segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
«Os sanguessugas estão a chupar a Guiné-Bissau»
Se estão...
N'O Informador, Nuno Tiago Pinto chama a atenção: O Celso Filipe, hoje, no editorial do Jornal de Negócios põe o dedo na ferida: o Estado da Guiné Bissau está podre. Os guineenses estão condenados a uma não existência graças ao poder imposto pelas armas por uns quantos déspotas que desonram as insígnias militares que ostentam. Os mesmos que patrocinaram o golpe de Estado de Abril de 2012 graças ao dinheiro do narcotráfico envolveram-se, naturalmente, no tráfico de seres humanos e, provavelmente em muitos outros tráficos – porque estes negócios cruzam-se, entrelaçam-se e convivem entre si numa complicada teia de interesses. Partilham rotas, trocam favores, fazem negócios, vendem segurança e estão dependentes uns dos outros. Até quando vão andar impunes pelas ruas de Bissau?
Autor: Celso Filipe
Jornal: JN
INVESTIGAÇÃO DC/Voo dos 74: Mais nomes para a PJ agir
Fonte fidedigna no aeroporto de Bissau, confirmou ao ditadura do consenso que a pessoa que acompanhou de perto, inclusivamente preencheu a documentação de entrada e saída dos "refugiados", foi o Carlitos da Silva, ex-segurança da ENAG-Bissau e muito próximo do ministro do Interior António Suca Ntchama, que, após a sua nomeação promoveu o seu retorno aos Serviços Aeroportuários, onde age livremente e sob cobertura do todo-o-poderoso Ministro do Interior.
Outro elemento também ligado ao preenchimento dos documentos dos «refugiados» sírios é um outro individuo chamado Gino. Quando o escândalo rebentou, o Carlitos da Silva desapareceu de circulação. Não se sabe se, por recomendação, ou para não prestar contas que venham a comprometer o seu "chefe" na alhada em que se meteu. AAS
domingo, 15 de dezembro de 2013
Os sírios já vinham de longe...: "Porém, já em Abril passado um grupo de três dezenas de refugiados da guerra civil síria com quatro crianças tinha sido detido em Lisboa por suspeita de imigração, tendo também viajado via Bissau. Tinham passaportes sírios e turcos com carimbos contrafeitos de origem grega e alemã. Dirigiram-se a outros países da Europa" In 'Público'
sábado, 14 de dezembro de 2013
CASO SÍRIOS/TAP: 5 doentes ficaram em terra...
Pelo menos cinco doentes que deviam ser transferidos da Guiné-Bissau para Portugal aguardam por uma decisão sobre a retoma das ligações aéreas diretas entre os dois países, disse hoje à agência Lusa um operador de viagens. Conduto de Pina, proprietário da Guinetours, uma das mais antigas agências de viagens de Bissau, disse que os doentes deviam ter viajado nas últimas 48 horas, mas as outras companhias não aceitam transportá-los, uma vez que necessitam de viajar deitados, ocupando, desta forma, mais lugares no avião.
Sem especificar qual a condição dos doentes, esclareceu que não correm perigo de vida. "Nenhuma companhia vai aceitar levar pessoas daqui para Dacar (capital do Senegal, a cerca de uma hora de avião) e de lá para Lisboa, deitadas, pois precisaria de cinco lugares", disse Conduto de Pina, dono da agência Guinetours. Aquele responsável adiantou que compreende a decisão, uma vez que, neste período do ano, "é muito difícil viajar".
O proprietário da Guinetours afirma que "muita gente não tem noção" dos prejuízos que o país irá ter com a falta de voos diretos entre Bissau e Lisboa. Apontou o exemplo de medicamentos que deviam chegar ao país nos últimos dias, mas que não foram entregues, por falta de voos diretos. "As pessoas não fazem ideia do custo que é fazer escala em Abidjan, Casablanca, Praia ou Dacar para chegar ou sair de Bissau", enfatizou Conduto de Pina.
O empresário pediu "bom senso" aos guineenses que, disse, deviam fazer "um exame de consciência" perante o que diz ser "um risco enorme" se a comunidade internacional passar a catalogar a Guiné-Bissau como ponto de passagem de emigrantes ilegais. A Guinetours tem sido "invadida" por passageiros que querem saber como podem viajar.
