sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
AAS/OPINIÃO: Somos Todos Primos
"A revolução não é um convite um para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado; ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um acto de violência pelo qual uma classe derruba a outra." Mao Tsé-Tung
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Sejamos verdadeiros. Se houve uma coisa que sempre existiu na Guiné-Bissau foi uma corrupção e uma utilização da calúnia muito marcantes. Fosse de uma forma isolada, através de lobbies ou ainda de compadrios por conveniência. E doses industriais de descaramento.
Aliás, se a Guiné-Bissau alguma vez fosse uma democracia a sério, muita gente – mas muita gente mesmo – teria sido julgada e condenada com base em provas irrefutáveis. Outros estariam ainda hoje a cumprir pena e quem ficava ganhar era o Estado - e o Povo.
Mas não. Hoje, quando sonho, é um pesadelo. Uns dias atrás, sonhei que numa madrugada qualquer uns Homens acabaram com o franco CFA e fizeram da corrupção a nova moeda nacional. Acordei sobressaltado, e limpei o suor que me escorria pela testa. «Trata-se apenas de oficializar uma realidade», admiti a custo.
Caros compatriotas,
Temos que cerrar fileiras, defender a custo, ainda que corram rios de sangue, a única coisa que temos como certo: o nosso País!, a nossa Pátria! A força do Povo é indestrutível e pode ser avassaladora! Se não for agora, quando será? Se não formos nós, quem será?
Não podemos consentir que nos voltem a assustar. Um golpe de Estado precisa apenas de uma coisa: ruas vazias. Enchamos as ruas, os becos, os cruzamentos. Não podemos permitir-nos mais atraso ainda. Quase 42 anos de independência, caramba! Toda metamorfose dói. António Aly Silva"