segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Aly Silva, em entrevista exclusiva ao jornal angolano 'O País' (Parte I)
Jornal 'O País', edição de 27 de setembro de 2013
40 anos de independência da Guiné-Bissau: O triste olhar de António Aly Silva sobre o país de Amílcar Cabral, 40 anos depois
Entrevista de Orlando Rodrigues
Cidade da Praia, Cabo Verde
É jornalista, e é com a palavra que, todos os dias, nas páginas virtuais do blog “Ditadura do Consenso”, procura combater a situação real prevalecente na Guiné-Bissau, um país que, no momento em que completa 40 anos de independência, ainda passa a vida “na intriga e na matança”. Chama-se António Aly Silva, e é conhecido em todo o mundo como um dos principais opositores ao regime militar, vigente naquele país lusófono na sequência do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012. Contundente na palavra e convicto dos próprios princípios e ideias, lança, nesta entrevista exclusiva a “O País”, um olhar de mágoa, tristeza e revolta, sobre a actualidade guineense, um país geograficamente distante mas muito próximo, em cultura, afectividade e afinidades históricas, do povo angolano. António Aly Silva, cujo blog conta já mais de 8 milhões de visitas, identifica, denuncia e acusa, sem papas na língua, os que considera serem os culpados pela situação do seu país que, avisa com tristeza, “vai voltar a sangrar”.
A Guiné-Bissau está a celebrar o 40º aniversário da sua independência nacional (proclamada a 24 de Setembro de 1973). Enquanto cidadão guineense, tem motivos para festejar?
Não! Não tenho. Não tenho e deixei isso claro hoje no meu blog, dizendo que não ia ser actualizado por protesto. Porque estar neste momento fora da Guiné-Bissau, e logo em Cabo Verde, um país que connosco fez a luta de libertação, e ver o desenvolvimento a que aqui se chegou mesmo com todas as dificuldades, o que só mostra que a estabilidade é essencial, deixa-me, por um lado, orgulhoso dos cabo-verdianos, e, por outro, extremamente triste por contraste com o que se passa no meu país. Porque vivemos permanentemente em instabilidade, criamos e fomentamos o ódio, passamos a vida na intriga e na matança, e o mais chocante é que não há responsáveis. E o descaramento total foi, agora, a tropa querer que um parlamento também ele ilegal, amnistiasse os crimes que ela própria cometeu. As pessoas que deram o golpe nunca foram à tropa e acabaram por ser incorporadas às pressas, para receberem a farda e o (António) Indjai poder manter a sua guarda pretoriana de analfabetos e assassinos.
A que pessoas se refere especificamente?
São muitas. Está lá a pessoa que me prendeu e cortou a orelha, no dia do golpe. Todos aqueles jovens que estão hoje em Cumeré para serem militares, nunca antes vestiram a farda. Um dos exemplos é um dos cabeças do tráfico de drogas e que é a mão direita e o pé esquerdo do Indjai e que conheço bem porque foi a pessoa que me prendeu no dia a seguir ao golpe e nem era militar na altura. Até tenho fotos dele em Cumeré, de boxer, corpo nu e kalashnikov na mão. Não consigo ver em que outro país se possa encontrar soldados assim.
O facto de estar em Cabo Verde acentua ainda mais, na sua percepção, os contrastes que há nos percursos dos dois países?
Os contrastes são gritantes. A Guiné-Bissau tem um Ministério da Indústria e não sei para quê. Cabo Verde, em contrapartida, fabrica e produz bens e serviços em quase todas as ilhas. Na ilha do Fogo até fabricam vinhos reconhecidos internacionalmente, e sei, por exemplo, que o vosso primeiro-ministro foi recentemente à Itália e levou 10 caixas, justamente para promover o que aqui se produz, e bem. Pelo que conheço dos dois países, posso afirmar que a Guiné-Bissau, mesmo com estabilidade, nem daqui a 20 anos chegará ao patamar de desenvolvimento que Cabo Verde já atingiu. Porque parece que, lá, ninguém deseja o desenvolvimento do país, que não se constrói com analfabetos no Parlamento, no Governo e nas Forças Armadas. E muito menos com bandidos no poder, pois bandido tem de estar é na cadeia. A diferença gritante é que, em Cabo Verde os traficantes são presos e, quando são condenados, todos os seus bens são confiscados a favor do Estado, enquanto, na Guiné, não se confisca um triciclo de um traficante. Quando muito, a tropa liga e diz: acabou a audiência. E o Ministério Público e os tribunais obedecem e soltam os bandidos. Isso não é país, nem Estado.
O que é que chamaria, então, à Guiné-Bissau?
Um Estado completamente anárquico, onde cada um faz o que quer. A EAGB (empresa de electricidade) chega e corta a luz, e quando dá as costas a pessoa coloca uma escada, liga de novo e as coisas continuam iguais. A pirâmide está invertida, os que sabem e os que são honestos estão a ser esmagados aqui em baixo, e todos estão reféns daquela gente. Estamos reféns da tropa que faz e desfaz, e não sei para que é que a Guiné pede dinheiro para eleições e a comunidade internacional dá.
Dá razão, então, ao antigo Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, quando ele é citado pela imprensa a dizer que a instituição militar guineense caiu na delinquência e na tirania?
O comandante Pedro Pires tem autoridade moral para falar como falou. Ele foi combatente da liberdade pelos dois países, foi governante dos dois países logo após a independência e, posteriormente, primeiro-ministro de Cabo Verde, país de que veio a ser eleito, por duas vezes, Presidente da República. Neste momento, ele fala como um simples cidadão mas tem toda a legitimidade para criticar a situação actual e os seus protagonistas, acima de tudo porque ele gosta da Guiné-Bissau e nós também gostamos muito dele. Existe até, na Guiné, quem discuta sobre a tribo a que pertence: uns dizem que é manjaco, outros que é papel, e há ainda quem pense que ele é balanta. Isso ilustra bem a empatia que existe entre Pedro Pires e povo guineense, e demonstra o quanto ele é querido no meu país. Por isso, acho que o comandante não disse o que disse por mal, e de uma conversa que tive com ele depreendi que até que foi mal interpretado, intencionalmente ou não. Mas como tem autoridade moral para isso, aquilo bate e cai e tanto faz que ele tenha dito como não. Assim como o primeiro-ministro cabo-verdiano terá afirmado que, em Cabo Verde, não se brinca aos Estados, e está muito bem dito. Porque nós não temos um Estado. E só temos fronteiras porque existem.
Não se pode falar do percurso histórico da Guiné-Bissau dissociando-o do caminho feito por Cabo Verde. A Guiné-Bissau fez a luta de libertação de maior sucesso em África…
…do mundo. Tivemos a melhor guerrilha do mundo.
…seja, do mundo, e libertou pelas armas o seu próprio território, após o que proclamou unilateralmente a independência, imediatamente reconhecida por toda a comunidade internacional. Unido a Cabo Verde fez a primeira parte do percurso, e depois aconteceu a ruptura. A Guiné-Bissau desfez a unidade preconizada por Amílcar Cabral, e na última década e meia tem vivido em constante instabilidade. Qual foi, para si, o momento crítico que terá conduzido à actual situação?
O golpe de Estado de 1980. O dia 14 de Novembro de 1980 marca o fim do sonho que Amílcar Cabral idealizou. Eu não sou um saudosista que pensa que a unidade Guiné-Cabo Verde, concebida por Cabral, poderia ter-se concretizado. Não podia. Mas os dois países tinham tudo a ganhar com uma cooperação estreita e saudável. Temos, com Cabo Verde, mais afinidades que com qualquer outro país do mundo, mesmo com Portugal, que esteve presente na Guiné-Bissau durante 500 anos, e com os países com os quais temos fronteiras terrestres. O Senegal, por exemplo, é o nosso maior inimigo, e este golpe de 12 de Abril não foi para depor o Cadogo (Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro). Foi por causa do trabalho que Angola vinha fazendo, por exemplo no Porto de Buba (a cerca de 200 km de Bissau), que seria certamente o maior da África Ocidental e viria naturalmente a eclipsar a importância do Porto de Dakar. É um projecto antigo que se ia concretizar com a cooperação Angolana, e os senegaleses, sempre que ouvem falar disso, começam a “dar ataques”. O Senegal nunca quis isso, e fez intrigas para provocar o golpe de Estado e, assim, comprometer os investimentos angolanos e promover a saída da MISSANG (Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau) do país. Esses investimentos e a MISSANG eram uma forma de Angola demonstrar gratidão pelo que deve à Guiné-Bissau, algo de que muita gente não tem sequer noção. A Guiné foi um dos principais palcos logísticos da guerra em Angola, para onde enviou milhares de homens para combaterem os sul-africanos.
Honras de capa
Quer dizer que a MISSANG era uma forma de Angola demonstrar a sua gratidão para com a Guiné-Bissau…
Nem mais. E o Fidel Castro disse isso mesmo ao Carlos Gomes Júnior em Cuba. Derramou-se sangue guineense em Angola, assim como se derramou sangue cabo-verdiano na Guiné. A verdadeira vocação da MISSANG era a reforma das Forças Armadas guineenses, um problema que se arrasta desde a independência e nunca foi resolvido, e é por isso que o país vive a situação que todos conhecem, protagonizada pelos militares. Portanto, nós só teríamos a ganhar se puséssemos de lado esse orgulho de merda que nem sei onde fomos buscar e aceitássemos a ajuda que nos chegava de Angola. Os militares criaram um ódio visceral, não só em relação a Angola mas, até, com Cabo Verde, mas felizmente esse ódio não é retribuído. Existem mais de 9 mil guineenses a viver em Cabo Verde, 8 mil dos quais em situação perfeitamente legal…
E as autoridades cabo-verdianas têm promovido frequentemente campanhas de legalização de emigrantes guineenses indocumentados, o que ainda não aconteceu com qualquer outra comunidade presente no país. Isso, certamente, não pode ser visto com um sinónimo de ódio em relação aos guineenses…
Muito pelo contrário. Por isso, se os militares pensam que tudo o que têm feito e dito contra Cabo Verde e Angola pode pôr em causa as afinidades e a amizade entre os nossos povos, estão completamente enganados. Mas devo ser justo e dizer que não é toda a instituição militar que está envolvida nestes desmandos. Há oficiais sérios e honestos, que apenas compactuam porque têm medo. Existem outros, que acabaram por abandonar o país e não estão envolvidos nas intentonas nem no tráfico de drogas.
O Zamora Induta é um deles?
O Zamora Induta foi deposto, e o que se passou nesse dia foi um autêntico filme de comédia. (CONTINUA)
Não conseguem matar a honra
Quem me conhece bem sabe que não sou pessoa de desistir facilmente. Tenho, de resto, o empenho estampado no rosto. Gosto do meu País. Dez minutos depois de atravessar as suas fronteiras, começo a sentir arrepios. Bom, dez minutos talvez seja exagerado; Que sejam cinco. Mas de certeza que de trinta minutos não passa.
Pessoalmente, tenho dificuldade em orgulhar-me das coisas que me acontecem por casualidade, mas como escreveu o Fernando Pessoa «o lugar onde se nasce é o lugar onde mais por acaso se está». Outra frase com a sua piada...
Eu nasci na Aldeia Formosa (actual Quebo). Já fui ao Quebo umas vezes, passei outras tantas sem parar e confesso que nem de uma nem de outra vez senti grande coisa. Nem um arrepio na alma. Não me vieram - ao contrário dos piegas - lágrimas aos olhos, nem me deu vontade de escrever contos. Nem sequer um poema.
Pouco me importa que milhão e meio de guineenses desconheça onde fica a vila do Quebo, ou quantos habitantes terá ou teve em tempos. Ou sequer se tem tradições, e já agora quais serão. Trata-se de um sítio, e pronto. Um sítio de merda, como o são aqueles sítios onde por nada deste mundo assentamos arraiais, ainda que por breves momentos.
