O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, inaugurou esta sexta-feira a primeira praça com acesso livre à Internet, uma das promessas eleitorais de Domingos Simões Pereira, atual primeiro-ministro.
A praça Titina Silá, heroína da luta pela independência do país, cujo 42.º aniversário da morte é hoje assinalado, situa-se no coração de Bissau, frente ao principal liceu do país e por detrás da embaixada de Portugal. A partir de hoje é possível ali ter acesso a Internet sem fios, num local que passa a ter iluminação, um jardim arranjado e onde se pode contemplar uma estátua. A praça foi ornamentada, os lancis recuperados e o jardim passa a estar relvado.
Foram colocados 11 bancos em cimento, sete postos de iluminação solar e a estrada foi pavimentada, que se destaca face à maioria das vias de acesso de Bissau. As casas em redor, bem como a fachada do liceu, foram pintadas.
A obra foi feita com dinheiro mobilizado pela Câmara Municipal de Bissau e os postos de iluminação solar foram disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Uma empresa portuguesa forneceu a brita utilizada para a ornamentação da praça.
Adriano Ferreira, presidente da Câmara de Bissau, disse à agência Lusa que a edilidade aposta em recuperar “todos os jardins que existiam” antes da independência do país, mas que se encontram degradados por falta de tratamento.
Depois da praça Titina Silá, a edilidade vai avançar para recuperação do jardim situado junto à sede do Instituto de Meteorologia, seguindo-se a praça Mártires de Pindjiguiti, junto à Radio Nacional e assim sucessivamente, declarou o presidente da instituição.
“Queremos devolver a Bissau o rosto que tinha no passado, começando pelas praças e jardins”, disse à Lusa, Vítor Barros, diretor do gabinete do presidente da Câmara. O Presidente da República, José Mário Vaz, no seu discurso de homenagem à heroína Titina Silá, aproveitou para felicitar o governo e a câmara pelo “passo dado rumo ao progresso” com a inauguração de uma praça com acesso livre à Internet. Lusa
sábado, 31 de janeiro de 2015
UNIOGBIS avaliado pelo Conselho de Segurança
O representante especial do Secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, Miguel Trovoada, vai participar na reunião do órgão e apresentar o relatório da Missão de Avaliação Estratégica da ONU que visitou a Guiné-Bissau em novembro.
De acordo com Trovoada, a missão serviu para "avaliar o desempenho do mandato" e "alinhar as ações do UNIOGBIS" no futuro, tendo em conta as prioridades definidas pelas novas autoridades guineenses, refere uma nota do gabinete. O relatório deverá ajudar a "desenhar o figurino" sobre a colaboração com o governo da Guiné-Bissau nos próximos tempos, acrescentou.
Miguel Trovoada conta ainda fazer um ponto de situação sobre o avanço das principais reformas no país e sobre a preparação da mesa redonda de doadores, marcada para final de março em Bruxelas".
A 19 de novembro, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que a organização renove o mandato do UNIOGBIS.
"A fase em que estamos no processo de estabilização e reconstrução do nosso estado de direito e da nossa economia requer que a Guiné-Bissau continue na agenda das Nações Unidas com um acompanhamento contínuo. Por isso, defendemos, no imediato, a continuação do UNIOGBIS", referiu. Lusa
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
HOMENAGEM a Dom Settimio Arturo Ferrazzetta
Celebração da Memória de Dom Settimio Arturo Ferrazzetta (1924 – 1999), 1º Bispo da Guiné-Bissau – XVIº Aniversário do falecimento e de todos Outros Missionários (já falecidos) que trabalharam na Guiné-Bissau
Domingo, 01 de Fevereiro de 2015
Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Carmo do Alto do Lumiar, Avenida Maria Helena Vieira da Silva, nº 12 (perto da estação do Metro de Quinta das Conchas e do Hospital Pulido Valente)
Programa do Dia:
14H00 – Sessão de homenagem, Poesias e Exposição do tema sobre: Evangelização na Guiné-Bissau e o surgimento das duas Dioceses (Bissau e Bafatá);
15H30 – Celebração de Eucaristia
17H00 – Lanche/Café
19H00 – Encerramento
Organização: Fórum de Católicos Guineenses em Portugal
Para mais informação, favor de contacte-nos por: forum-catolicosguineensesportugal@hotmail.com
No nosso blog na internet
Telemóvel: 965 704 253 / 968 462 999/ 925437219
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
ÉBOLA: Portugal envia laboratório e equipas para a Guiné-Bissau em fevereiro
Portugal vai enviar um laboratório para despiste de casos suspeitos de Ébola para a Guiné-Bissau nas próximas semanas, disse à agência Lusa o embaixador português na capital guineense, António Leão Rocha. "O laboratório servirá para despistagem, caso haja algum caso suspeito, e haverá equipas médicas e de logística, em rotação, para o gerir e dar formação" aos profissionais guineenses, referiu. em entrevista à Lusa.
Apesar de afetar países vizinhos, o surto de Ébola que há cerca de um ano eclodiu na África Ocidental não chegou à Guiné-Bissau, país onde vivem entre seis a sete mil portugueses e que mantém trânsito semanal de pessoas e bens com Portugal.
O vírus continua afastado, mas há fragilidades, como a falta de um laboratório para análises ao sangue de pessoas suspeitas de estarem infetadas: se um dia for necessário avaliar um caso desta forma (o que ainda não aconteceu), as amostras têm que ser enviadas para Dacar, capital do Senegal. Neste cenário, a demora na obtenção de resultados pode comprometer a contenção do vírus.
Perante o contexto, Portugal assumiu o compromisso de disponibilizar uma parcela de 200 mil euros para combate ao Ébola a entregar à Organização Mundial de Saúde (OMS) e atribuir outra fatia de 550 mil euros para aquisição e instalação de um laboratório e mobilização das respetivas equipas médicas, explicou o embaixador de Portugal em Bissau.
Um anúncio preliminar foi feito pelo governo português em dezembro, só faltava saber os detalhes e a data de chegada, que está prevista para fevereiro, acrescentou.
As primeiras equipas estão prontas, mas a aquisição do laboratório "levou um pouco mais de tempo do que esperávamos". A unidade vai ficar instalada na capital e vai ser gerida por equipas em rotação de médicos portugueses e equipas de logística.
"Vão gerir e dar formação" a profissionais de saúde guineenses, "até que já não seja necessário enviar mais grupos de Portugal", referiu António Leão Rocha. Desde o início do surto de Ébola na África Ocidental, há cerca de um ano, já morreram perto de 8.500 pessoas, essencialmente na Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.
Nos três países, o número de infetados já ultrapassou os 20.000, segundo números da OMS. Apesar do perfil assustador do vírus e da relativa proximidade com as zonas afetadas, o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau disse à Lusa que se sente seguro na capital do país lusófono.
"Confesso que sim, que me sinto seguro. E as autoridades estão hoje mais bem preparadas se for preciso enfrentar o vírus Ébola", concluiu. Lusa
Cooperação Guiné-Bissau/Portugal
No âmbito da cooperação bilateral entre a Guiné-Bissau e Portugal, decorreu ontem, 28/01/2015, na Assembleia da República de Portugal, um encontro entre o grupo parlamentar de amizade (Portugal-Guiné-Bissau), presidida pela Senhora Deputada Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, com a presença de um número significativo de deputados que compõem o mesmo grupo.
A Guiné-Bissau foi representada pelo Senhor Iafai Sani, deputado da Assembleia Nacional Popular, eleito pelo círculo de Europa e pelo Senhor M´Bala Alfredo Fernandes, Encarregado de Negócios da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal.
Durante duas horas, os deputados portugueses passaram em revista todos os assuntos anteriormente abordados, quer pelo, Encarregado de Negócios, Senhor M´Bala Alfredo Fernandes, aquando da sua auscultação parlamentar ao referido grupo, quer pelo Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, Senhor António Leão Rocha; encontro esse que serviu de motor para reatar as relações interparlamentares.
No decorrer da audiência, levantou-se várias questões, nomeadamente: a situação política atual na Guiné-Bissau (entendimento intrainstitucional), a situação das Forças Armadas, a questão da reforma no dossiê da Defesa e Segurança, a situação da cooperação Portugal-Guiné-Bissau, e a situação da TAP (transportadora aérea portuguesa), entre outras…
As respostas do Senhor Deputado Iafai Sani, cingiram-se desse modo:” o Governo tem cumprido com as suas obrigações. No que concerne ao cumprimento do Programa de emergência, garantindo deste modo, o total funcionamento das escolas, da energia elétrica, pagamento de salário aos funcionários públicos, e cumprimento, relativamente à dívida para com os terceiros. Referente à situação política, há um consenso alargado, que é transversal a todos os órgãos da soberania, sobre a questão da paz, estabilidade e desenvolvimento.
Esta visão pode ser constatada, quer na formação do governo, quer no asseguramento parlamentar dos diferentes partidos que compõem a Assembleia Nacional Popular. Por seu turno, o Encarregado de Negócios da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, Senhor M`Bala Alfredo Fernandes, afirmou que a cooperação bilateral entre Portugal e Guiné-Bissau é cada vez mais profícua e os indicadores desta relação estão patenteados a todos os níveis entre os diversos órgãos da soberania, começando pela relação entre os dois Presidentes da República, que tem sido cordialmente regular.
Quanto aos Governos dos dois países, o Diplomata referiu, exemplificando com a assinatura dos dois acordos rubricados em Lisboa no ano passado, 1- Âmbito da Migração e fronteiras, 2- Projeto de programa indicativo de Cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal, sob alto patrocínio dos Primeiro – Ministros da Guiné-Bissau e de Portugal, respetivamente, Engenheiro Domingos Simões Pereira e Dr. Pedro Passos Coelho.
Ainda na sua intervenção, o Diplomata afirmou que no decorrer dos seis meses da governação, passaram por Lisboa, vários Ministros em contactos bilaterais com os seus homólogos, no sentido de incrementar em cada sector, uma aproximação institucional com vista a estabelecer parcerias.
Relativamente ao orçamento da cooperação portuguesa para com a Guiné-Bissau, o Senhor Encarregado de Negócios, explicitou aos deputados, que no período de transição, Portugal reduziu os apoios à Guiné-Bissau, limitando-se ao apoio na área de Saúde, Educação e à Sociedade Civil, cujo instrumentos e indicadores constituirão alicerces para o novo programa indicativos de cooperação.
Afirmou ainda, que os resultados dos acordos acima manifestados pelos ambos governos começam a produzir efeitos, na medida em que já se contabilizaram mais de três missões importantes à Guiné-Bissau, com o objetivo de responder ao espírito dos acordos atrás referidos, nomeadamente, a da Direção Geral de Saúde de Portugal; a da Direção Geral da Política de Defesa Nacional (DGPN), e a da Missão Exploratória do Instituto de Camões.
No âmbito parlamentar, a Embaixada que dirige, tem sido um veículo importante nos contactos entre os dois parlamentos, promovendo desta forma, uma diplomacia parlamentar, com intuito de facilitar aproximação entre as duas casas da Democracia.
