terça-feira, 31 de maio de 2011
Liberdades
O Ministerio Publico guineense nao encontrou "indicios suficientes para considerar as acusacoes de crimes contra a seguranca do Estado", e mandou arquivar o processo que pendia sobre varios oficiais das nossas forcas armadas e da seguranca assim como cidadaos comuns. Na alegada tentativa de golpe de Estado, recorde-se, foram assassinados Helder Proenca, Baciro Dabo e mais dois cidadaos anonimos.
Faustino Imbali, Verissimo Nancassa, Sandji Fati, Joao Monteiro, Daniel Gomes, Marciano Barbeiro, Conduto de Pina, Afonso Te, Roberto Cacheu haviam sido acossados pela famigerada Seguranca de Estado de tentativa de golpe de Estado. Hoje, muitos ainda estao longe da sua terra e dos seus familiares.
Entretanto, nao ha quem pague as quatro vidas que se perderam, nem a dor que os seus familiares sentem... E, ainda assim, passados quase dois anos nada de Justica. AAS
Faustino Imbali, Verissimo Nancassa, Sandji Fati, Joao Monteiro, Daniel Gomes, Marciano Barbeiro, Conduto de Pina, Afonso Te, Roberto Cacheu haviam sido acossados pela famigerada Seguranca de Estado de tentativa de golpe de Estado. Hoje, muitos ainda estao longe da sua terra e dos seus familiares.
Entretanto, nao ha quem pague as quatro vidas que se perderam, nem a dor que os seus familiares sentem... E, ainda assim, passados quase dois anos nada de Justica. AAS
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Agora estou confuso...
... Ate ja compreendo o Cadogo. E entendo o Bacai... (Bom, mas deve ser do 1 de junho). AAS
Duas (sobre avioes- seus marotos, estavam a pensar em que?!)
- Voo Lisboa/Bissau
Um cidadao guineense, que pagou bilhete na classe executiva da TAP no voo desta madrugada...foi simplesmente 'atirado' para as filas de tras da classe economica, porque "o sr. Primeiro-Ministro e comitiva" deviam estar na classe executiva.
A neocolonialista TAP la se envergonhou e...borrou ainda mais a pintura: tiraram o passageiro das filas de tras e puseram-no la a frente, ou seja...na primeira fila da classe economica. Vergonha. Havia de ser comigo...
- Voo Dakar/Bissau
Este cidadao guineense, eu mesmo, assistiu a esta cena no Boeing 757-200 no dia em que regressou de Dakar. O atraso, ainda que ligeiro, desse voo tinha o seu porque; o PR Malam Bacai Sanha regressava tambem a Bissau ainda que as nossas 'mistidas' estivessem nos antipodas. Um representava oficialmente o Estado, enquanto que o outro (eu), representava o Estado oficiosamente.
Passado um bocado, vislumbrei uma grande azafama vinda da zona onde se situa o salao VIP: Dezenas de pessoas, segurancas do Estado senegales, e, na frente, alto e de fato e gravata, Malam Bacai Sanha e esposa. O bonito vinha depois.
Ja dentro do aviao, a cantilena do costume: gestos quase automaticos indicam-nos por onde sair em caso de acidente, como vestir e activar o colete, donde cai a mascara de oxigenio. Futilidades no que a mim diz respeito: e que, detesto avioes.
Mas agora nao terei outro remedio senao passar a adorar avioes. Ama-los mesmo. O contrato que assinei em Dakar, 'obriga-me' a voar muito - quatro ou cinco paises por mes, todos os meses. Aviao, adoro-te! Mas nao me fo#*¥...
Bom, mas voltando a nosostros: todos sentados, o PR e esposa lado a lado na classe executiva. Eu, ze pobrinho como os demais, la atras. Lundju! Ainda assim, e gracas ao Consul da Guine-Bissau em Dakar pude cumprimentar o PR e esposa e trocar umas impressoes breves mas afaveis com o Chefe de Estado guineense.
E e entao que passa uma voluptuosa hospedeira dos TACV (confesso que desde que cruzamos o olhar nao mais parei de olhar para... ela). Estava a fazer a habitual revista do cinto e do encosto da cadeira.
Do lado oposto ao meu, a ajudante de campo da 1a Dama. So ela trazia tres malas ao colo. A hospedeira arregalou os olhos e disse "a sra nao pode levar essas malas todas na descolagem. E ainda traz uma no chao?." A sra decidiu responder - "sao da 1a Dama", disse.
Calmamente, a hospedeira tirou-lhe as malas todas, e deu-lhe o troco: "Primeiro, a seguranca; depois, a primeira-dama". E arrumou tudo num dos compartimentos. Nao foi um desrespeito para com a pessoa da primeira-dama, nao. Dura lex sed lex. AAS
Um cidadao guineense, que pagou bilhete na classe executiva da TAP no voo desta madrugada...foi simplesmente 'atirado' para as filas de tras da classe economica, porque "o sr. Primeiro-Ministro e comitiva" deviam estar na classe executiva.
A neocolonialista TAP la se envergonhou e...borrou ainda mais a pintura: tiraram o passageiro das filas de tras e puseram-no la a frente, ou seja...na primeira fila da classe economica. Vergonha. Havia de ser comigo...
- Voo Dakar/Bissau
Este cidadao guineense, eu mesmo, assistiu a esta cena no Boeing 757-200 no dia em que regressou de Dakar. O atraso, ainda que ligeiro, desse voo tinha o seu porque; o PR Malam Bacai Sanha regressava tambem a Bissau ainda que as nossas 'mistidas' estivessem nos antipodas. Um representava oficialmente o Estado, enquanto que o outro (eu), representava o Estado oficiosamente.
Passado um bocado, vislumbrei uma grande azafama vinda da zona onde se situa o salao VIP: Dezenas de pessoas, segurancas do Estado senegales, e, na frente, alto e de fato e gravata, Malam Bacai Sanha e esposa. O bonito vinha depois.
Ja dentro do aviao, a cantilena do costume: gestos quase automaticos indicam-nos por onde sair em caso de acidente, como vestir e activar o colete, donde cai a mascara de oxigenio. Futilidades no que a mim diz respeito: e que, detesto avioes.
Mas agora nao terei outro remedio senao passar a adorar avioes. Ama-los mesmo. O contrato que assinei em Dakar, 'obriga-me' a voar muito - quatro ou cinco paises por mes, todos os meses. Aviao, adoro-te! Mas nao me fo#*¥...
Bom, mas voltando a nosostros: todos sentados, o PR e esposa lado a lado na classe executiva. Eu, ze pobrinho como os demais, la atras. Lundju! Ainda assim, e gracas ao Consul da Guine-Bissau em Dakar pude cumprimentar o PR e esposa e trocar umas impressoes breves mas afaveis com o Chefe de Estado guineense.
E e entao que passa uma voluptuosa hospedeira dos TACV (confesso que desde que cruzamos o olhar nao mais parei de olhar para... ela). Estava a fazer a habitual revista do cinto e do encosto da cadeira.
Do lado oposto ao meu, a ajudante de campo da 1a Dama. So ela trazia tres malas ao colo. A hospedeira arregalou os olhos e disse "a sra nao pode levar essas malas todas na descolagem. E ainda traz uma no chao?." A sra decidiu responder - "sao da 1a Dama", disse.
Calmamente, a hospedeira tirou-lhe as malas todas, e deu-lhe o troco: "Primeiro, a seguranca; depois, a primeira-dama". E arrumou tudo num dos compartimentos. Nao foi um desrespeito para com a pessoa da primeira-dama, nao. Dura lex sed lex. AAS
sábado, 28 de maio de 2011
Voar baixinho
O guineense tem tudo para dar errado. Ponto. E, justiça lhe seja feita, as coisas ate que não lhe correm mal. Melhor, correm de feição. Hoje será história, mas passou-se mesmo. Ontem, no aeroporto Osvaldo Vieira.