A TAP decidiu cancelar os voos entre a Guiné-Bissau e Portugal na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 passageiros com passaportes falsos, no voo de terça-feira, para Lisboa. Como alternativa, está a fretar aviões da Air Senegal entre Bissau e Dacar, onde existem ligações diretas da TAP para Lisboa. Lusa
INVESTIGAÇÃO DC: «Refugiados» sírios 'passaram' por Dakar
O embaixador da Guiné-Bissau em Dakar, Idrissa Embalo, está metido neste negócio das arábias que levou 74 cidadãos sírios numa aventura descontrolada e de puro terrorismo rumo a Lisboa. Ditadura do consenso sabe que foi Idrissa Embaló quem organizou o encaminhamento dos «refugiados» até Bissau, assim como tratou da sua instalação até à sua partida forçada para Lisboa. Aliás, o embaixador recepcionou tanto o 1° como o 2° grupo. Depois de instalar, preparar e certificar de que partiriam, recebeu a sua parte e terá viajado para Paris. Contudo, ditadura do consenso sabe que Idrissa já foi chamado a Bissau para dar "explicações".
Porém, com a implicação do embaixador guineense em Dakar, neste caso, dificilmente o mesmo deixará de ser do conhecimento e assentimento de Serifo Nhamadjo, de quem Idrissa é protegido e só age segundo as directrizes do 'presidente de transição'. É caso para dizer que esta procissão ainda vai no adro...
Depois do golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau, que depôs um governo democraticamente eleito pelo Povo da Guiné-Bissau, e logo após a tomada de posse do 'governo de transição', foi montada uma rede (CLIQUE AQUI) perfeita no Ministério guineense dos Negócios Estrangeiros, comandada pelo secretário de Estado das Comunidades, Idelfrides Fernandes e que se dedica ao tráfico e venda de passaportes guineenses, do ordinário ao diplomático, enquanto centenas de passaportes de serviço andam em mãos alheias.
Com o secretário de Estado (a recuperar em Lisboa de um enfarte que o acometeu no aeroporto da Portela) estão ligados pelo menos duas pessoas próximas, funcionários da instituição. Vou trata-los por 'B' e 'M'. No caso dos «refugiados» sírios, apurou o ditadura do consenso, o próprio secretário de Estado está intrinsecamente ligado.
O montante gasto pelo sírios, não cessa de tomar proporções milionárias. Agora, fala-se em 50.000 $USD por cabeça - 25 mil USD correspondia ir até Bissau e o desejado embarque para Lisboa. O remanescente seria pago após a conclusão da operação, o que passaria pela entrada em território português, razão pela qual a TAP foi forçada a proceder ao seu embarque, pois queriam a todo o custo receber a outra metade do pagamento.
Agora, perante as circunstâncias e o escândalo em que ocorreram a expatriação, e as proporções que o caso tomou, "é pouco provável" - diz uma fonte ligada ao processo em Bissau - "que alguém venha a deitar a mão aos outros 50%", sustentando com a tese de "demasiada exposição" a que os sírios estiveram expostos. Basta alegarem que a sua entrada em território Schenghen "deveu-se a razões de ordem humanitária das autoridades portuguesas e não de quaisquer outras acções das autoridades de Bissau." AAS
Ramos Horta, ao 'Expresso de Bissau': "As forças armadas devem saber que não são insubstituíveis"
O Representante Especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, afirmou que a nova data marcada pelo Presidente da República de Transição para a realização das eleições é inadiável. Em entrevista exclusiva ao Expresso Bissau, o Nobel da Paz disse que se isso vier a acontecer, será um desaire para o povo guineense. Sublinhou que os guineenses devem trabalhar 24/24 horas para que a data seja cumprida, mesmo esquecendo as festividades do Natal.
Qual é a sua opinião relativamente ao processo de transição na Guiné-Bissau?
Acho que, a partir de Setembro do ano em curso, a situação na Guiné-Bissau começou a agravar-se no plano político e de segurança, houve nomeadamente episódios de violência, seja de natureza criminal e ataques a pessoas e casas pilhadas por homens armados, com o fito do roubo, mas houve também casos de nítida natureza política. O caso mais grave é o do Ministro de Estado dos Transportes e Telecomunicações, que foi brutalmente espancado e hoje consta entre as dissidências internas de um dos partidos. Houve casos muito graves de espancamento de cidadãos inocentes e outros atos, que se pode dizer de violência, contra a embaixada da Nigéria. Todos estes atos, obviamente, tinham motivações políticas orquestradas por pessoas que querem desestabilizar a Guiné-Bissau, desacreditar o processo de transição, a CEDEAO e a ECOMIB. Isso só pode ser uma agenda política para desestabilizar o país. Pergunto: quem está interessado em desacreditar o regime de transição, a ECOMIB, a CEDEAO ou, em particular, a Nigéria.