Estando todas as partes satisfeitas com o encontro, a Presidente do grupo parlamentar, agradeceu a presença dos dois representantes da Guiné-Bissau pela forma clara e convicta como transmitiram as suas mensagens, e reafirmou a vontade do grupo em visitar a Guiné-Bissau, ainda no decorrer do primeiro trimestre do ano em curso, salientando que o referido assunto está a ser ultimado entre os dois presidentes dos parlamentos, ciente que o convite formulado pela Sua Excelência, Senhor Engenheiro Cipriano Cassamá, Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, demonstra o quão interessante pode ser a conservação dos laços de amizade entre os dois povos.
OPINIÃO: Nas Entrelinhas
"Sem ser naif, sempre fui de opinião de que, deve-se ser optimista e encarar a vida pelo lado positivo. Porém defendo igualmente de que, ha-que ser-se pragmatico, quando os factos e a realidade tendem a projetar-nos para cenarios menos positivos quanto as nossas expectativastraçadas. Assim é, como em tudo na nossa vida quotidiana, onde temos os nossos altos e baixos, vivemos momentos de euforia e de altas expectativas, e ha momentos em que, sentimo-nos arrastados, para momentos de profunda introspecção, caindo muitas vezes em estado de desanimo profundo. Entre esses antipodas do sentimento humano, é bom contudo, despertar-se enquanto é tempo, para a encararmos a realidade e começar a ponderar algumas situações que, em entrelinhas desgraçadamente enredadas, nos traçam grandes cenarios do que pode vir a ser e acontecer a breve trecho.
Confesso que, cheguei a sentir-me euforico com o restabelecimento da ordem constitucional no nosso pais e com as mudanças que se seguiram ao pleito eleitoral, porque ter um presidente e um primeiro ministro da mesma cor politica e, aparentemente ambos portadores de valências e provas de alcance de acção governativa acima da média, confesso que me fizeram sonhar. Na verdade, o JMV e DSP, fizeram mirabolar os olhos dos esperançosos guineenses, criando a ilusão de se ter encontrado uma dupla imbativel, qual um o rolo compressor de beifeitas, élan que faltava ao pais para traçar as vias seguras para um desenvolvimento seguro e sustentado a médio prazo.
Embora estivesse ciente de que, não sendo a primeira vez que isso acontece na historia democratica do nosso pais, não deixei no entanto de nutrir fortes esperanças com a aparição dessa dupla de governantes, dado por um lado, ao contexto politico-militar particular do qual o pais acabara de emergir e, por outro, as suas capacidades intrinsecas induzidas às lições que forçosamente emergeram desse contexto de particular dificuldades para todo o povo, que sobre o qual, convictamente estava eu convencido, convida-los-ia ao pragmatismo de uma nova abordagem da convivência politica entre os « dois » poderes », dando primazia aos superiores interesses do pais em detrimento dos interesses pessoais, de querelas institucionais ou jogos estratégicos dos respectivos grupos de interesses.
Na verdade, ja em 2000 fora assim com o PRS a arrasar toda a concorrência politica, açambarcando a presidência e a primatura. Infelizmente, essa experiência kumbista-renovadora de ma recordação, deixou um espolio de resultados desastrosos que se conhecem e se respaldam até à presente data devido ao primitivismo governativo que então se instalou no aparelho do Estado. Igualmente, assim foi num passado bem recente, com a dupla aparentemente promissora constituida por MBS e o carismatico CGJ.
Com estes igualmente, as promissoras expectativas de estabilidade e governabilidade, foram amplamente contrariadas, mercê de factores varios, particularmente, uma onda de conspirações venenosamente urdidas por um grupusculo de oportunistas politicos encapotados de conselheiros/assessores que nocivamente orbitavam nos dois polos do poder na Guiné-Bissau. Estes, como se sabe acabaram por fazer vincar a teoria da conspiração e do «conflitos de poderes» e, assim à força dos poderes paralelos fortemente instalados, acabaram por minar uma co-habitação que prometia e muito poderia trazer para o bem do pais, se se atender ao desempenho da parte do executivo de então.
Porém, voltando ao sonho e expectativas entusiasticamente vividos, quiça prematuramente, se considerarmos o cenario similar pouco animador que se vislumbram a curto prazo no nosso pais, é tempo de nos despertar-mo-nos para a realidade cruel que nos bate a porta. A eminência de um conflito institucional à larga escala entre o PR e o PM não é um cenario a descartar a curto prazo.
Essa evidência factual, que embora tende a ser escamoteado, particularmente por parte do PM, demostra infelizmente que, mais uma vez, apesar de todas as envolvências positivas que o actual cenario politico oferece, parece-me obvio de que, os nossos mais altos dirigentes politicos da actualidade, ainda não atingiram o estado da maturidade politica, que passa, pela criação de bases fecundas e perenes para uma convivência sã no quadro do exercicio republicano de um poder que lhes foi conferido nas urnas, a cada um, na sua estrita esfera de competências.
Patética e orgulhosamente, assistimos diariamente, quer nos orgãos de comunicação nacional, quer estrangeira, cada um arrogar a legitimidade do seu mandato, assim como se assiste ao barricar dos incompetentes e «tchutchiduris» que se vão edificando em nucleos potenciadores de conflitos entre os dois orgãos, esquecendo porém, a soberbia dos dois «iluminados da legitimidade» de que, ninguém lhes conferiu a «legitimidade da arbitrariedade» e, tão pouco, lhes foi conferido mandato para fazer o povo guineense de pacovios.
Tudo isso, para dizer, de que eu, enquanto cidadão cioso dos sucessivos problemas que o nosso pais tem vivido até a presente data, não se pode admitir que, por narcisismo de caracter, ou de qualquer outra natureza, se aceite de braços cruzados, a um reeditar de incompatibilidades absurdas, senão estupidas entre esses dois polos do poder na Guiné-Bissau, enquanto o povo, esse morre de consolo de esperar por melhores dias. Isso não...
Não posso, e nem sentir-me-ia confortado na minha intimidade republicana, optar pela indeferença à troca de galhardetes com luva branca, entre o campo do PR e do PM. Sei que muita gente tenta negar essa evidência, incluindo o PR e o PM, porém, este teima, embora subrepticiamente, diariamente a subemirger indecorosamente de parte à parte, quer nos discursos oficiais, quer nos «recados» em actos de interposto exercicio publico de funções, passando por manifestações retoricas de boas intenções de que, TUDO VAI …, quando na verdade a pratica e a falta de concertação é latente, e o descontentamento se faz sentir nos corredores do poder de parte à parte, qual um iceberg a deriva à procura do choque com o Titanic.
Negar a evidência de um conflito entre esses dois orgãos do poder do Estado guineense, quando as vozes se entrecortam em intenções publicamente desavindas, quando os programas e as opções de desenvolvimento que devem ser adoptadas para o pais são conhecidamente antagonicas, é filosofar como Juno, é prestar um mau serviço ao pais, é tentar cobrir o céu com a peneira. Por isso, temos que parar de pensar prioritariamente nos nossos egoismos e projectos pessoais ou do nosso grupo social ou politico e direccionar as sinergias na procura de soluções viaveis para o pais, priviligiando em primeira mão os superiores interesses do martirizado povo guineense.
Neste particular, mais do que os partidos politicos, os quais, tal como se verifica com a inclusão governativa actual, facilmente se acantonam no mutismo colaboraccionista quando os seus interesses pessoais e do grupo sejam salvaguardados, cabe a Sociedade Civil, o dever de jogar um papel crucial no xadrez politico guineense, participando, denunciando, criticando e, acima de tudo, apontar vias e soluções viaveis para a saida do marasmo em que se encontra o pais, pois nenhuma legitimidade pode ser utilizada arma de revanchismo de poder.
O Beijo de Judas"
DSP já fala aos guineenses na cidade da Praia
O Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira já está na biblioteca...
...E tinha centenas de compatriotas à espera. FOTOS:AAS/DC/DR
Guineense morre na cidade da Praia
Secretário de Estado da Cooperação e das Comunidades, Idelfrides Fernandes, acompanhado do Cônsul Geral na Praia, Cândido Barbosa marcaram presença no funeral do compatriota Nelson Sanha, que morreu de doença prolongada. Que descanse em paz.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
ÉBOLA: Guiné-Bissau preocupada com passagens que fintam vigilância médica
Mês e meio depois de a Guiné-Bissau ter reaberto as fronteiras terrestres com a Guiné-Conacri, muitas pessoas continuam a circular clandestinamente e a fintar a vigilância montada para prevenir o Ébola, alertou hoje fonte do Ministério da Saúde. Apesar de afetar países vizinhos, o surto do vírus Ébola que há cerca de um ano eclodiu na África Ocidental não chegou à Guiné-Bissau.
"As fronteiras estão abertas, mas as pessoas continuam a passar por vias secundárias, pelo que pedimos bom senso: é preciso que passem [pelos postos]", onde há vigilância médica, explicou Cristóvão Manjuba, dirigente do Ministério da Saúde. Um apelo feito porque "o maior problema em termos de prevenção, com que nos devemos todos preocupar, é conseguir abordar e confinar o primeiro caso suspeito, para evitar a propagação", sublinhou.
"Se o nosso sistema de vigilância não for capaz a tempo e horas de detetar isso, vamos correr o risco de a doença se propagar para várias regiões do país", alertou Cristóvão Manjuba. Aquele responsável falava hoje em conferência de imprensa, nas instalações do Ministério da Saúde, em Bissau, após um encontro de diversas autoridades para fazer um ponto de situação sobre as ações de prevenção face à ameaça do vírus.
Segundo referiu, os números mantêm-se como em novembro: desde o início do surto, há cerca de um ano, a Guiné-Bissau registou 16 casos suspeitos, ou seja, casos que levaram à intervenção de uma equipa de resposta rápida estacionada na capital e criada com o apoio dos Médicos Sem Fronteiras. Nenhum dos casos suspeitos era infeção pelo vírus Ébola.
As autoridades nacionais e internacionais envolvidas na prevenção estão a partir deste mês a por em marcha uma versão melhorada do plano de prontidão criado pelo governo guineense. Em novembro, uma equipa da Organização Mundial de Saúde avaliou a execução do plano e concluiu que a larga maioria das medidas estavam por realizar, mas ressalvou o país tinha capacidade para rapidamente mudar o cenário.
Na altura, foi considerado urgente simular a recolha de amostras de sangue em casos suspeitos e encaminhamento para o laboratório de diagnóstico em Dacar, Senegal, simulação que já foi feita com sucesso, realçou hoje Cristóvão Manjuba. Nos próximos dias, as autoridades de saúde vão reunir-se para preparar medidas de prevenção específicas para a época de Carnaval, tempo de festa popular que traz muita população para a rua, concluiu.