O facto de eu lá ter nascido - como de resto já adivinhava enquanto a minha querida Mãe andava comigo às voltas - não transformou Quebo num lugar especial - e é assim que está bem, acreditem. Um sítio banal, aquele onde eu nasci. Mas não o trocaria por nenhum outro. Por agora: vou-me embora. Vou para o outro Sul. E será sempre o eterno Sul cheio de estrelas e de noites intermináveis. ANTÓNIO ALY SILVA
Morte de cidadão chinês: Cinco pessoas detidas
A Guarda nacional guineense deteve cinco pessoas supostas de estarem implicadas do assassinato de um homem de negocios chinês, Li Zhuosen, em Mafonco (região de Gabu, 170 km à Leste de Bissau), apurou fonte proxima da embaixada da China em Bissau.
Li Zhuosen, 42 anos, que vivia com a sua esposa ha muitos anos na Guiné-Bissau, foi friamente abatido, quarta feira passada no seu domicilio por um grupo de homens armados, apos lhe terem roubado o dinheiro que guardava com ele, confiaram as testemunhas. A prisão dos suspeitos foi confirmada sexta feira à imprensa Xinhua pelo comandante Samuel Fernandes da Guarda nacional, que no entanto recusou-se a revelar a identidade das pessoas detidas.
Segundo fontes proximas do inquérito, um dos suspeitos detidos trabalha na povoação de Mafanco. A viatura a bordo da qual se encontravam os suspeitos detidos foi confiscada e guardada nos locais da Guarda nacional em Bissau, constatou Xinhua.
domingo, 29 de setembro de 2013
É assim, um amigo
O Governo de Cabo Verde considera fundamental que "a comunidade guineense seja uma ponte de entendimento e progresso" entre Cabo Verde e Guiné-Bissau, declarou, na cidade da Praia, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e da Defesa Nacional, Jorge Tolentino. Ao usar da palavra na do 1º Congresso da Diáspora Guineense em Cabo Verde, Tolentino afirmou que o mesmo princípio se aplica, naturalmente, aos cabo-verdianos que vivem e labutam na Guiné-Bissau.
Jorge Tolentino prometeu que o Governo continuará a envidar esforços no sentido de boa integração da comunidade guineense no arquipélago cabo-verdiano através, nomeadamente, do processo de regularização especial dos guineenses residentes em Cabo Verde, do acesso a cuidados básicos da saúde e da sua participação nas eleições autárquicas. O governante reconheceu ainda haver trabalhos por fazer e aspetos por aperfeiçoar como, por exemplo, o que se refere à previdência social e regulação do mercado de trabalho, aos setores onde, reconheceu, existem ainda "enormes desafios por vencer".
Jorge Tolentino, porta-voz do Conselho de Ministros, considerou "reconfortante" que este congresso tenha lugar em Cabo Verde, desejando que o evento seja "bem-sucedido" e que signifique um contributo "marcante" para a contínua melhoria das condições de vida e de participação citadina da diáspora guineense. O governante cabo-verdiano disse esperar que esta iniciativa dos guineenses em Cabo Verde sirva de exemplo às outras comunidades estrangeiras no arquipélago.
O governante aproveitou ainda a oportunidade para felicitar a todos os Guineenses presentes pelo 40º aniversário da Independência da Guiné-Bissau, assinalado a 24 de setembro, sublinhando que, "não é por acaso" que em Cabo Verde "se vive com interesse e preocupação os sucessos e percalços do povo guineense". O ministro não fez referência à situação interna na Guiné-Bissau e nem tão pouco aos recentes incidentes que marcaram o relacionamento entre os dois países, fez votos que o futuro a que aquele país tem direito seja de "desenvolvimento e de respeito pela dignidade da pessoa humana".
Conforme o "Perfil Migratório de Cabo Verde editado em 2009", os cidadãos naturais da Guiné-Bissau (mais da metade dos 17 mil imigrantes no arquipélago) constituem a maior comunidade estrangeira em Cabo Verde, estando predominantemente ligada às áreas de serviços, comércios, profissões intelectuais e científicas, bem como profissões não qualificadas. AFRICA 21
SENEGAL? Só para recordar...
O embaixador do Senegal na Guiné-Bissau e general na reserva, Dieng, QUESTIONOU em 2009, à saída do encontro do Governo com o corpo diplomático acreditado em Bissau: "Será que em democracia os militares podem invadir a casa de alguém e matá-lo?". E perguntou: "Será que tinham um mandado de captura?".
NOTA: O que mudou? O embaixador do Senegal na Guiné-Bissau é o decano dos embaixadores no País: está no mesmo posto há 20 ou mais anos...Ele é general, e uma espécie de agente secreto ao serviço do estado do Senegal e por isso, também, não teremos paz enquanto ele se mantiver nesse posto...cozinha aqui, prova ali, serve acolá. DIZEM QUE ESTÁ NA 'RESERVA', MAS ESTÁ A TRABALHAR NO DURO, A FAZER O JOGO SUJO NA PRAÇA DE BISSAU... Um autêntico pirómano. AAS
Quebo*
Marcas que o tempo deixou
Terias
De ser um arrozal do meu Sul
Para me alimentar
Uma palmeira alta e esguia
Para me saciar a sede
Um mar fundo de vida
Um sopro violento na alma
Quando aqui chegaste
Eram só afagos, atenções
As manhãs eram claras e
Ensolaradas
Os campos vastos e verdejantes
Hoje há nuvens a anunciar
O vento
Vês em todos o melhor e o pior
Que quererás?
Havias de querer estar um dia
Quando os rapazes se fizerem
Homens
As mulheres
Mães
Terias de ser
Tudo aquilo que eu não escrevi
Para assim tudo contares
(*) - Nha terra/minha terra
António Aly Silva/Out/2010
É isto que eu acho:
"Acho que o Serifo Nhamadjo perdeu uma boa oportunidade para, na 68a Assembleia Geral da ONU, pedir solenemente desculpas ao povo da Guiné-Bissau e admitir a sua quota parte de responsabilidade no golpe de Estado de 12 de Abril, e a interrupção, de forma violenta, do processo eleitoral que estava em curso e que culminou com a implantação de uma ditadura militar feroz, que vive da perseguição, do rapto, de espancamentos e de assassinatos de cidadãos guineenses - a quem o Estado devia garantir protecção e segurança, como diz a nossa Constituição." António Aly Silva
68ª Assembleia Geral da ONU: O discurso de José Maria Neves, Primeiro-Ministro de Cabo Verde
"Senhor Presidente da Assembleia Geral
Senhor Secretário Geral da Nações Unidas
Excelências Chefes de Estado e de Governo
Senhoras e Senhores
Saúdo, com satisfação e entusiasmo, a todas e a todos.
Gostaríamos ante de mais de saudar o Sr. John Hash de Antigua e Barbuda, Presidente da sexagésima oitava Sessão da Assembleia Geral que, estamos seguros trará toda a sua paciência experiência e sabedoria na condução dos debates e das tarefas importantes que são da responsabilidade da Assembleia Geral.
Mencionaria, para começar, o notável trabalho desenvolvido pelas Nações Unidas para que todos tenhamos levado avante os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio e nos permita a este estágio de inferir conjuntamente uma nova agenda de desenvolvimento pós-2015. Realmente, este é um desafio à escala global que, para além de inaugurar mais uma era no desenvolvimento global, nos interpela a cumprir os oito Objectivos do Desenvolvimento do Milénio. O foco desta sessão é a equidade e dignidade para todos, como bem referiu o Senhor Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, tarefa que desafia a todos e impõe a cada um novas atitudes e comportamentos na premissa de que um Mundo Melhor É Possível.
Cabo Verde, Pequeno Estado Insular e independente há menos de 39 anos, tendo já alcançado a maioria das metas preconizadas, vai continuar os seus esforços para cumprir os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio. Graças a uma Agenda de Transformação, que vimos levando a cabo desde 2001, progressos significativos aconteceram no País, então na lista dos Menos Avançados. Estes progressos aconteceram, tanto a nível socio-económico, como a nível político, para a melhoria global do nível de vida das nossas populações.
Tem sido clara, inequívoca e sistemática a nossa aposta no acesso à educação e à saúde, à água e à alimentação, bem como ao esforço da inserção competitiva da nossa economia ao mercado internacional, com apoio de parceiros internacionais. A par disso a Agenda de Transformação, perfeitamente sintonizada aos compromissos e metas do Milénio, permitiu, nomeadamente, a histórica transição de Cabo Verde para a esfera dos Países de Desenvolvimento Médio, ainda de Renda Baixa e com a agravante do forte impacto da crise internacional que tem condicionado a dinâmica de alguns progressos em curso.
Dando conta a esta magna Assembleia, diremos que o quadro dos indicadores mostra que reduzimos a pobreza a metade e estamos em tendência claramente decrescente, sendo nosso actual desafio, o da vigilância apertada a evitar situações de retrocesso, em virtude da conjuntura económica global e do seu impacto sobre Cabo Verde. Em verdade, não obstante a graduação a País de Desenvolvimento Médio os indicadores revelam ainda elevadas taxas da pobreza, da desigualdade e do desemprego, ainda insuficiente o acesso das pessoas a muitos bens e serviços, e ainda aquém de realização do bem-estar e da qualidade de vida para todos.
Os cabo-verdianos estão prontos para evoluir sobre os postulados dos ODM e engajar na substituição do «reduzir» para «erradicar» a pobreza extrema, não deixando ninguém para trás. Outrossim, estão prontos, porque já o assumiram em Cabo Verde, para colocar a questão da sustentabilidade económica no centro da agenda de desenvolvimento do país. Encaramos a transformação que em Cabo Verde, mais do que palavra-chave, é uma agenda de trabalho, a partir do crescimento inclusivo. E temos vindo a criar instituições responsáveis, abertas a todos, que garantam a boa governança.
Nessa perspectiva, havíamos reorientado a nossa política interna e, consequentemente, mobilizando as vontades nacionais, apelando ao apoio dos parceiros internacionais, para o prospecto do Desenvolvimento Avançado no horizonte 2030 e é esse sentido que para nós significa engajarmo-nos numa Agenda pós 2015. Neste momento, encontramo-nos numa situação de transição. Os instrumentos criados não são suficientes para responder isoladamente às questões do presente, nem para preparar esse futuro que aponta para o Desenvolvimento Avançado, senão no quadro de uma agenda global, liderada pelas Nações Unidas e de uma intensa cooperação e parceria internacional, tanto na vertente multilateral como na vertente bilateral.
Cabo Verde tem-se empenhado neste esforço conjunto. Os cabo-verdianos olham com acuidade questões globais como as mudanças climáticas, a fome e a desnutrição e a abordagem de diferentes formas de desigualdade, bem como a garantia da sustentabilidade ambiental e parcerias a nível nacional e internacional em prol do Desenvolvimento Global. As mudanças climáticas constituem um problema premente dos nossos tempos que importa tratar com urgência e sentido de responsabilidade. Com efeito, o mundo atingiu recordes em termos de emissões e concentrações de dióxido de carbono na atmosfera, atingindo agora cerca de 400 partes por milhões. Isso poderá significar a ruína dos nossos esforços de desenvolvimento e, pior ainda, uma clara agudização das tensões sociais, abrindo portas para potenciais conflitos tanto a nível nacional como regional.
Da mesma forma, importa sublinhar os impactos sobre a segurança alimentar global. Por outro lado, a acidificação dos oceanos elevou-se a uma taxa jamais atingida em 55 milhões de anos. A prazo, o desaparecimento de numerosas espécies marinhas tornou-se inevitável. Assim devemos todos enfrentar esse problema que põe em perigo o nosso futuro comum e tomar as decisões que se impõem, assegurando ainda o indispensável cumprimento dos engajamentos financeiros destinados a adaptação nos países mais vulneráveis em particular. No concernente à agenda pós-2015, a questão do emprego domina a preocupação dos cabo-verdianos. O assunto ocupa o lugar cimeiro entre as pessoas consultadas que identificam o emprego como essencial para alcançar o desenvolvimento económico e humano.
Outra questão gravosa tem a ver com a sustentabilidade da segurança social. Precisamos universalizar mais o sistema de previdência e temos de introduzir engenharias nos instrumentos previstos para o efeito, só possível com mais dinâmica económica. Não haverá Agenda de Transformação se não criarmos bases sólidas e sustentáveis de amparo social. Para tanto, precisamos crescer e ampliar a riqueza, criando uma onda de modernização da sociedade e factores de competitividade para a nossa economia, num quadro de melhoria de ambiente de negócios e de atracção de investimentos externos.
