de Transição”, porque todos os que foram eleitos pelo povo já morreram ou foram tirados de poder por meios violentos.

Argumento 2: O Sr. Henrique Rosa nunca foi deputado da Nação. Esta também é fascinante. Lembro-me muito bem de a ANP (o espaço para debate de assuntos do povo por gente escolhido pelo povo) ter sido usado por alguns deputados e protagonistas do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 para insultar um Estado (Portugal) soberano e os seus dirigentes numa clara falta de sentido responsabilidade, de cidadania e de civilização. Para este tipo de coisas, a nossa ANP serve na perfeição, mas para receber os restos mortais de um ex-presidente ela já não serve? Mas, felizmente na Guiné ainda existe a família, a única instituição com credibilidade no meio de tanta desordem conjuntural. Essa não se fez esperar. “Muito obrigado Sr. Estado, mas o corpo do nosso marido, pai, tio, avó e amigo permanecerá onde sempre esteve (mesmo quando foi Presidente da República) na sua própria casa”. Dali só saiu para a Igreja e depois para o cemitério com Honras da Família.

Que viva o Estado da Guiné-Bissau!
 
Tenho dito"

"É estranho...", diz Domingos Simões Pereira


O antigo Secretário Executivo da CPLP e um dos candidatos à liderança do PAIGC, Domingos Simões Pereira, foi notificado para comparecer amanhã, Quinta-Feira, pelas 10h00, nas instalações do Tribunal Militar Regional de Bissau. Os motivos da notificação não foram revelados, entretanto, segundo a RDP-África apurou, a notificação apenas salienta que a comparência visa a "prestação de declarações nos autos de um Processo - Crime que corre os trâmites normais naquele Tribunal".

Recorde-se que, aquando do seu julgamento, o Capitão Pansau Intchamá, militar que liderou a tentativa de assalto ao regimento de para-comandos em Outubro do ano passado - e que acabou condenado a cinco anos de prisão - havia acusado alguns políticos de suposto envolvimento no caso, tendo referido, entre outros, o nome de Domingos Simões Pereira. Em declarações ao Jornalista da RDP-África, Waldir Araújo, esta tarde,  Domingos Simões Pereira confirmou ter recebido a notificação e diz estranhar que a mesma tenha vindo de um Tribunal Militar Simões Pereira garantiu nunca ter conhecido o Capitão Pansau Intchama, e disse ainda que vai comparecer amanhã de consciência tranquila no referido Tribunal. RDP-África

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Guiné-Bissau - ONU prorroga mandato


O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje a prorrogação do mandato para a Guiné-Bissau até maio de 2014 e pediu mais apoio da comunidade internacional para a luta contra o tráfico de droga no país. Em termos gerais, o Conselho de Segurança aprovou todas as sugestões enviadas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, no início do mês, de acordo com a resolução aprovada e hoje divulgada, na qual se fazem muitas referências à questão do tráfico de droga.

No documento, a que a Lusa teve acesso, o Conselho de Segurança incentiva a comunidade internacional para que aumente a cooperação com a Guiné-Bissau para que o país possa controlar o tráfego aéreo e a vigilância marítima e lutar contra o tráfico de drogas, crime organizado e pesca ilegal. Na mesma linha, exorta as autoridades da Guiné-Bissau para que aprovem e apliquem leis e mecanismos de combate eficaz ao crime transnacional, especialmente o tráfico de drogas e o branqueamento de capitais, que apoiem os esforços regionais no mesmo sentido e que demonstrem "um maior compromisso de lutar contra o tráfico de drogas". LUSA

UNIOGBIS no seu melhor


O Representante da ONU em Bissau, José Ramos Horta, levou para a UNIOGBIS a sua "assistente pessoal", uma tal de Filipa, que ainda não sabemos bem o que a dita cuja faz por lá. Entretanto, já existia o "Chief Public Information Unit", que emite os comunicados de imprensa em inglês. Por sua vez, a Isabel Nunes Correia, que é "Public Information Officer" limita-se a... traduzir, isso mesmo, traduzir na íntegra e para português os tais comunicados que envia de novos aos mesmos destinatários. Imagine-se a trabalheira. Assim vai os esforços para a consolidação da paz na Guiné-Bissau. Tachos para todos, menos para o povo. Ma Pubis Ka Burru Gora Dé...

AW.

