terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Um Estado de filhos da puta!!!
O supremo Tribunal de Justica (STJ) decidiu: declarou-se incompetente para se imiscuir nos assuntos da Federacao de Futebol da Guine-Bissau (FFGB). A secretaria-geral da FFGB, munida do acordao do STJ, marcou entao a eleicao do seu presidente para hoje.
Entao, aparecem os arruaceiros. Partiram portas e janelas, ameacaram tudo e todos e...nao houve outro remedio que nao o de cancelar o acto eleitoral. A policia foi chamada...mas nao apareceram!!!
Que pais e este? Um pais de filhos da puta - so pode! Tudo isto porque um juiz (um juiz corrupto e corrompido, que vive num Estado paria e anarquico) se sobrepos aos estatutos da FFGB, e, quem sabe se ate da decisao do Supremo Tribunal de Justica... AAS
Entao, aparecem os arruaceiros. Partiram portas e janelas, ameacaram tudo e todos e...nao houve outro remedio que nao o de cancelar o acto eleitoral. A policia foi chamada...mas nao apareceram!!!
Que pais e este? Um pais de filhos da puta - so pode! Tudo isto porque um juiz (um juiz corrupto e corrompido, que vive num Estado paria e anarquico) se sobrepos aos estatutos da FFGB, e, quem sabe se ate da decisao do Supremo Tribunal de Justica... AAS
Carta para o Jomav
«Caro Aly,
Estamos a falar de aumento de salários? Isso não é verdade. Bem, como podemos falar de aumento de salários se o gorverno aumenta em mais de 60% as taxas de importação de todos os produtos? Qual será o efeito positivo deste aumento? Qual é o esforço para melhorar a vida dos funcionários públicos se tudo aumenta? As taxas aplicadas são ilegais, já que o orçamento não foi promulgado. Isso para dizer que estamos na brincadera. Que pena...
Um anónimo»
Estamos a falar de aumento de salários? Isso não é verdade. Bem, como podemos falar de aumento de salários se o gorverno aumenta em mais de 60% as taxas de importação de todos os produtos? Qual será o efeito positivo deste aumento? Qual é o esforço para melhorar a vida dos funcionários públicos se tudo aumenta? As taxas aplicadas são ilegais, já que o orçamento não foi promulgado. Isso para dizer que estamos na brincadera. Que pena...
Um anónimo»
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Uma medida ilegal, e perigosa
Todos ouvimos as declarações do ministro das Finanças, feitas com pompa e circunstância, sublinhando até "ser a primeira vez" que o Governo aumenta os salários da administração pública. Ora bem. Mal.
Pois então: José Mario Vaz enganou. Pior: i n'gana si kabeça!!! E isso é inaceitável. O Governo não pode decretar assim, do pé para a mão, o aumento dos salários 'apenas' por isto: o orçamento do Estado, é verdade, foi votado e aprovado pela Assembleia Nacional Popular...mas nunca chegou a ser promulgado pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanha.
Assim, trabalha-se com duod~´ecimos. Claro que estamos em época de eleições (duas num ano), e o Governo, através do seu super-ministro tudo fará para atirar areia para os olhos dos cegos de um olho. Acontece que eu tenho dois. Aliás, três... Explique-se, senhor ministro das Finanças. AAS
Pois então: José Mario Vaz enganou. Pior: i n'gana si kabeça!!! E isso é inaceitável. O Governo não pode decretar assim, do pé para a mão, o aumento dos salários 'apenas' por isto: o orçamento do Estado, é verdade, foi votado e aprovado pela Assembleia Nacional Popular...mas nunca chegou a ser promulgado pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanha.
Assim, trabalha-se com duod~´ecimos. Claro que estamos em época de eleições (duas num ano), e o Governo, através do seu super-ministro tudo fará para atirar areia para os olhos dos cegos de um olho. Acontece que eu tenho dois. Aliás, três... Explique-se, senhor ministro das Finanças. AAS
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
PAIGC no seu melhor: Ditadura do Consenso anunciou, em 1a mao, que Serifo Nhamadjo entraria na corrida para a Presdencia da Republica, no PAIGC. Pois bem. Mandou avisar que, amanha, apresentaria a sua candidatura mas foi-lhe dito que a reuniao do Comite Central estava adiada. Insistiu que o faria, disseram-lhe que lhe barravam a entrada... Ainda assim, amanha, no passeio publico, com a sede do PAIGC como pano de fundo, Serifo Nhamadjo, actual presidente da Assembleia Nacional Popular em exercicio, apresenta-se aos militantes do partido. AAS
Conselheiros: a prazo, e no prato
- Odete Semedo, directora de gabinete do PR interino
- Tcherno Kali Balde, Porta-Voz
- Francisca Pereira, Conselheiro Assuntos Parlamentares
- Respicio Silva, Assuntos Politicos
- Teodora Inacia Gomes, Assuntos Sociais
- Pedro Maria Costa, Assuntos Diplomaticos
- Abel Incada, Assuntos Empresariais
- Alamara Nhasse, Assuntos de Defesa e Seguranca
- Fernando C. Landim (PRS), Assuntos Agricolas e Desenvolvimento Rural
- Marcelino Indi (PRID), Asssuntos Cultura e Desporto
- Cirilo Mama Saliu Djalo, Assuntos do Trabalho
- Joao Jose Silva Monteiro, Assuntos da Educacao e Ciencia
- Carlos Pinto - Assuntos Economicos
- Alberto Ture, Assuntos do Ambiente e do Mar
- Jose Rodrigues, Assuntos Juridicos e Constitucionais
- Tcherno Kali Balde, Porta-Voz
- Francisca Pereira, Conselheiro Assuntos Parlamentares
- Respicio Silva, Assuntos Politicos
- Teodora Inacia Gomes, Assuntos Sociais
- Pedro Maria Costa, Assuntos Diplomaticos
- Abel Incada, Assuntos Empresariais
- Alamara Nhasse, Assuntos de Defesa e Seguranca
- Fernando C. Landim (PRS), Assuntos Agricolas e Desenvolvimento Rural
- Marcelino Indi (PRID), Asssuntos Cultura e Desporto
- Cirilo Mama Saliu Djalo, Assuntos do Trabalho
- Joao Jose Silva Monteiro, Assuntos da Educacao e Ciencia
- Carlos Pinto - Assuntos Economicos
- Alberto Ture, Assuntos do Ambiente e do Mar
- Jose Rodrigues, Assuntos Juridicos e Constitucionais
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Aos sessenta, não se tenta...
"O Carlos Gomes Jr., que não avance". Esta tem sido a posição de alguma comunidade internacional, preocupada com o eventual avanço do chefe do Executivo guineense para candidato do PAIGC a Presidente da República. "O mandato do primeiro-ministro acaba em Novembro. Para quê então apressar-se para chegar à presidência?". De facto, essa preocupação encontra eco numa coisa: a pessoa do primeiro-ministro parece talhado para perder numa coisa: nas urnas. E dentro do 'seu' partido - o PAIGC.
Por estes dias, no PAIGC, o cálculo mental tem desafiado e tirado o sono aos seus membros. Sobretudo os membros do Comité Central (entre dois congressos, o órgão maximo, com 351 membros), que se reunirão na próxima 4a feira para decidir que candidato escolher para candidato às eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 18 de março.
Para já, um nome surge para desafiar esta audácia do primeiro-ministro Carlos Gomes Jr.: Serifo Nhamadjo, actual presidente da Assembleia Nacional Popular em exercicio, a que junta com a 1a-vice-presidência da assembleia da CEDEAO. Um pensador, um politico brilhante, com provas dadas nos intervalos em que assumiu - ainda que interinamente - o cargo de Presidente da ANP. Soares Sambú, é outro nome na corrida a ter em conta. Sambu foi conselheiro Político e Diplomático do Presidente Malam Bacai Sanha.
E, para candidatar-se, bastará ao primeiro-ministro suspender o seu mandato como primeiro-ministro. Recorde-se que os estatutos do PAIGC, hoje, dizem preto no branco que, se houver mais do que um candidato, a opção será a urna. Não há cá investiduras. Menos ainda o voto maroto de braço no ar. Será voto a voto - nada de aclamações, portanto.
As derrotas de Cadogo nas urnas, no PAIGC, são por demais evidentes. E foram sucessivas. Em 2009, Carlos Gomes Jr., quis para candidato do partido a presidente da República, o Raimundo Pereira (actual presidente da República interino). Pediu o voto de braço no ar. Foi-lhe recusado: o povo que faz o partido queria a urna para se expressar sem depois sofrer represálias. E, nas urnas, os votos inclinaram-se para o candidato Malam Bacai Sanha. Ganharia: o partido, e, depois, a República.
Depois houve o congresso da UDEMU (União Democratica das Mulheres), a porca voltou a torcer o rabo. Carlos Gomes Jr., apostou em Teodora Inácia Gomes, uma histórica do PAIGC, já ultrapassada. Nas urnas, acabaria por vencer a candidata apoiada pelo malogrado Presidente Malam Bacai Sanha, Eva Gomes.
Para a JAAC e a CONQUATSA, Carlos Gomes Jr apresentou um requerimento: queria que fosse o presidente do partido - ele - a escolher os presidentes destas duas organizações. O partido recusou e reenviou o documento para a origem. Está suspenso, até hoje...
Hoje, e com razão, o medo persiste: Será que o primeiro-ministro Carlos Gomes Jr., deve avançar para a eleição dentro do PAIGC? Se sim, as urnas lá estarão para, novamente, ditar a sentença e trocar-lhe as voltas. AAS
Por estes dias, no PAIGC, o cálculo mental tem desafiado e tirado o sono aos seus membros. Sobretudo os membros do Comité Central (entre dois congressos, o órgão maximo, com 351 membros), que se reunirão na próxima 4a feira para decidir que candidato escolher para candidato às eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 18 de março.
Para já, um nome surge para desafiar esta audácia do primeiro-ministro Carlos Gomes Jr.: Serifo Nhamadjo, actual presidente da Assembleia Nacional Popular em exercicio, a que junta com a 1a-vice-presidência da assembleia da CEDEAO. Um pensador, um politico brilhante, com provas dadas nos intervalos em que assumiu - ainda que interinamente - o cargo de Presidente da ANP. Soares Sambú, é outro nome na corrida a ter em conta. Sambu foi conselheiro Político e Diplomático do Presidente Malam Bacai Sanha.
E, para candidatar-se, bastará ao primeiro-ministro suspender o seu mandato como primeiro-ministro. Recorde-se que os estatutos do PAIGC, hoje, dizem preto no branco que, se houver mais do que um candidato, a opção será a urna. Não há cá investiduras. Menos ainda o voto maroto de braço no ar. Será voto a voto - nada de aclamações, portanto.
As derrotas de Cadogo nas urnas, no PAIGC, são por demais evidentes. E foram sucessivas. Em 2009, Carlos Gomes Jr., quis para candidato do partido a presidente da República, o Raimundo Pereira (actual presidente da República interino). Pediu o voto de braço no ar. Foi-lhe recusado: o povo que faz o partido queria a urna para se expressar sem depois sofrer represálias. E, nas urnas, os votos inclinaram-se para o candidato Malam Bacai Sanha. Ganharia: o partido, e, depois, a República.
Depois houve o congresso da UDEMU (União Democratica das Mulheres), a porca voltou a torcer o rabo. Carlos Gomes Jr., apostou em Teodora Inácia Gomes, uma histórica do PAIGC, já ultrapassada. Nas urnas, acabaria por vencer a candidata apoiada pelo malogrado Presidente Malam Bacai Sanha, Eva Gomes.
Para a JAAC e a CONQUATSA, Carlos Gomes Jr apresentou um requerimento: queria que fosse o presidente do partido - ele - a escolher os presidentes destas duas organizações. O partido recusou e reenviou o documento para a origem. Está suspenso, até hoje...