A resposta maior será o crescimento económico e a criaçao da riqueza que induzirá a melhoria dos indicadores que importam elevar. Temos de reconhecer que há espaços para melhorias, nomeadamente em termos da redução da burocracia estatal e do aumento da competitividade, bem como tornar o investimento externo mais simplificado e mais eficiente em termos de empreendimento. Estamos a exortar os nossos cidadãos a serem produtivos, competitivos e prósperos, sem que percam a grande matriz cabo-verdiana da generosidade, da solidariedade e da responsabilidade.
A continuidade da crise internacional e o seu impacto em todos os países criam sérios problemas a toda a comunidade mundial. No caso de Cabo Verde, esta situação nos coloca sérios desafios que, a todos os títulos importam vencer, de aceleração do crescimento económico, da promoção do emprego e da redução da pobreza. Nesta sexagésima oitava sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, reafirmamos o nosso compromisso com a Paz e o Diálogo, nos parâmetros consagrados na Carta das Nações Unidas.
A nossa visão das Nações Unidas, é a de organização que queremos mais coesa e mais unida, em que os esforços se orientem para a prosperidade das Nações, a sua Assembleia-Geral seja o grande fórum de diálogo sobre os Desafios Globais do Planeta e da Humanidade e no seu Conselho de Segurança tenha uma representação mais equilibrada e mais ajustada à evolução geopolítica que o Mundo conheceu de 1945 a esta parte.
É esta uma ocasião impar para reafirmarmos o desejo e o empenho, enquanto país falante do português como língua oficial, na afirmação da diversidade cultural e no afã da multiculturalidade que nos é apanágio, pleitearmos a Língua Portuguesa – o 5º idioma mais falado no mundo, ligando Estados e povos nos cinco continentes – a uma das línguas oficiais ou de trabalho das organizações internacionais, em particular das Nações Unidas.
Mais uma palavra para nos posicionarmos, na sequência do Relatório dos Peritos das Nações Unidas, contra a criminosa e inaceitável utilização de armas químicas na Síria, que temos seguido com muita atenção, e nos congratularmos com os progressos alcançados em prol do diálogo, nomeadamente a busca conjunta de soluções pacíficas, principalmente no quadro das Nações Unidas. Aliás, somos contra a utilização das armas de destruição de massa e alinhamo-nos nas iniciativas consequentes em prol de sua erradicação. Entrementes, somos contra a guerra e a beligerância, pelo que defendemos a implementação da Estratégia Global no combate à violência.
Queremos ainda expressar a nossa solidariedade com o Governo e o Povo do Quénia, bem como o nosso inequívoco repúdio pelos actos de barbárie e de selvajaria humana, de todo condenáveis, ocorridos no passado sábado em Nairobi. Outrossim, exortamos todos os membros desta Assembleia-Geral a uma convergência histórica em prol do Ambiente. A grande meta é implementar as estabelecidas no documento final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, intitulado "O Futuro que Queremos".
Reafirmamos também, nesta tribuna, a nossa firme vontade de cooperar com todos para reduzirmos as tensões regionais e mundiais, alargando o entendimento sobre as soberanias, as liberdades e os direitos humanos. Reafirmamos ainda, perante vós, a nossa opção pela definição conjunta de novas metas que preconizem os fundamentais para a prosperidade dos países e para o bem-estar dos povos no mundo, buscando, de forma convergente, uma Agenda Pós 2015. Cabo Verde está empenhado em dar a sua contribuição para a criação de um novo cenário das metas, tão sucessor quão complementar aos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio.
Cumprir os oito Objectivos é o nosso compromisso comum e criar uma nova agenda pós 2015 em prol do desenvolvimento sustentável é a nossa responsabilidade partilhada. A forma como o fizermos determinará o nosso destino comum. A importância das nossas decisões e a responsabilidade de o fazermos no quadro das Nações Unidas são evidentes.
Vamos à obra! Por uma nova sociabilidade global que incida numa visão conjunta da promoção do progresso. Cabo Verde está firmemente empenhado na definição de uma agenda de desenvolvimento pós-2015, que seja também, o Futuro que Queremos. E queremos garantir-vos que tudo faremos, em nome de um futuro melhor de liberdade, igualdade e prosperidade. Contem connosco.
Muito obrigado."
sábado, 28 de setembro de 2013
68ª Assembleia Geral da ONU: Portugal alerta para a «continuada subversão da ordem constitucional» na Guiné-Bissau
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, alertou hoje para a “continuada subversão da ordem constitucional” na Guiné-Bissau, instando à realização em breve de eleições presidenciais e legislativas, no discurso que proferiu na Assembleia-Geral da ONU.
O chefe da diplomacia sublinhou que Portugal "prossegue esforços, juntamente com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), para que se realizem, o mais rapidamente possível, eleições presidenciais e legislativas na Guiné-Bissau" e manifestou “apreensão com as notícias sobre o prolongamento do período de transição”. Rui Machete frisou ainda a necessidade de essas eleições serem livres. Por último, Machete falou sobre o objectivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) de que o português, “a língua de origem europeia mais falada no mundo, com 250 milhões de falantes, seja língua oficial das Nações Unidas”.
Viva a CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa!
Serifo Nhamadjo, o golpista-mor da Guiné-Bissau, teme que a posição coletiva da CPLP impeça o auxílio brasileiro. Ele ainda solicitou apoio da comunidade internacional para a realização do recenseamento, sem o qual as eleições ficariam inviáveis. Diz que conta com a ajuda do Brasil para realizar as eleições gerais, marcadas para dia 24 de novembro.
(ELEIÇÕES? QUANDO? ONDE, ONDE? Ó SERIFO, CAI NA REAL...TU E ESSA CANALHA DE CAMUFLADO, INTERROMPERAM UMAS ELEIÇÕES, CARAGO! E 50 POR CENTO DISSO FOI PAGA POR ESSA MESMA COMUNIDADE INTERNACIONAL - A QUEM DEVIAS UM PEDIDO DE DESCULPAS E NÃO PEDINHCICE...VOCÊS NÃO SABEM COMO FAZER ELEIÇÕES, NÃO TÊM ONDE CAIR MORTOS, NÃO TÊM DINHEIRO PARA FAZER CANTAR UMA DUPLA DE CEGOS... VOCÊS QUEREM É DINHEIRO PARA CONSTRUIR CASAS, COMPRAR CARROS DE LUXO PARA AS COMADRES...ELES JÁ VOS TOPARAM. NEM UM TOSTÃO!!! SE QUISEREM ETERNIZEM-SE NO PODER! TAMBÉM COM ESSE POVO...)
Em entrevista à Rádio ONU, pouco antes de discursar na Assembleia Geral, Nhamadjo elogiou o apoio dado pelo Brasil há vários anos, mas disse que receia mudanças por causa da situação política gerada com o golpe de 12 de abril na Guiné.
(RECEIAS MUDANÇAS, SERIFO? PABIA GORA? E PORQUE TE FOSTE ENTÃO METER NUM GOLPE DE ESTADO? APENAS PARA DIZER 'FUI PRESIDENTE' TAL COMO AQUELES QUE DIZEM 'NBAI LUTA.
- TOMA LÁ PARA APRENDEES: A CPLP É GRANDE!?
A respeito da possível ajuda do sistema de urnas eletrônicas do Brasil, o presidente avalia que seria um ótimo auxílio. Mas, ponderou: "O presidente Ramos Horta esteve lá, eu não sei o que é que se evoluiu. Acredito que dentro desta comunidade CPLP, da posição que tem em relação aos acontecimentos de 12 (de abril), poderá contribuir para esse recuo na participação do Brasil. Não sei, não sei...".
(NÃO SABES NADA, SERIFO! ÉS COMO UM SANTO. MAS DEIXA PARA LÁ PORQUE O RAMOS HORTA TAMBÉM NÃO, E VAI NA TUA/VOSSA CANTIGA...AFINAL TIMOR QUER FICAR COM O NOSSO PETRÓLEO, A NOSSA BAUXITE, O NOSSO FOSFATO E, PASME-SE, ATÉ CONTINUAR COM A OBRA DO PORTO DE BUBA INICIADA POR UMA EMPRESA ANGOLANA...O TANAS É QUE VÃO!!! NEM QUE TENHAMOS QUE PASSAR A BEBER SUMO DE PETRÓLEO!!!)...
"Cabo Verde é um país de relações históricas muito sólidas, não são esses pequenos incidentes que vão criar problemas ou que vão pôr em causa essa nossa relação histórica, e com São Tomé a mesma coisa. Falando de São Tomé, fala-se de Angola e de Moçambique. São todos países irmãos e nós temos uma cumplicidade histórica, que é impensável dizer que teremos problemas de maior. Há um incidente, que deve ser analisado e situá-lo no seu momento, no seu contexto, para que depois das eleições, o país se reencontre com todos esses países irmãos, para o desenvolvimento que todos desejamos".
(CARAGO! SERIFOOOOO, CHAMAS A UM GOLPE DE ESTADO CANALHA DE 'PEQUENO INCIDENTE'? QUE DESCARADO... SABES QUANTO TEM CUSTADO ÀS EMPRESAS QUE INVESTEM NA GUINÉ-BISSAU ESTE GOLPE DE ESTADO PATÉTICO? SABES POR QUE PASSAM AS EMPRESAS? E OS HOTÉIS? CLARO QUE NÃO, E NEM QUERES SABER. TU ATÉ TENS UM PALÁCIO - AINDA QUE NENHUM GUINEENSE VOTOU EM TI. PARA TI, ESTAVA CLARO: DEPOIS DO BACAI, SERIFO! MAS A GUINÉ-BISSAU É O VOSSO QUINTAL, NÃO É MESMO? TÉ NA DIA... AAS
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
ÚLTIMA HORA-TENSÃO EM BISSAU: NOTÍCIA DC CONFIRMA-SE
1ª página do jornal 'O Democrata' de hoje, 27 de setembro de 2013. A NOTÍCIA do DC, tinha razão de ser... (...) Treze metralhadoras AK-47, de um lote indeterminado de armas roubadas do batalhão dos páracomandos, na passada quarta-feira, foram ontem recuperadas. Para já, os militares afectos a este batalhão estão confinados ao quartel, proibidos de sair. AAS
OPINIÃO: Mentira
"Boa-tarde, sr. Aly Silva.
Começo por agradecer-lhe as informações que nos vai trazendo da "nossa" Guiné.
E agora, passada mais uma data que teria de ser de comemoração para quem nasceu naquela terra e depois do que escreveu ou retransmitiu acerca do 24 de Setembro, só posso confirmar o que sempre foi a minha opinião e que está mais que confirmado, isto é, foi tudo mentira.
Sim:
- Foi mentira Madina do Boé, pois, afinal, a proclamação unilateral de 24/09/73, não foi ali, mas bem mais perto da fronteira.
- Foi tão mentira que eu mesmo estava em Bissau nesse dia, não dei por nada (ninguém deu), continuei a ver a bandeira Portuguesa içada em todo o lado, a fazer-lhe continência e quando em Dezembro desse ano embarquei de regresso ninguém me carimbou passaporte.
- Foi mentira porque o partido da proclamação preconizava a luta pela independência de um país com a sua parcela continental com sede em Bissau e dezenas de ilhas, dos Bijagós a Cabo Verde. Estas últimas são independentes há muito e o que acho um absurdo e uma aberração, esse mesmo partido ainda se define da mesma maneira. Ainda é o PAIGC, isto é, uma organização que luta pela independência de um estado soberano, que em boa hora se libertou da pandilha que era (ou se transformou) essa organização.
- E aqui outra mentira: ainda se intitulam os combatentes da liberdade da pátria mas o que fizeram quase desde a "libertação" foi matarem cobardemente outros que de boa fé os tinham combatido - embora se tivessem comprometido do contrário - e matarem-se uns aos outros e a quem lhes tem feito frente.
- Mentira porque não se dão ao respeito, colaborando com inimigos que há ano e meio os destituíram, por umas migalhas e a menos de dois meses da data marcada para eleições nem um congresso são capazes de organizar.
Ora, quase nada disto e muito mais que podia ser mencionado, podia ter acontecido num verdadeiro Estado.
Como, infelizmente - para desgraça do pobre povo guineense, a quem eu e muitas centenas de milhar nos afeiçoamos - não se vislumbra saída deste atoleiro e porque continuam a ser os analfabetos que são promovidos e impõem as regras, só posso acabar como comecei: isto foi e continua a ser tudo Mentira.