Um alto oficial do Ministério do Interior de apelido Embaló, ocupou o seu lugar no voo da companhia de bandeira de Cabo Verde - a TACV, com destino a Dakar. Os procedimentos de segurança foram (são sempre) cumpridos com o avião já em movimento. O preguiçoso e trepidante pássaro lá se arrastou para sair da placa. Mas era agora que o espectáculo ia começar.
Sentado no seu lugar, o 'nosso' oficial permanecia oficial, mas, e não fosse ele um guineense pantomineiro, queria parecer ainda mais oficial que os demais passageiros. Impressionar no mau sentido. Criston matchu, son bagatela na terra di djinti!
E enquanto o aparelho abandonava a placa, o homem lembrou-se de... fazer um telefonema. E fê-lo. tic-tac-toc; e está em linha. Quando o viram ao telefone pediram que desligasse o aparelho imediatamente. Lá vai serpa... Blá blá blá... O senhor faça o favor de desligar o telefone porque esta a pôr em perigo a navegação. La vai Serpa, la vai Moura...
Incapazes de repôr a ordem no aparelho, o Comandante decide regressar ao ponto de partida. Autoridade chamada, o Embaló foi convidado a sair do avião. A policia e a tropa quiseram levá-lo, mas um sobrinho, que é funcionario no aeroporto e - olha que coincidência - também é sobrinho de um dos directores do aeroporto... convenceu-os a fazerem o contrário.
O Comandante do aparelho é que não foi de modas: neste voo o senhor não vai. Ou seja que os malcriados voam mas baixinho. E, com alguma sorte, e uma vez que a merece por inteiro... nunca mais voará na companhia TACV. Ter-se-á feito Justiça.
Acho até que esse oficial terá pensado deliberadamente no seu acto. Pensava que a sua atitude 'impressionaria' os outros passageiros, e alguns destes (aposto que muitos mesmo) por sua vez pensarão tratar-se de alguém importante, com poder. Mas não. Resumindo e concluindo, tratou-se pura e simplesmente de um acto de ignorância, que bem podia ter custado muito caro... As pessoas não sabem mas estão onde não deviam estar... AAS
Um alto oficial do Ministério do Interior de apelido Embaló, ocupou o seu lugar no voo da companhia de bandeira de Cabo Verde - a TACV, com destino a Dakar. Os procedimentos de segurança foram (são sempre) cumpridos com o avião já em movimento. O preguiçoso e trepidante pássaro lá se arrastou para sair da placa. Mas era agora que o espectáculo ia começar.
Sentado no seu lugar, o 'nosso' oficial permanecia oficial, mas, e não fosse ele um guineense pantomineiro, queria parecer ainda mais oficial que os demais passageiros. Impressionar no mau sentido. Criston matchu, son bagatela na terra di djinti!
E enquanto o aparelho abandonava a placa, o homem lembrou-se de... fazer um telefonema. E fê-lo. tic-tac-toc; e está em linha. Quando o viram ao telefone pediram que desligasse o aparelho imediatamente. Lá vai serpa... Blá blá blá... O senhor faça o favor de desligar o telefone porque esta a pôr em perigo a navegação. La vai Serpa, la vai Moura...
Incapazes de repôr a ordem no aparelho, o Comandante decide regressar ao ponto de partida. Autoridade chamada, o Embaló foi convidado a sair do avião. A policia e a tropa quiseram levá-lo, mas um sobrinho, que é funcionario no aeroporto e - olha que coincidência - também é sobrinho de um dos directores do aeroporto... convenceu-os a fazerem o contrário.
O Comandante do aparelho é que não foi de modas: neste voo o senhor não vai. Ou seja que os malcriados voam mas baixinho. E, com alguma sorte, e uma vez que a merece por inteiro... nunca mais voará na companhia TACV. Ter-se-á feito Justiça.
Acho até que esse oficial terá pensado deliberadamente no seu acto. Pensava que a sua atitude 'impressionaria' os outros passageiros, e alguns destes (aposto que muitos mesmo) por sua vez pensarão tratar-se de alguém importante, com poder. Mas não. Resumindo e concluindo, tratou-se pura e simplesmente de um acto de ignorância, que bem podia ter custado muito caro... As pessoas não sabem mas estão onde não deviam estar... AAS
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Quase
Anda tudo doido. Só pode. Desde que disse que tinha uma entrevista com o Coronel João Monteiro que não tenho parado de receber chamadas a perguntarem-me "então, quando sai?". Sairá - tem sido a resposta.
Muita gente deve estar a tremer por todos os lados. Também os entendo - só não os percebo. E a idea é mesmo essa: fazê-los tremer que nem varas verdes enquanto a 'bomba' não chega. Tremam! Ma abós I matchus, i ka sim?...
Mas eu entendo os dois lados... Só espero que me entendam também. Desgravar uma entrevista de - neste caso - quase duas horas tem o seu senão. A entrevista foi feita em crioulo e há que passá-la para o português. Mais. Ela obedece a datas. Como gravamos duas vezes, temas houve que voltaram a ser tratadas. Outras foram revistas.
Uma coisa é certa, o Coronel não fugiu a nenhuma questão. Senti verdade e sinceridade nas suas respostas. "Temos de pedir desculpas ao nosso País" - disse a dada altura, recordando um ancião guineense que falara para uma audiência de mais de cem pessoas na conferência de reconciliação que teve lugar em Dakar na semana que passou.
Continuarei a desgravar e a arrumar tudo cronologicamente. Leva o seu tempo mas - acreditem - valerá a pena. A reconciliação dos guineenses está, também, a passar por aqui. AAS
Muita gente deve estar a tremer por todos os lados. Também os entendo - só não os percebo. E a idea é mesmo essa: fazê-los tremer que nem varas verdes enquanto a 'bomba' não chega. Tremam! Ma abós I matchus, i ka sim?...
Mas eu entendo os dois lados... Só espero que me entendam também. Desgravar uma entrevista de - neste caso - quase duas horas tem o seu senão. A entrevista foi feita em crioulo e há que passá-la para o português. Mais. Ela obedece a datas. Como gravamos duas vezes, temas houve que voltaram a ser tratadas. Outras foram revistas.
Uma coisa é certa, o Coronel não fugiu a nenhuma questão. Senti verdade e sinceridade nas suas respostas. "Temos de pedir desculpas ao nosso País" - disse a dada altura, recordando um ancião guineense que falara para uma audiência de mais de cem pessoas na conferência de reconciliação que teve lugar em Dakar na semana que passou.
Continuarei a desgravar e a arrumar tudo cronologicamente. Leva o seu tempo mas - acreditem - valerá a pena. A reconciliação dos guineenses está, também, a passar por aqui. AAS
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Entrevista a João Monteiro: tópicos
Do que falaram José Mário Vaz, João Monteiro e 'Nino' Vieira no dia 2 de Março de 2009, ao telefone? N'na bim nam... AAS
Ah, palmeiras, palmeiras!...
... Ora, adivinhem lá: quem foi que caiu das escadas do avião no aeroporto de Dakar? N'na bin konta bôs dispus. Foto tem!... AAS
sábado, 21 de maio de 2011
Justiça e ausência
É de singular justiça referir que o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, custeou as despesas de viagem e instalação dos delegados que vieram dos países africanos para assistir à conferência de Dakar. Aliás, tanto o PNUD como a UNIOGBIS enviaram representantes para a conferência. Os restantes 50% das despesas (sala para os 3 dias da conferência e coffee break) foram custeados pelo empresário guineense Verissimo Nancassa.
