quarta-feira, 9 de maio de 2012

Pegar em mais pedras e colocá-las devagar, com cautela, de mansinho, mas com "garra"

"Bom dia Sr. Aly Silva,
 
Envio este e-mail pois sou mãe de uma pessoa que está aí, no seu país, repleta de amor e entrega no seu trabalho e empenhada em fazer da Guiné-Bissau o seu segundo lar! Tenho acompanhado diversas vezes ao dia, desde o fatídico 12 de Abril, as notícias e comentários do seu blog assim como de outras fontes. Atrevi-me hoje, depois de ler o comentário da ONU a expressar a minha opinião sobre este tema.

É completamente livre de o "deletar" . Eu é que senti a necessidade de deitar cá para fora o que me vai na alma. Mais nada.
 
Não consigo entender como os "entendidos" políticos não são capazes de raciocínios objectivos, directos e em observância da mais elementar equação de racionalidade. Espantoso! Depois da pedra "atirada" não é mais possível a situação voltar a ser o que era…e é necessário pegar em mais pedras e colocá-las devagar, com cautela, de mansinho, mas com "garra", de modo a que possamos voltar a erigir a nossa casa. Dificilmente a conseguiremos pôr igual à foto que havia antes mas tudo fazemos para que volte a ser a nossa querida casa.

Será que toda esta comunidade internacional (ONU, EUA, CPLP, CEDEAO etc.) não tem esta noção? Como exigem que a situação volte ao normal e que o normal seja o antes do 12.Abril??? Incompreensível.
Expliquem de novo, por favor,  pois sou muito burra…..

Não vejo como (bem sei que não tenho alguma formação política), mas tenho, digo eu, experiência de vida pois fui "retornada"  de Angola nos meus longíquos 17 anos… e já vi, ouvi, senti tantas situações…. e olho para esta Guiné-Bissau e com todos (muitos) a querer voltar a 11 de Abril de 2012 como se nada tivesse acontecido!!!!!!!!!!!!!
E depois temos a srª Susan Rice + a ONU proclamando alto e em bom som: SUSPENSÃO DA AJUDA OFICIAL À GUINÉ-BISSAU!!!!
Concerteza, o povo que padeça mais uma vez, até já começam a estar habituados… Tenham juízo meus senhores, a hora não é de brincar às polítiquices mas sim de agir. Aproveito também, apesar de ninguém me ouvir, atenção PAIGC: não estiquem a corda em demasia….
 
Fátima Nascimento
Portugal"