É óbvio que há pessoas na Guiné-Bissau que não estão interessados e é igualmente óbvio que há pessoas na Guiné-Bissau, ou fora da Guiné-Bissau, que não estão interessadas em que o processo de transição continue pacificamente com êxito, e provocaram este incidente. A situação no plano social e humanitário agrava-se dia-a-dia devido às sanções, à má comercialização do caju e à ausência de novos financiamentos, ou investimentos no país, e isso tem implicações negativas para o clima de estabilidade e tensão que existe. Sei que há graves carências sociais, quase automaticamente tensões e instabilidade. Mas, apesar de tudo isto, a Guiné-Bissau continua a ser um país relativamente pacífico e continuo a acreditar que é possível, nesta última etapa de transição, realizar o processo eleitoral, o retorno à ordem constitucional democrática, pacificamente, em Março do próximo ano, e começarmos a segunda fase, que vai ser muito dura, porque aí, caberá ao novo Presidente da República eleito, à nova Assembleia Nacional Popular, ao novo Governo, fazer esforços para ganhar a confiança da Comunidade Internacional e dos parceiros tradicionais, para recapitalizar o país, que se encontra desfalcado. Quer o Estado, quer o setor privado, ambos precisam de ser recapitalizados. Acredito que é possível a realização das eleições na data anunciada pelo Presidente da República de Transição Serifo Nhamadjo, o financiamento foi prometido, os kit‘s para as eleições foram encomendados, alguns equipamentos e servidores estão em Bissau, a maioria dos técnicos está cá e todos vamos trabalhar se não 24 horas, 12 horas por dia, para podermos realizar o recenseamento na data prevista, mesmo trabalhando aos sábados e domingos, esquecendo o Natal, para que o recenseamento seja completado no prazo estipulado.
Qual é a sua opinião relativamente à situação do país pós eleições?
As elites políticas da Guiné-Bissau foram eleitas para governar o país, terão um desafio complexo pela frente, que é o de lançar um vasto programa de reformas na Administração Pública e o relançamento sério da reforma e modernização das Forças Armadas da Guiné-Bissau. Qualquer uma das partes que não for bem revista, ou seja, a reforma radical na Administração Pública, nas Finanças Públicas e nas Forças Armadas, vai pôr em perigo toda a boa vontade da Comunidade Internacional em refinanciar o país e a Guiné-Bissau não sairá da crise, pelo contrário, a crise social, humanitária e económica irá aprofundar-se. Daí que lance um apelo para que as elites políticas e todos os quadrantes entendam que, após as eleições em 2014, o partido mais votado terá que ter sentido de Estado e convidar os outros parceiros políticos para se sentarem à volta de uma mesa e conversarem serenamente sobre uma parceria estratégica entre todos, para resgatar o país. É possível que os guineenses se entendam uns aos outros e, ao mesmo tempo, as chefias das Forças Armadas entendam que não são insubstituíveis. As Forças Armadas devem saber que não são insubstituíveis, se o Chefe de Estado não é insubstituível, se o Papa é substituível, como é que se poderia pensar que outros chefes não são substituíveis. Convém pensar tudo isso, a única questão é o tempo, ou seja, o calendário para a reforma das Forças Armadas e de toda a administração pública, que vai levar tempo. Não vejo que esse processo leve menos que cinco anos até à reforma completa das Forças Armadas. Mas isso depende de uma forte liderança política nacional, que possa mobilizar o povo atrás de si para apoiar o programa de reformas. O povo deve sentir que realmente esse programa de reformas e de modernização é vital, tal como ter o apoio da Comunidade Internacional.
O PAIGC vai ao seu VIIIº Congresso com várias facções e, se houver uma rotura que o impossibilite de ir às eleições, o quê que poderia acontecer?
