sexta-feira, 18 de maio de 2012

Neo-colonialistas da CEDEAO não PODEM ditar o nosso destino. Guerra à vossa paz!!!




A Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúne-se sábado em Abidjan, Côte d’Ivoire, para analisar os últimos desenvolvimentos das crises políticas no Mali e na Guiné-Bissau, anunciou hoje (sexta-feira) a organização, citada pela Lusa. Na reunião extraordinária do conselho de mediação e segurança da CEDEAO participarão os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que serão informados sobre a situação política e de segurança no Mali e na Guiné-Bissau. Nos dois países, autoridades políticas foram depostas na sequência de golpes militares, adiantou a organização em comunicado.  
 
Será ainda analisado o relatório da reunião de responsáveis militares da CEDEAO, realizada a 14 de Maio, em Abuja, e o ministro dos Negócios Estrangeiros nigeriano fará um ponto de situação sobre as conversações em curso com os militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau. A Nigéria lidera o grupo de contacto da CEDEAO que acompanha a crise na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado que a 12 de Abril depôs e deteve o presidente interino Raimundo Pereira e o Primeiro-ministro e candidato à segunda volta das presidenciais Carlos Gomes Júnior. Na sequência do golpe de Estado, a CEDEAO anunciou o envio de uma força de 500 a 600 soldados de vários países para a Guiné-Bissau, condenando a tomada de poder pelos militares e exigindo o regresso a normalidade constitucional. 
 
Após intervenção da CEDEAO, os dois políticos depostos foram autorizados a deixar a Guiné-Bissau para Abidjan a 26 de Abril,tendo chegado na quarta-feira a Lisboa. A 10 de Maio, Serifo Nhamadjo, presidente interino do Parlamento, foi designado Presidente de transição da Guiné-Bissau depois de uma reunião de militares e políticos guineenses com responsáveis da CEDEAO. O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril, acusou a CEDEAO de pretender desestabilizar a Guiné-Bissau com as suas medidas para a saída da crise e várias organizações internacionais.