domingo, 7 de fevereiro de 2016
RECOLHA DC: Factos, possibilidades e probabilidades
Koumba Iala, foi afastado da presidência com apoio do comando militar da altura, porque todos eles foram unânimes de que o Koumba era uma vergonha nacional, a imagem patética e ridícula que colava à Guiné Bissau deixava a todos envergonhados. As chefias militares (excepto o general Veríssimo Seabra, o único que não era da etnia balanta) uniram-se e afastaram-no civilizadamente da presidência.
Infelizmente, mais tarde, a cabeça do Veríssimo Seabra foi entregue a Koumba como 'pedido de perdão', pois o Koumba Iala nunca perdoou a 'traição' da sua gente de o tirarem da presidência. Veríssimo haveria de ser assassinado no seu gabinete de trabalho, juntamente com o coronel Domingos Barros.
Ditadura do Consenso, falou com alguns militares e, hoje, muitos deles, principalmente os intelectuais, começam a questionar o porquê dessa passividade para com o José Mário Vaz.
Para eles o Jomav "é o olho do furacão, a origem de todos estes problemas"; todas as suas "tácticas e manobras políticas estão escrutinadas" e conhecem o seu "pensamento maquiavélico". Por isso, alguns questionam: "se tiramos o Koumba que era teatral, porque não tiramos o Jomav que é um perigo maior que o Koumba?"
Dizem agora alguns desses militares, que desde muito cedo ficaram a conhecer que o Domingos Simões Pereira era outro tipo de líder. "Um dos nossos, no pensamento e naquilo que queremos para o país" - corrigiu um oficial superior. Garantem ainda que nada vai acontecer ao DSP e que não vão admitir sequer qualquer plano maquiavélico que ponha a vida do presidente do PAIGC em perigo.
"Estamos atentos", vão avisando. E acrescentam que "a ala intelectual está farta porque todos já perceberam que o JOMAV tem violado até hoje a Constituição e parado o país meses a fio nessa sua luta doentia contra o DSP." AAS