Estamos a falar de dezenas de milhares de apoiantes, acredito nesse partido e já o conheço há muito tempo. Portanto, terá que ser possível encontrar uma solução para o diferendo interno e para a realização do congresso. O cenário da realização das eleições sem a participação do PAIGC, quanto a mim, é inimaginável. É simplesmente um cenário tão negativo que não gostaria de o comentar. Os irmãos do PAIGC são políticos com décadas de experiência e, para tal, vão poder encontrar uma solução. A democracia é feita pelos partidos políticos e não vejo como é que poderia haver eleições sem participação plena – livre na integridade – por parte dos partidos políticos. Portanto, a data de eleições para o dia 16 Março de 2014 é imutável e inadiável.
O que poderá acontecer se for adiada novamente?
Só podem acontecer desaires. Devo dizer com toda a franqueza que, devido a tantos problemas que assolam o mundo, desde a Síria, Líbia, Egito, Somália, Malí, República Centro Africana, muito dificilmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas será persuadido a fazer mais do que o que está a fazer neste momento pela Guiné-Bissau. FONTE: AQUI
Alguém me explica, como seu eu tivesse 10 anos, como é que uma empresa investe mais de 90 milhões de dólares numa fábrica de cimento e logo numa Guiné-Bissau com um futuro incerto, na total anarquia, completamente isolada, esfrangalhada, corrupta e desavergonhada? À Assembleia Nacional Popular, que chame o ministro da àrea para explicar muito bem os contornos deste negócio que, à partida, tem tudo para ser olhado de soslaio... Isto é um caso de polícia, que começará sem mais demoras a ser investigado pelo ditadura do consenso. De fio a pavio! AAS
ÚLTIMA HORA: Avião da TAP está quase a fazer-se à pista, em Lisboa, com destino a Dakar onde deverá chegar às 24:50h. Os passageiros em trânsito para Bissau, serão transferidos para um voo da companhia Senegal Airlines e seguem à 1:30 para Bissau, onde, de resto, a TAP fará o check-in do voo Dakar/Lisboa para que o processo seja mais rápido. AAS
OPINIÃO: Um país à beira do abismo
«De novembro de 1980 a esta parte a Guiné-Bissau entrou num ciclo de regressão enquanto Estado. A guerra civil de 1997 marcou o inicio da intervenção militar na vida politica guineense, dando-se inicio do presente estado de colapso em que se encontra o pais. De Ansumane Mané a esta data, os militares transformaram-se em "fazedores de rei" e foram-se apoderando do poder, instalando-se quem quisessem e seguisse à olho e à dedo as suas ordens e os seus interesses obscuros, tais como o trafico de drogas e de armas.
Foi com o regime de Kumba Yala (o pior governante e tirano da historia da Guiné-Bissau), é que se deu inicio a este ciclo desastroso de relações incestuosas com os militares mesclado de sentimentos de dominação de uma tribo sobre o poder civil e a sociedade em geral.
A 12 de Abril de 2012, mais uma machadada fatal foi dada nas legitimas aspirações democráticas do povo guineense. E, mais uma vez, para não variar, uma ação antidemocrática foi desencadeada na Guiné-Bissau sob alçada moral de Kumba Yala e a sua horda de homens armados. Assim, o ciclo eleitoral em curso, onde Carlos Gomes Júnior, seu adversário direto era dado como o potencial vencedor, foi abruptamente interrompido através de um golpe de estado de cariz declaradamente partidário/tribal.
Contra todos os censos e a logica inicial, o festim dos golpistas, foi consagrado pelo bando dos quatro da CEDEAO (Nigéria, Senegal, Burkina e Costa do Marfim), os quais, num ato sem precedentes nos anais do direito internacional, patrocinam e impõem ao Povo guineense um presidente e um governo fantoches e serviçais dos interesses regionais dos seus patronos.
A partir desse nefasto acontecimento à data presente, a Guiné-Bissau, foi recorrentemente e em crescendo, noticiada pelos piores e incrédulos motivos. A começar pelas sucessivas ações de intimidações, ondas de sequestros, espancamentos públicos, assassinatos inexplicáveis, execuções sumarias, recrudescimento do trafico de droga que se institucionaliza na hierarquia do Estado, ao ponto do pais ser designado Narco-Estado, ao trafico de armas e conspiração contra estados estrangeiros e..., mais recentemente, do trafico de órgãos humanos, noticias porém acobertado e sufocadas pelas autoridades nigerianas, cujas forças que integram a ECOMIG, são apontadas como estando ligadas a esses atos hediondos.
