O País está sob tensão. Na ausência do Chefe de Estado, os chefias militares, sob comando do general Antonio Indjai, CEMGFA, foram hoje ao parlamento para reunir com o Presidente da ANP Raimundo Pereira.
Em causa, boatos de que se estaria a preparar infiltrados na manifestação agendada por oito partidos da oposição (com e sem assento parlamentar)para causar distúrbios e obrigar a polícia a actuar. Também as ameaças de morte contra o deputado Roberto Cacheu, e o conselheiro do ministro do Interior Marcelino Cabral (Djoi), levaram os militares a tomarem as devidas precauções.
Pois bem, a mensagem deixada ao Presidente da ANP foi clara e nao deixa duvidas: "Não haverá mais derramamento de sangue em marchas pacíficas". Mais. Foram depois ao ministério do Interior deixar a mesma mensagem ao ministro Dinis Cablol Na Fantchamna.
Mais ainda. Pouco depois da saída dos militares...o próprio primeiro-ministro chega à ANP e reúne-se com Raimundo Pereira: a mensagem dos militares passou. Pouco depois, o presidente da ANP manda uma carta para o grupo parlamentar do PRS e para todos os sete partidos que vão manifestar-se contra o Governo do PAIGC. Pelos vistos já querem 'conversar'.
Tudo isto, porque oito (8) partidos da oposição, descontentes com o rumo que o País está a tomar, decidiram marcar a sua marcha pacífica e de protesto, para a próxima quinta-feira.
O PAIGC reuniu-se ontem para realizar uma contra-marcha marcada ou para amanhã ou para quarta-feira. AAS