Hoje, e com razão, o medo persiste: Será que o primeiro-ministro Carlos Gomes Jr., deve avançar para a eleição dentro do PAIGC? Se sim, as urnas lá estarão para, novamente, ditar a sentença e trocar-lhe as voltas. AAS
Manobras (muito pouco) diplomáticas
Alfredo Cabral, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau acreditado no Reino da Bélgica, está - segundo fontes próximas confirmaram ao Ditadura do Consenso - a tentar vender o edificio onde funciona a Embaixada da Guiné-Bissau em Bruxelas, o único patrimonio que o País tem no exterior e que foi comprado com o fundo das Pescas, no ano de 1996.
Com esse dinheiro, o embaixador, nomeado pelo malogrado Presidente da República, Malam Bacai Sanha, sob proposta do Governo e que mesmo depois de nomeado manteve sempre a sua residência em Dakar - pretende adquirir um pequeno apartamento para o funcionamento da nossa representação diplomática.
Urge, portanto, estar atento. Depois não digam que eu não avisei. AAS
Com esse dinheiro, o embaixador, nomeado pelo malogrado Presidente da República, Malam Bacai Sanha, sob proposta do Governo e que mesmo depois de nomeado manteve sempre a sua residência em Dakar - pretende adquirir um pequeno apartamento para o funcionamento da nossa representação diplomática.
Urge, portanto, estar atento. Depois não digam que eu não avisei. AAS
Eh, la!!!
Segundo o jornal "Expresso Bissau" (que ja foi 'diario') a governante do ano e a ministra da Economia, do Plano e da Integracao Regional, Helena Embalo. Permito-me discordar, pedindo, obviamente, desculpas a nomeada. E porque?
Porque, para mim, o governante do ano seria o ministro do Comercio, Botche Cande. Perguntarao a razao. Sera justo, e eu responderei apenas: porque o Botche Cande, sendo analfabeto e estando no Governo desde o inicio...merecia o ceptro! Ora, nem mais... AAS
Porque, para mim, o governante do ano seria o ministro do Comercio, Botche Cande. Perguntarao a razao. Sera justo, e eu responderei apenas: porque o Botche Cande, sendo analfabeto e estando no Governo desde o inicio...merecia o ceptro! Ora, nem mais... AAS
GUINEENSES EXTRAORDINÁRIOS NO MUNDO: PATRÍCIA GODINHO GOMES
LIVRO: OS FUNDAMENTOS DE UMA NOVA SOCIEDADE: O P.A.I.G.C. E A LUTA ARMADA NA GUINE-BISSAU (1963-1973) - Organização do Estado e relações internacionais
"Uma ocasião para reflectir sobre a importância dos heróis nacionais na história contemporânea da Guiné-Bissau e de Cabo Verde e sobre a delicada questão da leadership em África na actual conjuntura politica e geopolitica internacional".
O evento foi organizado pelo Centro de Reflexão África 2000 da Rádio Vaticano, em colaboração com a editora Harmattan Itália (Turim), a Livraria Griot (Roma) e a associação Caboverdemania (Roma).
IMAGEM DO LANÇAMENTO DO LIVRO, COM A AUTORA À ESQUERDA, NA FOTOGRAFIA
SOBRE A AUTORA: Patricia Godinho Gomes é licenciada em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade Técnica de Lisboa e titular de um doutoramento em História e Instituições da África pela Universidade de Cagliari (Itália). Actualmente investigadora em Estudos Africanos na mesma universidade e colabora com diversas organizações e associações locais no âmbito da imigração e da condição das mulheres.
"Uma ocasião para reflectir sobre a importância dos heróis nacionais na história contemporânea da Guiné-Bissau e de Cabo Verde e sobre a delicada questão da leadership em África na actual conjuntura politica e geopolitica internacional".
O evento foi organizado pelo Centro de Reflexão África 2000 da Rádio Vaticano, em colaboração com a editora Harmattan Itália (Turim), a Livraria Griot (Roma) e a associação Caboverdemania (Roma).
IMAGEM DO LANÇAMENTO DO LIVRO, COM A AUTORA À ESQUERDA, NA FOTOGRAFIA
SOBRE A AUTORA: Patricia Godinho Gomes é licenciada em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade Técnica de Lisboa e titular de um doutoramento em História e Instituições da África pela Universidade de Cagliari (Itália). Actualmente investigadora em Estudos Africanos na mesma universidade e colabora com diversas organizações e associações locais no âmbito da imigração e da condição das mulheres.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
ELEICAO PRESIDENCIAL ANTECIPADA 2012: Governo adianta 1 milhao de euros para a CNE. Entretanto, numa reuniao entre a CNE, o PNUD e outras entidades ligadas ao processo eleitoral, o ministro das Financas, Jose Mario Vaz, deu a sua palavra: 'Na proxima terca-feira (ontem) dou-vos 3 milhoes de euros. Nao e meu (das Financas), mas esta la'. O PNUD recusou. E porque? Porque, indo buscar fundos, o PNUD ganha: 7,5% para comecar, e 12 por cento no final... E esta, hein? AAS
EXCLUSIVO: Na reuniao da Comissao Permanente, Carlos Gomes Jr, apontou Domingos Simoes Pereira, o secretario executivo da CPLP para comandar os destinos do PAIGC. Foi-lhe recusado. Depois, rectificou: Adiato Nandigna, 'vice-primeira-ministra', e 3a vice-presidente do partido, assumira os comandos. AAS
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Por ser o presidente do partido, "sou o candidato natural do PAIGC para a eleicao presidencial" - Carlos Gomes Jr. Entretanto, na 5a feira o PAIGC escolhera o seu candidato, entre mais quatro: Soares Sambu, Serifo Nhamadjo, Francisco Benante, e, possivelmente, Baciro Dja, actual ministro da Defesa. AAS
VERGONHA: RDP acaba com espaço de opinião que serviu de palco a críticas duras a Angola
Uma crónica crítica em relação a Angola, do jornalista Pedro Rosa Mendes, terá levado a RDP a acabar com o espaço de opinião "Este Tempo", da Antena 1. O jornalista Pedro Rosa Mendes confirmou, em declarações ao PÚBLICO, ter sido informado, por telefone, que a sua próxima crónica, a emitir na quarta-feira, será a última da sua autoria. “Foi-me dito que a próxima seria a última porque a administração da casa não tinha gostado da última crónica sobre a RTP e Angola”, diz o jornalista, por telefone, a partir de Paris.
“A ser verdade, esta atitude é um acto de censura pura e dura”, sustenta o jornalista, que aborda nessa crónica a emissão especial que a RTP pôs no ar na segunda-feira, 16 de Janeiro, em directo a partir de Angola. A chamada telefónica que serviu para anunciar-lhe o fim deste espaço de opinião foi feita por “um dos responsáveis da Informação” da Antena 1, continua o jornalista, que não quis especificar quem daquele departamento lhe comunicou aquela decisão.
Rosa Mendes critica a emissão do programa televisivo Prós e Contras da RTP feita a partir de Angola, com a participação do ministro português que tutela a comunicação social, o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Porém, o jornalista entende que “com tudo o que está em causa, foi uma crónica contida”. Aliás – prossegue –, a ser verdade que tenha sido dispensado por causa do teor desta crónica, essa decisão seria “muito estranha”, porque ele não foi “a única pessoa a ficar desagradada com a natureza e o conteúdo da emissão da RTP”. “Houve outras opiniões negativas nestes últimos dias”, aponta.
A crónica em causa foi emitida a 18 de Janeiro e integra um espaço de opinião que a Antena 1 tem, com o nome de “Este Tempo”. É assegurado por cinco pessoas – Rosa Mendes, António Granado, Raquel Freire, Gonçalo Cadilhe e Rita Matos e, segundo Rosa Mendes, todos eles estariam a ser informados que a crónica vai acabar. O PÚBLICO contactou João Barreiros, director de Informação da Antena 1, e António Granado, um dos cronistas, sem sucesso. Já Ricardo Alexandre, director-adjunto de Informação da Antena 1 e responsável pelo programa, disse não ter comentários a fazer.
No entanto, hoje às 9h45, hora a que de segunda a sexta-feira o programa é transmitido, Raquel Freire aproveitou a sua crónica para anunciar que também foi informada que seria a última. A cineasta dedicou-a ao tema da liberdade, fazendo referência ao filme Good Night and Good Luck, que retrata um grupo de jornalistas que lutam pelo direito à informação e por denunciar alguns dos atentados políticos aos direitos fundamentais cometidos pelo senador Joseph McCarthy. Na crónica, Raquel Freire questiona “para que serve uma rádio pública e um serviço público?” se não for para servir as pessoas que não têm voz, adiantando duas respostas, em jeito de interrogação: “Para dar voz às pessoas ou para ser a voz do dono?”.
O programa estava no ar há cerca de dois anos e os contratos terminariam agora. Durante esse tempo, diz Rosa Mendes, nunca lhe foi dado nenhum feedback dando a entender que houvesse temas que fossem tabu ou que tivessem sido fixados “limites de censura”.
Na polémica crónica, Rosa Mendes começa por recordar que a RTP “serviu aos portugueses” uma emissão especial em directo de Luanda e à qual chamou “Reencontro” e “na qual desfilaram, durante duas horas, responsáveis políticos, empresários, comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local”. “O serviço público de televisão tem estômago para muito, alguns dirão que tem estômago para tudo, mas o reencontro a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti”, continua. Carregando nas críticas, o jornalista afirma que reencontrou nessa emissão, não um país irmão, mas “a falta de vergonha de uma elite que sabe o poder que tem e o exibe em cada palavra que diz”.
Rosa Mendes é um dos jornalistas portugueses que mais escreveu sobre a corrupção em Angola. Foi, aliás, alvo de dois processos judiciais por difamação, um dos quais por trabalhos editados pelo PÚBLICO e em que o queixoso era o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. O tribunal não deu razão ao líder de Angola, tendo a Justiça também decidido a favor de Rosa Mendes no outro caso, em que o queixoso era Arcadi Gaydamak, um milionário russo que tem passaporte angolano e foi acusado de vender armas a Angola.
Nos cinco minutos e 34 segundos que dura a crónica, Rosa Mendes mistura dados relativos à economia e à política do país com citações de alguns outros especialistas que estudaram o que se passa naquele país, que usa uma “maquilhagem sofisticada”, da qual se destaca “o batom da ditadura, parafraseando o jornalista angolano Rafael Marques”. Este último, ou alguém como ele, teria de estar presente num programa que fosse um “reencontro digno para ambos os povos e ambas as audiências”, sustenta Rosa Mendes. Alguém “que chamasse corrupção à corrupção e não, quase a medo numa única pergunta – e passo a citar – ‘um certo tipo de corrupção’, como fez Fátima Campos Ferreira”, a jornalista que apresenta o referido programa da RTP e conduziu aquela emissão. PÚBLICO
“A ser verdade, esta atitude é um acto de censura pura e dura”, sustenta o jornalista, que aborda nessa crónica a emissão especial que a RTP pôs no ar na segunda-feira, 16 de Janeiro, em directo a partir de Angola. A chamada telefónica que serviu para anunciar-lhe o fim deste espaço de opinião foi feita por “um dos responsáveis da Informação” da Antena 1, continua o jornalista, que não quis especificar quem daquele departamento lhe comunicou aquela decisão.
Rosa Mendes critica a emissão do programa televisivo Prós e Contras da RTP feita a partir de Angola, com a participação do ministro português que tutela a comunicação social, o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Porém, o jornalista entende que “com tudo o que está em causa, foi uma crónica contida”. Aliás – prossegue –, a ser verdade que tenha sido dispensado por causa do teor desta crónica, essa decisão seria “muito estranha”, porque ele não foi “a única pessoa a ficar desagradada com a natureza e o conteúdo da emissão da RTP”. “Houve outras opiniões negativas nestes últimos dias”, aponta.