Perto de 8.500 pessoas morreram na África Ocidental desde o início do surto de Ébola há um ano, essencialmente na Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri. Nos três países o número de infetados já ultrapassou os 20.000, segundo números da OMS. Lusa
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
TACV retoma ligação com Bissau
Esta é uma das primeiras novidades saídas do encontro de trabalho entre os dois primeiros-ministros e respectivas delegações governamentais, tendo o Primeiro-ministro, José Maria Neves avançado que “os TACV preparam-se para retomar as ligações aéreas entre Praia e Bissau. Sobre a reunião, José Maria Neves considerou “histórica” porque marcam a “retoma” das relações bilaterais entre os dois países e assinalam a vontade mútua no reforço das relações comerciais entre Cabo Verde e Guiné-Bissau.
E para que hajam trocas comerciais há que reforçar, obviamente, as ligações aéreas e marítimas entre os dois países, daí que José Maria Neves tenha afirmado em conferência, após os encontros de trabalho, que “os TACV preparam-se para retomar os voos de ligação” entre as capitais dos dois países, ligações essas que haviam sido interrompidas no período político mais conturbado que se viveu recentemente naquele país vizinho e irmão.
Segundo Neves “estão a ser preparadas as condições e logo que elas estiverem preparadas os voos retomar-se-ão. Mas eu gostaria que fossem retomados os voos o mais rapidamente quanto possível”.
Outra prioridade ao nível dos Governos tem a ver com o reforço das ligações e, consequentemente, as trocas comerciais entre os dois países. “Temos de trabalhar fortemente para ver que condições podemos criar internamente para ligações marítimas Praia/Bissau”, salienta o Chefe do Governo das Ilhas.
Por seu lado, Domingos Simões Pereira sublinha esta vontade de poder contar com o apoio de Cabo Verde neste “novo percurso” da Guiné-Bissau, rumo á estabilidade e o desenvolvimento, e “que pode ser feito em conjunto, juntando as nossas sinergias, sendo capazes de explorar as várias oportunidades que se oferecem”. Gab. Com. PM Cabo Verde
DSP: "Não há qualquer mal-estar com o Presidente da República" José Mário Vaz
O primeiro-ministro guineense garantiu hoje, na Cidade da Praia, a existência de qualquer mal-estar com o presidente da Guiné-Bissau e sim “falta de alguma concertação” num país que está a sair de uma situação “terrivelmente difícil”.
Domingos Simões Pereira, que iniciou hoje uma visita oficial de três a Cabo Verde, falava aos jornalistas após um encontro com o presidente da câmara da Cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva, e salientou tratar-se de um período que não é fácil, nem para si, nem para José Mário Vaz.
“É preciso compreender que a Guiné-Bissau está a sair de uma situação terrivelmente difícil, há muitos interesses em presença, os partidos políticos estão numa recomposição interna, o jogo político não está totalmente clarificado e compreendo que tudo isso não é muito fácil para o presidente, nem para mim. Mas acredito que vamos conseguir um consenso que o povo guineense não só pede como exige”, afirmou.
Domingos Simões Pereira ressalvou que a sua resposta não pode ser interpretada como o reconhecimento de que existe um mal-estar entre o primeiro-ministro e o presidente.
“É na nossa agenda diária que precisamos de muito mais concertação do que aquilo que, noutras situações, seriam tidas como normais e que levam a pensar que existe um ambiente de crispação. Não. Estamos a aprender a consolidar o nosso processo democrático e isso tem de beneficiar da nossa disponibilidade, aprendizagem e desafios, mas também em encontrar soluções que permitam essa convivência”, notou.
Para Simões Pereira, a situação da Guiné-Bissau é “especial” e a convivência é “algo que tem de ser aprendido”, sendo precisamente esse o caminho que está a ser percorrido, podendo, em alguns momentos, parecer existir alguma falta de consenso sobre determinadas matérias.
“Quero acreditar que a democracia constrói-se pela capacidade de os atores reconhecerem os desafios e de produzir os consensos suficientes para os ultrapassar. O interesse do povo guineense tem de ser colocado em primeiro plano e não tenho dúvidas nenhumas que o presidente (guineense) saberá fazê-lo”, sustentou.
“A construção democrática é um processo. Estamos a fazer o nosso percurso, que tem de ser sempre monitorado pelos atores políticos nacionais que têm de cuidar disso, e criar condições para um diálogo heterogéneo inclusivo, mas tendo em atenção que há valores da Nação que valem a pena preservar”, acrescentou.
Simões Pereira negou, por outro lado, qualquer intenção de remodelar o executivo, salientando que está “concentrado em governar”, admitindo, porém, a morosidade na substituição do ministro da Administração Interna, nome que será conhecido, garantiu, assim que regressar a Bissau.
“Estamos concentrados em governar e não a atender a essas questões (remodelação ministerial). Os desafios que a Guiné-Bissau tem pela frente são tantos que precisamos que a comunidade internacional e os agentes da comunicação nos ajudem a atrair a atenção para aquilo que há de mais positivo”, salientou.
Para o chefe do executivo guineense, o que há de mais positivo é o facto de existir um “consenso nacional” sobre o que é necessário para construir o país, consolidar a paz e a estabilidade e trazer ganhos que possam animar a população.
Sobre os militares, o chefe do executivo de Bissau destacou a construção de uma “relação de entendimento” com as Forças Armadas, sobretudo na intenção de fazer imperar da lógica de “subordinação” das Forças Armadas ao poder político.
Instado sobre o que espera da reunião com os doadores, prevista para Genebra em fevereiro ou março, Simões Pereira manifestou o desejo de que haja uma grande adesão, bem como “sinais concretos” de que a comunidade internacional está com o país e materialize financeiramente os vários programas de desenvolvimento em curso. Lusa
PR da Guiné-Bissau diz que povo "não passou cheque em branco" aos dirigentes do país
Foto: Manuel Almeida, Lusa
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que "o povo não passou um cheque em branco" aos dirigentes do país, ao receber cumprimentos de novo ano por parte do primeiro-ministro e restantes membros do Governo.
Sobre o executivo, liderado por Domingos Simões Pereira, o Presidente guineense afirmou que o povo deu a cada um dos dirigentes do país "funções específicas", mas "a ninguém passou um cheque em branco", sublinhou.
"É certo que este ano temos pela frente grandes desafios que vão exigir de todos nós grandes esforços e sacrifícios. Neste particular, os titulares dos órgãos de soberania têm responsabilidades acrescidas", observou José Mário Vaz.
Para o Presidente guineense, o diálogo e a concertação dentro das instituições e entre elas serão necessários sempre no âmbito das causas comuns.
"O Governo, tal como todos os outros órgãos de soberania, terá no Presidente da República, um parceiro certo nos esforços para o desenvolvimento do país", disse Mário Vaz, que prometeu não se imiscuir na esfera específica de nenhum órgão de soberania, frisando que nunca o fez.
"O Presidente da República não se coibirá de exercer, sob nenhum pretexto, sob nenhuma pressão, as competências que lhe são reservadas pela Constituição da República da Guiné-Bissau", destacou José Mário Vaz.
Na mesma cerimónia, estiveram as chefias militares, às quais o Presidente guineense dirigiu palavras de elogio pelas "melhorias e inovações" que têm sido introduzidas na sociedade castrense pelo novo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Biague Nan Tan.
José Mário Vaz também recebeu cumprimentos de novo ano da parte do presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) e dos deputados ao parlamento. Lusa
Guiné-Bissau apoia "incondicionalmente" candidatura de Cristina Duarte à presidência do BAD
José Maria Neves recebeu o seu homólogo guineense, Domingos Simões Pereira, no Palácio do Governo, na cidade da Praia (Foto: Gab. PM de Cabo Verde)
O primeiro-ministro guineense garantiu hoje, na Cidade da Praia, o apoio “inequívoco e incondicional” da Guiné-Bissau à candidatura da ministra das Finanças cabo-verdiana, Cristina Duarte, à presidência do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
A garantia de Domingos Simões Pereira, que cumpre hoje o primeiro de três dias de uma visita oficial a Cabo Verde, foi dada no final de um encontro com o seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves. As eleições para a presidência do BAD estão marcadas para 28 de maio próximo.
Cristina Duarte anunciou a candidatura em outubro de 2014 e, desde então, vários têm sido os esforços conjuntos da presidência da República, Governo e partidos de oposição para lhe dar visibilidade. Além da candidatura de Cabo Verde à presidência do BAD, liderado atualmente pelo economista ruandês Donald Kaberuka, as eleições contam como sete outras, oriundas do Chade, Etiópia, Mali, Nigéria, Serra Leoa, Tunísia e Zimbabué.
Cristina Duarte, 52 anos, passou pela administração pública antes de chegar ao Governo, de onde transitou, depois, para o Citibank (Quénia e Angola), tendo ainda feito vários serviços de consultoria em organismos internacionais.
Nasceu em Lisboa, a 02 de setembro de 1962, mas acabou por fazer os estudos primários e os primeiros anos do secundário em Angola, onde viveu até aos 12 anos.
Quando se dá o 25 de abril de 1974, a família instala-se em Cabo Verde, aí terminando o liceu. Cristina Duarte regressa a Portugal para se licenciar em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa e, no início dos anos 1990, parte para os Estados Unidos, onde tira mestrados em Gestão de Empresas e em Gestão Internacional, ambos na Universidade do Arizona. Lusa
Guiné-Bissau e Cabo Verde retomam cooperação
Cabo Verde e Guiné-Bissau retomaram hoje, formalmente, a cooperação institucional, económica e empresarial, com os primeiros-ministros dos dois países a saudaram o regresso à normalidade das relações, interrompidas após o golpe de Estado de 2012.
O reatar formal das relações surgiu na sequência da visita oficial de três dias que o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, iniciou hoje a Cabo Verde e no final de uma sessão de trabalho com o homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves.
"É importante a retoma das relações entre os dois países", destacou o chefe do executivo cabo-verdiano, numa conferência de imprensa conjunta com Simões Pereira, tendo ambos ressalvado a necessidade de recuperar o tempo perdido para que se atinja um patamar de "excelência".
Neves garantiu "total disponibilidade" de Cabo Verde para apoiar a Guiné-Bissau nos esforços de desenvolvimento quer da administração pública quer nas relações económico-empresariais bilaterais, apoio delineado durante a governação de Carlos Gomes Júnior (2009/12), na sequência da troca de visitas oficiais então feitas.
Além de apoio às áreas da governação - administração pública e reformas do Estado e da Segurança Social -, Cabo Verde tem "muitos empresários interessados" em investir na Guiné-Bissau, em áreas sobretudo ligadas ao agronegócio, turismo, pescas e agricultura que deverão contar, muito em breve, com missões empresariais comuns.
Sobre os transportes aéreos e marítimos, Neves salientou que os primeiros deverão ser retomados "muito em breve", com o reinício das ligações diretas entre a Cidade da Praia e Bissau pelos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), e os segundos a necessitar que se criem condições para que as duas capitais possam ficar conectadas, ponto "importante" para as relações económico-empresariais bilaterais.
Os setores da educação, saúde, energias renováveis e formação profissional são outros que os dois países querem privilegiar num acordo de intenções global que deverá ser assinado quinta-feira, no último dia da visita de Simões Pereira.
