quarta-feira, 9 de maio de 2012
Meu querido Jorge
Não, Não, Não Subscrevo
"Não, não, não subscrevo, não assino
Que a pouco e pouco tudo volte ao de antes,
Como se golpes, contragolpes, intentonas
(ou inventonas - armadilhas postas
Da esquerda prá direita ou desta para aquela)
Não fossem mais que preparar caminho
A parlamentos e governos que
Irão secretamente pôr ramos de cravos
Enão de rosas fatimosas mas de cravos
Na tumba do profeta(...)
E se os puristas da poesia te acusarem
De seres discursiva e não galante
Em graças de invenção e de linguagem,
Manda-os àquela parte.
Não é tempo
Para tratar de poéticas agora."
Jorge de Sena
Poeta, romancista e ensaísta