O que foi comentado - pela negativa - foi a ausência do Presidente da ANP, Raimundo Pereira, nos trabalhos de hoje, ainda que esteja em Dakar. O presidente da ANP, segundo uma fonte digna de crédito, ficará a descansar... deve ter mesmo muito trabalho, o homem... AAS
O que foi comentado - pela negativa - foi a ausência do Presidente da ANP, Raimundo Pereira, nos trabalhos de hoje, ainda que esteja em Dakar. O presidente da ANP, segundo uma fonte digna de crédito, ficará a descansar... deve ter mesmo muito trabalho, o homem... AAS
"Reconciliação pouco transparente"
Bom dia Aly,
Fiquei muito satisfeito por saber que está em Dakar para acompanhar a conferência mal intitulada "Conferencia para a Paz e Reconciliação" que exclui um país (Cabo Verde) com um numero significativo de emigrantes e bem organizados em todos os sentidos e muito atento ao que passa dia a dia no pais.
Sentimo-nos excluídos, ignorados e estamos muito indignados pela forma como a comissão organizadora conduziu o processo da selecção dos delegados à conferencia de forma pouco transparente dando entender que há gatos pretos no meio de tudo isso.
Lamentamos profundamente esta atitude que deixa muita dúvida sobre a seriedade desta reconciliação tão importante para o nosso país, pois se estamos a falar da reconciliação trabalhando desta forma, acreditem que estamos a desperdiçar o dinheiro do empresário Veríssimo Nancassa para regar conflitos e ódios condenando o futuro do pais ao abismo.
A nossa comunidade vai continuar a trabalhar para ajudar o país a sair da situação a que se encontra e vamos exigir como cidadãos que somos, a comissão organizadora uma explicação por este facto como forma de combater os maus hábitos que põem em causa os interesses da nação e procuraremos formas de apresentar as soluções que tínhamos apontados para a conferencia ao governo da Guiné-Bissau.
Desejamos que a conferencia tenha êxito e que sejam discutidos os problemas do fundo, cujos objectivos hoje não recai sobre os erros do passado, mas sim sobre as ideias e soluções que sustentem o futuro.
Agradecia muito se possível que esta mensagem seja apresentado aos delegados na sua intervenção, servindo como porta voz autorizado desta grande comunidade deixado ao esquecimento.
Muito obrigado e até próxima.
LIONEL LONA SAMBÉ
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS GUINEENSES RESIDENTES EM CABO VERDE
Fiquei muito satisfeito por saber que está em Dakar para acompanhar a conferência mal intitulada "Conferencia para a Paz e Reconciliação" que exclui um país (Cabo Verde) com um numero significativo de emigrantes e bem organizados em todos os sentidos e muito atento ao que passa dia a dia no pais.
Sentimo-nos excluídos, ignorados e estamos muito indignados pela forma como a comissão organizadora conduziu o processo da selecção dos delegados à conferencia de forma pouco transparente dando entender que há gatos pretos no meio de tudo isso.
Lamentamos profundamente esta atitude que deixa muita dúvida sobre a seriedade desta reconciliação tão importante para o nosso país, pois se estamos a falar da reconciliação trabalhando desta forma, acreditem que estamos a desperdiçar o dinheiro do empresário Veríssimo Nancassa para regar conflitos e ódios condenando o futuro do pais ao abismo.
A nossa comunidade vai continuar a trabalhar para ajudar o país a sair da situação a que se encontra e vamos exigir como cidadãos que somos, a comissão organizadora uma explicação por este facto como forma de combater os maus hábitos que põem em causa os interesses da nação e procuraremos formas de apresentar as soluções que tínhamos apontados para a conferencia ao governo da Guiné-Bissau.
Desejamos que a conferencia tenha êxito e que sejam discutidos os problemas do fundo, cujos objectivos hoje não recai sobre os erros do passado, mas sim sobre as ideias e soluções que sustentem o futuro.
Agradecia muito se possível que esta mensagem seja apresentado aos delegados na sua intervenção, servindo como porta voz autorizado desta grande comunidade deixado ao esquecimento.
Muito obrigado e até próxima.
LIONEL LONA SAMBÉ
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS GUINEENSES RESIDENTES EM CABO VERDE
EXCLUSIVO: Coronel João Monteiro em discurso directo, depois de ter levado 6(!) tiros...
Na próxima semana, Ditadura do Consenso publicará uma entrevista exclusiva com o Coronel João Monteiro. O que aconteceu na noite de 2 de Março de 2009? Quem trancou à chave a porta do quarto onde 'Nino' estava? Quem João Monteiro viu nessa noite fatídica? O papel de Carlos Gomes Jr nessa noite? E da Sra. de 'Nino', Isabel Romano Vieira? Como João Monteiro e 'Nino' Vieira se conheceram? Como e o porquê da guerra de 7 de junho de 1998? A influência de Portugal nessa guerra? E Zamora Induta, que retrato se lhe faz?
Uma entrevista de 80 minutos, a não perder. AAS
Uma entrevista de 80 minutos, a não perder. AAS
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Reconciliaçon na sabi
Teve início hoje, em Dakar, dirigido à diáspora da sub-região, a Conferência Nacional para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento. Numa coisa parece que estamos de acordo: os guineenses são muito, mas muito mais organizados fora de portas.
Presentes, o Presidente e o vice-Presidente da ANP, Raimundo Pereira e Serifo Nhamadjo respectivamente; várias representações diplomáticas com destaque para o reino de Marrocos, da Santa Sé (Vaticano). O Senegal fez-se representar pelo Sr. Dudu Wade, líder da bancada parlamentar do PDS senegalês - o 'tanque de guerra" de Abdoulaye Wade
Depois da abertura solene, da parte da manhã, toda a tarde foi preenchida por intervenções dos presentes, destacando-se a do Coronel Afonso Té: "Deixem de nos mentir e contem a verdade". A sala abanou-se. Afonso Té, visivelmente emocionado, disse o que lhe ia na alma. Contudo, espera-se, amanhã, pela intervenção de outro Coronel - João Monteiro: o homem está com ganas...vou ouvi-lo e gravar tudo... Eu mesmo conto intervir amanhã. É que também tenho umas verdades para contar!...
Nos agradecimentos, um nome saltou cá para fora: Verissimo Nancassa. Patrocinou quase tudo, ou mesmo tudo: a sala para a conferência, o coffe break, alojamentos para vários delegados à conferência. Foi bonito ouvir do próprio Presidente da ANP, os agradecimentos a este cidadão guineense que ajuda tudo e todos sem esperar nada em troca.
Gostei da música da Conferência, cuja letra foi escrita...por um oficial do exército guineense e cantada pelo Zé Manel Forbes. Amanhã, conto-vos mais. Agora...discoteca King's!... AAS
Presentes, o Presidente e o vice-Presidente da ANP, Raimundo Pereira e Serifo Nhamadjo respectivamente; várias representações diplomáticas com destaque para o reino de Marrocos, da Santa Sé (Vaticano). O Senegal fez-se representar pelo Sr. Dudu Wade, líder da bancada parlamentar do PDS senegalês - o 'tanque de guerra" de Abdoulaye Wade
Depois da abertura solene, da parte da manhã, toda a tarde foi preenchida por intervenções dos presentes, destacando-se a do Coronel Afonso Té: "Deixem de nos mentir e contem a verdade". A sala abanou-se. Afonso Té, visivelmente emocionado, disse o que lhe ia na alma. Contudo, espera-se, amanhã, pela intervenção de outro Coronel - João Monteiro: o homem está com ganas...vou ouvi-lo e gravar tudo... Eu mesmo conto intervir amanhã. É que também tenho umas verdades para contar!...
