sexta-feira, 26 de abril de 2013

Porque corres, Vaz?


Definitivamente os guineenses não têm tido mesmo sorte com este famigerado governo de transição que a CEDEAO impôs na Guiné-Bissau. Também, outra coisa não se podia esperar até pela incompetência que é timbre deste governo de má memória para o país e o seu Povo. Entre eles, à larga distância, destacam-se de todos os outros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, digo esquisitos e o da Presidência e Porta-Voz, digo porta-disparates desse governo de fantoches e usurpadores.

Este governo, a cada dia que passa, mais parece um bantaba di djumbai, tal são os faits divers em que se tem envolvido, umas atrás das outras, os escândalos e poucas vergonhas vão-se sucedendo, sendo os dois supracitados os que mais dão cartas...

O ministro dos Negócios Estranhos (MNE), Faustino Fudut Imbali, tem por sua conta os imensos escândalos de vendas de postos de embaixadores (caso mais flagrante, o do Malam Sambu, embaixador na China e denunciado não há muito e de froma magistral pelo DC), as vendas dos postos de cônsules honorários, as vendas de passaportes a cidadãos estrangeiros, com particular destaque para a máfia dos países asiáticos, assim como as suas frequentes saídas patéticas e descontextualizadas da actualidade que põem a nu toda a sua incompetência e limitações como "homem de estado".

Ultimamente porém, é o porta-disparate que tem estado mais na ribalta, pois de cada vez que abre a boca ou entra mosca ou sai disparates (outro iguala-se-lhe: de vendedor de publicidade numa revista, em Lisboa, arvora-se agora em 'jornalista' dando má imagem de um governo já de si caído em desgraça, ainda que nem note que os seus escritos são de puro ódio e de uma vingança cega...). Este senhor, de tanto querer mostrar o seu apego à 'causa' golpista e cair nas graças dos seus patrões militares, apresta-se a papéis tão ignóbeis e degradantes que, sem dar conta, lhe marcarão para toda a vida na sociedade guineense e por ai fora. Posturas do género do porta-disparates, verdade seja dita, nem nos piores tempos dos governos do PRS se via tanta asneira junta. Fernando Vaz é o protótipo do agente maligno que, para sobreviver apresta-se a tudo, até vender a alma (...duvido muito se a tem neste momento) para ter as graças da sua mordomia e vida de mafioso novo-rico. Tornou-se banal vê-lo aparecer na televisão pública a verborear informações gratuitas, caluniosas e irresponsáveis contra pessoas de bem e Estados dignos, acima de quaisquer suspeitas no caso - falo em concreto da detenção de Bubo Na Tchuto.

Tal postura desvairada, pelos contornos que está a assumir, deixa de ser um simples caso de desnorte ou de impreparação na gestão da causa pública, para passar a ser considerado como um caso muito sério de psicopatia de complexos recalcados, enfim, um caso de insanidade mental profundo e perigoso. Um caso de polícia, até. Primeiro, foram Portugal e Angola os seus alvos e, ultimamente é Cabo-Verde. Todos eles países amigos do Povo da Guiné-Bissau desde tempos imemoriais, os quais velipendia com as mais graves e vis acusações, fruto de uma mente doentia eivado de um primarismo social de conduta nunca antes visto nos anais da governação guineense. Uma vergonha, portanto. Contudo, é bom que se compreenda o porquê de o porta-disparates do governo golpista, estar desnorteado e a atirar em todos os sentidos. Ao que parece, Fernando Vaz ainda não tem a percepção correcta da situação de incômodo em que se encontra, pois apesar de o barco golpista estar a meter água por tudo quanto é sítio, parece que o porta-disparate está no país das maravilhas. Senhor Fernando Vaz: não se brinca com o Estado...

O porta-voz, se fosse intiligente, devia era preocupar-se em seguir o conselho - e os recados - do Nobel da paz e representante do Secretário Geral da ONU. Ele que se lembre que está ligado aos mais obscuros negócios desse famigerado regime, incluindo ligações criminosas com os clãs colombiano e venezuelano da cocaína que operam em Bissau a coberto do seu estatuto de ministro. Fernando Vaz devia naturalmente estar preocupado e vigiar a sua reataguarda, pois parece-me ainda perdido, sem norte e sem ter, ainda, dado conta do que lhe espera... Depois não digam que eu não avisei... António Aly Silva