A crónica em causa foi emitida a 18 de Janeiro e integra um espaço de opinião que a Antena 1 tem, com o nome de “Este Tempo”. É assegurado por cinco pessoas – Rosa Mendes, António Granado, Raquel Freire, Gonçalo Cadilhe e Rita Matos e, segundo Rosa Mendes, todos eles estariam a ser informados que a crónica vai acabar. O PÚBLICO contactou João Barreiros, director de Informação da Antena 1, e António Granado, um dos cronistas, sem sucesso. Já Ricardo Alexandre, director-adjunto de Informação da Antena 1 e responsável pelo programa, disse não ter comentários a fazer.
No entanto, hoje às 9h45, hora a que de segunda a sexta-feira o programa é transmitido, Raquel Freire aproveitou a sua crónica para anunciar que também foi informada que seria a última. A cineasta dedicou-a ao tema da liberdade, fazendo referência ao filme Good Night and Good Luck, que retrata um grupo de jornalistas que lutam pelo direito à informação e por denunciar alguns dos atentados políticos aos direitos fundamentais cometidos pelo senador Joseph McCarthy. Na crónica, Raquel Freire questiona “para que serve uma rádio pública e um serviço público?” se não for para servir as pessoas que não têm voz, adiantando duas respostas, em jeito de interrogação: “Para dar voz às pessoas ou para ser a voz do dono?”.
O programa estava no ar há cerca de dois anos e os contratos terminariam agora. Durante esse tempo, diz Rosa Mendes, nunca lhe foi dado nenhum feedback dando a entender que houvesse temas que fossem tabu ou que tivessem sido fixados “limites de censura”.
Na polémica crónica, Rosa Mendes começa por recordar que a RTP “serviu aos portugueses” uma emissão especial em directo de Luanda e à qual chamou “Reencontro” e “na qual desfilaram, durante duas horas, responsáveis políticos, empresários, comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local”. “O serviço público de televisão tem estômago para muito, alguns dirão que tem estômago para tudo, mas o reencontro a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti”, continua. Carregando nas críticas, o jornalista afirma que reencontrou nessa emissão, não um país irmão, mas “a falta de vergonha de uma elite que sabe o poder que tem e o exibe em cada palavra que diz”.
Rosa Mendes é um dos jornalistas portugueses que mais escreveu sobre a corrupção em Angola. Foi, aliás, alvo de dois processos judiciais por difamação, um dos quais por trabalhos editados pelo PÚBLICO e em que o queixoso era o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. O tribunal não deu razão ao líder de Angola, tendo a Justiça também decidido a favor de Rosa Mendes no outro caso, em que o queixoso era Arcadi Gaydamak, um milionário russo que tem passaporte angolano e foi acusado de vender armas a Angola.
Nos cinco minutos e 34 segundos que dura a crónica, Rosa Mendes mistura dados relativos à economia e à política do país com citações de alguns outros especialistas que estudaram o que se passa naquele país, que usa uma “maquilhagem sofisticada”, da qual se destaca “o batom da ditadura, parafraseando o jornalista angolano Rafael Marques”. Este último, ou alguém como ele, teria de estar presente num programa que fosse um “reencontro digno para ambos os povos e ambas as audiências”, sustenta Rosa Mendes. Alguém “que chamasse corrupção à corrupção e não, quase a medo numa única pergunta – e passo a citar – ‘um certo tipo de corrupção’, como fez Fátima Campos Ferreira”, a jornalista que apresenta o referido programa da RTP e conduziu aquela emissão. PÚBLICO
MISSANG apanhada uma vez mais na ilegalidade
O Governo de Angola, através da MISSANG, adjudicou ilegalmente dois lotes à empresa de construção Baga-Baga: Ministério do Interior, e quartel de Cumeré.
A ilegalidade reside no facto de o dono desta empresa ser o... director-geral de Estradas e Pontes do ministério das Obras Públicas. Uma aberração, portanto, e que merece ser bem explicada! Para já, duas empresas concorrentes no mesmo concurso, dizem-se preparadas para entrar com «queixas nos tribunais», sendo que uma delas entrará com uma «providência cautelar». AAS
A ilegalidade reside no facto de o dono desta empresa ser o... director-geral de Estradas e Pontes do ministério das Obras Públicas. Uma aberração, portanto, e que merece ser bem explicada! Para já, duas empresas concorrentes no mesmo concurso, dizem-se preparadas para entrar com «queixas nos tribunais», sendo que uma delas entrará com uma «providência cautelar». AAS
Milhares virão do interior para 'pedir' a Cadogo que se candidate a Presidente
O presidente do PAIGC e primeiro-ministro, Carlos Gomes Jr., prepara-se para, dentro de uma semana, anunciar que será candidato à eleição presidencial antecipada do próximo dia 18 de março, contando para tal com a ajuda de todos os administradores de sector: contam enviar milhares de pessoas a Bissau.
Aliás, os testas-de-ferro de Cadogo deram já início a movimentações junto destes no sentido de cada um enviar cerca de trezentos manifestantes, para virem a Bissau 'pedir' a Cadogo que se candidate ao cargo de Presidente da República.
De resto, ditadura do consenso sabe que até já se pediram orçamentos para essa deslocação de milhares de apoiantes - pagos à cabeça. Este trunfo de Carlos Gomes Jr., pode, no entender de uma fonte do DC, "incendiar os ânimos no PAIGC, que tem já quatro putativos candidatos a candidato à eleição presidencial". AAS
Aliás, os testas-de-ferro de Cadogo deram já início a movimentações junto destes no sentido de cada um enviar cerca de trezentos manifestantes, para virem a Bissau 'pedir' a Cadogo que se candidate ao cargo de Presidente da República.
De resto, ditadura do consenso sabe que até já se pediram orçamentos para essa deslocação de milhares de apoiantes - pagos à cabeça. Este trunfo de Carlos Gomes Jr., pode, no entender de uma fonte do DC, "incendiar os ânimos no PAIGC, que tem já quatro putativos candidatos a candidato à eleição presidencial". AAS
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
ULTIMA HORA: Embaixador Manuel dos Santos foi ouvido e mandado em paz, sem qualquer medida de coaccao, pelos tres magistrados do MP. O embaixador regressa a Luanda ainda esta semana. Parece que o que mais preocupou os magistrados foi isto: como veio para a praca publica (o mesmo que ditadura do consenso) a notificacao enviada ao ministerio dos Negocios Estrangeiros... AAS
Interessante
Muita gente, incluindo eu, tem defendido a ideia de se acabar com a ajuda directa ao continente africano. Para nos, seria a unica maneira de Africa se tornar autossustentavel. Agora, uma mulher junta-se-nos: Dambisa Moyo, uma zambiana e economista (com formacao em Oxford e Harvard). Dambisa escreveu um livro que se tornou num bestseller e onde explica por que razao a ajuda directa nao esta a resultar. Mas sobretudo, e isto e o mais importante, "porque ha uma soluccao melhor".
Diz a reputada economista que a ajuda directa "encoraja a corrupcao, cria dependencia e aumente a inflaccao e o fardo da divida". A Time considera Dambisa Moyo uma das mulheres mais influentes da actualidade.
... Mas, eis que me ocorreu a ActionAid
Em setembro passado, esta reputada ONG revelara que os paises em vias de desenvolvimento tem vindo a diminuir a sua dependencia do exterior. Sao 54 os paises mais pobres do mundo, em que, segundo a ActionAid, "a dependencia decresceu um terco", ao longo dos ultimos dez anos. Se tomarmos como exemplo o ano 2000, a mudanca e drastica - 20 paises dependiam em mais de 50 por cento do exterior. Trocado por peanuts: cada euro despendido, hoje, tem hoje mais resultados. Sera? AAS
Diz a reputada economista que a ajuda directa "encoraja a corrupcao, cria dependencia e aumente a inflaccao e o fardo da divida". A Time considera Dambisa Moyo uma das mulheres mais influentes da actualidade.
... Mas, eis que me ocorreu a ActionAid
Em setembro passado, esta reputada ONG revelara que os paises em vias de desenvolvimento tem vindo a diminuir a sua dependencia do exterior. Sao 54 os paises mais pobres do mundo, em que, segundo a ActionAid, "a dependencia decresceu um terco", ao longo dos ultimos dez anos. Se tomarmos como exemplo o ano 2000, a mudanca e drastica - 20 paises dependiam em mais de 50 por cento do exterior. Trocado por peanuts: cada euro despendido, hoje, tem hoje mais resultados. Sera? AAS
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Obrigado, Mister Norton de Matos
O seleccionador nacional de futebol, Luis Norton de Matos, deu a entender hoje ao DC que a sua missão junto da selecção de todos nós está terminada.
"Não vale a pena fazer um contrato apenas para dois jogos. Mas se a Guiné-Bissau quiser eu posso orientar a equipa no jogo com a equipa dos Camarões, em Yaoundé" - disse.
Luis Norton de Matos, o melhor seleccionador que a Guiné-Bissau conheceu (orientou 14 jogos internacionais) está em Bissau para regularizar a sua situação salarial, entretanto resolvida hoje.
"Se me quiserem ouvir", disse Norton de Matos ao DC, "tenho a propor alguém (um seleccionador) que pode dar continuidade ao meu trabalho. Uma pessoa competente e ambiciosa". Ditadura do Consenso, deseja as maiores felicidades e sucessos nas suas futuras funções ao Mister Luis Norton de Matos. AAS
"Não vale a pena fazer um contrato apenas para dois jogos. Mas se a Guiné-Bissau quiser eu posso orientar a equipa no jogo com a equipa dos Camarões, em Yaoundé" - disse.
Luis Norton de Matos, o melhor seleccionador que a Guiné-Bissau conheceu (orientou 14 jogos internacionais) está em Bissau para regularizar a sua situação salarial, entretanto resolvida hoje.
"Se me quiserem ouvir", disse Norton de Matos ao DC, "tenho a propor alguém (um seleccionador) que pode dar continuidade ao meu trabalho. Uma pessoa competente e ambiciosa". Ditadura do Consenso, deseja as maiores felicidades e sucessos nas suas futuras funções ao Mister Luis Norton de Matos. AAS
A imagen da entrega das cartas credenciais pelo Embaixador da Guiné-Bissau na Alemanha, Malam Djassi
CARTAS CREDENCIAIS: Malam Djassi cumprimenta o chefe de Estado alemão, Christian Wulff
FOTO: DR/DC/AAS 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
ULTIMA HORA - ELEICAO PRESIDENCIAL ANTECIPADA 2012: Presidente da CNE, Desejado Lima da Costa, depois da audiencia com Presidente da Republica interino, Raimundo Pereira: "E' tecnicamente possivel realizar eleicoes dentro de 60 dias". Depois, chutou para canto: "Mas isso compete aos politicos...". AAS
Embaixador da Guine-Bissau na Alemanha entregou hoje as cartas credenciais
Malam Djassi, entregou hoje, em Berlim, as cartas que o acreditam como Embaixador Extraordinario e Plenipotenciario da Republica da Guine-Bissau na Alemanha.
Na altura, o Presidente alemao Sr Wulff, aproveitou para enderecar as suas condolencias pela morte do Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha. AAS
Na altura, o Presidente alemao Sr Wulff, aproveitou para enderecar as suas condolencias pela morte do Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha. AAS
PROTOCOLO do ESTADO: Nuno, o usurpador e outras historias
Os desmandos no Protocolo do Estado
- Nao e a primeira vez que o Nuno faz das suas no Protocolo do Estado. Durante as exequias funebres do Presidente 'Nino' Vieira, Nuno usurpou o lugar da Puntcha, na altura directora-geral do Protocolo do Estado, e colou-se a Raimundo Pereira, que entretanto subira interinamente ao cargo de Presidente da Republica;
- O Presidente da Republica interino, Raimundo Pereira, no seu discurso...nao agradeceu ao Presidente Abdoulaye Wade todos os apoios que prestou ao Presidente Bacai;
- Abdoulaye Wade, quase foi atirado ao chao com a confusao que se gerou na ANP - tendo seguido da ANP para o aeroporto, nao assistindo ao enterro;
- O Comandante Pedro Pires, tinha um magote de gente a volta, dentro do hemiciclo;
- O primeiro-ministro do Niger, foi empurrado quando a urna foi posta no chao para ser lida a fatwa.;
- Nao se entende como, atras do pulpito, estavam pelo menos 10 pessoas a volta de quem discursava.