Impulso


A minha fortuita posição de cidadão, ainda por cima esclarecido, valeu-me ter presenciado toda a nossa tragédia enquanto País desde 1980. E que tragédia vivemos! O ambíguo contraponto entre alguma ficção que aqui tenho escrito e a realidade que assistimos no dia-a-dia constitui o cerne do blogue Ditadura do Consenso. Coincidência? Nenhuma. Parecenças? Também não. A precisão com que descrevo o presente envenenado que foi a nossa vida praticamente desde a independência, há quase 40 anos, a quase futurologia que teimo em não parar de fazer sobre o destino do nosso povo, e do nosso País; a frieza que o passado não pára de me trazer, surpreendendo-me sempre, faz de mim um típico sobrevivente. Muito mais até do que aqueles que lutaram com valentia e destreza nas matas da Guiné-Bissau. Aliás, se repararem bem, as técnicas de sobrevivência do guineense são de tal forma impressionantes que fizeram com que me mantivesse vivo durante todo esse tempo – umas vezes era eu o espancado, outras vezes um espectador impotente.

Durante o fugaz período de dez anos, os meus olhos assistiram a muita tragédia no meu País. Fotografei inúmeros cadáveres, alguns de amigos, suportando olhares de espanto e de desprezo. Ainda hoje, alguns, poucos, arriscam um ou outro comentário. Pusemos, que é como quem diz, uma pedra sobre o assunto. No entanto, algumas dessas pessoas esforçaram-se, e de que maneira, para garantir que a Guine‐Bissau, quase 40 anos depois de proclamar a sua independência, continuará a ser um dos países mais pobres do mundo. Desanco-os um dia destes...

E porque tudo o que aqui tenho escrito – e isto é muito importante – está impregnado de um espírito para além do trágico que me toca particularmente, por estar de certa forma muito próximo das coisas que os meus olhos viram, que são, para mim, o que os guineenses conseguem exprimir de mais parecido com o espírito das tragédias que temos presenciado com o credo na boca. Ah, e mesmo assim sem fazer nada. Isso é o que mais faltava! A única coisa que muda com a 'porcaria' que é Ditadura do Consenso é que os ofendidos ameaçam, às vezes, muito poucas até, responder com armas e não apenas com indignação e/ou tribunais. É que na minha cultura existe o direito a publicar porcarias - ainda que poucas. E ainda bem que assim é. E tudo isto reflecte o País que somos. O País presente e, se tivermos o azar de lá chegar, o futuro. O único consolo que me resta? O nao haver vida eterna... AAS

terça-feira, 21 de maio de 2013

Mandinti


SERIFO DOENÇA

"Acrescento o facto da notícia ser sobre uma figura pública. Não se pode querer o melhor dos dois mundos - impor-se como figura pública e reclamar a privacidade do cidadão anónimo..."

VERGONHA: De fora


A República Centro Africana, a Guiné-Bissau e Madagáscar estarão ausentes da 21ª Cimeira da União Africana (UA) que se realiza de 25 a 27 de maio corrente em Addis Abeba, na Etiópia, para celebrar o 50º aniversário da organização pan-africana. Os três países foram suspensos da União Africana devido a mudanças anticonstitucionais de poder através de golpes de Estado. AAS

Desde quando? Balelas...


"Meu caro Aly Silva,

Não compreendo o nível de pouca compreensão de certas pessoas. Será que tudo o que você disse agora é ofensa ou crime? Informar que o Presidente da República de Transição, padece de cancro e está a submeter-se à quimioterapia é ofensa ou crime? A notícia correu mundo quando a Hugo Chávez Frías foi detectado o cancro, também desrespeitaram o Chávez ou o povo Venezuelano? Há centenas de exemplos de figuras nos seus países a quem a comunicação social revelou as doenças - isso é crime? Aliás, Chávez até pediu que o povo venezuelano fosse "devidamente informado" do seu estado de saúde.

Caro Aly Silva, não dês ouvidos às pessoas que mal compreendem o português. Você não fez mal nenhum, continua a fazer o teu trabalho. E aquele que disse, sobre alguém que perdeu a visão, "Nkuda i cegu dja??? Si pecadu ki na paga" - o que podemos dizer dessa pessoa?
"

NOTA: Eu diria: pu-nhe-tas. AAS

Trafulhice à guineense


O PAIGC - partido que ganhou as eleições legislativas e tem 67 deputados na Assembleia e, como tal, deveria ser ele a formar Governo... deitou a toalha ao chão. Caiu na manipulação, deixou-se manipular. Assim, o partido dos 'libertadores' ficará com as pastas das Finanças, das Pescas, das Infraestruturas, da Comunicação Social, da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares (sinal de que o porta-disparate saltará...), do Ministério da Economia, da Justiça e do Ministério das Mulheres e da Solidariedade e Luta Contra a Pobreza (que será, presumo!, para fabricar ainda mais pobres.