Cordiais saudações!
R. Jesus"
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
68ª Assembleia Geral da ONU: Um discurso vazio, cheio de frases feitas, proferidas por um 'presidente' golpista e moribundo...Devia era chegar-me em papel, para lhe dar melhor uso! Ganhem vergonha e deixem-se de golpes e de matanças. Terão negociado o Indjai - ou a alma dele - apenas para discursar na ONU? Hum...AAS
"40% do discurso é só agradecimentos, uma vergonha total..." - DEMBA
NOTA: AGRADECIMENTOS, E PEDITÓRIO...AAS
Guiné-Bissau: CPLP quer adiamento das eleições
Num encontro realizado à margem da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), sete ministros representantes de países da CPLP defenderam que as eleições na Guiné-Bissau devem ser adiadas.
O país africano, que conta com um Governo de transição desde o golpe de Estado que aconteceu em abril de 2012, tem eleições marcadas para o dia 24 de novembro, mas «tecnicamente, não é possível, porque há problemas de recenseamento e de financiamento», afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete.
A CPLP é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal,Timor-Leste e Guiné-Bissau, porém este último não teve um representante presente nesta reunião, pois a organização não reconhece «a legitimidade deste Governo», disse Machete.
Espanha: Comunidade guineense exige regresso de exilados políticos
A comunidade guineense residente em Espanha começou hoje a distribuir um abaixo-assinado para exigir o regresso ao país de todos os exilados políticos, destacando, entre eles, o ex-primeiro Ministro Carlos Gomes Junior, com o objectivo de participar nas eleições marcadas para o dia 24 de Novembro próximo.
Viva o pensamento politico de Amilcar Cabral.
Adão Nhaga
Coordenador do Movimento "Cadogo Presidente" em Bilbao
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
40: para rir... e cagar 'djungutudu'
"Oi cara...
Parabéns pela tua entrevista à rádio Morabeza. Gostei particularmente da parte dos analfabetos terem de ir para a escola. Ontem, por ocasião dos 40 anos de independência, houve um acto cerimonial na assembleia. No momento do Hino nacional, os deputados levantaram-se e ouviram a parte instrumental, supostamente eles deviam cantar mas nada fizeram.
A pergunta que ponho é: será que eles sabem cantar o Hino da Guiné-Bissau? E, já agora, será que eles não sabem que além de estarem na assembleia da República devem tirar o chapéu, as boinas (mesmo aquelas com publicidade às cervejas, operadoras de telemóveis) principalmente quando se canta o HINO? Pois é, eles não sabem e se calhar também ninguém os avisou...têm que avisar.
Já agora e mais uma fofoca....os WC's do palácio reconstruído não tem uma única SANITA normal? São daquelas turcas que um gajo baixa-se e mija as calças, (tás a ver né?) já estou a ver o Obama de cócoras a mandar umas. Oh pá, isto vai de mal a muito pior. Ontem, foi um dia triste, esta terra...quem te viu e quem te vê, talvez o ciclo dos F´s acabe e venham os V´s das vitórias.
Falta de água
Falta de luz
Falta de respeito
Falta de carácter
Falta de educação
Abraço di Pitu, nha ermon"
A agenda de Ramos Horta
Guiné-Bissau, é uma espécie de trampolim para Ramos Horta, o representante do secretário da ONU na Guiné-Bissau cuja ambição maior - e desmedida - é, afinal, ser o sucessor de Ban Ki-Moon na ONU. Por isso, Ramos Horta 'tem' de ter sucesso na Guiné-Bissau, custe o que custar. Seria mais fácil candidatar-se a presidente da associação de feirantes do mercado de Bandim...
Timor Leste parece nem ser um membro da CPLP, uma comunidade que fala a uma só voz na questão de Bissau. E isso notou-se na reunião dos polícias da comunidade, que recentemente teve lugar em São Tomé e Príncipe. A insistência de Timor Leste - o único Estado que fez finca pé para que os representantes dos golpistas de Bissau tomassem parte da reunião, deu em nada: os restantes sete disseram 'nim' e o único representante Bissau-guineense em terras santomenses (que viajou para São Tomé apenas porque tem autorização de residência em Portugal) ficou na pacatez do hotel a comer banana-pão.
Agora, Ramos Horta virou as baterias para as pratas da casa: quer levar Xanana Gusmão e Mari Alkatiri a Bissau. Timor Leste, que tem adormecido em bancos estrangeiros cerca de dez biliões de dólares do fundo soberano do petróleo, investe pouco ou quase nada no seu próprio país - o seu presidente esteve até agora em Lisboa a mendigar ajuda para 'construir' Timor... - decidiu-se pela criação de um fundo de desenvolvimento para 'ajudar' a Guiné-Bissau: 2 míseros milhões de dólares.
Timor Leste tem de dizer de uma vez por todas se está ou não do lado da CPLP em questões chave, como é o caso da Guiné-Bissau. E deve dizer isso abertamente, sem subterfúgios. Temos de saber com quem contar, conhecer os nossos amigos e saber quem é quem. A agenda de Ramos Horta bem pode esperar... Agora, negociar a Guiné-Bissau é que NÃO - muito menos por interesses pessoais! AAS
24: Mensagem de Paulo Gomes
"Caros Compatriotas,
Celebramos hoje o quadragésimo aniversário da nossa independência como Nação e como um Povo unido que somos.
Os quarenta anos, caracterizados de altos e baixo...s, foram acompanhados por períodos de instabilidade político-social, acompanhados por oscilações no nosso crescimento económico, mas sobretudo, foram quarenta anos nos quais não nos conseguimos afirmar como um povo com identidade e independência económica e político-social. Impõe-se, por isso, mudar de rumo, garantindo que as melhores políticas públicas associadas à transparência e honestidade na gestão dos bens públicos, permitam acelerar o ritmo de crescimento da nossa economia e aumentar a riqueza produzida e a sua distribuição de forma equitativa para todos. Os últimos quarenta anos foram igualmente marcados pela“briga” em torno de um “bolo”, avaliado em cerca de 1,5 mil milhões de dólares! O novo rumo terá como prioridade fazer crescer esse “bolo” de forma a beneficiar mais pessoas e famílias.
A nossa riqueza reside na diversidade! Diversidade cultural, diversidade étnica, biodiversidade, e sobretudo, diversidade ao nível dos recursos económicos. É essa diversidade que nos distingue e que nos torna únicos entre os povos. Nesse sentido, devemos sempre agir com o intuito de potencializar essa diversidade e fazer dela uma força motriz para a mudança de rumo que é exigida aos Guineenses nos tempos que correm.
Por razões climáticas temos um território fértil, onde chove durante pelo menos cinco meses ao longo do ano, onde existe abundância de terra arável que, infelizmente, apenas uma ínfima parte é ainda aproveitada. A maior parte da nossa população dedica-se à agricultura. Temos, por isso, todas as condições necessárias para a prática da agricultura, com potencialidades para produzir um conjunto diversificado de produtos, quer de renda quer alimentares, produtos aos quais podemos acrescentar valor antes de exportar, mas também que nos podem permitir reduzir o volume de importações (sobretudo do arroz) e travar a saída de divisa para o exterior.
A localização geográfica do nosso território é propícia para o ciclo de vida e reprodução dos recursos haliêuticos. Estima-se uma capacidade anual de captura de todas as espécies em cerca de 700 mil toneladas, sendo que actualmente apenas capturamos aproximadamente 100 mil toneladas por ano. Temos um sector com grandes potencialidades para, se integrado com a economia nacional, podermos criar muitos postos de trabalho para os nossos jovens e mulheres.
Temos um país que inclui um arquipélago constituído por aproximadamente 90 ilhas, classificado como reserva da biosfera e que faz encantar os olhos de qualquer turista, pela fauna e flora. O potencial do turismo para o crescimento económico é enorme. Estamos apenas a umas escassas 4 horas de viagem da Europa, um dos maiores mercados do turismo. Se desenvolvido, o sector poderá impulsionar igualmente o desenvolvimento de um conjunto de outros serviços colaterais, criando emprego, sobretudo para jovens e profissionais qualificados do sector.
Não podemos continuar com o mesmo modelo económico assente na “mono produção/exportação” de matérias-primas. A diversificação é o rumo que devemos tomar por forma a alimentar a esperança dos nossos filho e netos. É imperativo que os próximos quarenta anos sejam benéficos para todos os Guineenses.
Existem, porém, constrangimentos que devemos eliminar por forma a diversificar a nossa economia.
Precisamos de criar condições para incrementar os níveis de poupança de forma a aumentar o investimento interno e, ao mesmo tempo, estimular o investimento directo estrangeiro. Não é por falta de código de investimento que não conseguimos atrair mais investidores. Para atrairmos mais investidores precisamos de reduzir os custos de fazer negócio na Guiné-Bissau. Foram dados alguns passos nesse sentido, mas precisamos de fazer muito mais. Ainda no domínio do investimento, precisamos de políticas públicas que sejam coerentes e que incentivem o investimento privado.
Precisamos, de igual modo, de leis que regem o negócio, que sejam do domínio público, aplicadas, e que o sistema que dirime os conflitos de negócio seja célere, fiável e ao alcance de todos.
Precisamos de dotar o nosso sector público-administrativo com recursos necessários para responder de forma célere e eficaz a todas as solicitações.
Precisamos de ter um sector energético rentável e que funcione, por um lado, para prestar um serviço de qualidade aos cidadãos e, por outro lado, para reduzir os custos de estruturas das empresas. É necessário também desenvolvermos um sector portuário atractivo e funcional.
No estádio de desenvolvimento em que as economias mais avançadas se encontram, o sector das telecomunicações e das Tecnologias da Informação e Comunicação constituem um dos pilares da competitividade.
E é com o auxílio das Tecnologias da Informação e Comunicação que me dirijo a todos vós neste dia em que comemoramos mais um aniversário da nossa independência. Gostaria de deixar uma homenagem a todos aqueles que sacrificaram as suas vidas em prol desta pátria.
Ganhámos a Luta de Libertação, mas estamos a perder os sucessivos desafios de desenvolvimento nacional.
Caros Compatriotas,
A Guiné-Bissau precisa de um novo rumo e eu preciso do vosso apoio.
A minha vontade é de que os próximos quarenta anos sejam de transformação na nossa nação, através da redefinição da nossa identidade, bem como do nosso reposicionamento em África e no mundo, se respeitarmos três princípios fundamentais: LIDERANÇA HONESTA, DISCIPLINA DE EXECUÇÃO e SUPREMACIA DO INTERESSE NACIONAL.
Juntos no na muda rumo!
Muito obrigado.
Paulo Gomes"
24: Mensagem de Domingos Simões Pereira
"Primeiro, venho cumprimentar a todos os conterrâneos e especialmente aos militantes do PAIGC. Desejar um feliz 24 de Setembro. Que as celebrações incluam a satisfação pelos anos da independência, mas também o sentido de responsabilidade de fazer mais nos próximos tempos e a confiança de sermos capazes disso, se juntos, se unidos, se tivermos a coragem de escolher a verdade e a justiça.
Depois, referir que acabo de chegar a Maputo, continuando amanhã até Quelimane para mais uma semana académica, a convite das Universidades católicas de Portugal e Moçambique. Com efeito, após Beira e Nampula, amanhã vamos inaugurar a cadeira de «Diplomacia e Cooperação no contexto africano», no quadro de um programa de mestrado em Ciências Políticas e Relações Internacionais.
Prometo notícias e um rápido regresso à Guiné aonde já estarão em alto ritmo a preparação das Conferências de Sector e logo a seguir das Regiões. Grande abraço a todos."
Domingos Simões Pereira"
Rede dos defensores dos direitos humanos na forja
Entidades e personalidades da Guiné-Bissau vão criar uma Rede Nacional dos Defensores dos Direitos Humanos para dar mais condições de trabalho e proteção a quem lida com o assunto, disse hoje à agência Lusa fonte da organização. A rede vai ser apresentada no 1.º Fórum das Organizações da Sociedade Civil, que decorre na quinta e na sexta-feira, no Hotel Azalai, em Bissau. Este encontro acontece depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) ter condenado os recentes interrogatórios de forças de segurança e militares a figuras públicas.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, um dos organizadores do fórum, foi intimado e questionado pela Policia Judiciária no final de agosto por causa de um comunicado em que desmentiu informações dadas pelo chefe das Forças Armadas, António Indjai. Já este mês, um comentador da Rádio Bombolom FM, em Bissau, foi interrogado pelos serviços de contra-inteligência e levado a tribunal militar depois de ter criticado as recentes promoções de oficiais.