Coisas nossas...
- Nao e a primeira vez que o Nuno faz das suas no Protocolo do Estado. Durante as exequias funebres do Presidente 'Nino' Vieira, Nuno usurpou o lugar da Puntcha, na altura directora-geral do Protocolo do Estado, e colou-se a Raimundo Pereira, que entretanto subira interinamente ao cargo de Presidente da Republica;
- O Presidente da Republica interino, Raimundo Pereira, no seu discurso...nao agradeceu ao Presidente Abdoulaye Wade todos os apoios que prestou ao Presidente Bacai;
- Abdoulaye Wade, quase foi atirado ao chao com a confusao que se gerou na ANP - tendo seguido da ANP para o aeroporto, nao assistindo ao enterro;
- O Comandante Pedro Pires, tinha um magote de gente a volta, dentro do hemiciclo;
- O primeiro-ministro do Niger, foi empurrado quando a urna foi posta no chao para ser lida a fatwa.;
- Nao se entende como, atras do pulpito, estavam pelo menos 10 pessoas a volta de quem discursava.
Coisas nossas...
Procuram-se...milhões!!!
Sr. Procurador Geral da República, Mestre Edmundo Mendes: Como é isto possível? Vão investigar o quê, se dos cincoenta e tal detidos, só restam 4 (quatro!) pessoas presas?! E quem vão acusar mesmo? E, já agora, qual será a acusação? Aguardo resposta, AAS
AAS
AAS
Várias vergonhas num dia assim...
No entanto...é DIA DE LUTO NACIONAL.
Na Presidência da República, a bandeira está como deve estar. AAS
domingo, 15 de janeiro de 2012
Adeus, Presidente!
A urna com os restos mortais de Sua Excelencia o Presidente da Republica da Guine-Bissau, Senhor Malam Bacai Sanha percorreu lentamente um longo corredor, ladeado por oficiais superiores e generais das nossas Forcas Armadas.
Virado para o rio Geba, dispararam-se 3 salvas de artilharia. A urna desceu entao para o penultimo local de repouso (depois de construido um Panteao Nacional, serao todos trasladados).
Quando chegam a campa, retiram a bandeira do caixao. Fecham a urna e entregam a chave ao fiel depositario: o filho, Bacai Sanha Jr. E, entao, com dignidade propria, funcionarios da Camara Municipal de Bissau erguem a urna com todas as forcas dos seus bracos, e descem-na sete palmos debaixo de terra.
Enquanto tudo decorre, disparam-se vinte e uma salvas de canhao. Sua Excelencia, o Presidente da Republica da Guine-Bissau e Comandante-em-Chefe das Forcas Armadas, Malam Bacai Sanha, pode, finalmente descansar. Descansa em Paz Sr. Presidente da Republica. Os guineenses vao sentir muito a sua falta.
Para que conste, os teus outros irmaos vieram de perto e de longe. Chegaram de Cabo-Verde, do Togo, do Senegal, de Portugal, de Cuba; Vieram da Russia, do Niger, da Nigeria, da China, de Conacry, de Marrocos, de todos os cantos da Terra, para se despedirem de ti. E isso consola.
"E um momento inevitavel" - dizia o jornalista Ricardo Semedo, da RDN, presente na Fortaleza D'Amura.
Antonio Aly Silva
Virado para o rio Geba, dispararam-se 3 salvas de artilharia. A urna desceu entao para o penultimo local de repouso (depois de construido um Panteao Nacional, serao todos trasladados).
Quando chegam a campa, retiram a bandeira do caixao. Fecham a urna e entregam a chave ao fiel depositario: o filho, Bacai Sanha Jr. E, entao, com dignidade propria, funcionarios da Camara Municipal de Bissau erguem a urna com todas as forcas dos seus bracos, e descem-na sete palmos debaixo de terra.
Enquanto tudo decorre, disparam-se vinte e uma salvas de canhao. Sua Excelencia, o Presidente da Republica da Guine-Bissau e Comandante-em-Chefe das Forcas Armadas, Malam Bacai Sanha, pode, finalmente descansar. Descansa em Paz Sr. Presidente da Republica. Os guineenses vao sentir muito a sua falta.
Para que conste, os teus outros irmaos vieram de perto e de longe. Chegaram de Cabo-Verde, do Togo, do Senegal, de Portugal, de Cuba; Vieram da Russia, do Niger, da Nigeria, da China, de Conacry, de Marrocos, de todos os cantos da Terra, para se despedirem de ti. E isso consola.
"E um momento inevitavel" - dizia o jornalista Ricardo Semedo, da RDN, presente na Fortaleza D'Amura.
Antonio Aly Silva
CERIMÓNIAS FÚNEBRES: Aly Silva, posto na rua pelo Protocolo do Estado (Nuno, um alguém que tem tanto de alto como de incompetente)
ANTÓNIO ALY SILVA: "Mal vestido", para fazer a cobertura no Parlamento...Chamou-se a tropa para me pôr despoticamente na rua...apenas porque critiquei a INCOMPETÊNCIA que reina no protocolo do Estado! AAS
Afinal o Nuno foi corrido do Protocolo do Estado por incompetencia. Foi-lhe arranjado um tacho como secretario-geral do Ministerio dos Negocios Estrangeiros - donde foi tambem demitido por incompetencia...Mas, como aparece, agora, o Nuno, nas exequias de Sua Excelencia o Presidente da Republica Senhor Malam Bacai Sanha? Alguem responde?! AAS
O Protocolo do Estado NAO me tolera por causa das criticas aos seus disparates! Mas terao de me engolir por algum tempo. Assisti a chegada do Bispo de Bafata - que e Bispo como o de Bissau - mas nao tinha lugar. Entao, entrou, fez o sinal da cruz junto da urna...e saiu e foi-se embora!!! Este protocolo de Estado, e o Nuno, nao sabem nada de nada. Ponho-os todos no bolso!!! AAS
PROTESTO: Fui posto fora do hemiciclo despoticamente porque - alegaram - "eu estava mal vestido"... Perguntei entao se estava 'nu', a frente do Nuno, do Protocolo do Estado. Ele calou-se por ser cobarde. Por protesto vou para casa e nao faco mais nada, ate que o cortejo saia para a Fortaleza D'Amura. E falaremos na 3a feira... AAS
sábado, 14 de janeiro de 2012
Boa noite, Guiné-Bissau!
Vamos todos rezar pela alma de Sua Excelência, o NOSSO Presidente da República, Senhor Malam Bacai Sanhá
Os restos mortais de MALAM BACAI SANHA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA, permanecerão durante toda a noite de hoje na Assembleia Nacional Popular (na foto). Quem puder, que vá prestar uma homenagem a esse GRANDE HOMEM - e curvar-se perante o HOMEM da PAZ!
Os restos mortais de MALAM BACAI SANHA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA, permanecerão durante toda a noite de hoje na Assembleia Nacional Popular (na foto). Quem puder, que vá prestar uma homenagem a esse GRANDE HOMEM - e curvar-se perante o HOMEM da PAZ!
Protesto
Ao editor do blog Ditadura do Consenso, António Aly Silva, foi-lhe recusado o livre trânsito para que pudesse fazer - como ontem foi aqui prometido - a cobertura integral da chegada dos restos mortais de Sua Excelência o Presidente da República, Senhor Malam Bacai Sanhá, falecido em Paris, França.
Ainda assim, cumpri com o meu papel de informar, sobretudo aos meus conterrâneos na diáspora. Amanhã, com ou sem livre trânsito, voltarei a estar na linha da frente, como um bom militante, deixando todos para trás.
Que Deus dê eterno descanso ao nosso Presidente da República, e que descanse em paz porque este Povo jamais o esquecerá.
Honra e glória para Sua Excelência, o Presidente da República, Senhor MALAM BACAI SANHÁ.
António Aly Silva
Ainda assim, cumpri com o meu papel de informar, sobretudo aos meus conterrâneos na diáspora. Amanhã, com ou sem livre trânsito, voltarei a estar na linha da frente, como um bom militante, deixando todos para trás.
Que Deus dê eterno descanso ao nosso Presidente da República, e que descanse em paz porque este Povo jamais o esquecerá.
Honra e glória para Sua Excelência, o Presidente da República, Senhor MALAM BACAI SANHÁ.
António Aly Silva
Morte de Sua Excelência o Presidente da República, Malam Bacai Sanha: Honras militares no aeroporto de Paris
O avião privado do presidente senegalês descolou às 10h35 do Aeroporto parisiense de Orly levando a urna do chefe de Estado da Guiné-Bissau. Honras militares foram prestadas a Malam Bacai Sanhá no adeus ao presidente guineense falecido em Paris na segunda-feira de doença prolongada. O ministro da cooperação, Henri de Raincourt, e o general de brigada, Denis Heck, foram as autoridades que representaram a França na cerimónia de adeus a Malam Bacai Sanhá em Paris.
Membros do corpo diplomático acreditados na capital francesa, com destaque para países lusófonos, estiveram representados no Aeroporto de Orly, ao sul de Paris, para além de membros da comunidade guineense.
A reportagem da RFI ouviu alguns populares, caso da viúva do antigo primeiro-ministro Paulo Correia.
Texto: RFI
FOTO: Miguel Martins/RFI
CERIMONIAS FUNEBRES: Ditadura do Consenso lamenta nao poder acompanhar de perto a chegada dos restos mortais de Sua Excelencia o Senhor Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha. Nao me foi dado o livre transito que me permitiria circular entre a cidade e o aeroporto. Amanha, pode ser que se arranje. Darei noticias, mas sem fotografias. AAS
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Condolencias: Presidente da Federacao da Russia, Dmitry Medvedev destaca "figura politica e estatal", envia condolencias ao "Povo Guineense", e transmite "apoio e compaixao" para a familia
Dmitry Medvedev diz ter recebido a noticia do falecimento do Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha "com profundo pesar". O Presidente russo enaltece "figura de grande destaque politico e estatal que contribuiu muito para os processos de estabilizacao politica e desenvolvimento socio-economico da Guine-Bissau e favoreceu consideravelmente ao reforco da amizade e cooperacao entre os nossos paises".
"Neste momento doloroso gostaria de manifestar a V. Exa., e ao Povo Guineense as minhas sinceras condolencias por esta pesada perda. Rogo-lhe que, por obsequio, transmita o meu apoio e compaixao a familia e parentes do falecido", conclui Dmitry Medvedev.
"Neste momento doloroso gostaria de manifestar a V. Exa., e ao Povo Guineense as minhas sinceras condolencias por esta pesada perda. Rogo-lhe que, por obsequio, transmita o meu apoio e compaixao a familia e parentes do falecido", conclui Dmitry Medvedev.
