terça-feira, 1 de maio de 2012
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, declaraçao do Embaixador dos EUA para Senegal e Guine Bissau
Declaração de Lewis Lukens,
Embaixador dos Estados Unidos da América
para as Repúblicas do Senegal e da Guiné-Bissau,
«Porque a liberdade da mídia torna as sociedades mais saudáveis»
Informação é poder. Poucas pessoas podem ganhar a vida, manter seus governos responsáveis e educar seus filhos sem o fluxo livre e saudável de informações. Os cidadãos precisam de notícias precisas, oportunas e independentes em que possam confiar. Assim como as empresas e os mercados. E assim como os governos.
A liberdade da mídia mantém sociedades e economias vibrantes, ativas e saudáveis. Quando o livre fluxo de notícias e informações é interrompido, as pessoas sofrem. As sociedades sofrem. As economias sofrem.
Mas enquanto pessoas no mundo todo comemoram o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, organizado este ano pela Unesco em Túnis, as ameaças contra os jornalistas se avolumam. Em Dezembro passado, o Comité para a Proteção dos Jornalistas contabilizava 179 jornalistas presos em todo o mundo. E os jornalistas continuam a ser ameaçados, atacados, assassinados ou a desaparecer por tentar dar as notícias.
No ano passado, o mundo testemunhou tanto a promessa da imprensa livre, quanto os riscos por ela enfrentados. No Oriente Médio e no Norte da África, jornalistas, blogueiros, cineastas e especialistas registraram os protestos que varreram toda a região, enquanto alguns cidadãos armados com nada além de telefones celulares arriscaram a vida para transmitir a verdade — por textos, tweets e imagens.
Ao fazer isso, estavam exercendo uma liberdade fundamental consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que afirma: “Todos têm o direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de ter opiniões sem interferência, bem como de buscar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.”
No entanto, muitos governos tentam censurar a mídia, direta ou indiretamente.
Diversos jornalistas investigativos estão sendo silenciados, muitos por exporem a corrupção — no âmbito de governos locais, estaduais ou nacionais. Diversos ataques e assassinatos de jornalistas ficam impunes. Em alguns casos, não são só governos que atacam, intimidam e ameaçam jornalistas. Isso também se aplica a criminosos — cartéis da droga — terroristas ou facções políticas.
Quando jornalistas são ameaçados, atacados, presos ou desaparecem, outros jornalistas praticam a autocensura. Deixam de escrever reportagens. Amenizam as notícias. Omitem detalhes. As fontes deixam de ajudá-los. Os editores hesitam em publicar matérias. O medo substitui a verdade. Todas as sociedades sofrem.
Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, os Estados Unidos convocam todos os governos a adotar as medidas necessárias para criar espaço para jornalistas independentes fazerem seu trabalho sem medo de violência ou perseguição. Prestamos tributo especial aos jornalistas, blogueiros e cidadãos corajosos que sacrificaram a vida, a saúde ou a liberdade para que outros pudessem conhecer a verdade. E homenageamos o papel da mídia livre e independente na criação de democracias sustentáveis e sociedades abertas e saudáveis.
Lewis Lukens,
Embaixador dos Estados Unidos da América
para as Repúblicas do Senegal e da Guiné-Bissau.