Nos agradecimentos, um nome saltou cá para fora: Verissimo Nancassa. Patrocinou quase tudo, ou mesmo tudo: a sala para a conferência, o coffe break, alojamentos para vários delegados à conferência. Foi bonito ouvir do próprio Presidente da ANP, os agradecimentos a este cidadão guineense que ajuda tudo e todos sem esperar nada em troca.
Gostei da música da Conferência, cuja letra foi escrita...por um oficial do exército guineense e cantada pelo Zé Manel Forbes. Amanhã, conto-vos mais. Agora...discoteca King's!... AAS
quinta-feira, 19 de maio de 2011
N'tchomau lundju
Gosto de Dakar. Ponto. Da cidade, do reboliço da cidade. Gosto sobretudo das suas mulheres - altas e esguias que nem palmeiras. Dakar encanta-me. Elas também. Espero passar bem. E que me partam os ossos todos se puderem. Aliás, gostava de aterrar em Bissau todo engessado. Tipo uma múmia envolto em ligaduras. E gosto - ui, se gosto - quando elas me lançam o olhar. Olham, comem-nos com os olhos e não afastam o olhar por nada deste mundo. E quando sorrio, desarmo-as. Sorriso pepsodent ou lo que sea... E meto conversa apenas por meter. Respondem educadamente. Sentimo-nos bem depois disso.
Cheguei a Dakar por volta das 13:30h, depois de uma aterragem de merda num avião a hélices (um ATR 72 - avion de transport régional). Foram buscar-me ao aeroporto e instalaram-me na residência Marrakech, uma vila no centro das Almadies, com tudo, mas tudo e... uma senhora piscina no 1º andar e coisa e tal. Luxos...
Agora, a senhora TACV. Então um gajo paga duzentas e tal mocas por 2 horas de viagem (Ida e volta)...e só nos dão um copo de sumo? Onde é que está o respeitinho, pá?! Vou regressar a Bissau certamente pela TACV, mas assegurar-me-ei de, no futuro, voar apenas com a Air Senegal (ouvi dizer que dão matabicho...)
Pois bem. Estou em Dakar a convite de uma empresa - que vai lançar uma revista temática - para dar formação aos seus futuros colaboradores. Com certeza que vou adorar. E darei o meu melhor - outra coisa não seria de esperar. A lição está bem estudada: n'ka ta foga na kambletch! O País não me dá o devido valor? O País vizinho encarrega-se disso... E eu aceito, e agradeço. E vou retribuir, com a minha capacidade e experiência de muitos anos de profissão, sendo que três foram passados como director de um jornal.
Amanhã, em Dakar, espreitarei o primeiro encontro com a diáspora guineense radicada nesta metrópole desorganizadamente organizada, sobre a reconciliação nacional (a nossa, claro!). Encontro esse que terá lugar no mesmo hotel onde se cozinhou aquilo...aquilo que fez com que o 1º Ministro apresentasse uma queixa contra 'n'dji propi'... Pena, pena é o Cadogo Jr não estar. I na panha bento na Timor ku kil ministru tataflu.
Almocei (às 16h) no J'Go e jantei mesmo ao lado - um hamburguer que sabia a quinino e que por isso mesmo ficou no prato. Agora, estou de volta à minha vila privada. Estou sentado na enorme sala, com a televisão plasma desligada (comme il faut). Faz falta um scotch e um charuto. Podia ser um Hemingwai Short Stories, fumado à beira da piscina, acompanhando com a vista o grosso rolo de fumo. Está tudo calmo. A noite está um bocado fria. E não há tiros... Kila ka tem pali! Djinti finu ka ta guerria...
Agora, vou tomar um banho de água quente e enfiar-me na cama. Amanhã começa a formação. No que de mim depender, essa revista será um sucesso!
Quem sabe, sabe. E o Aly sabe-a toda... AAS
Cheguei a Dakar por volta das 13:30h, depois de uma aterragem de merda num avião a hélices (um ATR 72 - avion de transport régional). Foram buscar-me ao aeroporto e instalaram-me na residência Marrakech, uma vila no centro das Almadies, com tudo, mas tudo e... uma senhora piscina no 1º andar e coisa e tal. Luxos...
Agora, a senhora TACV. Então um gajo paga duzentas e tal mocas por 2 horas de viagem (Ida e volta)...e só nos dão um copo de sumo? Onde é que está o respeitinho, pá?! Vou regressar a Bissau certamente pela TACV, mas assegurar-me-ei de, no futuro, voar apenas com a Air Senegal (ouvi dizer que dão matabicho...)
Pois bem. Estou em Dakar a convite de uma empresa - que vai lançar uma revista temática - para dar formação aos seus futuros colaboradores. Com certeza que vou adorar. E darei o meu melhor - outra coisa não seria de esperar. A lição está bem estudada: n'ka ta foga na kambletch! O País não me dá o devido valor? O País vizinho encarrega-se disso... E eu aceito, e agradeço. E vou retribuir, com a minha capacidade e experiência de muitos anos de profissão, sendo que três foram passados como director de um jornal.
Amanhã, em Dakar, espreitarei o primeiro encontro com a diáspora guineense radicada nesta metrópole desorganizadamente organizada, sobre a reconciliação nacional (a nossa, claro!). Encontro esse que terá lugar no mesmo hotel onde se cozinhou aquilo...aquilo que fez com que o 1º Ministro apresentasse uma queixa contra 'n'dji propi'... Pena, pena é o Cadogo Jr não estar. I na panha bento na Timor ku kil ministru tataflu.
Almocei (às 16h) no J'Go e jantei mesmo ao lado - um hamburguer que sabia a quinino e que por isso mesmo ficou no prato. Agora, estou de volta à minha vila privada. Estou sentado na enorme sala, com a televisão plasma desligada (comme il faut). Faz falta um scotch e um charuto. Podia ser um Hemingwai Short Stories, fumado à beira da piscina, acompanhando com a vista o grosso rolo de fumo. Está tudo calmo. A noite está um bocado fria. E não há tiros... Kila ka tem pali! Djinti finu ka ta guerria...
Agora, vou tomar um banho de água quente e enfiar-me na cama. Amanhã começa a formação. No que de mim depender, essa revista será um sucesso!
Quem sabe, sabe. E o Aly sabe-a toda... AAS
terça-feira, 17 de maio de 2011
Nafisatu Dialo, a suposta vítima de abuso sexual, sabia que Strauss-Kahn era importante, diz o 'Le Figaro'
A empregada do hotel nova-iorquino que denunciou por tentativa de violação o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, sabia que o economista e político francês era uma personalidade importante, segundo o jornal parisiense "Le Figaro", que destaca que a direcção do FMI havia colocado uma foto de Strauss-Kahn numa área de acesso restrito aos funcionários do hotel onde ele estava hospedado, para alertá-los de que se tratava de uma pessoa de renome.
O jornal cita declarações de uma empregada que diz não conhecer Strauss-Kahn nem sabia qual o seu cargo à frente do FMI, apenas que era um "VIP (sigla em inglês para pessoa muito importante)" de origem francesa. O "Le Figaro" indica também que a suposta vítima, uma imigrante africana de 32 anos, francófona, procedente da Guiné-Conacry, mãe solteira de uma adolescente e que vive no distrito do Bronx, era conhecida como Ofélia, mas seu verdadeiro nome é Nafisatu Dialo.
A mulher, de cerca de 1m80 de altura, segundo o jornal, mudou-se para Nova York no ano passado, e possui uma autorização permanente de residência nos Estados Unidos. A primeira pessoa para a qual ligou depois da suposta agressão, segundo a emissora "Europe 1", foi ao seu irmão, a quem aparentemente disse, sem parar de chorar, que havia acontecido "algo grave".