CERIMONIAS FUNEBRES-Protocolo de Estado mete agua, outra vez
No programa das Exequias Funebres de Sua Excelencia O Presidente da Republica, Malam Bacai Sanha, que comecam amanha, sabado, e terao o seu fim no domingo, 15 de janeiro, terminando na Fortaleza D'Amura, o Protocolo do Estado voltou a tratar algumas personalidades por 'tu'. Assim:
Ao Raimundo Pereira trataram de 'Presidente da Republica Interino', convidanto tambem a 'Esposa'; ao Serifo Nhamadjo, que tambem e casado e esta no lugar deixado vago pelo mesmo Raimundo,...: trataram-no simplesmente por 'Serifo Nhamadjo, 1o Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular', quando devia ser "PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR EM EXERCICIO". AAS
Ao Raimundo Pereira trataram de 'Presidente da Republica Interino', convidanto tambem a 'Esposa'; ao Serifo Nhamadjo, que tambem e casado e esta no lugar deixado vago pelo mesmo Raimundo,...: trataram-no simplesmente por 'Serifo Nhamadjo, 1o Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular', quando devia ser "PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR EM EXERCICIO". AAS
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Feedback
A GLOBALVOICESONLINE.ORG desenvolve um trabalho sobre a morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanhá. AAS
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha: Eficiência
«Foi um Scoop, ou Grande Furo jornalístico, do AAS, que conseguiu dar a notícia com grande avanço sobre qualquer outro órgão de informação.»
J.H.
J.H.
Morte do Presidente da República: e as bandeiras?
Quando É determinada a observância de luto nacional, a Bandeira Nacional deverá ser colocada a meia haste durante o número de dias que tiver sido fixado. Neste caso, 7 dias... AAS
Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha: Brasil lamenta
O Governo Federal brasileiro, expressou o seu "profundo pesar" e as suas "sinceras condolências" pela morte do presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanha, num hospital de Paris por causas ainda não esclarecidas. "O governo brasileiro recebeu com profundo pesar a notícia da morte do presidente da República da Guiné-Bissau", afirma um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
Assim como a Guiné-Bissau, o Brasil faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). No texto, o Brasil manifestou também suas condolências tanto à família do presidente, como ao governo e ao povo da Guiné-Bissau e transmitiu a sua "solidariedade e disposição em dar continuidade aos esforços de cooperação em prol da consolidação da paz" no país africano, disse o comunicado. AAS
Assim como a Guiné-Bissau, o Brasil faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). No texto, o Brasil manifestou também suas condolências tanto à família do presidente, como ao governo e ao povo da Guiné-Bissau e transmitiu a sua "solidariedade e disposição em dar continuidade aos esforços de cooperação em prol da consolidação da paz" no país africano, disse o comunicado. AAS
... Está a compor-se: Raimundo Pereira já é Presidente da República interino
- Djaló Pires, Ministro dos Negócios Estrangeiros, está já em Paris para tratar dos formalismos para a trasladação dos restos mortais de Malam Bacai Sanha;
- Trasladação pode ocorrer na próxima 5ª feira;
- Angola AINDA teima: "O cônsul geral da Guiné-Bissau em Angola, Isaac Monteiro, explicou a RNA que a presidência interina do país vai ser assumida pelo Presidente da assembleia nacional, que deverá num prazo de noventa dias convocar eleições."... Será que não temos embaixador em Angola?. AAS
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha-Reacções: "Governo de Cabo Verde ficou espantado"
O ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano lamentou hoje a morte de "um grande amigo de Cabo Verde", sublinhando que o Presidente Malam Bacai Sanhá "desempenhou bem as funções" e manteve o "equilíbrio" na Guiné-Bissau. "O Governo de Cabo Verde ficou espantado com a morte de Malam Bacai Sanhá e lamenta a morte de uma personalidade histórica", disse Jorge Borges aos jornalistas na capital cabo-verdiana, ainda surpreendido com a notícia divulgada hoje pela Presidência guineense. AAS
ULTIMA HORA-Morte de Malam Bacai Sanha, Presidente da Republica: Alberto Batista Lopes, chefe de Gabinete do Presidente da Republica, tinha viagem marcada para Paris, para a proxima 4a feira, com vista a promulgacao do Orcamento de Estado, votado na Assembleia Nacional Popular em Novembro de 2011. AAS
EXCLUSIVO: Material pesado - demais...
No dia 18 de novembro de 2011, EPIFÂNIA SOUSA RODRIGUES, directora administrativa e financeira do Ministério da Energia, Indústria e dos Recursos Naturais foi chamada ao gabinete do ministro Higino Cardoso. Nesse dia, o ministro perguntou à sua directora se conhecia alguém de nome EPIFÂNIA DOS SANTOS. A DAF respondeu, dizendo que não: «chamo-me Epifânia Sousa Rodrigues».
A CARTA ESCRITA AO MINISTRO HIGINO CARDOSO
De seguida, o ministro entregou-lhe uns documentos, num envelope: tratavam-se de cópias de recibos. Na altura, Epifânia Sousa Rodrigues ficou sem perceber, pois, julgava tratar-se de documentos de empresas assinadas pela directora administrativa e financeira de nome Epifânia dos Santos. Contudo, e apreciando bem os documentos, a DAF notou que um recibo vinha em papel timbrado do gabinete do ministro, rubricado por uma directora administrativa e financeira, Dra. Epifânia dos Santos, que não existe.
Mas há mais: o documento tinha até o carimbo do gabinete do ministro, o que é estranho, pois a única DAF era ela, e ela nunca foi subscritora de nenhum documento com o papel timbrado do gabinete do ministro, usando o seu carimbo a óleo. Então, a DAF verdadeira concluiu que só podia estar à frente de uma falsificação, usando o seu nome e o da direcção administrativa e financeira, que dirigia: estavam em causa 10.500.000 (dez milhões e quinhentos Fcfa), das mãos de empresários chineses que estavam a trabalhar no jazigo de areias pesadas (Zircónio e Titânio), em Varela.
UM DOS RECIBOS, NO PAPEL TIMBRADO DO GABINETE DO MINISTRO; AO LADO, CÓPIA DA LICENÇA DE EXTRACÇÃO EXPERIMENTAL EM NOME DA EMPRESA CHINESA WEST AFRICAN UNION BISSAU INVESTMENT GROUP: 500 TONELADAS DE ZIRCONIO E TITÂNIO
«Tive uma grande surpresa que jamais vi em toda a minha vida», escreveu a DAF ao ministro Higino Cardoso, em carta endereçada no passado dia 24.11.11 e que Ditadura do Consenso teve acesso. Na conversa com o ministro, Epifânia Sousa Rodrigues lembrou a Higino Cardoso que «ainda não era Doutora (tinha apenas concluido o bacharelato em Finanças e Contabilidade), que a rubrica não era minha, e, nos meus trabalhos não posso usar o papel timbrado do gabinete do ministro, menos ainda o carimbo». Higino Cardoso respondeu, num tom normal, como se nada tivesse passado, que «não se tratava da minha pessoa». Como o ministro estava ocupado com o director-geral da Geologia e Minas (que está na cadeia), a DAF deixou o gabinete.
A DAF escreveu então ao minsitro: «A minha reacção poderia ser esta, denunciar este assunto directamente ao Ministério Público, mas, julgo que devo aguardar o seu devido tratamento pelo respeito e consideração que sempre tive por V. Excia, pela minha Instituição, como pelo Chefe do Governo, que deve tomar conhecimento deste assunto antes de chegar à praça pública, por se tratar de má imagem do País perante investidores estrangeiros.»
Perturbada com toda essa situação, Epifânia Sousa Rodrigues regressou ao seu gabinete, tentando procurar melhores explicações sobre o assunto. Depois, o ministro disse-lhe que não queria abordar o assunto «por causa da minha reacção, que sou uma pessoa adulta, que devia compreender que são documentos falsos preparados por pessoas que querem tirar dinheiro das mãos dos chineses».
A carta continua. Assim: «É preocupante, como aparece o carimbo do seu gabinete nos documentos falsificados? É do conhecimento de todos que não é fácil ter acesso ao carimbo do seu gabinete. Muitas das vezes, quando preparamos ulguns documentos urgentes, mesmo já com a assinatura do ministro, ela não é remetida no mesmo dia ao seu destino, nas ausências do seu chefe de gabinete (igualmente na cadeia), o único responsável pelo seu carimbo. Sendo responsável do carimbo, porque não mencionou o seu nome e a sua assinatura no papel timbrado do gabinete que integra? A movimentação dos chineses, como de qualquer empresário estrangeiro, é no gabinete do Ministro e na direcção-geral de Geologia e Minas, o que não implica necessariamente a direcção que dirijo.».
Na carta ao ministro, a DAF volta a ser pertinente: «(...) Os pagamentos nunca são efectuados no ministério, mas sim através do Tesouro Público (BCEAO) e no BAO, na nossa conta do Fundo de Mineração. Se os recibos foram falsificados obviamente que as licenças ou os contratos também foram falsificados. (...) É do seu conhecimento que o ex-director geral da Geologia e Minas (igualmente na cadeia) recusou entregar os dados de receitas e a sua proveniência referente ao período 2010/11, solicitados pela direcção geral do Orçamento».
CÓPIA DA CARTA DE UMA EMPRESA CHINESA
Lembra a DAF ao ministro que a instituição encontra-se numa «autêntica crise financeira, não existindo papel para consumo da secretaria, nem combustível para as viaturas de serviço, menos ainda serviço de internet. As dívidas com salários de pessoal, contratados fora do Orçamento Geral do Estado, ultrapassam um ano tendo estes ameaçado ir para as rádios. Afinal de contas, existem fundos que deram entrada ilegalmente no ministério, e cuja utilização se desconhece.» E avisou a tempo: «Se o funcionamento de serviços não fosse invertido, não estaríamos nestas situações».
Epifânia Sousa Rodrigues continua, lembrando ao ministro Higino Cardoso que «o ambiente instalado já é de desconfiança, podendo supor que este caso foi preparado por indivíduos que não integram esta Instituição, o que efectivamente merece ser esclarecido e não ficar no silêncio, pois, não só a minha imagem como desta instituição, do Governo e do País deve ser respeitada e usada com dignidade».
E termina a carta assim: «Considerando os factos expostos, pretendo com a presente exposição exortar a V. Excia, no uso das suas prerrogativas, que accione mecanismos junto de instituições competentes, que os supostos autores sejam conhecidos e responsabilizados pelos seus actos, em conformidade com as normas vigentes, com vista a pôr cobro a estes acontecimentos que estão a ser verificados nos últimos tempos, para a salvaguarda dos supremos interesses da nossa Instituição e do País».
António Aly Silva
A CARTA ESCRITA AO MINISTRO HIGINO CARDOSO
De seguida, o ministro entregou-lhe uns documentos, num envelope: tratavam-se de cópias de recibos. Na altura, Epifânia Sousa Rodrigues ficou sem perceber, pois, julgava tratar-se de documentos de empresas assinadas pela directora administrativa e financeira de nome Epifânia dos Santos. Contudo, e apreciando bem os documentos, a DAF notou que um recibo vinha em papel timbrado do gabinete do ministro, rubricado por uma directora administrativa e financeira, Dra. Epifânia dos Santos, que não existe.
Mas há mais: o documento tinha até o carimbo do gabinete do ministro, o que é estranho, pois a única DAF era ela, e ela nunca foi subscritora de nenhum documento com o papel timbrado do gabinete do ministro, usando o seu carimbo a óleo. Então, a DAF verdadeira concluiu que só podia estar à frente de uma falsificação, usando o seu nome e o da direcção administrativa e financeira, que dirigia: estavam em causa 10.500.000 (dez milhões e quinhentos Fcfa), das mãos de empresários chineses que estavam a trabalhar no jazigo de areias pesadas (Zircónio e Titânio), em Varela.
UM DOS RECIBOS, NO PAPEL TIMBRADO DO GABINETE DO MINISTRO; AO LADO, CÓPIA DA LICENÇA DE EXTRACÇÃO EXPERIMENTAL EM NOME DA EMPRESA CHINESA WEST AFRICAN UNION BISSAU INVESTMENT GROUP: 500 TONELADAS DE ZIRCONIO E TITÂNIO
«Tive uma grande surpresa que jamais vi em toda a minha vida», escreveu a DAF ao ministro Higino Cardoso, em carta endereçada no passado dia 24.11.11 e que Ditadura do Consenso teve acesso. Na conversa com o ministro, Epifânia Sousa Rodrigues lembrou a Higino Cardoso que «ainda não era Doutora (tinha apenas concluido o bacharelato em Finanças e Contabilidade), que a rubrica não era minha, e, nos meus trabalhos não posso usar o papel timbrado do gabinete do ministro, menos ainda o carimbo». Higino Cardoso respondeu, num tom normal, como se nada tivesse passado, que «não se tratava da minha pessoa». Como o ministro estava ocupado com o director-geral da Geologia e Minas (que está na cadeia), a DAF deixou o gabinete.