Quanto ao PRS, a aliança moral e decisiva que teve para com actores materiais do golpe de Estado de abril de 2012, deu finalmente frutos. No frio, esfregam as mãos de contente. Pois ficarão com os ministérios dos Negócios Estrangeiros, dos Transportes, dos Recursos Naturais, Energia e Indústria; e ainda com o ministério da Agricultura, o da Educação e a pasta do Comércio.

No que diz respeito às secretarias de Estado, o PAIGC ficará com as pastas da Cooperação Internacional, Juventude Cultura e Desportos, e do Turismo e Artesanato. O PRS, com as secretarias de Estado para o Tesouro, a Energia e o Ambiente. Serão, assim, 32 os membros do Governo. O PRID ficará com um ministério, e o PND nomeará uma secretaria de Estado. A Aliança Democrática terá também o direito a nomear um secretário de Estado. AAS

CANCRO: Afinal, Serifo Nhamadjo sofre de cancro da próstata. Os tratamentos de quimioterapia a que foi submetido na Alemanha não enganam: a perda completa de cabelo e o emagrecimento fulminante comprovam-no. AAS


Adeus a Henrique Rosa: Restos mortais do ex-Presidente de Transição vão hoje a enterrar. O velório decorreu na sua residência, em Bissau. O funeral será antecedido de uma missa de corpo presente na Sé Catedral de Bissau. O funeral acontece às 11h (12h de Lisboa). AAS


ONU/MOÇAMBIQUE: Guiné-Bissau e a República Democrática do Congo estiveram sob a mesa no encontro entre o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon e o Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, hoje em Maputo. AAS


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pan-africanistas preparam 50º aniversário da UA


No quadro da comemoração de 110º Aniversário da vida e luta de Associação dos Jovens Pan-Africanistas Revolucionários da Guiné-Bissau, (AJOPAR) e no quadro de cumprimento cabal do nosso programa traçado em comemoração a 55 anos de “Dia de Libertação Africana” (DLA), realizaremos uma cerimónia no dia 22 de Maio, (4a Feira), pelas 10h30 no Anfiteatro de INEP, (Bairro d’Ajuda 2a Fase), sob o lema:

«O Pan-Africanismo É Poder; Devemos Unir!»

Comemoração a 55 Anos de Dia da Libertação Africana e 50 Anos de OAU.

No seguimento da agenda comemorativa do 55º Aniversario do Dia da Libertação Africana – DLA, no dia 24 de Maio (sexta-feira), a AJOPAR, realizará uma grande marcha pacífica e comício alusivo à efeméride, em Bissau.

Actividades:

Marcha Silenciosa

Tchapa de Bissau á Praça de Che Guevara

24/05/13

17H00 Início

Comício

Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana)

24/05/13

18H30 min.

Esperamos a vossa honrosa presença neste evento de grande significado que contará com as presenças de Diplomatas, Jovens, Estudantes e Mulheres.

Por favor, confirme a sua presença por Email: ajopar2002@yahoo.com ou pelo telefone 660-8723 ou 554-7608

Morte de HPR: Funeral com honras de Estado, afinal, não passará pela Assembleia


Um lacónico comunicado da direcção geral do Protocolo de Estado, informa que as cerimónias fúnebres do Ex- Presidente de transição, Henrique Pereira Rosa, falecido em Lisboa na semana passada vítima de doença prolongada, já não passarão pela Assembleia Nacional Popular como estava prevista. Entretanto, e segundo o mesmo comunicado, as exéquias terão lugar às 11 horas de amanhã, dia 21, no cemitério municipal de Bissau, onde será rendida a última homenagem. AAS

domingo, 19 de maio de 2013

I kudi


Ainda não foi desta que, na Guiné Bissau, se chegou a um consenso quanto à famigerada formação de um governo de 'inclusão' (termo pomposo, e vergonhoso, para se chegar ao poder à custa de um golpe de Estado). Agora, são esses mesmos partidos, sem qualquer expressão, os partidos que apoiaram os golpistas, que exigem a sua participação, digamos que... o seu quinhão para fazer gato-sapato desse estado idiota.

Ontem foram recebidos pelo golpista-mor em Bissau. E disseram a Nhamadjo não estar de acordo com o recente acordo rubricado (entre o PAIGC e o PRS). E disseram mais: querem fazer parte do governo, e também mamar, mamar... Agnelo Regala, líder da União para a Mudança, um dos que esteve presente no encontro, disse à imprensa que o importante é um "governo de inclusão competente" e capaz de gerir o processo de transição. O que faz com que Serifo baralhe e volte a dar. Djugu ka kaba inda... AAS

sexta-feira, 17 de maio de 2013

MORTE DE HPR - LGDH lembra incessante luta pela edificação de um estado de Direito assente no respeito pela dignidade da pessoa humana


Mensagem de Condolência

A Liga Guineense dos Direitos Humanos tomou conhecimento através da imprensa da triste notícia de falecimento de um dos seus membros honorários de sempre e Ex-presidente da República, senhor Henrique Pereira Rosa.