O homem, que desmente que Dialo soubesse que se tratava de Strauss-Kahn e que diz que "jamais a havia escutado" tão abalada emocionalmente, informou à rede de televisão que a sua irmã "é uma boa muçulmana", e que desde que o escândalo foi revelado, "está escondida" noutro local em Nova York. Strauss-Kahn, por sua vez, está em prisão preventiva no complexo penitenciário de Rikers Island, onde ficará pelo menos até sexta-feira, data da sua próxima audiência judicial.
Recorde-se que a juíza encarregada do caso, Melissa Jackson, negou na passada segunda-feira o pedido de fiança de 1 milhão de dólares solicitado pelos advogados do político e economista francês, por considerar que ele "poderia fugir do país". AAS
O jornal cita declarações de uma empregada que diz não conhecer Strauss-Kahn nem sabia qual o seu cargo à frente do FMI, apenas que era um "VIP (sigla em inglês para pessoa muito importante)" de origem francesa. O "Le Figaro" indica também que a suposta vítima, uma imigrante africana de 32 anos, francófona, procedente da Guiné-Conacry, mãe solteira de uma adolescente e que vive no distrito do Bronx, era conhecida como Ofélia, mas seu verdadeiro nome é Nafisatu Dialo.
A mulher, de cerca de 1m80 de altura, segundo o jornal, mudou-se para Nova York no ano passado, e possui uma autorização permanente de residência nos Estados Unidos. A primeira pessoa para a qual ligou depois da suposta agressão, segundo a emissora "Europe 1", foi ao seu irmão, a quem aparentemente disse, sem parar de chorar, que havia acontecido "algo grave".
O homem, que desmente que Dialo soubesse que se tratava de Strauss-Kahn e que diz que "jamais a havia escutado" tão abalada emocionalmente, informou à rede de televisão que a sua irmã "é uma boa muçulmana", e que desde que o escândalo foi revelado, "está escondida" noutro local em Nova York. Strauss-Kahn, por sua vez, está em prisão preventiva no complexo penitenciário de Rikers Island, onde ficará pelo menos até sexta-feira, data da sua próxima audiência judicial.
Recorde-se que a juíza encarregada do caso, Melissa Jackson, negou na passada segunda-feira o pedido de fiança de 1 milhão de dólares solicitado pelos advogados do político e economista francês, por considerar que ele "poderia fugir do país". AAS
sexta-feira, 13 de maio de 2011
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Desmontando Cadogo
O 1º Ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Jr., disse à RTP e à Agência LUSA que a Guiné-Bissau "não é um narco-Estado" - desmentindo assim o que foi dito na reunião do Grupo dos 8 + a Rússia: "A Guiné-Conacry, o Senegal, a Guiné-Bissau e Cabo Verde", são os principais narco-estados de África".
Pois bem. O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau não disse a verdade. Melhor: mentiu. A Guiné-Bissau é um narco-Estado, sim! - e talvez mesmo jogue a ponta de lança nesse negócio da morte e auto-destruição. Fica mal a um PM sacudir a água do capote.
A cocaína existe em proporções bíblicas. O barco 'Lamu Star' - que o próprio PM mandou soltar é um exemplo vivo de que, para além de haver droga, lá no alto do Estado, alguém dá cobertura a poucas vergonhas desta natureza... AAS
Pois bem. O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau não disse a verdade. Melhor: mentiu. A Guiné-Bissau é um narco-Estado, sim! - e talvez mesmo jogue a ponta de lança nesse negócio da morte e auto-destruição. Fica mal a um PM sacudir a água do capote.
A cocaína existe em proporções bíblicas. O barco 'Lamu Star' - que o próprio PM mandou soltar é um exemplo vivo de que, para além de haver droga, lá no alto do Estado, alguém dá cobertura a poucas vergonhas desta natureza... AAS
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Makas na MISSANG ‘devolvem’ adjunto a Luanda
O comandante adjunto da Missão de Segurança das Forças Angolanas na Guiné-Bissau (MISSANG), brigadeiro Manuel Flora, terá sido recambiado para Angola na sequência de desacatos com um subordinado, coronel, na via pública daquele país africano, soube O PAÍS de uma fonte militar. O oficial general, segundo uma fonte de O PAÍS nas Forças Angolanas, teria vindo a Luanda, esta semana, pela mão do chefe do EstadoMaior General Adjunto, general Jorge Barros “Guto”. A altercação terá acontecido na via pública com um coronel da missão militar angolana na Guiné-Bissau.
Aquando da instalação formal desta missão das FAA na Guiné-Bissau, dois jornalistas, o autor destas linhas e o colega da Angop, tiveram uma conversa com dois sargentos da Polícia Militar angolana que reclamaram de um alegado mau tratamento que lhes estava a ser “brindado” pelos seus superiores hierárquicos, consubstanciado em ofensas morais, e, na altura, falou-se mais do comandante da missão.
Foi aventada, na altura, pelos militares, a possibilidade de alertar o general Cândido Pereira Van-Dúnem, mas a ocasião nterá favorecido uma abordagem ao ministro da Defesa. Segundo fontes deste jornal, haveria mesmo o desejo dos militares, sargentos e soldados, de procurarem manifestar o seu descontentamento por via dos órgãos de comunica ção social angolanos que lhes dêem abertura para tal. Entre as reclamações ouvidas na Guiné-Bissau constam ainda o facto de não ter sido comunicado aos militares o tempo a permanecer por lá, os salários e subsídios a que têm direito, o tempo de férias, bem como a falta de comunicação com as respectivas famílias.
“Sabemos que tudo está tratado, mas está a faltar comunicação” disse um dos militares. Segundo o relato do militar angolano, a maior parte dos efectivos da missão tinham formação em operações de manutenção de paz, tendo alguns sido escolhidos para participar em várias acções formativas no âmbito da SADC.
Segundo uma fonte na Polícia Militar, os crimes de ofensas morais e físicas são puníveis, nos termos do regulamento de disciplina militar em vigor nas Forças Armadas Angolanas, com penas de prisão.
O brigadeiro Manuel Flora é um militar que pertenceu aos quadros da Direcção Principal de Quadros do Ministério da Defesa ao tempo das extintas FAPLA, onde iniciou a carreira com a patente de aspirante. Por altura da constituição do exército nacional único chefiou a Direcção de Pessoal e Quadros do Exército do Estado-Maior General das FAA, mas , segundo as mesmas fontes, caiu nas malhas de um processo de corrupção na gestão do pessoal com ligação às finanças que o relegou para o esquecimento durante longos anos, tendo sido reabilitado com a sua nomeação para chefe adjunto da MISSANG.
Naquele então chefiava o Estado Maior do Exército, o general Mateus Miguel Ângelo “Vietname”, actual vice-ministro da Assistência e Reinserção Social. A fonte não pôde precisar qual o procedimento a ser seguido em relação ao oficial general.
A MISSANG é um destacamento militar angolano de pouco mais de 200 homens que tem a tarefa de ajudar o exército guineense a reformar as Forças Armadas da Guiné-Bissau, assim como as de segurança, que foi instalada formalmente em Abril último.
O País espera poder publicar uma reacção oficial, sobre este assunto, na próxima semana, a partir de Bissau.
Jornal «O País», Eugénio Mateus
Aquando da instalação formal desta missão das FAA na Guiné-Bissau, dois jornalistas, o autor destas linhas e o colega da Angop, tiveram uma conversa com dois sargentos da Polícia Militar angolana que reclamaram de um alegado mau tratamento que lhes estava a ser “brindado” pelos seus superiores hierárquicos, consubstanciado em ofensas morais, e, na altura, falou-se mais do comandante da missão.