O primeiro-ministro guineense, por seu lado, destacou sobretudo o reinício do novo percurso comum e, considerando o avanço de Cabo Verde nas diferentes áreas do desenvolvimento, destacou a necessidade de a Guiné-Bissau seguir-lhe o exemplo.
"Queremos seguir o exemplo e a referência de Cabo Verde na Guiné-Bissau", sublinhou Simões Pereira que, na deslocação a Cabo Verde, é acompanhado pela ministra da Justiça, Carmelita Pires, pelos secretários de Estado da Cooperação Internacional, Idelfrides Fernandes, e dos Transportes, João Bernardo Vieira, e pelo presidente das Câmara de Bissau, Adriano Ferreira.
Após a reunião de trabalho com o homólogo cabo-verdiano, Domingos Simões Pereira foi recebido pelo presidente da câmara da Praia, Ulisses Correia e Silva, igualmente líder do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), e efetuou uma visita de cortesia ao chefe de Estado de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.
Da agenda consta, hoje à tarde, um encontro de Simões Pereira com empresários cabo-verdianos e uma conferência no Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, terminando o dia com um jantar oferecido pelo homólogo cabo-verdiano.
Quarta-feira, Simões Pereira fará, de manhã, uma deslocação à ilha de São Vicente e, à tarde, à da Boavista, onde, além de contactos oficiais locais, tem agendadas visitas a várias empresas e instituições.
No último dia da visita, já na Cidade da Praia, o primeiro-ministro guineense visitará quatro instituições governamentais da administração pública, fará uma visita de cortesia ao presidente do Parlamento, Basílio Ramos, e copresidirá, com Neves, a assinatura de vários protocolos de cooperação.
O último ato oficial de Simões Pereira em Cabo Verde decorrerá, depois, na Biblioteca Nacional, com um encontro com representantes da comunidade guineense residente no arquipélago, após o que regressará, num avião fretado, a Bissau. Lusa
VISITA A CABO VERDE DO PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU
O Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira, esteve sempre acompanhado do Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros de Cabo Verde, Démis Lobo Almeida. FOTO: AAS/DC/DR
VISITA DO PRIMEIRO-MINISTRO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA A CABO VERDE
Fotografias: AAS/DC/DR
Domingos Simões Pereira foi recebido no aeroporto pelo seu homólogo de Cabo Verde, José Maria Neves (FOTO: Gab. PM Cabo Verde)
Esteve, mais a comitiva, na Câmara Municipal da Praia onde foi recebido pelo edil paraiense Ulisses Correia e Silva
Deram um passeio pela praça do Plateau e pela rua pedonal
E, por fim, uma visita de cortesia ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca
PRIMEIRA MANCHA NA VISITA: Ontem, no aeroporto da Praia
CARLOS VAZ, o homem do teatro, não podia deixar de teatralizar. Ontem, na sala VIP do aeroporto internacional Nelson Mandela, na cidade da Praia, o Carlos Vaz mostrou porque é pequenino. Quando alguém do protocolo do Estado o tratou por "senhor assessor", o complexado do Carlos Vaz foi aos arames: "Estão a diminuir-me, eu sou conselheiro!".
Fez-se silêncio na sala e os olhares cruzaram-se. "Uma vergonha, aquilo que se passou", disse ao DC uma testemunha ocular. "Depois", adiantou a mesma fonte, "não satisfeito com essa atitude, Carlos Vaz ficou zangado com o Cônsul do vosso país, o senhor Cândido."
E zangado, porquê? Porque, e ainda segundo a mesma fonte, "na sua cabeça - do Vaz, claro - pensou que o erro tinha sido feito cá, na Praia, quando na verdade o erro foi de Bissau!". Só mais uma coisa: Carlos Vaz não é nem assessor, menos ainda conselheiro. É apenas (e nem sei por que carga de água) coordenador do gabinete de comunicação...E é por estas e por outras, camaradas, que a luta tem de continuar. AAS
PROGRAMA da Visita Oficial a Cabo Verde do Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau
Terça-Feira, 27 de Janeiro
08:55 Partida do Hotel para o Palácio do Governo
09:00 Tête-à-tête entre os dois Primeiros Ministros
09:30 Encontro de Trabalho entre as duas delegações
Participantes da parte de Cabo Verde:
1- S.E. o Primeiro Ministro de Cabo Verde, Sr. Jose Maria Neves;
2- S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
3- S.E o Ministro da Justiça, Sr. José Carlos Correia;
4- S.E. a Ministra de Turismo, Investimento e Desenvolvimento Empresarial, Sra. Leonesa Fortes;
5- S.E. a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Sra. Maria de Jesus Miranda;
6- Conselheira Diplomática do Primeiro Ministro, Sra. Jaqueline Pires Ferreira;
7- Directora Nacional da Política Externa, Sr. José Eduardo Barbosa;
8- Director Geral dos Assuntos Globais, Sr. Carlos Semedo;
9- Ministro Plenipotenciário, Sr. Jorge Gonçalves;
10- Assessora do Primeiro Ministro, Sra. Carlota Teixeira;
11- Assessor de Imprensa, Sr. Kaunda Simas;
Participantes da parte Guiné Bissau:
1- S.E. o Primeiro-Ministro da Guiné Bissau, Sr. Domingos Simões Pereira;
2- S.E. a Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires;
3- S.E. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional e Comunidades, Sr. Idelfrides Fernandes;
4- S.E. o Secretário de Estado dos Transportes, Sr. João Bernardo Vieira;
5- Assessor do Primeiro Ministro para a Comunicação, Sr. Carlos Vaz;
6- Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Adriano Ferreira;
7- Director Geral da Cooperação Internacional, Sr. Marcelo Pedro de Almeida;
8- Presidente do Instituto Nacional de Providencia Social, Sr. Cerilo Mamadú Saliu Djalo;
9- Cônsul Geral da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Sr. Cândido Barbosa;
10- Chefe do Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Victor Augusto Pereira de Barros;
11- Representante da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Sra. Ausenda Cardoso;
11:00 Fim do Encontro de Trabalho e Ponto de Imprensa
11:30 Fim do Ponto de Imprensa e partida para a Câmara Municipal da Praia
11:40 Visita de Cortesia ao Presidente da Câmara Municipal da Praia, Sr. Ulisses Correia e Silva
Participantes da parte de Cabo Verde:
1. S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
2. Ministro Plenipotenciário, Jorge Gonçalves;
Participantes da parte Guiné Bissau:
1. S.E. o Primeiro-Ministro da Guiné Bissau, Sr. Domingos Simões Pereira;
2. S.E. a Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires;
3. S.E. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional, Sr. Idelfrides Fernandes;
4. S.E. o Secretário de Estado dos Transportes, Sr. João Bernardo Vieira;
5. Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Adriano Ferreira;
6. Cônsul Geral da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Sr. Cândido Barbosa;
Roteiro:
Acolhimento oficial por
S.E. o Presidente da CMP, Sr. Ulisses Correia e Silva;
Presidente da Assembleia Municipal, Sra. Filomena Delgado;
Vereadora da Cooperação, Sra. Maria Aleluia Andrade;
Actuação da Banda Municipal
2 - Encontro entre as duas delegações no Gabinete do S.E. o Presidente da Câmara Municipal
3 - Drink na esplanada Lilicha
4 - Passeio na rua pedonal
12:35 Fim da Visita de Cortesia e partida para a Presidência da Republica
12:45 Visita de Cortesia à S.E. o Presidente da Republica, Sr. Jorge Carlos Fonseca
Participantes da parte de Cabo Verde:
1- S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
Participantes da parte Guiné Bissau:
1- S.E. o Primeiro-Ministro da Guiné Bissau, Sr. Domingos Simões Pereira;
2- S.E. a Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires;
3- S.E. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional, Sr. Idelfrides Fernandes;
4- S.E. o Secretário de Estado dos Transportes, Sr. João Bernardo Vieira;
5- Cônsul Geral da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Sr. Cândido Barbosa;
Fim da visita de Cortesia e regresso ao Hotel
Almoço Livre
15:20 Partida do Hotel de S.E. o Primeiro Ministro da Guiné Bissau para encontro com Empresários
Local: Câmara do Comercio, Industria e Serviços 15:30 Encontro com Empresários
Participantes da parte de Cabo Verde:
1- S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
2- S.E. a Ministra de Turismo, Investimento e Desenvolvimento Empresarial, Sra. Leonesa Fortes;
3- S.E. a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Sra. Maria de Jesus Miranda;
4- Director Geral dos Assuntos Globais, Sr. Carlos Semedo;
5- Ministro Plenipotenciário, Sr. Jorge Gonçalves;
Participantes da parte Guiné Bissau:
1- S.E. o Primeiro-Ministro da Guiné Bissau, Sr. Domingos Simões Pereira;
2- S.E. a Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires;
3- S.E. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional, Sr. Idelfrides Fernandes;
4- S.E. o Secretário de Estado dos Transportes, Sr. João Bernardo Vieira;
5- Assessor do Primeiro Ministro para a Comunicação, Sr. Carlos Vaz;
6- Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Adriano Ferreira;
7- Director Geral da Cooperação Internacional, Sr. Marcelo Pedro de Almeida;
8- Presidente do Instituto Nacional de Providencia Social, Sr. Cerilo Mamadú Saliu Djalo;
9- Cônsul Geral da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Sr. Cândido Barbosa;
10- Chefe do Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Victor Augusto Pereira de Barros;
11- Representante da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Sra. Ausenda Cardoso;
17:00 Fim do Encontro com Empresários e partida para o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais - ISCJS
17:15 Conferencia/palestra proferida no ISCJS por S.E. o Primeiro-Ministro da Guiné Bissau, sobre a situação politica, económica e social da Guine Bissau e suas perspectivas
Participantes da parte de Cabo Verde:
1- S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
2- S.E. o Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, Sr. António Correia e Silva;
3- S.E. a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Sra. Maria de Jesus Miranda;
4- Ministro Plenipotenciário, Sr. Jorge Gonçalves;
Participantes da parte Guiné Bissau:
Toda a delegação da Guiné Bissau
18:45 Fim da Conferencia/palestra e regresso ao Hotel
19:55 Partida para o Palácio do Governo
20:00 Jantar oficial oferecido por S.E. o Primeiro-Ministro de Cabo Verde Local: Salão de Banquetes do Palácio do Governo
Participantes da parte de Cabo Verde: Ver a lista anexa


Participantes da parte Guine Bissau
Toda a delegação de S.E. o Primeiro Ministro da Guiné Bissau
Quarta-Feira, 28 de Janeiro
07:15 Partida do Hotel para o Aeroporto Internacional Nelson Mandela 08:00 Partida para S. Vicente
08:45 Chegada a S. Vicente
Acolhimento no Aeroporto Internacional Cesária Évora, pelo Presidente da Câmara Municipal de S. Vicente, Sr. Augusto Neves
09:30 Visita de Cortesia ao Presidente da Câmara Municipal de S. Vicente, Sr. Augusto Neves
09:55 Fim da Visita de Cortesia e partida para Câmara do Comercio de Barlavento 10:00 Encontro com a Direcção da Câmara do Comercio de Barlavento