A DAF escreveu então ao minsitro: «A minha reacção poderia ser esta, denunciar este assunto directamente ao Ministério Público, mas, julgo que devo aguardar o seu devido tratamento pelo respeito e consideração que sempre tive por V. Excia, pela minha Instituição, como pelo Chefe do Governo, que deve tomar conhecimento deste assunto antes de chegar à praça pública, por se tratar de má imagem do País perante investidores estrangeiros.»
Perturbada com toda essa situação, Epifânia Sousa Rodrigues regressou ao seu gabinete, tentando procurar melhores explicações sobre o assunto. Depois, o ministro disse-lhe que não queria abordar o assunto «por causa da minha reacção, que sou uma pessoa adulta, que devia compreender que são documentos falsos preparados por pessoas que querem tirar dinheiro das mãos dos chineses».
A carta continua. Assim: «É preocupante, como aparece o carimbo do seu gabinete nos documentos falsificados? É do conhecimento de todos que não é fácil ter acesso ao carimbo do seu gabinete. Muitas das vezes, quando preparamos ulguns documentos urgentes, mesmo já com a assinatura do ministro, ela não é remetida no mesmo dia ao seu destino, nas ausências do seu chefe de gabinete (igualmente na cadeia), o único responsável pelo seu carimbo. Sendo responsável do carimbo, porque não mencionou o seu nome e a sua assinatura no papel timbrado do gabinete que integra? A movimentação dos chineses, como de qualquer empresário estrangeiro, é no gabinete do Ministro e na direcção-geral de Geologia e Minas, o que não implica necessariamente a direcção que dirijo.».
Na carta ao ministro, a DAF volta a ser pertinente: «(...) Os pagamentos nunca são efectuados no ministério, mas sim através do Tesouro Público (BCEAO) e no BAO, na nossa conta do Fundo de Mineração. Se os recibos foram falsificados obviamente que as licenças ou os contratos também foram falsificados. (...) É do seu conhecimento que o ex-director geral da Geologia e Minas (igualmente na cadeia) recusou entregar os dados de receitas e a sua proveniência referente ao período 2010/11, solicitados pela direcção geral do Orçamento».
CÓPIA DA CARTA DE UMA EMPRESA CHINESA
Lembra a DAF ao ministro que a instituição encontra-se numa «autêntica crise financeira, não existindo papel para consumo da secretaria, nem combustível para as viaturas de serviço, menos ainda serviço de internet. As dívidas com salários de pessoal, contratados fora do Orçamento Geral do Estado, ultrapassam um ano tendo estes ameaçado ir para as rádios. Afinal de contas, existem fundos que deram entrada ilegalmente no ministério, e cuja utilização se desconhece.» E avisou a tempo: «Se o funcionamento de serviços não fosse invertido, não estaríamos nestas situações».
Epifânia Sousa Rodrigues continua, lembrando ao ministro Higino Cardoso que «o ambiente instalado já é de desconfiança, podendo supor que este caso foi preparado por indivíduos que não integram esta Instituição, o que efectivamente merece ser esclarecido e não ficar no silêncio, pois, não só a minha imagem como desta instituição, do Governo e do País deve ser respeitada e usada com dignidade».
E termina a carta assim: «Considerando os factos expostos, pretendo com a presente exposição exortar a V. Excia, no uso das suas prerrogativas, que accione mecanismos junto de instituições competentes, que os supostos autores sejam conhecidos e responsabilizados pelos seus actos, em conformidade com as normas vigentes, com vista a pôr cobro a estes acontecimentos que estão a ser verificados nos últimos tempos, para a salvaguarda dos supremos interesses da nossa Instituição e do País».
António Aly Silva
sábado, 7 de janeiro de 2012
EXCLUSIVO: Tres militares, acusados de cumplicidade na 'sublevacao' do passado dia 26 de dezembro, e que estavam na prisao da Marinha de Guerra, foram ontem postos em liberdade. AAS
"48 horas sem comer", confidenciou, magoado, um ex-prisioneiro e ex-guarda costas do assassinado Presidente, 'Nino' Vieira, ao Ditadura do Consenso. E doeu... AAS
Venham mais cinco
Estou cansado. Acreditem. Hoje, estive a falar com um membro do Governo. Palmadinha no ombro, seguido de uma fricção. Foi sincero. Entre um gin com sumo natural de laranja (para mim) e um whisky 'on the rocks', falamos. "Aprendi muito com os suecos", dizia-me o meu amigo. E relatava, como se tivesse sido ontem, a experiência ganha com os nórdicos, dos poucos países que suportaram a nossa luta contra o colonialismo, mas que depois se puseram em debandada ainda a década de '90 não tinha entrado em cena. Alegaram o "imobilismo" como causa. Foi o suficiente. Entendi-os, e disse-o ao Larson.
Este País, acreditem, chega para todos nós. A questão, agora, é esta: queremos um Estado, ou um estado de espírito? Eu escolheria o Estado. Mas isso sou eu. Mas o espírito não deixaria... Dizia entao o governante: "sempre apreciei o teu trabalho. Lutas sozinho, e é isso que é formidável". Voltou a ser sincero. Eu sorria, meio envergonhado, meio alguém que é apanhado com as calças na mão.
Ontem, tive a oportunidade de apresentar a este meu amigo, membro deste Governo, uma pessoa que aqui veio em missão de solidariedade. O governante apertou-lhe a mão, e passou o seu número de telemóvel. "Ligue amanha que arranja-se um tempo". Que não - disse o interlocutor - vamos para o interior. "Então no sábado", retorquiu o governante.
Hoje, fiquei a saber que a audiência se concretizara. E esse meu amigo, já esta noite, confidenciou-me o quanto ficou surpreendido por ser uma mulher a comandar 14 pessoas. "Tem fibra, é uma senhora espectacular. Uma militante!". Fiquei satisfeito. Havia qualquer coisa de diferente nesse membro do Governo. Há que seguir o exemplo. Venham mais cinco, por favor. É urgente.
Estava cansado - dizia no inicio deste post. Mas não estou mais. Sinto que há qualquer coisa a mexer, se das cabecas dos homens, se da entranhas da terra, isso pouco importa. Tenho a sorte de ter nascido neste País. E de cada irmão meu ter nascido num canto singular desta terra: Gabu, Ilha Formosa e Bissau - para além deste vosso escriba, que desaguou no Quebo. Como este País encanta! AAS
Este País, acreditem, chega para todos nós. A questão, agora, é esta: queremos um Estado, ou um estado de espírito? Eu escolheria o Estado. Mas isso sou eu. Mas o espírito não deixaria... Dizia entao o governante: "sempre apreciei o teu trabalho. Lutas sozinho, e é isso que é formidável". Voltou a ser sincero. Eu sorria, meio envergonhado, meio alguém que é apanhado com as calças na mão.
Ontem, tive a oportunidade de apresentar a este meu amigo, membro deste Governo, uma pessoa que aqui veio em missão de solidariedade. O governante apertou-lhe a mão, e passou o seu número de telemóvel. "Ligue amanha que arranja-se um tempo". Que não - disse o interlocutor - vamos para o interior. "Então no sábado", retorquiu o governante.
Hoje, fiquei a saber que a audiência se concretizara. E esse meu amigo, já esta noite, confidenciou-me o quanto ficou surpreendido por ser uma mulher a comandar 14 pessoas. "Tem fibra, é uma senhora espectacular. Uma militante!". Fiquei satisfeito. Havia qualquer coisa de diferente nesse membro do Governo. Há que seguir o exemplo. Venham mais cinco, por favor. É urgente.
Estava cansado - dizia no inicio deste post. Mas não estou mais. Sinto que há qualquer coisa a mexer, se das cabecas dos homens, se da entranhas da terra, isso pouco importa. Tenho a sorte de ter nascido neste País. E de cada irmão meu ter nascido num canto singular desta terra: Gabu, Ilha Formosa e Bissau - para além deste vosso escriba, que desaguou no Quebo. Como este País encanta! AAS
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
ALTO DIRIGENTE/CASO de VIOLACAO: PGR deu 48 horas ao director-geral da PJ para que apresentasse o relatorio policial. Passado esse tempo, o DG foi ter com o PGR dizendo que a crianca (de 13 anos) alegara desconhecer o violador, uma vez que era noite... Assim, fica tudo em aguas de bacalhau? O tanas! Ditadura do Consenso continua em campo... AAS
ULTIMA HORA-PRISOES-CASO VARELA/MATERIAIS RAROS: Ministerio Publico faz razia no ministerio dos Recursos Naturais: na cadeia estao o actual e ex-director geral da Geologia e Minas, a directora financeira e o chefe de gabinete do ministro. Ministerio Publico alerta para a possibilidade de novas detencoes. AAS
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Das duas, três!
Ontem, fiquei a conhecer melhor como é Bissau quando a noite cai. E explico. Da sede do SB Benfica até à 'Mãe D'Água', o transito é cortado; toda a área que circunda o Estado-Maior General das Forças Armadas, também. Resta-nos as estradas secundárias, por assim dizer.
Hoje, assisti a algo completamente fora do comum: como se sabe, está cá o manda-chuva dos militares angolanos, um dos Van-Dunem, família poderosa em Angola. Então, numa visita, hoje, ao ministério do Interior, assisti a maravilhas. Contei mais tropas que toda a comitiva que acompanhava o ministro e a delegação guineense: show-off, é o que é!
Bissau, não parece, está sitiada. Amanhã, apresentarei um mapa que mostra as avenidas e ruas que os militares fecham durante a noite, são muitas - mais do que os bandidos que enlouquecem esta cidade à beira mar plantada.
Ontem, por volta da uma da manhã, cruzei-me com um carro patrulha com oito militares, a andar em relanti, patrulhando a cidade sitiada. Chegado à esquina do estádio 'Lino Correia', havia dois militares de camuflado, AK 47 a tiracolo, caras de poucos amigos. Assobiei para o lado e segui o meu caminho.
O País não está bem, nota-se, ainda que os que mandam tentem mostrar alguma serenidade, e normalidade, no meio do caos que se instalou a 26 de dezembro. Percebe-se. Eu entendo-os. Num País onde a oportunidade tende a ser a mãe de todas as batalhas - desgraças - um descuido, um limpar de espingarda pode ser a morte do artista...
O 'outro' artista, por seu lado, está bem - e recomenda-se: põe os incompetentes no seu devido e respectivo lugar; não dá abébias aos analfabetos, e, quanto aos analfabrutos... Uma boa noite a todos os meus verdadeiros amigos: os leitores do meu blog!
Antonio Aly Silva
Hoje, assisti a algo completamente fora do comum: como se sabe, está cá o manda-chuva dos militares angolanos, um dos Van-Dunem, família poderosa em Angola. Então, numa visita, hoje, ao ministério do Interior, assisti a maravilhas. Contei mais tropas que toda a comitiva que acompanhava o ministro e a delegação guineense: show-off, é o que é!
Bissau, não parece, está sitiada. Amanhã, apresentarei um mapa que mostra as avenidas e ruas que os militares fecham durante a noite, são muitas - mais do que os bandidos que enlouquecem esta cidade à beira mar plantada.
Ontem, por volta da uma da manhã, cruzei-me com um carro patrulha com oito militares, a andar em relanti, patrulhando a cidade sitiada. Chegado à esquina do estádio 'Lino Correia', havia dois militares de camuflado, AK 47 a tiracolo, caras de poucos amigos. Assobiei para o lado e segui o meu caminho.