Foi aventada, na altura, pelos militares, a possibilidade de alertar o general Cândido Pereira Van-Dúnem, mas a ocasião nterá favorecido uma abordagem ao ministro da Defesa. Segundo fontes deste jornal, haveria mesmo o desejo dos militares, sargentos e soldados, de procurarem manifestar o seu descontentamento por via dos órgãos de comunica ção social angolanos que lhes dêem abertura para tal. Entre as reclamações ouvidas na Guiné-Bissau constam ainda o facto de não ter sido comunicado aos militares o tempo a permanecer por lá, os salários e subsídios a que têm direito, o tempo de férias, bem como a falta de comunicação com as respectivas famílias.
“Sabemos que tudo está tratado, mas está a faltar comunicação” disse um dos militares. Segundo o relato do militar angolano, a maior parte dos efectivos da missão tinham formação em operações de manutenção de paz, tendo alguns sido escolhidos para participar em várias acções formativas no âmbito da SADC.
Segundo uma fonte na Polícia Militar, os crimes de ofensas morais e físicas são puníveis, nos termos do regulamento de disciplina militar em vigor nas Forças Armadas Angolanas, com penas de prisão.
O brigadeiro Manuel Flora é um militar que pertenceu aos quadros da Direcção Principal de Quadros do Ministério da Defesa ao tempo das extintas FAPLA, onde iniciou a carreira com a patente de aspirante. Por altura da constituição do exército nacional único chefiou a Direcção de Pessoal e Quadros do Exército do Estado-Maior General das FAA, mas , segundo as mesmas fontes, caiu nas malhas de um processo de corrupção na gestão do pessoal com ligação às finanças que o relegou para o esquecimento durante longos anos, tendo sido reabilitado com a sua nomeação para chefe adjunto da MISSANG.
Naquele então chefiava o Estado Maior do Exército, o general Mateus Miguel Ângelo “Vietname”, actual vice-ministro da Assistência e Reinserção Social. A fonte não pôde precisar qual o procedimento a ser seguido em relação ao oficial general.
A MISSANG é um destacamento militar angolano de pouco mais de 200 homens que tem a tarefa de ajudar o exército guineense a reformar as Forças Armadas da Guiné-Bissau, assim como as de segurança, que foi instalada formalmente em Abril último.
O País espera poder publicar uma reacção oficial, sobre este assunto, na próxima semana, a partir de Bissau.
Jornal «O País», Eugénio Mateus
Angolano da MISSANG queria um Renault, mas não queria pagar
MAIALA NELSON é um militar do contingente militar angolano, em Bissau, a MISSANG(as). O nosso camarada de armas, o Maiala, enamorou-se por um Renault Kangoo branco. Um carrito para as voltas em Bissau, talvez para levar a namorada ao Bandim, ou a Quinhamel para umas ostradas.
Do enamorar até convencer o proprietário do carrito, foi um papo rápido. É angolano, tem dinheiro, e, quiçá, um poço de petróleo no quintal da sua casa. Com sorte, até umas pedrinhas reluzentes...mas é só tanga, como mais adiante se verá.
O comerciante já esfregava as mãos de contente. Mais Cfa's para juntar na conta, pensou ele. Mas pensou mal. O prazo acordado para o pagamento da viatura chegou e nada. Uma desculpa esfarrapada amainou tudo. E o comerciante a desesperar. Novo prazo, nova mentirinha.
Até que o comerciante ganhou coragem e foi directamente ao Estado-Maior da MISSANG fazer uma participação. O Maiala foi encostado à parede (se da piscina ou do restaurante, isso já eu não sei) e foi-lhe dado um prazo para "pagar ou devolver" a viatura. Escolheu o mais fácil: depois de andar centeneas de quilómetros...entregou as chaves do carro ao legítimo dono. Assim, não! AAS
Do enamorar até convencer o proprietário do carrito, foi um papo rápido. É angolano, tem dinheiro, e, quiçá, um poço de petróleo no quintal da sua casa. Com sorte, até umas pedrinhas reluzentes...mas é só tanga, como mais adiante se verá.
O comerciante já esfregava as mãos de contente. Mais Cfa's para juntar na conta, pensou ele. Mas pensou mal. O prazo acordado para o pagamento da viatura chegou e nada. Uma desculpa esfarrapada amainou tudo. E o comerciante a desesperar. Novo prazo, nova mentirinha.
Até que o comerciante ganhou coragem e foi directamente ao Estado-Maior da MISSANG fazer uma participação. O Maiala foi encostado à parede (se da piscina ou do restaurante, isso já eu não sei) e foi-lhe dado um prazo para "pagar ou devolver" a viatura. Escolheu o mais fácil: depois de andar centeneas de quilómetros...entregou as chaves do carro ao legítimo dono. Assim, não! AAS
No Outono da minha pena
A vida é expressão. De uma ideia, de uma emoção, de um conhecimento. Quem quer que queira um lugar na sociedade, tem de aprender a dar forma ao que sente, ao que sabe e ao que quer. A imagem, neste aspecto, é omnipotente; Mas a escrita, essa, permanece insubstituível - evidentemente.
Por muitas e variadas razões, escolhi o caminho da escrita. Escrevo para me libertar. De tudo e de nada. Quando estou bloqueado, não há nada a fazer - o cigarro torna-se azedo, os cafés não sabem a nada. Por isso mesmo tenho gavetas cheias a transbordar de manuscritos inacabados, pois opto sempre por começar um novo texto – “este sim, o melhor!” - do que por acabar os já iniciados. Uma coisa é certa: não me faltam ideias para situações e personagens. E as gavetas a transbordarem...
Escrever não é um processo puramente racional, nem puramente intuitivo. Não basta alinhar palavras umas a seguir às outras, improvisar ou sequer ter boas intenções. Talvez por isso a escrita, para mim, é especial. É especial na medida em que cada um pode depois ler-me ao seu ritmo, pode voltar atrás, pode saltar passagens, até amaldiçoar-me se for o caso.
Os ingredientes para que o leitor se sinta ‘agarrado, são a intuição, o sentimento e doses industriais de imaginação. São estas as fontes de onde brota a escrita. Não se pode ensinar um alguém a ter ideias, apenas se podem oferecer sugestões sobre algo, o seu desenvolvimento, a formação e a realização de uma ideia original.
Ontem, queixava-me, amuado, a uma amiga: “estou bloqueado, não consigo escrever” - mas o que eu pensava realmente era que estava acabado. Quando me dá uma ‘branca’, entro em pânico - um pânico controlado e necessário. E normalmente telefono às pessoas minhas amigas.
Chegado aqui, entra em campo a minha grande confiança: penso mesmo que este ser humano que vos escreve, com todos os seus defeitos e limitações, tem capacidades suficientes para se preservar e inteligência bastante para se melhorar.
Se eu não acreditasse nisso, não teria uma razão para escrever. Uma coisa é certa: quer o tempo que levo a pensar em escrever, quer o tempo realmente passado a escrever enchem-me as medidas todas. Penso primeiramente no meu leitor e facilito-lhe a leitura. Como não sou adepto de textos longos – pois corres o risco de ninguém te ler – tenho a vida facilitada. E os meus seguidores e leitores, também.
Ainda que não aplique sistematicamente esta técnica à letra, utilizo-a com a maior frequência possível, pois só assim multiplicarei as possibilidades de ser (cada vez mais) lido. Não é este, afinal de contas, o único objectivo que pretendo? É. Desenganem-se os que pensavam o contrário. AAS
Por muitas e variadas razões, escolhi o caminho da escrita. Escrevo para me libertar. De tudo e de nada. Quando estou bloqueado, não há nada a fazer - o cigarro torna-se azedo, os cafés não sabem a nada. Por isso mesmo tenho gavetas cheias a transbordar de manuscritos inacabados, pois opto sempre por começar um novo texto – “este sim, o melhor!” - do que por acabar os já iniciados. Uma coisa é certa: não me faltam ideias para situações e personagens. E as gavetas a transbordarem...