Hoje, o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, o homem forte de Bissau, e boa parte da sua entourage, estão sob a alçada de mandatos de captura internacional lançada pelos EUA e sanções das NU. O próprio Presidente Interino, encontra-se indiciado por cumplicidade na operação de trafico de armas abortada pelos EUA e que culminou na detenção de Bubo Na Tchuto e alguns dos seus homens de mão. Sabe-se de informações fidedignas, que o Almirante aceitou colaborar com a justiça americana neste processo em troca de pena mais leve, dai haver revelações surpreendentes e incontestáveis de que a mulher de César não é assim tão séria como pretende parecer.
A juntar a todo esse reportório de marginalidades, no dia 12 de Dezembro do ano em curso, o nome da Guiné-Bissau voltou a dar a volta ao mundo pelas piores razões. Desta vez, o pais esta ligado a um escandaloso ato de trafico humano, de imigração ilegal e de auxilio ao terrorismo, onde indícios fortes apontam para implicação e cumplicidades ao mais alto nível do regime de Bissau (Presidência e Governo incluídos). Enfim, o Estado da Guiné-Bissau junta assim ?a sua já rica e podridão cadastro de Estado Falhado, o epiteto de Estado-Esclavagista e de Estado-Terrorista.
Tudo isto, num minúsculo estado de menos de 40 mil Km quadrados firmes de terra e quase uma centena de ilhas e ilhotas, sob o olhar inoperante e atrapalhado da Comunidade Internacional (CI), particularmente a União Africana (UA) e as Nações Unidas (NU), porquanto estes, como atores principais que deviam ser na resolução desse conflito, encontram-se perdidos e, até hoje não sabem, qual o remédio certo a aplicar ao mal que gangrena esse pais que caminha perigosamente para o abismo.
Hoje, confirma-se, que foi um erro grave confiar a resolução do conflito guineense à organização sub-regional, a CEDEAO, onde países, particularmente o Bando dos Quatro (Nigéria, Senegal, Burkina e Costa do Marfim), tem indubitavelmente interesses e ações particularmente obscuras no nesse pais. E sabido, que desde a sua auto instalação na Guiné-Bissau, essa organização em nada tem contribuído para a normalização da situação político-militar no pais. Pelo contrario, não se esqueça, de que, foi na presença e à vista das forças inoperantes dessa comunidade que aconteceram todos os atropelos aos direitos humanos, incluindo, raptos, espancamentos e assassinatos de todos os opositores ao golpe de estado de 12 de abril de 2012.
Assim, afigura-se de difícil compreensão o laxismo da UA e das NU perante a crise guineense e a indiferença a que vetaram o Povo guineense. E mais do que visível a impreparação e o conflito de interesses que gangrena a CEDEAO para ser solução para o problema da Guiné-Bissau. A inoperância e inutilidade das forças da ECOMIG é constrangedora, pois nada fazem e nunca reagem às sucessivas ondas de desmandos, repressão e de gatunagem cometidos pelas autoridades de transição, através das suas forças armadas e de segurança.
Se estas duas organizações persistirem em deixar a condução desse processo à CEDEAO a qual ingenuamente se esforça por se associar a impreparada Timor-Leste, o pior poderá vir a acontecer. O pior acontecera decerto, se a UA e as NU, teimarem em deixar nas mãos da CEDEAO a condução do processo da crise guineense e, particularmente caucionar a realização das próximas eleições no quadro atual de desordem, desmando e violência gratuita em que se encontra mergulhado o pais. O actual estado de desorganização e opacidade em que decorre o recenseamento é por si só um mau prenuncio...
Estou convicto de que, o pior acontecera se a atual cúpula das Forças Armadas não for afastada e descartada do processo de transição, particularmente o General António Injai, um foragido da justiça internacional que pensa que a Guiné-Bissau é a sua coutada e da sua tribo.
De certeza de que, o pior acontecera se o antidemocrata Kumba Yala voltar a participar nas próximas eleições, pois qual seja o resultado, ele não aceitara os resultados e tudo voltara a estaca zero, isto é, à instabilidade, à guerra, às matanças impunes e, porque não a um genocídio.
Os ingredientes estão la, é só acender inadvertidamente o rastilho.
Grupo de Reflexão "No Pensa Guiné"»
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