10:45 Fim do Encontro e partida para a visita às Infra-estruturas da Ilha
10:50 Visita a infra-estruturas
ENAPOR – Empresa Nacional de Administração dos Portos
FRESCOMAR – Empresa de Conserva de Pescado
CABNAVE – Estaleiros Navais de Cabo Verde
ESTRUTURAS DE FRIO
Almoço oferecido pelo Conselho de Administração da ENAPOR
14:30 Fim do almoço e Partida para o Aeroporto Internacional Cesária Évora 15:00 Partida para Boavista
15:45 Chegada à Boavista
Visita de Cortesia ao Presidente da Câmara de Boa Vista, Sr. José Pinto Almeida
Visita às Infra-estruturas da Boavista
18:00 Partida para Praia
18:45 Chegada a Praia Instalação no Hotel
Jantar livre Quinta-feira, 29 de Janeiro
08:55 Partida para o Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação - NOSI 09:00 Visita ao NOSI
Sede
Data center
Participantes da parte de Cabo Verde:
1- S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
2- Ministro Plenipotenciário, Sr. Jorge Gonçalves;
Participante da parte Guiné Bissau:
1- S.E. o Primeiro-Ministro da Guiné Bissau, Sr. Domingos Simões Pereira;
2- S.E. a Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires;
3- S.E. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional, Sr. Idelfrides Fernandes;
4- S.E. o Secretário de Estado dos Transportes, Sr. João Bernardo Vieira;
5- Assessor do Primeiro Ministro para a Comunicação, Sr. Carlos Vaz;
6- Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Adriano Ferreira;
7- Director Geral da Cooperação Internacional, Sr. Marcelo Pedro de Almeida;
8- Cônsul Geral da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Sr. Cândido Barbosa;
9- Representante da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Sra. Ausenda Cardoso;
10- Presidente do Instituto Nacional de Providencia Social, Sr. Cerilo Mamadú Saliu Djalo;
11- Chefe do Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. Victor Augusto Pereira de Barros;
10:30 Fim da visita e partida para INPHARMA – Laboratórios INFARMA – Industria Farmacêutica
10:40 Visita ao INPHARMA
11:15 Fim da visita e partida para o Centro de Energia Renováveis e Manutenção Industrial – CERMI
11:20 Visita ao CERMI
11:55 Fim da Visita e partida para a Escola de Hotelaria e Turismo 12:00 Visita à Hotelaria e Turismo
12:40 Fim da visita à Escola e inicio do almoço
Almoço oferecido pelo Ministério das Relações Exteriores;
Participantes da parte de Cabo Verde:
1- S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
2- S.E. a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Sra. Maria de Jesus Miranda;
3- Director Nacional do Protocolo de Estado;
4- Director Geral dos Assuntos Globais, Sr. Carlos Semedo;
5- Ministro Plenipotenciário, Sr. Jorge Gonçalves;
6- Secretaria de Embaixada, Maria Semedo
Participantes da parte Guiné Bissau:
Toda a delegação da Guiné Bissau
Fim do almoço e regresso ao Hotel
16:30 Partida do Hotel para o Palácio da Assembleia
16:35 Visita de Cortesia à S.E. o Presidente da Assembleia Nacional, Sr. Basílio Mosso Ramos
Participantes da parte de Cabo Verde:
1. S.E o Ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Sr. Démis Lobo Almeida;
2. Elementos do Gabinete de S.E. o Presidente da Assembleia Nacional

Participantes da parte Guiné Bissau:
1- S.E. o Primeiro Ministro da Guiné Bissau, Sr. Domingos Simões Pereira;
2- S.E. a Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires;
3- S.E. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional, Sr. Idelfrides Fernandes;
4- S.E. o Secretário de Estado dos Transportes, Sr. João Bernardo Vieira;
5- Assessor do Primeiro Ministro para a Comunicação, Sr. Carlos Vaz;
6- Cônsul Geral da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Sr. Cândido Barbosa;
17:05 Fim da Visita de Cortesia e partida para o Palácio do Governo 17:15 Cerimónia de Assinatura de Documentos
Leitura do Comunicado Conjunto
Conferência de Imprensa
Sessão de fotografia oficial
18:15 Fim da Cerimónia de Assinatura e partida para a Biblioteca Nacional para o Encontro com a Comunidade Guineense radicada na Ilha de Santiago
18:20 Encontro com a Comunidade Guineense
Local: Biblioteca Nacional (a ser organizado pelo Cônsul Geral da Guiné Bissau, Sr. Cândido Barbosa)
19:50 Fim do Encontro e partida para o Aeroporto Internacional Nelson Mandela
Partida
VISITA OFICIAL DE SUA EXCELÊNCIA O PRIMEIRO MINISTRO DA REPUBLICA DA GUINÉ BISSAU, SENHOR DOMINGOS SIMÕES PEREIRA
Nota de imprensa
Assunto: PM da Guiné-Bissau visita Cabo Verde a convite de José Maria Neves
A convite do Primeiro Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, chega a Cabo Verde, esta segunda-feira, 26 de Janeiro, o Primeiro Ministro da Guiné Bissau, Domingos Simões Pereira, para uma visita oficial de três dias com vista ao reforço das relações de cooperação e de amizade entre os dois países.
Cabo verde e Guiné Bissau têm fortes e excelentes relações de amizade e de cooperação e a visita de Simões Pereira ao arquipélago vem reforçar e incrementar essas relações de cooperação, sobretudo no plano económico e empresarial.
Esta visita será, igualmente oportunidade para os dois países analisarem a cooperação em outros domínios, designadamente do Turismo, dos Transportes Aéreos e Marítimos, das Pescas, da Formação Profissional e do Ensino Superior, Ciência e Inovação. Cabo Verde está disponível para apoiar a Guiné Bissau a nível da Reforma do Estado e da Modernização da Administração Pública e da Previdência Social.
Durante a visita, o governante guineense manterá encontros com o seu homólogo cabo- verdiano, (27, às 9H00 horas), o Presidente da Assembleia Nacional e o Presidente da República. Domingos Simões Pereira reúne-se, também, com empresários e deverá visitar as ilhas de São Vicente e Boa Vista.
O Primeiro Ministro da Guiné Bissau faz-se acompanhar de uma importante delegação, nomeadamente da Ministra da Justiça, dos Secretários de Estado da Cooperação Internacional e dos Transportes e de altos funcionários.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
DIREITOS HUMANOS: Melhorou, mas...
A situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau tende a melhorar mas há muitos desafios ainda pela frente. Na passada sexta-feira, a Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas analisou a situação do país, numa reunião em Genebra, em que o Governo pediu a ajuda internacional.
Edimar Nhiaga, da Liga Guineense dos Direitos Humanos, reconhece o esforço feito pelo actual Governo e dá nota positiva ao reforço do Ministério da Justiça.
Para a Liga Guineense dos Direitos Humanos, os casos civis são aqueles que mais continuam a acontecer. Nhiaga defende uma abordagem coordenada entre o Executivo, as organizações de defesa dos direitos humanos e a comunidade internacional.
Na reunião da passada sexta-feira da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, o assessor da ministra da Justiça José António Gonçalves pediu a ajuda da comunidade internacional para melhorar a situação na Guiné-Bissau.
Ao responder a vários questões colocadas José António Gonçalves destacou a promoção da mulher no país. A Guiné-Bissau é um dos 14 países cuja situação dos direitos humanos está a ser analisada pelas Nações Unidas na sessão que decorre até ao dia 30 de Janeiro. VOA
domingo, 25 de janeiro de 2015
Visita a Cabo Verde do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, antecipa a viagem oficial a Cabo Verde - que era para começar no dia 27 - chegando amanhã a meio do dia à cidade da Praia, capital do arquipélago, soube o Ditadura do Consenso de fonte oficial.
Domingos Simões Pereira faz-se acompanhar da ministra da Justiça, Carmelita Pires, pelo secretário de Estado da Cooperação e das Comunidades, Idelfrides Gomes Fernandes, e do secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira. Para já, estão previstas duas deslocações, uma à ilha de São Vicente e outra à Boa Vista.
Amanhã, ao fim da tarde, o primeiro-ministro reúne com a comunidade guineense (a maior comunidade estrangeira em Cabo Verde) na biblioteca nacional da cidade da Praia. AAS
AUTARQUIAS 2017
Guiné-Bissau quer realizar as primeiras eleições autárquicas da sua história. De acordo com o Secretário de Estado do Ordenamento e Administração do Território, o Executivo liderado por Domingos Simões Pereira encontra-se empenhado na realização das eleições Autárquicas durante a sua vigência, antes do término da presente legislatura, no prazo previsto, até 2017. AAS
sábado, 24 de janeiro de 2015
Guiné-Bissau pede ajuda à comunidade internacional
Guiné-Bissau pediu hoje nas Nações Unidas, em Genebra, Suíça, mais apoio da comunidade internacional ao país, para assegurar o reforço das instituições, ainda frágeis após o golpe de Estado de 2012.
Na presença de 54 países, a Guiné-Bissau foi submetida nesta sexta-feira a um exame no âmbito da Revisão Periódica Universal que avalia a situação de direitos humanos no país. A realização das últimas eleições e as primeiras medidas adoptadas pelas novas autoridades nas áreas da justiça e direitos humanos foram apontadas pelo assessor da ministra da Justiça, José António Gonçalves, que liderou a delegação do país, “o Estado da Guiné-Bissau envidou esforços e implementou um número significativo de recomendações”.
O representante do Estado lembrou ainda que tudo o que tem a ver com direitos humanos é preocupação do executivo, acrescentado que se não fosse a situação de isolamento que o país viveu nos últimos tempos podiam ter feito muito mais. " É necessário dar um apoio à Guiné-Bissau para que consiga implementar essas recomendações".
José António Gonçalves lembrou ainda a luta que o governo tem travado contra a excisão feminina, com a recente aprovação de uma lei que condena esta prática ancestral. "Não só o governo como as próprias organizações da sociedade civil, as mulheres mesmo fizeram pressão para que essa lei fosse adoptada no parlamento e para que haja efectivamente a sua aplicação na realidade".
Em relação à representatividade das mulheres o assessor da ministra da Justiça lembrou "neste momento temos cinco ministras em cargos sociais" e disse que o país vai continuar a trabalhar para que a representatividade feminina seja cada vez mais na vida politica do país. RFI
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Guiné-Bissau quer proibir corte de barbatanas de tubarão
A Secretaria de Estado das Pescas da Guiné-Bissau lançou hoje uma campanha de sensibilização para proibir o corte de barbatanas de tubarão nos mares do país. Segundo Vitorino Nahada, diretor-geral do Centro de Investigação de Pesca Aplicada (CIPA), a prática do corte "é recorrente" por parte de pescadores industriais.
O tubarão-raia é a espécie mais fustigada, notou Nahada, que disse querer ver a situação alterada em pouco tempo. "O corte das barbatanas de tubarão é uma prática nociva. Fazem-no apenas para aproveitar a barbatana e o resto, a carcaça, é deixado no alto-mar", afirmou o diretor-geral do CIPA.