Escrever não é um processo puramente racional, nem puramente intuitivo. Não basta alinhar palavras umas a seguir às outras, improvisar ou sequer ter boas intenções. Talvez por isso a escrita, para mim, é especial. É especial na medida em que cada um pode depois ler-me ao seu ritmo, pode voltar atrás, pode saltar passagens, até amaldiçoar-me se for o caso.
Os ingredientes para que o leitor se sinta ‘agarrado, são a intuição, o sentimento e doses industriais de imaginação. São estas as fontes de onde brota a escrita. Não se pode ensinar um alguém a ter ideias, apenas se podem oferecer sugestões sobre algo, o seu desenvolvimento, a formação e a realização de uma ideia original.
Ontem, queixava-me, amuado, a uma amiga: “estou bloqueado, não consigo escrever” - mas o que eu pensava realmente era que estava acabado. Quando me dá uma ‘branca’, entro em pânico - um pânico controlado e necessário. E normalmente telefono às pessoas minhas amigas.
Chegado aqui, entra em campo a minha grande confiança: penso mesmo que este ser humano que vos escreve, com todos os seus defeitos e limitações, tem capacidades suficientes para se preservar e inteligência bastante para se melhorar.
Se eu não acreditasse nisso, não teria uma razão para escrever. Uma coisa é certa: quer o tempo que levo a pensar em escrever, quer o tempo realmente passado a escrever enchem-me as medidas todas. Penso primeiramente no meu leitor e facilito-lhe a leitura. Como não sou adepto de textos longos – pois corres o risco de ninguém te ler – tenho a vida facilitada. E os meus seguidores e leitores, também.
Ainda que não aplique sistematicamente esta técnica à letra, utilizo-a com a maior frequência possível, pois só assim multiplicarei as possibilidades de ser (cada vez mais) lido. Não é este, afinal de contas, o único objectivo que pretendo? É. Desenganem-se os que pensavam o contrário. AAS
terça-feira, 10 de maio de 2011
Gela & Mela
"Virtude: és bastante inteligente, seguro e meigo.
Defeitos: agressivo, 'turmentadu'. Resumindo, uma desgraçada tentação ambulante".
M/R: Quem fala assim não é gago... Agora, adivinhem quem é... AAS
Defeitos: agressivo, 'turmentadu'. Resumindo, uma desgraçada tentação ambulante".
M/R: Quem fala assim não é gago... Agora, adivinhem quem é... AAS
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Djintis djunta sintidu...
Estranho. O 1º Ministro reúne-se com o 'Grupo do Não aos 50 Fcfa', no dia 31, e solicita uma espécie de proposta. Reúne o Conselho de Ministros no dia 2 e este vota a favor dos 50 Fcfa.
Curioso, foi o facto de o 1º Ministro ter ido a despacho com o o Presidente da República com a proposta do Governo debaixo do braço...e, sem passar por ninguém, entrega-o ao PR. No dia seguinte - dia 3, a lei vem publicada no Boletim Oficial, ou seja, foi promulgada por Malam Bacai Sanha!? Curioso. E estranho.
Ditadura do Consenso, no dia 2, perguntou a três pessoas com responsabilidades na Presidência, se essa proposta havia sido promulgada. A resposta variou, mas deu no mesmo: "Isso ainda não chegou cá"; "Não passou pelas minhas mãos". Mas devia ter passado. AAS
Curioso, foi o facto de o 1º Ministro ter ido a despacho com o o Presidente da República com a proposta do Governo debaixo do braço...e, sem passar por ninguém, entrega-o ao PR. No dia seguinte - dia 3, a lei vem publicada no Boletim Oficial, ou seja, foi promulgada por Malam Bacai Sanha!? Curioso. E estranho.
Ditadura do Consenso, no dia 2, perguntou a três pessoas com responsabilidades na Presidência, se essa proposta havia sido promulgada. A resposta variou, mas deu no mesmo: "Isso ainda não chegou cá"; "Não passou pelas minhas mãos". Mas devia ter passado. AAS
domingo, 8 de maio de 2011
Mão, procura-se. Em Djal...
Em Djal, as coisas complicam-se. Para já: 3 homens da etnia Balanta foram mortos, assim como um da etnia Papel. O CEMGFA, António Indjai, foi ao local garantir que o terreno em causa - usado para a plantação do caju - ficará para o Estado. O problema agora é encontrar uma mão, pertencente a um dos balantas. Bitchofla Na Fafé fez o pedido: "se entregaram o corpo, para quê esconder a mão?".
Entretanto, procura-se o terceiro cadáver, escondido pelos papéis - dizem os populares - "debaixo dos cajueiros"... AAS
Entretanto, procura-se o terceiro cadáver, escondido pelos papéis - dizem os populares - "debaixo dos cajueiros"... AAS
Morre-se em Djal
A localidade Djal, perto de Safim, viveu ontem momentos de terror. Do lado dos papéis, um morto; dos Balanta, duas mortes. Um balanço terrível, por causa da disputa de terrenos.
Houve mutilações. Neste momento, Bitchofle Na Fafé, tenta, no terreno mediar este conflito, com a ajuda dos deputados da zona, Cipriano Cassamá e 'Zé N'Pú'.
Dezenas de militares e polícias do Ministério do Interior, armados com metralhadoras AK-47, estão no terreno nesta localidade às portas da capital, Bissau.
Para já, conseguiu-se que um cadáver - da etnia Papel fosse devolvido. É por demais evidente que os guineenses andam com os nervos à flor da pele. E demonstram-no da pior maneira possível. AAS
Houve mutilações. Neste momento, Bitchofle Na Fafé, tenta, no terreno mediar este conflito, com a ajuda dos deputados da zona, Cipriano Cassamá e 'Zé N'Pú'.
Dezenas de militares e polícias do Ministério do Interior, armados com metralhadoras AK-47, estão no terreno nesta localidade às portas da capital, Bissau.
Para já, conseguiu-se que um cadáver - da etnia Papel fosse devolvido. É por demais evidente que os guineenses andam com os nervos à flor da pele. E demonstram-no da pior maneira possível. AAS
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Hasta siempre!
Cooperação Guiné-Bissau/Cuba: saúde
88 médicos guineenses, formados em várias regiões da Guiné-Bissau, recebem em setembro os seus diplomas de curso. A cooperação com Cuba está a dar frutos - quer na saúde como na educação.
Cuba, como sempre, cumprirá com o que disse o insigne líder Amílcar Cabral - "Os combatentes cubanos estão dispostos a sacrificar as suas vidas pela libertação dos nossos países e, em troca dessa sua ajuda à nossa liberdade e ao progresso da nossa população, a única coisa que nos levarão são os combatentes que caíram na luta pela liberdade". Os tempos são outros, é claro, mas os objectivos são os mesmos. Muchas gracias compañeros. AAS
88 médicos guineenses, formados em várias regiões da Guiné-Bissau, recebem em setembro os seus diplomas de curso. A cooperação com Cuba está a dar frutos - quer na saúde como na educação.