Em ambos os casos, os inquiridos foram ouvidos durante várias horas até serem dispensados pelas autoridades. O fórum de quinta e sexta é promovido por organizações da sociedade civil guineenses em colaboração com o sistema das Nações Unidas e com a Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (Swissaid). A apresentação e discussão dos termos de referência e dos estatutos da Rede Nacional dos Defensores dos Direitos Humanos estão marcadas para a manhã de sexta-feira.
Outros temas serão discutidos já a partir de quinta-feira, tais como "participação política da sociedade civil no processo eleitoral" e "experiência internacional no domínio das eleições e direitos humanos". A abertura do fórum contará com intervenções do representante da ONU em Bissau, do coordenador nacional da Swissaid, do presidente da Assembleia Nacional Popular e ainda de um representante das organizações da sociedade civil guineense. LUSA
Ontem
Caro Aly,
Partilho este texto consigo, em forma de profundo agradecimento por tudo o que é e faz, e sinal de partilha comum na Esperança. Chamo-me Rui S., tenho 35 anos e sou missionário. Nas minhas andanças, a Guiné-Bissau, onde trabalho vários meses por ano em acções de formação, meteu-se-me nas entranhas como um grande amor.
Um abraço e coragem, muita, que bem precisa.
Kassumay
"Ontem foi um dia grande para a Guiné-Bissau. 24 de Setembro, Dia da Independência. Ontem, 40 anos. Foi em 1973 que a Guiné-Bissau autoproclamou a sua independência em relação ao regime colonizador português. Seria preciso mais um ano para que Portugal, entretanto Abrilado, reconhecesse essa declaração. 40 anos de Independência ou, pelo menos, de história para chegar a qualquer coisa parecida com isso. É impossível o meu coração não alinhar estes "40 anos" com outros 40 que eu conheço e me fascinam…
Porque fiz família na Guiné aconteceu-me amá-la e ter Esperança nessa terra. Por isso ando desde ontem a rezar dentro de mim a ladaínha de um Êxodo Novo, na mesma África que viu o primeiro e mais famoso, aquele dos escravos dos Egípcios, mas, desta vez, mais em baixo e na costa ocidental. Desfio nesta ladaínha africana por um Êxodo na Guiné a Esperança de ser hoje o Dia Um. Acabou o período dos 40 anos, acabou o tempo da Travessia do Deserto e do descalabro de ter caído em toda a espécie de tentações. Acabou o tempo dos Bezerros de Ouro que levam à ruína o seu povo para medrarem eles mesmos.
Como os meus antepassados no Egipto há muito tempo, também os meus antepassados guineenses, há 40 anos, escolheram a Liberdade como uma rebeldia, uma ousadia. Onde já se viu a Independência ser proclamada de maneira unilateral exactamente pela parte colonizada? Tantas semelhanças encontro com a aventura antiga das escrituras… Essa indomável Fé na Liberdade! A ousadia no comando, a Liberdade como único destino digno de Fé.
Mas, depois, os tais 40 anos… os do deserto e das tentações experimentadas, uma após outra. É que não se é livre por proclamação. A Liberdade é coisa de construir mais devagar. A independência declara-se. A autonomia aprende-se. A Liberdade constrói-se. Há muito percebi que Deus precisou de uma noite apenas para tirar Israel de dentro do Egipto, mas precisou de 40 anos para tirar o Egipto de dentro de Israel. A libertação é uma cura de paciência.
Mas, ontem, passaram já os 40 anos para a minha Guiné. El kumanda, aos i Dia Purmero, nha familia! Por isso, hoje é o Dia Primeiro! Hoje é o Dia Primeiro da Terra Prometida por Cabral, o Amílcar, apontada logo ali, do outro lado das armas e da força. Mas ainda estamos a atravessar esse Jordão larguíssimo de violência, a última fronteira para darmos de caras com uma Terra da Promessa onde mana leite de coco e o mel dos mangos.
Por agora, o meu coração repousa dentro de mim, no sereno que antecede a manhã junto ao porto de Pindjiguiti. E, nesse sossego, passeiam-se diante de mim rostu di mininus de Suzana, ou de Canchungo, dou de Antula, ou de Santa Luzia ou da Ajuda em Bissau, ou de Cacheu, ou da minha Bula… E são os rostos deles que me garantem que hoje pode ser o Dia Primeiro, e são os olhos deles que, de tão grandes e focados, me enchem e concentram na certeza da Esperança."
Para o Didi, secretário de Estado das Comunidades
"No preceednte tinha falado sobre o bloqueio, da tua parte, do sistema de Emissão de Passaportes, o "LOGICIEL", na Nossa Representação Diplomatica em Paris, através de uma Empresa que opera Bissau.
Faço-te seguintes perguntas:
- Se fosse o teu filho nos lugares dos nossos que quisessem esse documento, seria tratado os seus documentos?
- Documentos de Circulação para Menores residentes / Nascidos em FRANçA, que querem viajar?
- Não podem porque têm que entregar um Passaporte Vàlido Emitido na nossa Embaixada.
- Obtenção da suas Residências por serem menores. So a partir dos 13 anos que jà podem obter a Nacionalidade Francesa.
- Neste ano não viajaram mais de 500 filhos dos Nativos Guinenses Résidentes aqui em Franca - Por causa de Idelfrides FERNANDES vulgo DIDI, secretario de Estado das COMUNIDADES, membro do Bureau Politico do PAIGC - entraste na cena Politica Guinense para quê?
- Sei, é do meu conhecimento, que tu tens um filho em França, que agora tem a nacionalidade FRANCESA, ele pode viajar quando e como quiser.
- E os nossos filhos?
- Nós mesmos, que através do nosso suor, ajudamos e alimentamos tantos familiares na Guiné-Bissau em todos os sentidos.
E tu viajas também, quando e sempre que quiseres, apesar de a União EUROPEIA não ter em atenção as sanções decretadas contra os actuais Governantes do Pais.
- Agora se fosses um bom Pai o que farias?
- Creio que és um 'PADIDA di UM MAMA'
- Te advirto DIDI, tens 72 horas para DESBLOQUEAR o Sistema da Emissão do PASSAPORTES para a Embaixada da nossa querida Pàtria em PARIS.
Se não vou fazer os seguintes:
- Levar todos documentos na minha posse sobre as tuas práticas - "bu fiu manha";
- ao Ministério dos Negocios Estrangeiros de Franca dito "Quai d'Orsay";
- Um abaixo-assinado pedindo para te proibir de pôr os pés no espaço Schengen;
- Pondo o teu nome e a tua FOTO em todos serviços das Fronteiras de União Europeia.
Didi, pensa bem: não são os senhores que estão na Embaixada que sofrem com isso, somos nós e os nossos filhos. Porque tu nunca conheceste a vida séria, só a burla e a trapaça.
Agora pergunto a quem? Ao Antonio INJAI? O Daba NA WUALNA? O Kumba Yala, o Serifo NHAMADJU, o Nando VAZ, o Rui BARROS, o Delfim da SILVA, o Saico BALDé, a ADja Satu CAMARA, o Aristides Ocante da SILVA e mais homens neste momento de desgraça?
Deram o GOLPE de ESTADO para Castigar até os vossos NETOS na Diaspora? Lembra que o ANTONIO INJAI tem dois filhos em Franca a estudar numa Universidade Privada, até isso os pode afectar.
Ed. BOLANHA"
40 anos: Cabo Verde saúda o Povo guineense e disponibiliza-se para apoiar o País
O Governo de Cabo Verde saudou a celebração dos 40 anos da declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau, proclamada a 24 de setembro de 1973, e manifestou disponibilidade para apoiar o país. Num comunicado destinado a assinalar o "aniversário da independência da Guiné-Bissau" e sem se referir explicitamente às autoridades guineenses, o Governo cabo-verdiano, através do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), saúda o "povo irmão", augurando os maiores sucessos nas iniciativas em curso para estabilizar o país.
"O Governo de Cabo Verde, atento aos laços privilegiados e inquebrantáveis que unem os cabo-verdianos ao povo irmão guineense, aproveita a oportunidade da comemoração para, em nome do Povo de Cabo Verde, felicitar calorosa e fraternalmente o povo da Guiné-Bissau", lê-se no documento, que deseja "os maiores sucessos nas iniciativas em curso, em concertação com a comunidade internacional, tendo em vista a criação das condições susceptíveis de assegurar o desenvolvimento económico e social perene do país em bases sólidas".
No comunicado, o executivo de José Maria Neves reafirma a "vontade firme" em "não poupar esforços" para o estreitamento das relações bilaterais e na diversificação da cooperação. Saudando também a diáspora guineense residente em Cabo Verde, o executivo da Cidade da Praia garantiu que irá continuar a apoiar os esforços de todos os que escolheram o país para a concretização "de uma vida melhor e digna". A 24 de setembro de 1973, nas colinas de Madina do Boé (leste), foi proclamada unilateralmente a independência da Guiné-Bissau, decisão que Portugal só viria a ratificar quase um ano mais tarde, a 10 de setembro de 1974.
A luta de libertação conjunta das duas então províncias portuguesas foi levada a cabo pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), "fruto da gesta heroica" iniciada em 1956 pelo "clarividente e saudoso Amílcar Cabral", tal como se refere na nota. O Governo de Cabo Verde não reconhece as atuais autoridades guineenses, saídas do golpe de Estado de 12 de abril de 2012 e tem defendido a realização de eleições gerais e o retorno à normalidade institucional. LUSA
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Ainda há quem resiste; quem diz NÃO!
"Uma vez mais, a forma mais eficaz de combater a força é com o poder da palavra. E nesse particular há um homem que se tem distinguido: António Aly Silva, que a partir do seu blogue Ditadura do Consenso tem sido a voz da revolta contra os senhores que insistem em destruir o país que ele tanto ama. Muitas vezes excessivo, o Aly – que me dá o privilégio da sua amizade - tem a enorme qualidade de ser autêntico. E essa autenticidade, essa verdade no olhar e nas palavras, tem-no constituído como uma espécie de farol e de portador da esperança para todos os que ainda sonham com uma Guiné democrática."
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
PROTESTO! 40 anos depois, sobrevivemos. Com medo. Durante todo o dia de hoje, 24, não haverá actualização do blog - salvo se... É o meu protesto por andarmos 40 anos na mesma merda de sempre! Hoje, devíamos lamentar simplesmente que falhamos. E que o mal que fazemos é a nós mesmos. Mas não. Parecemos cegos numa sala cheia de surdos. Ah, e temos o mundo como palco! AAS
O Povo agradece
EUA dão parabéns à Guiné-Bissau pelos 40 anos de independência. O Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, endereçou hoje uma mensagem de parabéns aos CIDADÃOS da Guiné-Bissau, por ocasião da celebração do 40.º aniversário da independência do país, em 24 de setembro.
40 anos de independência - Cerimónia em França
Comunicado à imprensa do Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guiné-Bissau e da Diáspora.
A Guiné-Bissau comemora amanha, dia 24 de Setembro, os 40 anos da sua independência. Por esta ocasião, o Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guinée-Bissau e a Diaspora Guineense em colaboração com a Embaixada da Guinée-Bissau em França, realizarao uma cerimonia na Avenida Amilcar Cabral, em Saint Denis na presencia das autoridades da Camara Municipal, das 10h30 as 12 horas - RER STADE DE FRANCE, SEINE SAINT DENIS, PERTO DO COMISARIADO MUNICIPAL.
Nesta cerimonia na Avenida Amilcar Cabral, a Diaspora depositara uma coroa de flores em homenagem ao seu pai fundador da Nacionalidade Guineense. Estarão presentes uma delegação da Embaixada da Guiné-Bissau representada pela Sua Excelência Dr Hilia Lima Barber, Embaixadora de Guiné-Bissau em França e uma delegação de Camara Municipal de Saint Denis, representada pelo Senhor Sam Berrandou, adjunto de Presidente de Camara Local e das diferentes personalidades.