O País não está bem, nota-se, ainda que os que mandam tentem mostrar alguma serenidade, e normalidade, no meio do caos que se instalou a 26 de dezembro. Percebe-se. Eu entendo-os. Num País onde a oportunidade tende a ser a mãe de todas as batalhas - desgraças - um descuido, um limpar de espingarda pode ser a morte do artista...
O 'outro' artista, por seu lado, está bem - e recomenda-se: põe os incompetentes no seu devido e respectivo lugar; não dá abébias aos analfabetos, e, quanto aos analfabrutos... Uma boa noite a todos os meus verdadeiros amigos: os leitores do meu blog!
Antonio Aly Silva
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
FIFA nomeia José Medina Lobato, Membro da Comissão de Fair Play e Responsabilidade Social
JOSÉ MEDINA LOBATO: O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, viu o seu trabalho reconhecido pela instância maior do futebol mundial.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Mensagem de Ano Novo do Presidente de Cabo Verde, S. Exª Dr., Jorge Carlos Fonseca
«Caros concidadãos,
Ao longo dos tempos a Nação Cabo-verdiana tem sido exemplo de coragem, determinação e de uma criatividade única para ultrapassar obstáculos da mais diversa natureza e se projectar no Mundo., conquistando respeito e admiração dos outros Povos.
É a esta força que nos caracteriza que apelo neste momento em que é preciso fazer o balanço e traçar os caminhos para o futuro próximo.
Ao dizermos adeus ao ano 2011 devemos reconhecer que grandes problemas nacionais continuam à espera de soluções mais eficazes e duradouras. O insuficiente crescimento económico, o desemprego, a pobreza, o custo de vida, a violência e insegurança nas cidades, a morosidade da justiça, a erosão de referências morais e as dificuldades do sector energético são algumas das grandes preocupações dos cidadãos e cujo reconhecimento constitui um primeiro passo para encontrar-lhes solução.
Cabo-verdianos,
A ideia de vos dar o retrato da situação interna e internacional em que vivemos não tem a finalidade de vos desencorajar. O que se quer é que todos estejam devidamente informados acerca da conjuntura económica e financeira que o mundo vive nos dias de hoje e se envolvam no esforço colectivo de resistência à crise e do aproveitamento das oportunidades. Vamos todos começar o novo ano com um caderno repleto de preocupações e precisamos enfrenta-lo com a mesma garra e determinação de sempre.
O ano 2012 não será fácil. Os problemas e dificuldades que enumerei, e outros que não referi, irão conviver connosco ao longo do próximo ano. Somos ainda um país vulnerável e frágil. Mas, como já tive oportunidade de referir noutros momentos, a fibra de um povo vem à tona nos momentos mais difíceis, e a nossa geração não pode permitir-se cruzar os braços.
Meus caros concidadãos,
A força de transformação de uma Nação reside, justamente, na capacidade de se situar (saber onde está) e de se projectar no tempo e no espaço (saber para onde quer ir). Nós sabemos onde estamos e sabemos, igualmente, para onde queremos ir. Temos, pois, a força que faz mover as Nações. Vamos apenas precisar traçar, com criatividade, realismo e rigor, o caminho a seguir, de ONDE ESTAMOS para ONDE QUEREMOS IR, definindo recursos e parcerias, e acelerar o passo para que os problemas não se agudizem, o nosso nível de vida continue a crescer e todos tenham a oportunidade de realização pessoal que cada ser humano almeja no fundo de si próprio. Neste processo precisamos estar todos envolvidos.
Ao Governo compete agir para resolver os problemas de fundo da sociedade. Mas a sociedade civil não pode ficar distanciada, ausente. Pelo contrário. Tenho plena consciência das divergências e das fracturas que existem na esfera política e social em Cabo Verde. Não pretendo sugerir que as forças políticas ponham de lado as suas diferenças fundamentais. Seria o mesmo que pedir o fim do regime de democracia por que optámos viver. Mas considero que um esforço sério de aproximação deve ser feito em matérias de alto interesse nacional.
Uma das áreas onde o interesse nacional deve sobrepor-se a todos os outros, no ano de 2012, é o do combate à violência e à insegurança. O povo das ilhas precisa de um ambiente de paz e tranquilidade sociais e isso será um recurso que tem de ser disponibilizado. Uma sociedade com o nível de violência que actualmente conhecemos em Cabo Verde, não pode ser considerada uma sociedade sã. Neste ambiente, o que podemos esperar das gerações que crescem neste momento? Que valores defenderão quando forem adultos? Como irão resolver os seus problemas? Na base da violência? Uma sociedade violenta é capaz de oferecer paz, trabalho, respeito e dignidade às pessoas? De garantir efectivamente a liberdade?
Incumbe ao governo organizar e realizar o essencial desse combate. As autoridades governamentais estão cientes disso e têm desenvolvido esforços meritórios nesse sentido. Mas é preciso ir mais longe, é preciso envolver outras forças políticas e a sociedade civil na definição de uma estratégia nacional de combate a todo o tipo de violência. Temos que mostrar, convencer que a violência não é necessária e que será combatida.
O grupo familiar é esfera central neste processo, capaz de contribuir de forma fundamental na criação de condições ao saudável desenvolvimento das pessoas e à equilibrada realização humana, e como tal deve ser revitalizado e protegido.
Outras áreas de concertação política e envolvimento da sociedade civil podem ser recortadas. Falo da luta contra a corrupção e o enriquecimento ilícito, a promoção da família e dos valores de uma sociedade democrática, capaz de garantir em definitivo a democracia como sistema e regime. Um tal desiderato deve ser prosseguido com firmeza e determinação, mas sempre no quadro dos princípios que constituem núcleo irredutível do estado de direito.
Caros Amigos,
No ano que vai começar, impõe-se, igualmente, um amplo e descomplexado debate sobre a descentralização. Tivemos, há vinte anos atrás, um processo de descentralização administrativa que tem dado, reconhecidamente, os seus frutos. Hoje, sente-se uma forte movimentação no sentido do aprofundamento da descentralização, acompanhada dos necessários recursos. Todos as possibilidades que, de há anos a esta parte, vêm sendo aventadas, devem ser postas em cima da mesa para discussão e subsequente assumpção da solução mais consensual e que assegure a realização adequada do interesse nacional e das aspirações legítimas das comunidades locais.
Concidadãos,
A morosidade da Justiça é outra questão central a ser resolvida. O diagnóstico está, no essencial, feito, urge agora a adopção corajosa das soluções. Elas são muitas e entrelaçadas. Entre elas – e permitam-me repetir o que tenho dito noutras ocasiões – sublinho a necessidade de uma maior capacitação técnica de todos os agentes da justiça, a criação de verdadeiros e autónomos serviços de inspecção extensivos a todo o sistema, para além de outros mecanismos de responsabilização do sistema no seu todo.
Espera-se, igualmente, que neste novo ano os actores políticos encontrem as soluções e os compromissos que permitam a rápida instalação do Tribunal Constitucional e a investidura de um Provedor de Justiça, independente e tecnicamente habilitado par servir de mediador entre o cidadão e o Estado, dando, assim, um passo importantíssimo no sentido da realização da Constituição e da efectivação de direitos de cidadania. Sei do que falo, sobretudo nestes poucos meses de exercício do cargo, pois tenho sido, na prática, procurado como se também fosse um provedor de cidadania.
Meus caros Compatriotas,
As dificuldades actuais não devem abalar a nossa confiança no futuro. A nossa sociedade fez progressos importantes que devem ser valorizados. Temos que ser realistas e positivos. A qualidade da nossa democracia acaba de ser graduada como a vigésima sexta do Mundo e a primeira da CPLP, em vésperas do vigésimo aniversário da Constituição Política da República de Cabo Verde, o que muito nos deve orgulhar. Estamos satisfeitos. Mas, temos o potencial para ir bem mais longe.
Já o disse e repito. Somos um povo corajoso, temos que almejar alto. Somos um povo ambicioso e devemos demonstrar que somos capazes de atingir os nossos objectivos ambiciosos, com visão, com estratégia e com acção sistemática e coerente. Por isso, os homens e as mulheres que gizam, gerem e se interagem no processo do desenvolvimento têm de ser forjados em um sistema de educação altamente qualificado, calibrado para formar técnicos e cidadãos, com a responsabilidade de agir, no seu dia-a-dia, como verdadeiros agentes de mudança.
À juventude cabo-verdiana, no país e na diáspora peço que ponham toda a vossa inteligência, criatividade e irreverência ao serviço da Nação. Entre ser parte do problema e ser parte da solução, optem sempre por fazer parte das soluções. O país precisa de vós como agentes de mudança para que possamos nos desembaraçar das teias geradoras do subdesenvolvimento.
Aos cabo-verdianos vivendo no estrangeiro quero deixar uma mensagem especial: que continuem com a determinação de sempre por saberem que estão a ter uma oportunidade de vida melhor, mas que ela não caiu do céu, antes a conquistaram com o vosso trabalho, a vossa inteligência e o vosso espírito de entrega.
Mesmo em tempos reconhecidamente difíceis, o país conta convosco na mobilização das energias, meios e vontades para, juntos, erguermos o Cabo Verde desenvolvido com que todos sonhamos.
Concidadãos,
Os países pequenos e abertos ao mundo, como o nosso, só conseguem progredir e oferecer condições de vida dignas ao seu povo, se forem capazes de identificar as oportunidades que a situação internacional oferece, por mínimas que sejam, e mobilizarem as energias internas latentes para aproveitar essas oportunidades.
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Este refrão de uma canção brasileira devia ser também o nosso lema.
Conto com todos os cabo-verdianos e ofereço-me para, com a lealdade que me caracteriza e caracteriza a função, trabalhar com todos os actores políticos, designadamente com o Governo no sentido do aprimoramento do Estado de Direito democrático e da construção de um país moderno, avançado e, sobretudo, competitivo. Com lealdade institucional e respeito mútuo pelas funções que a cada um deve caber o caminho torna-se mais facilitado. Sobretudo quando o futuro parece incerto em diversas frentes, a partilha do espaço público deve fundar-se numa ética pautada pela lucidez e pela responsabilidade, mas também pela competência e afecto.
Esperemos e trabalhemos para que esta atitude se afirme e se expanda entre nós.
A todos, votos de Boas Festas e de um bom e feliz 2012.»
Ao longo dos tempos a Nação Cabo-verdiana tem sido exemplo de coragem, determinação e de uma criatividade única para ultrapassar obstáculos da mais diversa natureza e se projectar no Mundo., conquistando respeito e admiração dos outros Povos.
É a esta força que nos caracteriza que apelo neste momento em que é preciso fazer o balanço e traçar os caminhos para o futuro próximo.
Ao dizermos adeus ao ano 2011 devemos reconhecer que grandes problemas nacionais continuam à espera de soluções mais eficazes e duradouras. O insuficiente crescimento económico, o desemprego, a pobreza, o custo de vida, a violência e insegurança nas cidades, a morosidade da justiça, a erosão de referências morais e as dificuldades do sector energético são algumas das grandes preocupações dos cidadãos e cujo reconhecimento constitui um primeiro passo para encontrar-lhes solução.
Cabo-verdianos,
A ideia de vos dar o retrato da situação interna e internacional em que vivemos não tem a finalidade de vos desencorajar. O que se quer é que todos estejam devidamente informados acerca da conjuntura económica e financeira que o mundo vive nos dias de hoje e se envolvam no esforço colectivo de resistência à crise e do aproveitamento das oportunidades. Vamos todos começar o novo ano com um caderno repleto de preocupações e precisamos enfrenta-lo com a mesma garra e determinação de sempre.