Cuba, como sempre, cumprirá com o que disse o insigne líder Amílcar Cabral - "Os combatentes cubanos estão dispostos a sacrificar as suas vidas pela libertação dos nossos países e, em troca dessa sua ajuda à nossa liberdade e ao progresso da nossa população, a única coisa que nos levarão são os combatentes que caíram na luta pela liberdade". Os tempos são outros, é claro, mas os objectivos são os mesmos. Muchas gracias compañeros. AAS
UE pelo Cano abaixo
No dia 14 de Abril, deu entrada uma queixa crime na delegação do Ministério Público junto à Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau. ANA MARIA CANO SERRANO, attaché para os assuntos contratuais e financeiros nos escritórios da União Europeia, em Bissau, foi a protagonista do maior escândalo de que há memória nos vários balcões que o Banco da África Ocidentel – BAO, tem na cidade de Bissau.
Ditadura do Consenso teve acesso à documentação. Segue a história:
À Sra. Cano Serrano, foi permitido que abrisse uma conta no balcão-sede do BAO sem depositar qualquer quantia em espécie, não solicitando, na altura, nem o livro de cheques nem o cartão multibanco. Dias depois – a 13 de abril - a ‘cliente’ dá entrada no edíficio-sede do BAO, com o objectivo de ‘verificar’ a sua conta bancária.
Passam mais uns dias, e a senhora Cano Serrano regressa ao banco para utilizar o seu cartão de crédito. Como não sabia os preocedimentos, ficou na fila de espera para ser atendida. Devia ter-se dirigido directamente ao balcão de atendimento.
Contudo, nesse dia 13, uma funcionária do BAO - N.C.M, sub-gerente do balcão central, tendo-se apercebido de que a senhora Serrano não havia solicitado nem o cartão nem o livro de cheques, ofereceu-se para a ajudar, prestando toda a informação, incluindo o preenchimento dos formulários. E explicou à senhora Serrano que tudo estava a ser feito «em regime de excepção», pois não tinha a conta aprovisionada. Disse-lhe ainda que o cartão multibanco só daí a 3 semanas uma vez que são feitos no exterior.
É aqui que o caldo se entorna. A senhora Serrano desata aos berros, deixando os clientes e as testemunhas estupefactos. E, aos gritos, disse a quem a queria ouvir que «a conta dela passaria a ter muito dinheiro», acrescentando que se necessário fosse «pagaria os salários da sub-gerente e dos demais funcionários» do BAO. Ameaçou «encerrar a conta» - que não tinha dinheiro.
Mantendo a calma, a zelosa funcionária do BAO, consciente da sensibilidade do serviço de clientes, deixou passar. Levantou-se então na direcção da impressora, para ir buscar a informação acerca do SWIFT da conta da sra. Serrano.
Frustrada pela falta de respostas às suas atitudes de malcriada, a sra. Serrano resolveu agredir a sub-gerente, dando-lhe e de forma agressiva, uma violenta palmada no braço (a palmada foi dirigida à cara da sub-gerente, o que só não aconteceu porque ela se encontrava em movimento). Numa acção de auto-defesa, a sub-gerente segurou-a pelo braço e no pescoço para evitar mais ataques.
Várias pessoas (incluindo da UE), assistiram a esta atitude impensável e bárbara por parte de uma alta funcionária da União Europeia, que representa os interesses dos 27 Estados-membros, europeus, na Guiné-Bissau.
Ainda assim, a sub-gerente dirigiu-se à sra. Serrano, entregoando-lhe a cópia impressa do SWIFT da sua conta, a qual a sra. Serrano, de forma selvática... RASGOU à frente das pessoas que assistiam com perplexidade, gritando que «não precisava do banco para nada». AAS
Ditadura do Consenso teve acesso à documentação. Segue a história:
À Sra. Cano Serrano, foi permitido que abrisse uma conta no balcão-sede do BAO sem depositar qualquer quantia em espécie, não solicitando, na altura, nem o livro de cheques nem o cartão multibanco. Dias depois – a 13 de abril - a ‘cliente’ dá entrada no edíficio-sede do BAO, com o objectivo de ‘verificar’ a sua conta bancária.
Passam mais uns dias, e a senhora Cano Serrano regressa ao banco para utilizar o seu cartão de crédito. Como não sabia os preocedimentos, ficou na fila de espera para ser atendida. Devia ter-se dirigido directamente ao balcão de atendimento.
Contudo, nesse dia 13, uma funcionária do BAO - N.C.M, sub-gerente do balcão central, tendo-se apercebido de que a senhora Serrano não havia solicitado nem o cartão nem o livro de cheques, ofereceu-se para a ajudar, prestando toda a informação, incluindo o preenchimento dos formulários. E explicou à senhora Serrano que tudo estava a ser feito «em regime de excepção», pois não tinha a conta aprovisionada. Disse-lhe ainda que o cartão multibanco só daí a 3 semanas uma vez que são feitos no exterior.
É aqui que o caldo se entorna. A senhora Serrano desata aos berros, deixando os clientes e as testemunhas estupefactos. E, aos gritos, disse a quem a queria ouvir que «a conta dela passaria a ter muito dinheiro», acrescentando que se necessário fosse «pagaria os salários da sub-gerente e dos demais funcionários» do BAO. Ameaçou «encerrar a conta» - que não tinha dinheiro.
Mantendo a calma, a zelosa funcionária do BAO, consciente da sensibilidade do serviço de clientes, deixou passar. Levantou-se então na direcção da impressora, para ir buscar a informação acerca do SWIFT da conta da sra. Serrano.
Frustrada pela falta de respostas às suas atitudes de malcriada, a sra. Serrano resolveu agredir a sub-gerente, dando-lhe e de forma agressiva, uma violenta palmada no braço (a palmada foi dirigida à cara da sub-gerente, o que só não aconteceu porque ela se encontrava em movimento). Numa acção de auto-defesa, a sub-gerente segurou-a pelo braço e no pescoço para evitar mais ataques.
Várias pessoas (incluindo da UE), assistiram a esta atitude impensável e bárbara por parte de uma alta funcionária da União Europeia, que representa os interesses dos 27 Estados-membros, europeus, na Guiné-Bissau.
Ainda assim, a sub-gerente dirigiu-se à sra. Serrano, entregoando-lhe a cópia impressa do SWIFT da sua conta, a qual a sra. Serrano, de forma selvática... RASGOU à frente das pessoas que assistiam com perplexidade, gritando que «não precisava do banco para nada». AAS
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O Maior Bem
Florbela Espanca (1894-1930), teve uma vida breve porém intensa. Dramas familiares e tragédias não faltaram. Este poema, publicado postumamente como apêndice, faz parte da 2ª edição de Charneca em Flor - considerada a sua obra-prima:
O Maior Bem
Este querer-te bem sem me quereres,
Este sofrer por ti constantemente,
Andar atrás de ti sem tu me veres
Faria piedade a toda a gente.
Mesmo a beijar-me, a tua boca mente...
Quantos sangrentos beijos de mulheres
Pousa na minha a tua boca ardente,
E quanto engano nos seus vãos dizeres!...
Mas que me importa a mim que me não queiras,
Se esta pena, esta dor, estas canseiras,
Este mísero pungar, árduo e profundo,
Do teu frio desamor, dos teus desdéns,
É, na vida, o mais alto dos meus bens?
É tudo quanto eu tenho neste mundo?
Florbela Espanca
O Maior Bem
Este querer-te bem sem me quereres,
Este sofrer por ti constantemente,
Andar atrás de ti sem tu me veres
Faria piedade a toda a gente.
Mesmo a beijar-me, a tua boca mente...
Quantos sangrentos beijos de mulheres
Pousa na minha a tua boca ardente,
E quanto engano nos seus vãos dizeres!...
Mas que me importa a mim que me não queiras,
Se esta pena, esta dor, estas canseiras,
Este mísero pungar, árduo e profundo,
Do teu frio desamor, dos teus desdéns,
É, na vida, o mais alto dos meus bens?
É tudo quanto eu tenho neste mundo?
Florbela Espanca
Subscrever:
Mensagens (Atom)