Durante o tempo que partilhamos na incessante luta pela edificação de um estado de Direito assente no respeito pela dignidade da pessoa humana, aprendemos com Henrique Pereira Rosa os valores como a tolerância, a perseverança, e a solidariedade.

Neste momento de dor e de profunda tristeza, a maior homenagem que podemos render-lhe é dar seguimento ao legado por ele deixado, construindo uma sociedade assente no respeito pelos direitos humanos e a observância estrita dos princípios axiológicos do estado de direito.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos endereça a família enlutada os seus mais sentidos pêsames, pedindo a Deus que lhe dê um eterno descanso, entre o esplendor da luz perpetua.


Feito em Bissau aos 17 dias do mês de Maio 2013

Á Direcção Nacional

RAPTO E ESPANCAMENTO DE ENSA SANHA - A DECLARAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA


A Delegação da União Europeia emite a seguinte declaração em acordo com os Chefes de Missão da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau:

A Delegação da União Europeia tomou conhecimento do incidente que ocorreu na noite do dia 11 de Maio de 2013, durante a qual o cidadão Bissau-Guineense Ensa Sanha foi raptado e levado para os arredores de Bissau, onde foi barbaramente espancado por um grupo de indivíduos e abandonado.

Tais violações dos direitos humanos, inaceitáveis em qualquer Estado de direito democrático, ameaçam os esforços em curso no sentido do retorno da ordem constitucional ao país e demonstram mais uma vez a necessidade urgente de combater a impunidade.

A Delegação da União Europeia condena firmemente esses actos e insta as autoridades competentes para abrir imediatamente um inquérito sobre as circunstâncias deste incidente, no sentido de responsabilizar os autores deste crime pelas suas acções.

Bissau, 17 de Maio de 2013

ÚLTIMA HORA - O MOREIRENSE VAI JOGAR DE...AZUL! EHEHEHEHEHE

Que grande negócio


Os dois principais partidos da Guiné-Bissau assinaram hoje um memorando de entendimento que compreende nomeadamente a remodelação do atual governo, mantendo o primeiro-ministro, Rui de Barros. O acordo foi assinado na sede da União Africana em Bissau e juntou o primeiro vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGV), Manuel Saturnino da Costa, e o presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Nambeia. No documento, os dois partidos salientam que a existência de entendimento entre os políticos da Guiné-Bissau é uma condição indispensável para que a comunidade internacional possa apoiar o período de transição, e que esse entendimento deve abranger todos os partidos, a sociedade civil, o poder tradicional e as confissões religiosas. Os dois partidos reconhecem ainda que as soluções para os problemas da Guiné-Bissau devem de ser encontradas dentro do país, e aceitam que o período de transição seja até final do ano e que as eleições se realizem nesse período.

PAIGC e PRS defendem no documento "uma remodelação do atual governo de base alargada e de inclusão, com a maior brevidade possível", nos termos de uma orgânica que já existe mas que não foi revelada aos jornalistas. Apenas foi referido que o atual primeiro-ministro continuará em funções no futuro governo. No acordo assinado os dois partidos defendem ainda que seja criado "um espaço de diálogo e concertação que perdure para lá do período de transição", e comprometem-se em respeitar a Constituição e outras leis decorrentes do golpe de Estado de 12 de abril do ano passado. PAIGC e PRS esperam que o compromisso hoje assinado possa encorajar a comunidade internacional a "desbloquear suspensões e sanções" impostas à Guiné-Bissau.

A assinatura do documento foi saudad por Manuel Saturnino da Costa, que agradeceu o apoio da União Africana mas também da ONU e da comunidade regional, salientando que a responsabilidade para levar o país a sair da atual crise é de todos os guineenses. Um discurso na mesma linha teve também Alberto Nambeia, segundo o qual a procura de consensos tem de sair dos guineenses e a vitória eleitoral não é o mais importante, porque o mais importante é "a paz e a estabilidade da Guiné-Bissau". Ovídeo Pequeno, o representante da União Africana na Guiné-Bissau, que conduziu as conversações entre os dois partidos, salientou a "vontade política" das duas forças em ultrapassar obstáculos e pediu esforços para que haja um consenso alargado da classe política guineense que vá além dos dois principais partidos. Os representantes da ONU e da União Europeia no país assistiram à assinatura do memorando. LUSA