Paris 23 de setembro de 2013
A direçcao
EXCLUSIVO: AK-47 roubadas do batalhão dos páracomandos
Treze metralhadoras AK-47, de um lote indeterminado de armas roubadas do batalhão dos páracomandos, na passada quarta-feira, foram ontem recuperadas. Para já, os militares afectos a este batalhão estão confinados ao quartel, proibidos de sair.
Ditadura do Consenso alertou na semana passada sobre uma operação denominada "Sadat" - uma referência ao presidente egípcio Anwar El Sadat, assassinado em plena parada por militares - que estava a ser preparada para amanhã. Para já, e segundo informações apuradas pelo DC, há pelo menos dois oficiais generais, promovidos há pouco mais de uma semana, suspeitos desta 'tentativa' de sublevação. Mais desenvolvimentos a seguir. Para já, as comemorações dos 40 anos da independência estão ensombradas... AAS
40 Anos: O dia da independência ou o dia da troca de colonizadores?
Desde que nasci nesse pais que perdeu, por motivos vários, o seu todo, os seus bons filhos intelectuais e patriotas no sentido próprio desta palavra, a sua identidade cultural, a economia que deveria ter, a sociedade que deveria erguer, os ideais, sob os quais a nacionalidade guineense foi fundada, etc.; vivo questionando, que dia é 24 de Setembro para os verdadeiros Guineenses?
As vezes, acho que estou errado, louco, aterrorizado, perdido… mas a minha sentença, enquanto verdadeiro guineense, sã e lógico é a seguinte:
A Guiné nunca foi libertada e nem sequer foi um Estado algum dia. Houve sim, tentativa de libertar este povo do jugo colonial e criar uma verdadeira república, segundo os ideais de Cabral e de outros filhos digno deste país, que infelizmente, acabou por fracassar porque o PGIAAP (PARTIDO GUINEENSE DOS INCAPAZES, AMBICIOSOS E ANTIPROGRESSISTAS) não permitiu, e o que verificou-se na prática foi a troca de colonizadores, e em consequência disso, estão prestes a comemorar os 40 anos do sofrimento do povo guineense, que afinal das contas, é o detentor nato e legítimo deste pedaço de continente Africano que Deus o confiou…
Sim, TROCA DE COLONIZADORES, pois os colonialistas portugueses foram expulsos do território guineense graças ao mérito dalguns filhos dignos desse país. E agora estamos sob domínio dos não intelectuais guineenses. Dói ser colonizado e sobre tudo pelos próprios conterrâneos.
O pior de tudo é que os PGIAAP já atuava desde o mato, e tinha o objetivo preciso: ELIMINAR OS INTELECTUAIS, porque caso contrário, após a verdadeira independência teriam menos oportunidades que estes, pois não tinham, não têm e nunca terão um saber fazer afinal das contas não são intelectuais. Mas têm ambições pessoais desmedidas e são cruéis, aliás as suas armas é a crueldade.
Governar é, e exclusivamente, tarefa de intelectuais. A Guiné nunca foi governado por pessoas idóneas, homens do Estado cuja missão é pensar o país, delinear metas e arquitetar estratégias do desenvolvimento, razão pela qual o país está no estado em que encontra. É impossível governar sem ter equipas de técnicos altamente qualificados, estas qualidades são abundantes no nosso país, pois os técnicos são suportes das instituições do estado em cada área concernente.
Se unirmos podemos ditar as régras do jogo para os Governantes - eles só assinam papéis, discursam discursos escritos por técnicos, e no nosso contexto a maioria deles não têm um saber fazer…porque nos governam afinal?
Temos que lhes fazer compreender que sem nós não são ninguém e que cada camada social deve ter o que merece por direito.
O PGIAAP ganhou a força, aliás triunfou mesmo, na década 80, com a ascensão ao poder do Homem que devia e poderia ser o ídolo de todos guineenses, pois, até a história ia ao encontro dele, mas que não soube gerir a situação…afinal não era também intelectual.
Ninguém parou para pensar porque os intelectuais que lutaram morreram em situações misteriosas e sobretudo quase no culminar da guerra que não vou chamar de libertação nacional embora devia a ser. Acordem!, intelectuais… Estão perante uma luta de mais de 40 anos de idade e, até então, os miolos de galinha estão a vencer, o que é ridículo, pois a verdadeira e potencial arma, é a massa cinzenta, o intelecto.
Por mais irónico que seja, mas estas galinhas por instinto ou outra coisa semelhante, uma vez que nem encadear raciocínios lógicos conseguem fazer, entenderam que MINTIDA TENE PÉ KURTU e que estão fracassados. Os intelectuais estão a ganhar força por inércia graças a única coisa absoluta no Mundo – a verdade, e as galinhas refugiaram-se nos militares garantindo, assim, a sua perpetuidade no poder. Portanto, os intelectuais têm uma missão a cumprir: libertar e definitivamente o povo guineense e partir rumo ao desenvolvimento.
Que o Altíssimo abençoe a Guiné e os intelectuais fieis ao povo guineense nessa luta!
The Patriot
domingo, 22 de setembro de 2013
GUINÉ-BISSAU: 40 anos de violência, tirania e delinquência(*)
•Um caso mal explicado
21 Oct 2012
Um tiroteio junto ao quartel de Bissalanca, sede dos Bionas Vermelhas, culminou em sete mortos. O ataque terá sido liderado pelo capitão Pansau N’Tchama, que esteve em Portugal a receber formação ao abrigo de um acordo de Cooperação Militar entre os dois países. O governo de transição acusou Portugal, a CPLP e Gomes Júnior de estarem por detrás do ataque.
•O último(?) golpe
12 Apr 2012
Putsch triunfante de um sector das forças armadas entre as duas voltas das eleições presidenciais. O Presidente da República interino, Raimundo Pereira e o primeiro-ministro, Carlos Gomes, Jr. são depostos e a constituição é suspensa. A governação passou a estar entregue a um Comando Militar de 6 elementos - liderados por António Indjai. Foi nomeado um governo de transição, chefiado por Serifo Namadjo, que nomeou primeiro-ministro Rui Duarte de Barros. Os líderes golpistas foram depois alvo de sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU. A mais violenta chapada na cara da comunidade internacional...
•Morto por 'desconhecidos'
18 Mar 2012
O ex-chefe dos serviços secretos militares, Coronel Samba Djaló, é assassinado por um 'grupo de desconhecidos' pouco depois do fecho das urnas, na primeira volta das eleições presidenciais.
•Nova tentativa falhada
26 Dec 2011
Tentativa falhada de golpe de Estado levada a cabo pelo general Watna na Lai. O ex-Chefe do Estado Maior da Armada, Bubo Na Tchuto é considerado o cérebro por detrás dos militares e é detido.
•'Meio' golpe militar
1 Apr 2010
Tentativa de golpe parcialmente frustrada. O primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior e o CEMGFA, Zamora Induta, são detidos por militares. Ambos acabam por ser libertados. No entanto, Zamora Induta é destituído e substituído no cargo pelo general António Injai à revelia do poder politico.
•Candidato eliminado
5 Jun 2009
Baciro Dabó e Hélder Proença, políticos, tidos por próximos do falecido Presidente "Nino" Vieira, são assassinados. Baciro Dabó, morto de madrugada em casa, era candidato às eleições presidenciais de 28 de Junho seguinte. Fontes da candidatura responsabilizaram homens com uniformes militares.
•Presidente assassinado
2 Mar 2009
Horas depois do atentado que matou Tagmé na Waie no Quartel General das forças armadas, o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira é assassinado a tiro e à catanada, em casa, por militares armados.
•Morre Tagmé na Waie
1 Mar 2009
O CEMGFA, General Tagmé na Waie, morre num atentado à bomba no quartel-general das Forças Armadas. Tagmé é o terceiro chefe militar a ser assassinado numa década, todos em circunstâncias difíceis de apurar.
•Casa de "Nino" atacada
23 Nov 2008
Militares atacam a residência do presidente “Nino” Vieira durante a madrugada. Bissau acorda com tiros e explosões. Morrem dois soldados, seguranças do chefe de Estado.
•Golpe falhado
6 Aug 2008
Tentativa falhada de golpe de Estado contra "Nino" Vieira - que tinha regressado ao país em Abril de 2005 para vencer as eleições presidenciais. O CEMA José Américo Bubo na Tchuto é destituído por tentativa de perturbação da ordem constitucional. No mês seguinte, exila-se na Gâmbia.
•Vingança
6 Jan 2007
O apoiante de Ansumane Mané, antigo membro da Junta Militar e ex-CEMA, Mohammed Lamine Sanhá, é assassinado.
•Morto por 'falta de pagamento'
6 Oct 2004
O CEMGFA, General Veríssimo Correia Seabra e o seu adjunto Tenente Coronel Domingos Barros são assassinados, por espancamento, alegadamente por um grupo de militares que tinha estado na Libéria numa força das Nações Unidas. A revolta teria sido desencadeada por falta de pagamento dos salários. Kumba Yalá enviou uma mensagem...uma ameaça velada: 'Digam ao Veríssimo que no dia em que eu regressar ele não estará cá para ver'...
•Golpe contra Kumba
14 Sep 2003
Kumba Ialá, que tinha sido eleito presidente nas eleições de 16 de Janeiro de 2000, é derrubado por um golpe de Estado organizado pelo CEMGFA, general Veríssimo Seabra.
•Morte do general rebelde
30 Nov 2000
Ansumane Mané é assassinado a norte de Bissau por forças governamentais, após uma 'violenta troca de tiros'.
•Homicídio suspeito.
22 Aug 1999
Homicídio por espancamento de Nicandro Barreto, Ministro da Administração Territorial e antigo Procurador-geral da República. Estava a par de muitos dossiers altamente comprometedores, designadamente um relativo ao levantamento militar de 7 de Junho de 1998, que nunca foi encontrado.
•O exílio de "Nino"
7 May 1999
A Junta Militar liderada por Asumane Mané toma Bissau e derruba "Nino" Vieira. Malam Bacai Sanhá, é nomeado presidente interino e o antigo presidente exila-se em Portugal.
•A guerra regressa
6 Jun 1998
"Nino" Vieira destitui de Chefe do Estado Maior o Brigadeiro Asumane Mané. No dia seguinte o militar e os seus homens rebelam-se e o país regressa à guerra civil.
•"Nino" eleito Presidente
3 Jul 1994
A Guiné-Bissau realiza as primeiras eleições presidenciais desde a independência. "Nino" Vieira é eleito e mantém-se no poder.
•Assassinato
17 May 1993
O major Robalo de Pina, assessor de “Nino” Vieira, é assassinado por militares. No mesmo mês, Jorge quadros, jornalista português e assessor de imagem do Presidente, é morto.
. Caso 6 de Outubro
•Tentativa de golpe e condenação
17 Oct 1985
Alegada tentativa de golpe de Estado e conspiração contra a segurança do Estado que culminou na detenção, tortura, julgamento e condenação à morte de Paulo Correia, 1º Vice-Presidente do Conselho de Estado, Viriato Pã, Procurador-Geral da República e vários oficiais de etnia balanta. Os implicados são fuzilados a 21 de Julho de 1986. A promotoria do tribunal militar, da qual faziam parte, entre outros, Anfonso Té, hoje presidente do PRID, condenara, com provas forjadas, doze pessoas
•Golpe de Estado
14 Nov 1980
O primeiro presidente da Guiné-Bissau, Luis Cabral, é deposto pelo chamado Movimento Reajustador. O golpe de Estado é liderado por João Bernardo "Nino" Vieira, um antigo comandante militar da guerra pela independência. A Constituição e a Assembleia Nacional são suspensas, é criado o Conselho da Revolução. Ruptura com Cabo Verde.
(*)Parabéns, conseguiu chegar à independência
10 Sep 1974
Portugal reconhece a independência da Guiné-Bissau um ano após a morte do líder histórico guineense, Amilcar Cabral. O seu irmão, Luís Cabral, é nomeado Presidente do país.