O ano 2012 não será fácil. Os problemas e dificuldades que enumerei, e outros que não referi, irão conviver connosco ao longo do próximo ano. Somos ainda um país vulnerável e frágil. Mas, como já tive oportunidade de referir noutros momentos, a fibra de um povo vem à tona nos momentos mais difíceis, e a nossa geração não pode permitir-se cruzar os braços.
Meus caros concidadãos,
A força de transformação de uma Nação reside, justamente, na capacidade de se situar (saber onde está) e de se projectar no tempo e no espaço (saber para onde quer ir). Nós sabemos onde estamos e sabemos, igualmente, para onde queremos ir. Temos, pois, a força que faz mover as Nações. Vamos apenas precisar traçar, com criatividade, realismo e rigor, o caminho a seguir, de ONDE ESTAMOS para ONDE QUEREMOS IR, definindo recursos e parcerias, e acelerar o passo para que os problemas não se agudizem, o nosso nível de vida continue a crescer e todos tenham a oportunidade de realização pessoal que cada ser humano almeja no fundo de si próprio. Neste processo precisamos estar todos envolvidos.
Ao Governo compete agir para resolver os problemas de fundo da sociedade. Mas a sociedade civil não pode ficar distanciada, ausente. Pelo contrário. Tenho plena consciência das divergências e das fracturas que existem na esfera política e social em Cabo Verde. Não pretendo sugerir que as forças políticas ponham de lado as suas diferenças fundamentais. Seria o mesmo que pedir o fim do regime de democracia por que optámos viver. Mas considero que um esforço sério de aproximação deve ser feito em matérias de alto interesse nacional.
Uma das áreas onde o interesse nacional deve sobrepor-se a todos os outros, no ano de 2012, é o do combate à violência e à insegurança. O povo das ilhas precisa de um ambiente de paz e tranquilidade sociais e isso será um recurso que tem de ser disponibilizado. Uma sociedade com o nível de violência que actualmente conhecemos em Cabo Verde, não pode ser considerada uma sociedade sã. Neste ambiente, o que podemos esperar das gerações que crescem neste momento? Que valores defenderão quando forem adultos? Como irão resolver os seus problemas? Na base da violência? Uma sociedade violenta é capaz de oferecer paz, trabalho, respeito e dignidade às pessoas? De garantir efectivamente a liberdade?
Incumbe ao governo organizar e realizar o essencial desse combate. As autoridades governamentais estão cientes disso e têm desenvolvido esforços meritórios nesse sentido. Mas é preciso ir mais longe, é preciso envolver outras forças políticas e a sociedade civil na definição de uma estratégia nacional de combate a todo o tipo de violência. Temos que mostrar, convencer que a violência não é necessária e que será combatida.
O grupo familiar é esfera central neste processo, capaz de contribuir de forma fundamental na criação de condições ao saudável desenvolvimento das pessoas e à equilibrada realização humana, e como tal deve ser revitalizado e protegido.
Outras áreas de concertação política e envolvimento da sociedade civil podem ser recortadas. Falo da luta contra a corrupção e o enriquecimento ilícito, a promoção da família e dos valores de uma sociedade democrática, capaz de garantir em definitivo a democracia como sistema e regime. Um tal desiderato deve ser prosseguido com firmeza e determinação, mas sempre no quadro dos princípios que constituem núcleo irredutível do estado de direito.
Caros Amigos,
No ano que vai começar, impõe-se, igualmente, um amplo e descomplexado debate sobre a descentralização. Tivemos, há vinte anos atrás, um processo de descentralização administrativa que tem dado, reconhecidamente, os seus frutos. Hoje, sente-se uma forte movimentação no sentido do aprofundamento da descentralização, acompanhada dos necessários recursos. Todos as possibilidades que, de há anos a esta parte, vêm sendo aventadas, devem ser postas em cima da mesa para discussão e subsequente assumpção da solução mais consensual e que assegure a realização adequada do interesse nacional e das aspirações legítimas das comunidades locais.
Concidadãos,
A morosidade da Justiça é outra questão central a ser resolvida. O diagnóstico está, no essencial, feito, urge agora a adopção corajosa das soluções. Elas são muitas e entrelaçadas. Entre elas – e permitam-me repetir o que tenho dito noutras ocasiões – sublinho a necessidade de uma maior capacitação técnica de todos os agentes da justiça, a criação de verdadeiros e autónomos serviços de inspecção extensivos a todo o sistema, para além de outros mecanismos de responsabilização do sistema no seu todo.
Espera-se, igualmente, que neste novo ano os actores políticos encontrem as soluções e os compromissos que permitam a rápida instalação do Tribunal Constitucional e a investidura de um Provedor de Justiça, independente e tecnicamente habilitado par servir de mediador entre o cidadão e o Estado, dando, assim, um passo importantíssimo no sentido da realização da Constituição e da efectivação de direitos de cidadania. Sei do que falo, sobretudo nestes poucos meses de exercício do cargo, pois tenho sido, na prática, procurado como se também fosse um provedor de cidadania.
Meus caros Compatriotas,
As dificuldades actuais não devem abalar a nossa confiança no futuro. A nossa sociedade fez progressos importantes que devem ser valorizados. Temos que ser realistas e positivos. A qualidade da nossa democracia acaba de ser graduada como a vigésima sexta do Mundo e a primeira da CPLP, em vésperas do vigésimo aniversário da Constituição Política da República de Cabo Verde, o que muito nos deve orgulhar. Estamos satisfeitos. Mas, temos o potencial para ir bem mais longe.
Já o disse e repito. Somos um povo corajoso, temos que almejar alto. Somos um povo ambicioso e devemos demonstrar que somos capazes de atingir os nossos objectivos ambiciosos, com visão, com estratégia e com acção sistemática e coerente. Por isso, os homens e as mulheres que gizam, gerem e se interagem no processo do desenvolvimento têm de ser forjados em um sistema de educação altamente qualificado, calibrado para formar técnicos e cidadãos, com a responsabilidade de agir, no seu dia-a-dia, como verdadeiros agentes de mudança.
À juventude cabo-verdiana, no país e na diáspora peço que ponham toda a vossa inteligência, criatividade e irreverência ao serviço da Nação. Entre ser parte do problema e ser parte da solução, optem sempre por fazer parte das soluções. O país precisa de vós como agentes de mudança para que possamos nos desembaraçar das teias geradoras do subdesenvolvimento.
Aos cabo-verdianos vivendo no estrangeiro quero deixar uma mensagem especial: que continuem com a determinação de sempre por saberem que estão a ter uma oportunidade de vida melhor, mas que ela não caiu do céu, antes a conquistaram com o vosso trabalho, a vossa inteligência e o vosso espírito de entrega.
Mesmo em tempos reconhecidamente difíceis, o país conta convosco na mobilização das energias, meios e vontades para, juntos, erguermos o Cabo Verde desenvolvido com que todos sonhamos.
Concidadãos,
Os países pequenos e abertos ao mundo, como o nosso, só conseguem progredir e oferecer condições de vida dignas ao seu povo, se forem capazes de identificar as oportunidades que a situação internacional oferece, por mínimas que sejam, e mobilizarem as energias internas latentes para aproveitar essas oportunidades.
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Este refrão de uma canção brasileira devia ser também o nosso lema.
Conto com todos os cabo-verdianos e ofereço-me para, com a lealdade que me caracteriza e caracteriza a função, trabalhar com todos os actores políticos, designadamente com o Governo no sentido do aprimoramento do Estado de Direito democrático e da construção de um país moderno, avançado e, sobretudo, competitivo. Com lealdade institucional e respeito mútuo pelas funções que a cada um deve caber o caminho torna-se mais facilitado. Sobretudo quando o futuro parece incerto em diversas frentes, a partilha do espaço público deve fundar-se numa ética pautada pela lucidez e pela responsabilidade, mas também pela competência e afecto.
Esperemos e trabalhemos para que esta atitude se afirme e se expanda entre nós.
A todos, votos de Boas Festas e de um bom e feliz 2012.»
'Só, no meio desse vespeiro'
«Caro amigo,
Cumprimentos.
Uma vez mais comunico consigo. Não sou guineense, como sabe, mas sabe que amo essa terra como a minha. E dói-me, dói-me muito, ver que alguns dos seus filhos são os seus piores inimigos, maltratando-a, chicoteando-a, ferindo-a de morte.
Isto não pode continuar assim. O povo, o pacífico e ordeiro povo da Guiné-Bissau, aquele mesmo que há anos atrás se levantou na defesa do seu “chão”, tem que se levantar novamente. Afastando os caciques, afastando os criminosos, os bandidos, os sanguessugas.
Sei quanto deve passar para fazer chegar aos quatro cantos do mundo as verdadeiras noticias daquilo que dia a dia se vai passando e que a comunicação social “pacificada” filtra antes de chegar até nós. Sei que tem sido ameaçado de morte, o que não admira. os tiranos, os caciques, os bandidos têm medo da verdade! sempre assim foi.
O meu bravo por todo o trabalho que está a fazer em prol da sua querida terra. Sei que o faz porque a sua consciência o impõe e não porque busca louros. Pena que esteja só, no meio desse vespeiro.
Um bom ano para a Guiné é o que mais ardentemente desejo. Um bom 2012, repleto das maiores venturas para si e para toda a sua família, é o meu desejo muito sincero.
J.C.»
Cumprimentos.
Uma vez mais comunico consigo. Não sou guineense, como sabe, mas sabe que amo essa terra como a minha. E dói-me, dói-me muito, ver que alguns dos seus filhos são os seus piores inimigos, maltratando-a, chicoteando-a, ferindo-a de morte.
Isto não pode continuar assim. O povo, o pacífico e ordeiro povo da Guiné-Bissau, aquele mesmo que há anos atrás se levantou na defesa do seu “chão”, tem que se levantar novamente. Afastando os caciques, afastando os criminosos, os bandidos, os sanguessugas.
Sei quanto deve passar para fazer chegar aos quatro cantos do mundo as verdadeiras noticias daquilo que dia a dia se vai passando e que a comunicação social “pacificada” filtra antes de chegar até nós. Sei que tem sido ameaçado de morte, o que não admira. os tiranos, os caciques, os bandidos têm medo da verdade! sempre assim foi.
O meu bravo por todo o trabalho que está a fazer em prol da sua querida terra. Sei que o faz porque a sua consciência o impõe e não porque busca louros. Pena que esteja só, no meio desse vespeiro.
Um bom ano para a Guiné é o que mais ardentemente desejo. Um bom 2012, repleto das maiores venturas para si e para toda a sua família, é o meu desejo muito sincero.
J.C.»
domingo, 1 de janeiro de 2012
EXCLUSIVO: Tentativa de entrada nas instalações das Nações Unidas
Ontem, por voltas 23:45 horas, quatro indivíduos, todos eles civis, tentaram entrar no edifício das Nações Unidas, em Bissau, para, como disseram, procurar protecção. Foi-lhes recusado a entrada pelos oito seguranças da West Africa, de serviço na portartia das NU.
Contactado o Geoff Wiffin (representante da UNICEF e susbtituto de Joseph Mutaboba), foi dito taxativamente que qualquer entrada na sede da ONU, em Bissau, carece de autorização de Nova Iorque.
As forças armadas, curiosamente, deixaram de patrulhar a área das NU ontem pela tarde. Hoje, são 12 os seguranças da West Africa nas NU. Ditadura do Consenso tentou, em vão, saber os nomes. Os seguranças nao os conhecem. AAS
Contactado o Geoff Wiffin (representante da UNICEF e susbtituto de Joseph Mutaboba), foi dito taxativamente que qualquer entrada na sede da ONU, em Bissau, carece de autorização de Nova Iorque.
As forças armadas, curiosamente, deixaram de patrulhar a área das NU ontem pela tarde. Hoje, são 12 os seguranças da West Africa nas NU. Ditadura do Consenso tentou, em vão, saber os nomes. Os seguranças nao os conhecem. AAS
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