Vitorino Nahada notou que "há oito anos" que as autoridades pesqueiras têm vindo a executar um projeto de seguimento do tubarão-raia na Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Guiné-Bissau. Armadores asiáticos que operam na ZEE guineense - China, Japão e Correia do Sul - são dos principais pescadores que se dedicam ao corte das barbatanas de tubarão, dizem fontes do setor. Naqueles países, a barbatana é apreciada na culinária e como afrodisíaco, acrescentou uma fonte do setor da pesca guineense.
Com o financiamento da Comissão Sub-Regional de Pesca, a Secretaria de Estado das Pescas da Guiné-Bissau iniciou hoje um seminário de sensibilização, que decorre até quinta-feira, sobre a proibição do corte e desembarque de tubarão sem barbatana na Guiné-Bissau.
O encontro junta todos os delegados de pesca das nove regiões do país, responsáveis pela captura artesanal, e técnicos do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP). A Comissão Sub-Regional de Pesca é um organismo intergovernamental criado em 1985 juntando a Guiné-Bissau, Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Conacri, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa.
A luta contra a pesca ilícita, pesca não declarada e não regulamentada são dos principais objetivos da comissão que se reúne anualmente em cada um dos países membros. Lusa
Cumprimentos de Novo Ano em Belém
M'Bala Fernandes, Encarregado de Negócios da embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, cumprimenta o Presidente Cavaco Silva
Decorreu hoje no palácio nacional de Queluz, a cerimónia de apresentação de cumprimentos do Novo Ano do Corpo Diplomático acreditado em Portugal ao Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, onde a Guiné-Bissau fez-se representar pelo chefe da missão, Encarregado de Negócios da Embaixada da República da Guiné-Bissau em Portugal, M´Bala Alfredo Fernandes.
Na referida cerimónia que contou com a presença de mais de uma centena de Embaixadores e chefes de missões diplomáticas e das organizações internacionais acreditados em Portugal, o Presidente da República, para além de demonstrar confiança na recuperação económica do seu país, durante o seu discurso e em se tratar do ano findo, profere: “…2014 trouxe sinais de esperança. Cumprimos as obrigações assumidas em Maio de 2011, perante as entidades internacionais e concluímos o programa de assistência económica e financeira, sem necessidade de ajuda adicional”.
Prosseguindo, Sua Excelência Senhor Presidente da República de Portugal, afirma que o ano transato foi muito importante, tendo o País recuperado a credibilidade e o acesso pleno aos mercados internacionais. No âmbito das relações internacionais, o Presidente da República, congratulou com os sucessos alcançados pelos países da CPLP, destacando a Guiné-Bissau como um exemplo do referido sucesso:
“…Pudemos assistir ao renascer da esperança na Guiné-Bissau, com o regresso à ordem constitucional, através da realização das eleições livres e democráticas. A Comunidade internacional deverá corresponder ao assinalável esforço das novas autoridades guineenses, prestando-lhes o apoio indispensável para que as ainda frágeis conquistas de 2014 possam converter-se em passos sólidos para a estabilidade e para o desenvolvimento. Portugal estará na primeira linha do apoio à Guiné-Bissau…“ E acrescenta, que a Guiné-Bissau ” …também contará, estou certo disso, com o apoio de Angola no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde a presença angolana é motivo de congratulação para todos nós.”
Recados do DSP, presidente do PAIGC
- "Vamos utilizar todas as nossas capacidades, as nossas competências e a nossa disponibilidade, no sentido de produzirmos consensos que tranquilizem o país, para que compreendam as medidas governativas que estamos a tomar."
- "Em alguns momentos podemos não compreender uns aos outros, mas somos homens de Estado, cada um de nós deve compreender a sua responsabilidade, estamos onde estamos através do nosso partido, e em nome do PAIGC, quero garantir a todos que vai haver consensos para que possamos levar esta nossa obra para o objectivo desenhado."
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Líderes da África Ocidental condenam terrorismo
A União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), que esteve reunida em Cotonou (Benin), condenou as acções terroristas registadas nos últimos dias na França e na Bélgica, a quem manifestaram solidariedade, segundo um comunicado distribuído nesta terça-feira em Bissau.
O documento foi distribuído aos jornalistas à chegada a Bissau do Presidente guineense, José Mário Vaz, que participou nos trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UEMOA, que decorreram na segunda-feira e terça-feira em Cotonou, Benim.
No encontro, "os chefes de Estado e de governos da UEMOA expressaram a sua firme condenação para com todo o tipo de terrorismo e manifestaram solidariedade para com os países e povos irmãos" confrontados com actos terroristas, lê-se no comunicado.
As ameaças à segurança foram um dos temas da cimeira que debateu também aspectos relacionados com o Pacto de Convergência, Estabilidade, Crescimento e de Solidariedade entre os Estados membros. De acordo com o comunicado da Presidência da Guiné-Bissau, o encontro de líderes no âmbito da UEMOA adoptou "um acto adicional" referente àquele Pacto.
"Na base deste acto adicional e como uma das medidas mais importantes no quadro económico e financeiro, a cimeira adoptou uma declaração" sobre a dívida pública, em que o objectivo passa por "preservar o nível do 'plafond' de endividamento, assegurando a qualidade e a sustentabilidade da dívida pública no seio da UEMOA", salienta-se no comunicado.
De acordo com a nota da Presidência, José Mário Vaz recebeu em audiências separadas o governador do Banco Central de Estados da África Ocidental (BCEAO), Tiémoko Meyliet, e o presidente do Banco Oeste-Africano de Desenvolvimento (BOAD), Christian Adovelande.
Nas reuniões foram abordadas "questões relacionadas com a necessidade de apoios a projectos de desenvolvimento na Guiné-Bissau" e José Mário Vaz recebeu ainda "uma delegação de empresários ligados ao sector das energias renováveis interessados em desenvolver projectos no país".
A Guiné-Bissau é o único país lusófono da UEMOA, em que os outros sete membros têm o francês como língua oficial: Benim, Burkina Faso, Côte d'Ivoire, Mali, Níger, Senegal e Togo.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
RIP: Estudante guineense morre afogado no Brasil
Um estudante guineense morreu afogado no Brasil. Braima Mané era estudante do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
O acidente aconteceu na cachoeira Serrinha, em Passagem de Mariana, distrito da cidade histórica. De acordo com a instituição, ele estava no Brasil por meio do Programa Estudante Convênio de Graduação (PEC-G). O estudante de 24 anos estava na Ufop desde 2010.
Um irmão de Braima Mané que mora em Vitória, no Espírito Santo, já está em Mariana, conforme a Universidade. Ele está cuidando dos trâmites legais para o traslado do corpo. Globo
Avaliação sobre direitos humanos
Foto: Lusa
Em vésperas de uma avaliação, CARMELITA PIRES admite que país deve ter mais respeito pelos direitos humanos
A ministra da Justiça da Guiné-Bissau, Carmelita Pires, considerou hoje que o país terá que subir nos níveis de respeito pelos direitos humanos, numa altura em que está prestes a ser sujeito a uma avaliação internacional. A Guiné-Bissau vai ser avaliada entre 23 e 27 de janeiro no exame periódico ao nível do Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, anunciou a governante.
Segundo explicou, a organização vai analisar o cumprimento de uma série de recomendações deixadas ao país na última avaliação sobre melhoria do quadro legal, funcionamento das instituições e operacionalidade da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.
No encontro, a decorrer em Bruxelas, a Guiné-Bissau será representada pelo Ministério da Justiça, pela Comissão dos Direitos Humanos e por uma organização não-governamental (ONG) da áre. Carmelita Pires falava hoje durante a cerimónia de assinatura de um acordo entre o ministério que tutela e a União Africana (UA).
A UA entregou às autoridades guineenses 21.500 euros para a realização de atividades no âmbito da promoção dos Direitos Humanos nas regiões de Gabú (Leste), Oio (centro), Tombali (Sul) e ilhas Bijagós. O acordo para disponibilização da verba foi rubricado pelo representante da UA na Guiné-Bissau, o santomense Ovídio Pequeno, e por Carmelita Pires, que na ocasião agradeceu o apoio.
A governante enalteceu a contribuição da União Africana pelas ajudas que tem prestado às novas autoridades guineenses com vista à execução de diferentes ações, particularmente no setor da justiça.
A coordenadora da Comissão Nacional dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, Aida Indjai, indicou que a instituição vai utilizar o dinheiro disponibilizado hoje pela UA para promover inquéritos sobre os direitos humanos nas regiões abrangidas.
"São zonas consideradas críticas em termos de violação sistemática dos direitos humanos", notou Aida Indjai, enumerando o espancamento, o casamento forçado ou precoce e ainda a mutilação genital feminina como as principais violações. Os inquéritos serão iniciados em fevereiro e os resultados serão anunciados pelo Governo.
Além dos inquéritos, a verba destina-se a financiar programas radiofónicos para sensibilização da população guineense em matéria de administração da justiça, registos de nascimento e reforço da capacidade da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.
O representante da UA na Guiné-Bissau destacou hoje que o apoio visa ajudar o Governo a dar mais atenção aos preceitos e objetivos enunciados na Carta Africana dos Direitos Humanos. Lusa
NOTÍCIA DC/'Caso Areias Pesadas': É muita carga para o Daniel
O feitiço parece ter-se virado contra o feiticeiro. E não se trata da bauxite, mas sim das areias pesadas de Varela. Ditadura do Consenso apurou que, desde o período da 'transição', os próprios militares já teriam conhecimento de que o actual e ex-ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes, terá recebido dinheiro no 'caso' das areias pesadas de Varela.
O caso, apurou o DC, chegou mesmo ao conhecimento do Presidente da República. Daí as insinuações de José Mário Vaz, feitas há pouco tempo sobre a 'escuridão' que paira sobre o negócio das areias. Existirão mesmo documentos que provam, de acordo com uma fonte, o envolvimento do Daniel Gomes no negócio obscuro das areias pesadas de Varela.
Os chineses terão exportado cerca de 500 toneladas de areia e, no seguimento, pagaram cerca de 8 milhões de FCFA, que deram entrada no cofre do ministério...e ganharam asas depois. E é por isso que o ministro, sabendo que JOMAV sabe, tem atacado - sem dados, ou com os mesmos errados, e com explicações sem nexo.
Ditadura do Consenso apurou ainda que o ministério Público terá mesmo congelado as contas do ministro, enquanto decorrem as investigações. Da parte do Governo, talvez saia fumo branco na próxima reunião do Conselho de Ministros. Ditadura do Consenso continuará atento, e a varrer toda a informação sobre este caso. Pela verdade, com a verdade. AAS
OPINIÃO: E sair deste labirinto?
Há uma saída para o ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes? Há, sim, e é a porta da rua. O ministro falou muito e baralhou-se. Indirectamente, acusou o Presidente da República, e isso tem custos. Na política, meu caro Daniel, tudo tem consequência.