Ramos Horta apela a uma "mudança de comportamento" das forças de segurança e militares
O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, apelou hoje a uma mudança de comportamento das forças de segurança e militares para que haja "paz duradoura" no país. Ramos-Horta discursava estava manhã numa cerimónia na Praça dos Heróis Nacionais alusiva ao Dia Internacional da Paz, a que se juntaram também actividades alusivas aos 40 anos da Independência da Guiné-Bissau, reunindo centenas de pessoas. O representante da ONU pediu o fim da "prepotência dos serviços de inteligência civis e militares" e o fim da "arrogância de quem tem armas" e "interrompe a democracia".
"A democracia não é perfeita, mas não cabe aos militares interrompê-la", referiu, acrescentando que, para isso, servem "as eleições". "Só assim haverá paz duradoura na Guiné-Bissau" e, para alcançar essa meta, o sistema das Nações Unidas vai continuar a apoiar o país, garantiu Ramos-Horta. Já antes, no mesmo discurso, o representante da ONU tinha feito deixado outras frases de apelo à paz, tema que foi uma nota dominante ao longo de toda a manhã.
Grupos de dança, cantares, teatro e jovens, todos participaram no espetáculo e, de uma forma ou de outra, deixaram "recados do povo" a governantes e militares da Guiné-Bissau, pedindo "paz e harmonia", para aproveitar os recursos naturais do país e tirá-lo da pobreza. O Dia Internacional da Paz é celebrado em 21 de Setembro depois de ter sido declarado pela ONU em 30 de novembro de 1981. O primeiro-ministro e presidente interino da Guiné-Bissau foram depostos num golpe de Estado militar em abril de 2012, quando decorriam eleições presidenciais.
O país passou a ser gerido por um governo e presidente de transição até novas eleições gerais, que estão marcadas para 24 de novembro, mas que a generalidade das instituições nacionais e internacionais admite que venham a ser adiadas devido a atrasos nos preparativos. LUSA
sábado, 21 de setembro de 2013
40
"40"
40 anos de atraso
40 anos de ignorância
40 anos de analfabetos
40 anos de assassinatos
40 anos de nepotismo
40 anos de corrupção
40 anos de roubos
40 anos de destruição
40 anos de golpes
40 anos “di guintis fiu”
40 anos de tribalismo
40 anos de degradação
40 anos de mentiras
40 anos de inveja
40 anos de prisões arbitrarias
40 anos de crueldades
40 anos de “mata-mata”
40 anos de “djunda djunda”
40 anos sem luz
40 anos sem agua
40 anos sem saúde
40 anos sem escola
40 anos de estradas esburacadas
40 anos de emigração
40 anos de “lebsimento”
40 anos de adiamentos
40 anos de macacos com fardas
40 anos de inversão de valores
40 anos de sofrimento do povo
40 anos de vergona
40 anos “djungutudu”
40 anos de fuga de valores
40 anos de cegueira
40 anos de maldição
40 anos meu hino
40 anos minha bandeira
40 anos minha terra
40 anos Guiné
40 anos “és i abó” Bissau!
40 anos de esperança renovada
TCS, Porto Set. 2013
OPINIÃO: Guiné-Bissau, 40 anos de independência
Estimado(a) amigo(a)
Relembrar o que nos prometeram no dia 24 de Setembro de há 40 anos, faz sempre todo o sentido e é um imperativo em tempo e crise.
Pois, depois da independência para a data presente os guineenses foram premiados com sucessivos sobressaltos, conspirações e até mesmo as mortandades sumarias e que historicamente, nenhum governo eleito viu-se o seu mandato findar.
Apontamos então o caminho da Liberdade, da Democracia, do Desenvolvimento e da Justiça Social. Não podemos aceitar as injustiças de hoje e sobre tudo que sejam os mais desfavorecidos, desempregados e jovens na busca do primeiro emprego, a pagar pelos erros de sucessivos governantes.
O 24 de Setembro deu-nos a Democracia e a Liberdade: deu-nos voz para clamar a justiça, poder para a defender e pô-la no caminho certo que anuncia mais a igualdade e mais fraternidade. Por isso mal seria que nós, todos nós, os que defendemos uma melhor qualidade de vida, que é apanágio e bandeira do poder, não erguêssemos a voz e não praticássemos exercícios de cidadania que a Constituição consagra e a nossa vontade exalta.
Festejar 24 de Setembro sempre não basta. Há que dar, ao dia da Liberdade, a categoria maior de ser mais do que uma mera recordação. Poucas vezes como agora fomos chamados a empunhar os cravos que, mais do que enfeitar as ideias, nos lembram o papel que todos nós, sem excepção desempenhamos na viragem que temos que dar ao presente para que os sonhos de Amílcar Lopes Cabral e gloriosos combatentes da liberdade da pátria no passado possam florescer na realidade ao 24 de Setembro do futuro.
24 de Setembro não foi, 24 de Setembro é e será se, nos lembramos de nós.
24 de Setembro Sempre!
Cirilo dos Santos
Prof. Filosofia
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Rafael Marques detido em Luanda
O jornalista e activista Rafael Marques foi hoje preso em Luanda. Rafael Marques e os repórteres Alexandre Solombe e Coque Mikuta (correspondente de A Voz da América) estariam a entrevistar um grupo de jovens que tinham sido detidos na véspera por participar numa manifestação organizada pelo Movimento Revolucionário Angolano.
Os nove manifestantes tinham acabado de ser libertados e estavam a falar aos jornalistas perto do Largo Serpa Pinto quando, de acordo com o site Maka Angola, “foram cercados por elementos da Polícia de Intervenção Rápida e levados numa carrinha para parte incerta”.
Os nove manifestantes tinham acabado de ser libertados e estavam a falar aos jornalistas perto do Largo Serpa Pinto quando, de acordo com o site Maka Angola, “foram cercados por elementos da Polícia de Intervenção Rápida e levados numa carrinha para parte incerta”.
PAIGC volta a adiar congresso
O oitavo congresso ordinário do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi novamente adiado e remarcado para entre 25 a 27 de outubro, disse à Lusa Óscar Barbosa, porta-voz do partido.
De acordo Óscar Barbosa, também membro do secretariado permanente do "bureau" (órgão restrito do partido), a decisão do adiamento foi tomada pela maioria dos membros do Comité Central (órgão máximo do PAIGC no intervalo entre congressos), atendo aos atrasos nos preparativos da reunião magna, que devia ter lugar de 10 a 13 de outubro. É a quarta vez que o oitavo congresso do PAIGC, partido mais votado da Guiné-Bissau, é marcado e adiado. LUSA
Bubo - Exotismo em Nova Iorque
Os Estados Unidos estão a lutar para processar uma das suas capturas na guerra global contra as drogas - o ex-chefe da marinha da Guiné-Bissau, contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto. Tudo porque os advogados não conseguem encontrar tradutores suficientes que falam a sua língua nativa - talvez a balanta.
Bubo Na Tchuto foi preso na costa Oeste Africana em abril do ano passado pela DEA - Drug Enforcement Administration. Ele foi levado para Nova York, onde está preso, e a ser julgado. Numa audiência de pré-julgamento na Corte Distrital de Manhattan, nos EUA, ontem, os seus advogados disseram que procuraram a ajuda das Nações Unidas para encontrar pessoas para se comunicar com ele e traduzir resmas de provas, mas sem muito sucesso. "Nós só temos um tradutor, e isso simplesmente não é o suficiente", disse a advogada de Na Tchuto, Sabrina Shroff. CONTINUE A LER
40 anos - Fim de ano antecipado?
O general das estrelinhas anda nervosíssimo. Sente que à sua volta cresce um ambiente de descontentamento e se prepara qualquer coisa. Não hesita em denunciar todos e de quem desconfie. E são muitos! Não escolhe o local, nem está preocupado com as consequências das suas “bocas”, tanto mais que o seu apoiante de primeira linha, Kumba Iálá, é quem lhe está a orientar o discurso.
Aparentemente desinteressado da situação política, Kumba continua a mover-se de forma intensa, actuando em duas frentes: uma é atacando a nova direção do PRS que considera com um discurso mole e pouco apelativo para a turba. A outra é mostrar a Indjai que sem ele, o mais provável é que lhe dêem um golpe.
Quem se mostra o mais fiel de todos e está na primeira linha a preparar a queda do general estrelinha, é o general meia-estrela, conhecido pelos seus colegas como o Pólvora Seca, porque nem uma arma sabe usar. Segundo se sabe, os militares anti-Indjai estão à espera de uma grande manifestação militar, para aproveitar para disparar sobre a tribuna e levar o general para os anjinhos. Apelidaram a esta operação militar de “Sadat”. In Pasmalu
GUINÉ-BISSAU - 40 anos de (in)dependência
Jornal "A Nação", edição de 19 a 25 de setembro de 2013
Testemunhos de cidadãos guineenses a viver em Cabo Verde
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Carta de Protesto
Carta de indignação da Diáspora às declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo inclusivo de transição, Delfim Da Silva
Ao Representante Especial do Secretário Geral das Nações Unidas, RAMOS HORTA
Excelência,
As convulsões políticas graves que afetaram o Estado da Guiné-Bissau, nos faz sublinhar que um governo legal e legítimo é do ponto de vista do direito internacional, o único representante do Povo nas instancias internacionais. Os direitos e liberdades individuais e colectivas inscritas na nossa Constituição são de varias níveis:
- direito da associação - liberdade de opinião
- liberdade da imprensa
- liberdades de sindicatos - liberdade de movimento - direito das crianças e das mulheres - direito da justiça de votos
- direito de trabalho e desenvolvimento etc...
Todas estas liberdades privadas e colectivas estão proibidas desde o golpe de Estado de12 de Abril de 2012.
Perante estas situaçoes, a Diaspora Guineense na Europa está indignada com as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo inclusivo de transição, segundo o qual, o governo de transição, participará na plenária das Nações Unidas no dia 26 de Setembro de 2013 para evocar as demais questões relativas a situação na Guiné-Bissau.
Quanto ao governo inclusivo, a Comunidade internacional tomou simplesmente acto da formação do governo inclusivo, mais isso não significa de maneira nenhuma para nos, salvo error, o reconhecimento por parte da Comunidade internacional do governo de transição. Si é o caso, queríamos perguntar a Comunidade internacional da referida resolução 2048 do conselho de segurança das Nações unidas que condenou o Golpe de Estado do 12 de Abril de 2012 e que exige a reposição da legalidade democrática e constitucional na Guiné-Bissau?
Segundo ponto, em substituição da Resolução 2048, queríamos saber quando foi substituida qual é a nova? Para nos os Guineenses democratas, todo isso é uma campanha dos quatros principais países da CEDEAO que legitimaram o Golpe de Estado do 12 de Abril de 2012 e que continuem a dividir o Povo de Guiné-Bissau. Consideramos que a presença do Governo de transição na plenaria das Nações Unidas é uma extrema gravidade política e uma provocação ao Povo de Guiné-Bissau.
Esperamos que a Comunidade internacional tomara a sua responsabilidade quanto a esse assunto.
A direcção, Paris, dia 20 de Setembro de 2013
A minha verdade
Entre os Povos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, não metas a colher. É preciso ler nas entrelinhas as declarações do comandante Pedro Pires. Para começar, em Cabo Verde existe Estado desde a abertura democrática. Mas já havia um Estado antes disso. Em Cabo Verde existe Estado. Um Estado soberano, crescido e, sobretudo, respeitado no mundo. De facto, o crescimento que Cabo Verde alcançou - apesar de todas as dificuldades e problemas que este País insular com 9 ilhas enfrenta - é simplesmente notável. Só na ilha de Santiago existem dezenas de fábricas funcionais, centenas de quilómetros de estradas abertas a pulso nas montanhas, todas alcatroadas. Não aquelas crateras que conhecemos...
Cabo Verde tem pouca água doce. Então, dessaliniza quase toda a água que é consumida no país. Outra coisa notável. Nós, que temos mais água que terra...andamos aos papéis. Não me doeu nem um pouco ver o desenvolvimento espetacular conseguido por este País. Muito pelo contrário, sinto um orgulho desmedido, e - devo confessar - alguma inveja, mas no bom sentido. Inveja por não termos, na Guiné-Bissau, essa visão de futuro. Inveja por não termos um só exemplo que nos empolgue. E raiva por nós, os guineenses, termos escolhido o caminho mais fácil - o das guerras intestinais, da calúnia, do ódio, da destruição, da matança gratuitas.
