quinta-feira, 25 de abril de 2013
DEA, a resposta: "Os EUA não vão pedir nada a um governo que não reconhecemos"
Rusty Payne, porta-voz da DEA, em entrevista, hoje, à RFI:
Questionado sobre a disponibilidade manifestada pelo governo interino de Bissau em colaborar com as Autoridades norte-americanas e, nesse caso, se o governo americano iria pedir a colaboração do governo de Bissau, RP respondeu que os EUA não vão pedir nada a um governo que eles não reconhecem e para mais, sendo a Guiné-Bissau um narco-estado é um pais com quem não querem ter quaisquer relações ou cooperação. Acrescenta que, tanto os seus dirigentes politicos como militares estão todos ligados narco-trafico e ao terrorismo. É um país de narcotraficantes, reforçou.
Questionado sobre, como poderão então resolver o problema da detenção e apresentação do CEMGFA general António Indjai perante a justiça americana, Rusty Payne respondeu com convicção: Os EUA têm muitos meios ao seu alcance para capturar e traduzir o António Indjai perante a justiça do seu país, à semelhança do que fizeram com Bubo Na Tchuto, que de resto já esta a responder perante a justiça americana, em Nova Iorque.
Adianta ainda que António Indjai será presente de uma forma ou de outra à justiça americana num curto espaço de tempo, pois os EUA não podem tolerar narco-terroristas que atentam contra a segurança do Estado americano refugiando-se em Estados e Instituições fragéis e desafiando as leis americanas, salientando estarem já no terreno meios e homens para consumar a sua detenção no mais curto espaço de tempo.
Por fim, Rusty Payne disse que a detenção dos três narcotraficantes guineenses e dos dois colombianos colocam actualmente os EUA e a DEA na posse de informações privilegiadas sobre os modos de actuação da rede, assim como de mais pessoas da hierarquia militar e da elite política envolvida nessa rede... muito extensa.