Agora, Ditadura do Consenso apurou que, assim que regressar a Bissau, o Presidente da República, José Mário Vaz vai pedir a cabeça do infeliz do Daniel. O Preidente "está furioso", diz uma fonte. "Ficou mais irritado ainda porque o ministro baralhou-se, parecia muito emocionado, atitude prória de quem esconde algo, e quer proteger terceiros. O Daniel [Gomes] não estava nada à vontade", adianta.
DANIEL GOMES no labirinto, e por um fio
Daniel Gomes misturou tudo. Números e factos; cousas e coisas. Nunca, em momento algum, o Estado da Guiné-Bissau - ou alguém por ele - recebeu 13 milhões de dólares por um 'bónus de assinatura". "São números exorbitantes e ninguém no seu perfeito juízo faria isso", justificou.
É o que dá quando não se estuda os dossiers... Daniel Gomes foi levado pela emoção junto dos deputados, mas saiu chamuscado. Do labirinto em que se meteu só o seu deus lhe pode livrar, e da travessia do deserto...nem falaremos.
Quantos sabem desta negociata? São, pelo menos, (e para já) três: Soares Sambu, Martinho Dafa Cabi e...o próprio Daniel Gomes. O pedido de urgência feito pelo PR para a investigação deste dossier começou a ser tratado com pinças pelo ministério Público e ainda bem. Só assim os guineenses saberão toda a verdade. AAS
ARTISSAL: A Justiça será feita
"Sou Mariana Tandler Ferreira, a Mariana de Artissal que vocês todos conhecem. Sou de origem romena e vim para Guine Bissau em 1986, munida de sonhos e ideais. Fiz tudo que podia por este pais que desde então é meu, pela nacionalidade que adequri e sobretudo pelos laços de amizade que construi com este povo.
Trabalhei incansavelmente no Ministério da Cultura mais de 10 anos e depois sempre ligada as actividades deste ramo que tanto amo. Fundei a ONG Raizes em 2000 e depois em 2004 ao aperceber-me que o pano de pente está em vias de extinção a ONG Artissal.
Lutei anos a fio para obter financiamentos para poder sustentar a fabrica de tecelagem que deu trabalho a 28 pessoas e indiretamente as suas famílias mais de 280 pessoas. A credibilidade da minha organização chegou a ser enaltecida pelos resultados excelentes dos projetos tanto na execução das atividades como na execução financeira dos mesmos, trabalhando em parceria com a União Europeia, Cooperação Portuguesa , Instituto Marques de Vale Flor , Cidac, etc.
A Artissal levou a bandeira da Guine Bissau para os quatro cantos do mundo , através de exposições, palestras , conferencias e redes de colaboração. Trabalhei 10 anos incansavelmente para as populações da Região de Biombo, construindo mercados, padarias, escolas de formação profissional, etc.
Eu Mariana , fui a cara da Artissal nas reuniões com os financiadores, nas avaliações , nas auditorias financeiras , nas conferencias e nas palestras. Hoje estou orgulhosa de tudo que fiz, estou realizada por ter feito neste pais aquilo que não fiz no meu pais. Dar tudo de mim, dar a minha sabedoria , dar noites a fio a conceber estratégias e projetos de sobrevivência.
Artissal é neste momento a primeira e única organização de Comercio Justo inscrita na COFTA a Federação de Comercio Justo Africana, com marca legalizada e registada. O pano de pente que eu tanto amo foi devolvido ao meu povo , através do trabalho dos tecelões inscritos na Artissal.
Vendi a casa da minha mae na minha terra natal quando ela faleceu e construi a minha casa em Quinhamel para estar perto do meu povo, do meu trabalho. Vivi em Bissau 18 anos e há 8 anos vivo em Quinhamel. Fui casada durante 33 anos com o cidadão guineense Maximiano Cesar Ferreira, responsável pela minha vinda para cá.
Frustrado por muitos postos de trabalho que nunca conseguiu preservar o meu marido pai dos meus 4 filhos , pediu-me para aderir a Artissal e eu fiquei contente por se interessar pelo meu trabalho. A Artissal foi fundada por mim, 4 tecelões , Ze Augusto meu fiel camarada tecelão e técnico de museu e ao pedido do meu então marido inscrevi mais 4 pessoas a sua escolha.
Durante anos os projetos cresciam e o meu companheiro ficou reduzido a internet e sofá para ver televisão. Ate aqui tudo bem, pensei, sempre ajuda com alguma coisa quando for preciso. Eu viajava muito com quilos de pano para vender em Cabo Verde, Portugal, São Tomé etc. Sempre pensei que a coordenação pode ficar ao cargo do meu então marido pois somos um só e…… parecia tao interessado no trabalho que desenvolvíamos.
Mal sabia eu o que me esperava…
No mês de Novembro de 2013 eu ouvi uns boatos na vila de Quinhamel e resolvi investigar. O meu então marido gabava-se a todo mundo que a Artissal é dele (os bens que a Artissal adquiriu são hoje 3200 m2 construidos ) e que tem que deixar isto como herança aos seus filhos (entretanto descobri que tinha uma família paralela com 4 filhos e a mulher que mantinha na casa do pais dele em Bissau).
Depois de uma denuncia , foi provado mais um adultério pois quando eu viajava o meu marido mantinha relações sexuais com meninas de varias idades nas instalações da Artissal , nos bongalows do polo turístico. Apanhado em flagrante foi levado pela policia pois me apontou a arma que tínhamos em casa para defesa, querendo me matar. Este processo esta na Procuradoria do Ministerio Publico quase em fase de acusação pois as provas foram reunidas.
Fora de casa, com certeza tentou me arrastar varias vezes as Finanças, ao Ministerio de Turismo, a Policia com calunias e mentiras que eu consegui desmascarar e segui as minhas atividades para frente. A Assembleia Extraordinaria da Artissal convocada a 20 de Fevereiro com membros em maioria votou POR UNANIMIDADE a expulsão do Sr. Maximiano Cesar Ferreira da organização pelo atentado a vida da Secretaria Executiva que sou eu, e distúrbios no recinto da organização.
Surpreendentemente um dos sócios que vim a saber que é familiar dele (um dos tais sócios que ele me propus no inicio) ficou reticente quando lhe falei da Assembleia , misturando o forro familiar com o forro profissional pelo que não apareceu na Assembleia (que foi divulgada pelos meios legais ). Depois desta Assembleia o então meu marido sabendo das deliberações fez um lobby na casa dos associados que tinham votado a favor da sua expulsão conseguindo sensibiliza-los para se posicionarem contra mim, pois era a única forma de ele voltar a trabalhar.
Os associados que se posicionaram contra a sua atitude foram um dia convocados pela “ala” encabeçada pelo Sr. RICARDO PASCOAL Caetano entretanto genro do Sr.Maximiano e declararam que já que ele esta expulso , agora deviam expulsar a Secretaria Executiva , unindo-se todos e depois vender os bens da Artissal. Esta “ala “ que nunca pagou un centavo de quota a Artissal, esta ala que nunca veio a Quinhamel perguntar se precisava de alguma ajuda, enfim , impulsionados pelo Sr. Maximiano que se viu agora não mais sustentado pela Mariana, na rua da amargura.
Fui vitima de varias ameaças de morte eu e os meu filhos por parte deste senhor meu “marido” ainda, pela lentidão da nossa justiça que ate agora não deliberou sobre o pedido de divorcio com entrada em Fevereiro de 2014. Todas as provas foram entregues ao Ministerio publico e engrossam as acusações contra um ser em fúria.
Em fúria ao ponto de acreditar que uma ONG alguma vez na vida pode ser vendida….que acredita que alguma vez na vida eu própria arquiteta da Artissal, vou atentar alguma coisa de mal contra a minha própria organização. Enfim , estas questões estão a seguir os tramites da lei e eu ACREDITO na justiça da minha Guine Bissau. Eu acredito que não sou a “branca” termo pelo qual sr. Maximiano e a sua corja me tratam.
O sr. Lourenço Pinto Lopes , associado que integra igualmente a ala que “vamos vender pá e dividir o dinheiro pá “ foi se desvinculando da Artissal em 2008 quando apanhado com um roubo de 1.800.000 fcfa na loja da Artissal em Bissau onde trabalhava, foi-lhe instaurado um processo disciplinar e assinou com as sua mãos um documento que diz”Não pretendo mais nada da Artissal".
Na minha boa fé ano depois atendi os seus pedidos de perdão e o deixei trabalhar em Quinhamel e depois na loja de Bissau novamente. Como funcionário, filho e amigo pois era ele que me acompanhava em digressões no estrangeiro para exposições e feiras. Do restante pessoal nem vale a pena me pronunciar , pois estão a ser levados por arrastão tudo contra mim e a favor do Sr. Maximiano .
Eu Mariana Tandler ainda Ferreira, (por favor atendam o meu dossier de divorcio), nunca, mas nunca permitirei que o nome da Artissal seja manchado em nome de interesses pessoais, em nome da mentira. Há testemunhos sobre a utilização das instalações da ONG Artissal por parte do sr. Maximiano Cesar Ferreira para engatar miúdas, seduzir estagiarias (imaginem) , trazer a amante e os filhos e utilizar o recinto do polo turístico como se fosse a sua casa, quando eu viajava, roubos de perdiens dos tecelões quando os acompanhava no estrangeiro (solicitava isso quando tinha muito trabalho e precisavam de monitoramento) no seu beneficio pessoal para se instalar com a amante nos hotéis (atenção existem testemunhas). Nunca vou permitir isso, mesmo se se trata de uma pessoa que foi o meu companheiro 33 anos.
E muito menos a pessoas ditos associados pois se fossem verdadeiros associados não metiam uma previdência cautelar contra a minha pessoa a invocar mentiras que não conseguem provar , daquilo que na sua loucura uma pessoa já desconsiderada na praça de Bissau os instiga a fazer.
EU GANHEI essa previdência cautelar e na sequencia do despacho do Juiz Leão , cito “ acusações não verdadeiras , caluniosas e não fundamentadas” instaurei imediatamente um processo no Tribunal de Bissau de expulsão arbitraria destes senhores da Artissal.
Não merecem o titulo de associados a esta organização que só tem prestigio e bom nome na Guine Bissau e alem fronteiras; não merecem estar na mesa de Assembleia sabendo que atentaram a vida de 24 pessoas que trabalham como membros da Artissal desde 2006 e cujas famílias estão em perigo se perdem o trabalho; não merecem o estatuto de membro de Artissal por preferirem a mentira em vez da verdade; enfim não merecem nada, por se reunirem numa “conferencia de imprensa” onde o único papel que conseguem exibir é a minha negação de me sentar com eles na mesa.
Alegações???? Barbaras, tudo de mais podre que pode existir numa sociedade, se concentrou ali, na triste formação de pessoas das quais a maioria nem sabe bem o que esta a fazer…mais quem come farelo...
Enfim, quero alertar a opinião publica que se trata de um verdadeiro golpe e que repito estou em perfeitas condições, munida de testemunhos e papeis para dar troco aqueles que tentaram denegrir a minha imagem e a imagem da Artissal.