Para dar um exemplo, só na ilha de Santiago foram construídas 3 barragens, que, hoje mesmo, uma está a transbordar e as outras quase cheias - aliás, pode nem chover durante dois longos anos que haverá água doce para irrigar todos os campos e respectivas plantações!!! A isto chama-se trabalho. Que, lá está, leva ao desenvolvimento. Os cabo-verdianos uniram-se, as suas forças armadas são republicanas, obedientes ao poder político, e não andam aos tiros, sobressaltando a população, para tirar este ou aquele Governo ou impor este ou aquele Presidente. Não, caramba! É o Povo de Cabo Verde que escolhe quem quer para governar e para presidir os seus destinos. Ponto. Cabo Verde tem problemas graves como os crimes transnacionais, mas tem-no combatido, apesar das dificuldades.
O tráfico de droga, apesar de alguma falta de meios para cobrir nove ilhas e um zona marítima colossal, tem sido severamente combatido, e foi por várias vezes duramente atingido - dezenas de edifícios foram confiscados pelos tribunais em julgamentos mediáticos e reverteram todos a favor do Estado. Residências e viaturas de luxo e outros bens, também. Aliás, o moderníssimo edifício onde funciona o Estado Maior General das Forças Armadas é disso exemplo.
Em Cabo Verde, trabalha-se. Apesar das dificuldades, existe educação, a saúde funciona, há uma classe média exigente e um povo que sabe o que é Estado. As mulheres ocupam cada vez mais altos cargos na vida do País - da Assembleia Nacional aos municípios, do ensino à saúde, das empresas às áreas técnico-profissionais. As mulheres são, orgulhosamente, um força bastante considerável no desenvolvimento de Cabo Verde.
Na Guiné-Bissau, pura e simplesmente não existe Estado digno desse nome. Isto pode doer - e dói. A mim dói muito, imenso. Mas é a verdade. O comandante Pedro Pires, que foi membro do primeiro Governo da história da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, e depois primeiro-ministro e Presidente da República de Cabo Verde, apenas tocou na ferida. O que também doeu... AAS
Portugal - Embaixada em Bissau promove actividades para crianças
A Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau vai passar a realizar atividades lúdicas para crianças a partir do próximo sábado, anunciou a representação diplomática portuguesa em Bissau. A iniciativa vai ser desenvolvida em parceria com a Fundação Fé e Cooperação (FEC), organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa com atividades ao nível da formação e desenvolvimento em território guineense. A partir de sábado, dia 21, o Centro Cultural Português em Bissau vai acolher atividades recreativas e culturais para crianças de estabelecimentos de educação de infância e ensino básico de Bissau.
"Cada ação decorrerá entre as 10:00 e as 12:00 e contará com a presença de 25 crianças", refere a Embaixada de Portugal, em comunicado. Entre as atividades oferecidas "destacam-se a leitura de contos, realização de jogos, dramatizações e exibição de filmes de animação", acrescenta. A FEC é uma instituição com estatuto de utilidade pública reconhecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pela União Europeia (UE). Foi instituída pela igreja católica em Portugal em 1990 e desenvolve projetos de cooperação e desenvolvimento sustentável na Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, apoiando ainda, de forma mais pontual, projetos noutros países lusófonos.
DROGA - A DEA, não desiste de capturar Indjai, o homem-forte de Bissau
Os Estados Unidos continuam decididos a capturar o general António Injai, o atual homem--forte guineense, assim que tiverem oportunidade para tal. Mas só o farão no exterior da Guiné-Bissau, garantiu esta semana ao Expresso, um diplomata americano colocado na África Ocidental. O diplomata em causa, que pediu para não ser identificado, disse que enquanto permanecer na Guiné, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas local, acusado por Washington de tráfico de droga e de armas no quadro de conspiração contra os Estados Unidos, não corre o risco de ser alvo de uma operação semelhante à que levou à detenção, a 2 de abril último, do seu compatriota, o almirante Bubo Na Tchuto, por forças ao serviço da Agência Antidroga (Drug Enforcement Agency, DEA), dos Estados Unidos.
A fonte citada reconhece que o caso “está num limbo”, mas admite que se Injai se aventurar fora da Guiné-Bissau será abordado pela DEA. Precisou ainda que Injai vai figurar na próxima lista de barões de droga, elaborada pelo Tesouro americano. Quanto a Bubo Na Tchuto, aguarda julgamento, em princípio em novembro, tal como seus dois colaboradores, ambos da Marinha, detidos na mesma ocasião, após uma cilada montada por agentes encobertos da DEA. A sua defesa, segundo o diplomata, tem procurado fazer arrastar o processo e desacreditar, pelo menos, dois aspetos mais controversos da acusação.
Além de jogarem com o obstáculo da língua inglesa, os advogados do oficial vão questionar a armadilha que conduziu à sua captura e acusação que, ao que tudo indica, vinha sendo preparada por homens da DEA desde julho de 2012. Outro aspecto passível de contestação é o local da detenção. Os americanos alegam que foi em águas internacionais, enquanto a parte guineense considera que decorreu no alto mar, mas na parte meridional do país. Bubo Na Tchuto ofereceu-se para colaborar. O diplomata revelou que Bubo Na Tchuto ofereceu-se, há dois anos, para colaborar com a polícia americana na luta contra a droga. Contudo, a iniciativa não resultou, porque, disse a fonte, as informações de Bubo não eram relevantes.
“As informações de que precisamos estão com colombianos e europeus”, afirmou, sublinhando que Bissau apenas fica com um magro quinhão das receitas geradas pelo negócio da droga (cerca de $800 milhões — 604 milhões — em 2012 na África Ocidental). “O grosso vai para o mercado europeu, parte substancial fica em Dacar (Senegal), e na Cidade da Praia (Cabo Verde)”. Isto é que explica, na opinião do diplomata, o fecho, um ano após o mais recente golpe de Estado, do Escritório das Nações Unidas de Luta contra a Droga
e o Crime (UNODC) na capital guineense.
Não é só a pequenez do mercado guineense da droga. Também o envolvimento da hierarquia militar e da própria Polícia Judiciária no narcotráfico tornam irrelevante a presença da UNODC em Bissau”. Finalmente, o diplomata esclareceu que foi de Cabo Verde que partiram os dois civis guineenses suspeitos de implicação no tráfico de droga, levados para os Estados Unidos na mesma operação que culminou na prisão de Na Tchuto.
Português no combate ao crime organizado
O Escritório das Nações Unidas de luta contra a Droga e o Crime (UNODC), que a partir da capital do Senegal cobre a África Ocidental e Central, voltou, desde o início desta semana, a ter um perito em crime organizado na Guiné-Bissau, o português Joaquim Rodrigues. O anterior responsável também era de nacionalidade portuguesa. O posto tinha sido encerrado em abril último, alegadamente por falta de financiamento.
O golpe de Estado de 2012 e a entrada em cena de novos interlocutores não facilitou a tarefa. Os primeiros anos da presença do UNODC na Guiné foram alvo de alguma crítica, nomeadamente devido aos gastos com pessoal expatriado, que limitaram seriamente o impacto do apoio à luta contra a droga. Mesmo assim, manteve-se a execução do projeto de montagem de uma equipa nacional de especialistas em luta contra a droga e o crime organizado, implicando elementos das diversas polícias, da justiça e entidades afins. EXPRESSO
ATENÇÃO - Qualquer dinheiro entregue ao regime golpista e ilegal de Bissau, e a instituições criadas depois do golpe de Estado de 12 de abril, servirá APENAS e SÓ para encher o bandulho a essa estirpe perniciosa e pária. É tudo mentira! A CEDEAO que pague, pois foram eles quem cozinhou, suportou e apoia os golpistas analfabetos. AAS
E você, já disparou hoje?
A tutela para Guiné-Bissau significa a possibilidade de impedir a exibição do próximo filme: «A Palhaçada VII» conhecida também pelo nome de « eleições presidenciais na Guiné-Bissau». A tutela significa a formação, pelas Nações Unidas, de um governo para a Guiné-Bissau, constituída APENAS por guineenses com autoridade moral, intelectual e técnica incontestáveis, ou seja os ladrões, os corruptos, os incompetentes, os tribalistas, os palhaços NÃO poderão fazer parte desse futuro Governo de Salvação Nacional. A tutela significa o FIM do bando armado e de analfabetos que mantém a Guiné-Bissau e os Guineenses como reféns. A tutela significa o generalito N’Djai, o intelectual-analfabeto Daba Na Walna e os seus comparsas na prisão, e a chave atirada ao mar.
A tutela significa FIM DE HUMILHACÃO para a Guiné-Bissau e o seu povo. Assine já a PETIÇÃO. NÃO ESPERE POR AMANHÃ.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Três geraçoes de imbecis serão (in)suficientes?
Daba Na Walna, outro porta-disparate, mas de camuflado, está frustrado. Primeiro, por a DEA – com a ajuda seja de quem for, ter levado o seu ponta-de-lança no negócio da droga para conhecer outros ares, e logo para uma mega metrópole chamada Nova Iorque (sortudo do Bubo...) – o coitado do Daba ficou a ver navios. Acabaram-se assim os pequenos-almoços de caldo branco em barracas a cheirar a mijo de gente e de cães, onde delineavam estratégias para mais uma aterragem, um descarregamento de cocaína...
Segundo, por Daba Na Walna - talvez por estar gordinho que nem um texugo e a rebentar pelas costuras - esteja a bater mal da tola e decidiu disparar contra o Comandante Pedro Pires - um homem bom, íntegro. Um lutador na árdua luta para as independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, um Chefe de Estado como muito poucos em África, um homem respeitadíssimo e acima de qualquer suspeita, reconhecido mundialmente, louvado por quem quer que seja democrata. Um homem adorado no seu País – Cabo Verde. Desorientado, Daba caminha em direcção a um campo de minas, olhando para cima... Ainda bem.
Brigadeiro-general?
Escapa-me, no entanto, o feito que levou o Daba Na Walna à glória - a sua especialidade, a sua arte ou o seu, digamos, «distinguo»? Pessoas que eu considero razoavelmente informadas, entre elas eu mesmo, disseram-me que Daba se tornou popular quando se fez passar por «intelectual» num golpe de Estado qualquer, e no mais recente. Formado em Direito, Daba Na Walna é uma vergonha para os seus colegas. Um escroque mesmo.
Ora, sem menosprezo para tal tarefa, que certamente acarretará algumas dificuldades, não creio que fosse apenas isso a tornar o Daba naquilo que é – um brigadeiro-general. Indaguei então se Na Walna teria feito alguma descoberta notável, conduzido uma guerrilha bem sucedida, apontado novos caminhos para lado nenhum, interpretado algo de sublime, criado uma obra inigualável. Asseguram-me que nada disso o Daba fez. Creio, pois, que outras qualidades terá o Daba, além destas, e é delas que gostava de ter notícias.
Para a comunidade internacional - Ramos Horta à parte...
Os guineenses, e a Guiné-Bissau estão reféns dos militares. Aqueles jovens que embarcaram na aventura do golpe de Estado de 12 de abril, NUNCA fizeram a tropa. Nunca usaram uma farda na vida, não sabem sequer o que representa o uso de uma farda. Foram, e é bom que se saiba, incorporados agora mesmo, em Cumeré, para serem então formalmente integrados nas forças armadas – foi o PAGAMENTO por terem feito o trabalho sujo ao CEMGFA António Indjai. Mais umas dezenas de aventureiros e traficantes de droga para «controlar» as nossas fronteiras, o nosso mar – ANTÓNIO INDJAI teve até o descaramento de ordenar a nomeação do seu próprio filho como técnico de comunicação naval, e logo no FISCAP – Fiscalização e Controlo das Actividades de Pesca – demonstrando desprezo e um claro e descarado desafio à agência norte-americana de combate à droga, DEA, que o acusa de quatro crimes entre eles o de tráfico de droga. Está-se mesmo a ver como a coisa está preta. As águas estão mais agitadas que nunca... Quanto ao Daba Na Walna, que escolha – ou brigadeiro, ou general. Os dois é que não, porra!
Mundo,
É indizível a sensação de impotência, de tristeza, de perplexidade que invade os guineenses diante daquilo que as suas próprias forças armadas republicanas deviam fazer – e não fazem. António Aly Silva
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