Não descansarei enquanto a verdade não será reposta e prefiro dar a vida por este objetivo. O Sr. Maximiano Cesar Ferreira já não me consegue fazer mal pois esta debaixo de uma previdência cautelar mais uma vez na sequencia das ameaças de morte a minha pessoa que proferiu e pela qual podem encontra-lo todos os dias a porta do Ministerio Publico onde deve se apresentar para assinatura.
Repito: todos os dias até ao julgamento do processo crime.
Quero igualmente desafiar todos os integrantes desta ala, que lutarei na justiça incansavelmente para os desmascarar até ao fim dos meus dias se for preciso… e se realmente teem provas de tudo que me acusaram , força que as tirem , caso contrario a justiça será feita através de mais um processo contra eles desta vez pela calunia.
A Artissal não é de Mariana nem dos associados que durante 10 anos fizeram o seu papel de meramente assinantes da Certidão mais é dos Tecelões de Biombo , do Antonio Dju, Ze Augusto, Mister Té, Michel Dju, Ombini Cá, Edimilson Cá, Bodeni Cá, Domingos Ié, Iano Dju, Jurlindo Cá, Carlos Cardodo e seus adjudantes.
Artissal é de Ayrson de Barros que incansavelmente lutou anos em que esteve na Artissal e anos depois que conseguiu fazer o mestrado em Comercio Justo, enviado pela Artissal, é de Neta Mendes que com saudades se lembra dos anos que conosco passou estando agora em Lisboa, e de inúmeros mais quadros que a Artissal formou e orientou. Se acreditam que a Artissal não deve ser entregue aos bandidos assinem esta petição.
Se acreditam como eu que a verdade será reposta e a JUSTIÇA SERÁ FEITA (pois meus amigos agora acreditamos na justiça da Guine Bissau), assinem esta petição… eu lutarei por isso no Forum próprio que é a Casa das Leis , o Tribunal da Guine Bissau, até exaustão . E sei que posso contar com centenas de pessoas que me conhecem e que sabem quem sou…..Bem haja.
ASSINE A PETICÃO AQUI
Mariana Tandler"
RECONHECIMENTO: Utilização de conteúdos do DC
"Caro António,
Identificamos o seu blogue Ditadura do Consenso como possuindo conteúdos interessantes para inclusão na rubrica Blogues-Mercado de Ideias do PINN.
Esta rubrica conta com a colaboração de opinion-makers e bloggers que consideramos dignos de referência e que aceitaram colaborar com o PINN, vendo assim a sua exposição aumentada quer através dos visitantes ao site do PINN, quer através da projecção obtida através do Facebook em que o PINN conta com cerca de 350 mil seguidores.
Agradecemos que, caso não pretenda ver os seus conteúdos publicados por nós SFF nos informe.
Obrigado pela sua colaboração.
José A. Bensaúde
PINN
--
*PINN*, *Portuguese Independent News Network*
*América-Latina, Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
S.Tomé e Príncipe, Timor*"
FORBES: É o Presidente de Angola que faz da sua filha uma milionária
Em Janeiro, a revista Forbes considerou Isabel dos Santos, a filha mais velha do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, como a mulher mais rica de África. Agora, publicou uma investigação em que clarifica a origem da sua fortuna: vem de ficar com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola ou da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto.
O artigo é assinado por Kerry A. Dolan, uma das coordenadoras da lista anual dos milionários, e pelo jornalista e activista angolano Rafael Marques, que dizem ter falado com muita gente no terreno e consultado muitos documentos. No entanto, Isabel dos Santos e o empresário português Américo Amorim – que se tornou um importante parceiro da filha do Presidente angolano –, entre outros visados directamente, não falaram com os jornalistas.
A empresária veio desmentir as afirmações da Forbes. Em comunicado, o seu gabinete diz que o artigo é obra “um conhecido ativista político que, patrocinado por interesses escondidos, passeia pelo mundo a atacar Angola e os angolanos”, referindo-se a Rafael Marques. “Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses”, sublinha o comunicado.
A revista norte-americana diz claramente que a história de Isabel dos Santos, a milionária de 3000 milhões de dólares no país onde 70% dos habitantes vivem com menos de 2 dólares por dia,“é uma rara janela para a mesma trágica narrativa cleptocrática em que ficam presos muitos outros países ricos em recursos naturais”.
José Eduardo dos Santos, de 71 anos, é Presidente de Angola desde 1979, e é o chefe de Estado que governa há mais anos sem ser monarca, sublinha a Forbes. Incluir a sua filha em todos os grandes negócios feitos em Angola é uma “forma de extrair dinheiro do seu país, enquanto se mantém à distância, de maneira formal”, escrevem os jornalistas. “Se for derrubado, pode reclamar os seus bens, através da sua filha. Se morrer enquanto está no poder, ela mantém o saque na família.”
Isabel dos Santos tem 24,5% da Endiama, a empresa concessionária da exploração mineira no Norte do país – criada por decreto presidencial, que exigia a formação de um consórcio com parceiros privados. Os parceiros privados da filha do Presidente, que incluíam negociantes israelitas de diamantes, criaram a Ascorp, registada em Gibraltar. Na sombra, diz a Forbes, citando documentos judiciais britânicos, tinha o negociante de armas russo Arkadi Gaidamak, um antigo conselheiro do Presidente angolano durante a guerra civil de 1992 a 2002.
O escrutínio internacional dedicado aos ‘diamantes de sangue’, explica a revista, aconteceu no mesmo período em que Isabel dos Santos transferiu a sua parte do negócio, que a Forbes classifica como “um poço de dinheiro”, para a mãe, uma cidadã britânica. Tudo continua em casa, sublinha a revista.
Além dos diamantes, também a posse de 25% da Unitel, a primeira operadora de telecomunicações privada em Angola, partiu de um decreto presidencial directamente para a filha mais velha. “Um porta-voz de Isabel dos Santos disse que ela contribuiu com capital pela sua parte da Unitel, mas não especificou a quantia; um ano depois, a Portugal Telecom pagou 12,6 milhões de dólares por outra fatia de 25%”, escreve a revista.
A quota-parte de 25% da Unitel detida por Isabel dos Santos é avaliada por analistas que seguem a actividade da PT, e que foram ouvidos pela Forbes, em mil milhões de euros.
A parceria com Américo Amorim, que abarca as áreas financeira, através do banco BIC, e petrolífera, através da Amorim Energia e dos seus negócios na Galp e com a Sonangol, tem sido um sucesso. A revista lembra o investimento de 500 milhões na portuguesa ZON e explica também como Isabel dos Santos acabou por ficar à frente da cimenteira angolana Nova Cimangola, também através de negócios com Américo Amorim.
Contas feitas, o objectivo do regime é apresentar Isabel dos Santos como uma heroína angolana. Depois de a Forbes a ter declarado uma bilionária, em Janeiro, o Jornal de Angola, “porta-voz do regime, declarava ‘estamos maravilhados por a empresária Isabel dos Santos se ter tornado uma referência do mundo das finanças. Isto é bom para Angola e encher os angolanos de orgulho.’”. Mas não é caso para isso, diz a revista: “Os angolanos deviam ficar envergonhados. Não orgulhosos.”
domingo, 18 de janeiro de 2015
OPINIÃO: Muitos europeus têm de África uma Visão deturpada
"A revista portuguesa VISÃO, de 15 a 21 de Janeiro de 2015, dedica umas boas 20 páginas, e a capa, àquilo a que chama A vida depois de Charlie. Fala de dias de medo e de coragem em Paris, de ameaça jihadista, de liberdade em risco e de outras coisas assim. Mas apenas tem dois terços de página para recordar que, entretanto, na Nigéria, 2.000 pessoas foram mortas num ataque do Boko Haram e dezenas de milhares tiveram de abandonar os seus lares.
A revista insiste no velho chavão de que Somos todos Charlie, mas não tem três ou quatro páginas para explicar como é que os fundamentalistas do Boko Haram estão a arrasar povoações e a assumir o controlo de um pedaço de território com o tamanho da Bélgica.
Gonçalo M. Tavares, Luís Amado, Luís Marques Mendes, José Gil e Júlio Pomar participam neste grande dossier da VISÃO sobre os ataques à liberdade de expressão e a insegurança na Europa, não tendo sobrado colaboradores para fazer o ponto da situação na Nigéria, para explicar como é que o Boko Haram já chegou ao Norte dos Camarões e como é que está a menos de uma centena de quilómetros de N'Djamena, a capital do Chade.
Esta revista é bem um exemplo de muitos outros órgãos de comunicação social que se preocupam com a guerra da República Francesa contro o terrorismo, mas que não lamentam tanto assassínio que ocorre na Nigéria, na República Centro-Africana, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e em outros rincões da África, berço da Humanidade.
Hoje como há 65 ou há 70 anos, a África continua a ser tratada por muitos europeus como um continente de segunda ordem, um reservatório de recursos naturais, onde a vida humana pouco importa.
Hoje, como em 1945, em 1950 ou em 1955, muita gente na Europa ainda tem uma VISÃO deturpada (em relação ao que se passa para lá do Mediterrâneo); e trata os africanos de uma forma extremamente injusta.
Jorge Heitor, jornalista
sábado, 17 de janeiro de 2015
Balanço da vista oficial de Baciro Dja a Cabo Verde
Foram quatro dias de uma agenda intensa, que a comitiva, formada pelo pessoal do gabinete de Baciro Dja, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, pelo secretário de Estado e por juristas e especialistas em tecnologias de informação começou o primeiro dia.
Para começar, uma reunião técnica de troca de experiencias, para no período da tarde visitarem o novo Data Center da NOSI – Núcleo Operacional de Sistemas de Informação – e finalmente mais uma reunião nas instalações desta empresa publica que lidera o mercado das TIs em Cabo Verde e começa a projectar-se a nível regional e continental.
Ainda no mesmo dia houve lugar para um jantar oferecido pelo homólogo Cabo-verdiano, Démis Almeida, num ambiente mais descontraído confinou-se a troca de experiências e análises de questões pendentes entre as várias instituições dos dois países.
O Segundo dia foi feriado em Cabo-Verde, mas isso não impediu que a comitiva se desdobrasse em actividades de carácter cívico, como a participação em tertúlias e contactos com figuram públicas cabo-verdianas. No último dia, o ministro Baciro Dja foi recebido pelo Presidente da República de Cabo-Verde, Jorge Carlos Fonseca, para depois se proceder à assinatura do memorando no palácio do governo e partir de regresso a Bissau via Dakar.
A missão foi muito produtiva em troca de experiência, com apresentações, debates, discussões técnicas, onde as entidades cabo-verdianas responderam a questões praticas as suas homologas guineenses, muita informação técnica e organizacional foi debatida nos três dias, e ficou combinada a deslocação de uma missão idêntica à Guiné-Bissau como objectivos similares.
A prospecção de áreas com potencial para o estabelecimento de acordos de cooperação, nomadamente na agro-indústria, onde os dois governos parecem alinhados através de politicas sectoriais e realçou-se o acento tónico colocado pelo presidem da Guiné-Bissau nas questões relacionadas com esse sector primário de produção.
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