segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

OPINIÃO: Alberto Nambeia, retrato de um líder arrependido


Outrora foi considerado pelos altos dirigentes das Nações Unidas e pela comunidade política africana como aquele que veio para reformar e relançar a credibilidade do PRS, após longos anos da desastrosa gestão, e participações nas ações ilícitas com vista a ascensão do poder governamental.

Facto que também foi constatada quando do concurso do governo de DSP a obtenção de apoios financeiro para execução do programa da governação 2014 a 2018, através da mesa redonda. Esta imagem de moderador e alto sentido de estado, ficou fortemente abalada pelas últimas tomadas de posição do partido que levou a arrepender-se de ter dado um voto de confiança a nova liderança de Alberto Nambeia.

Manobrado por interesses ocultos e desprovidos da realidade, a nova esperança para projeção e limpeza da imagem nacional e internacional do PRS, deixou-se enganar por uma entourage débil e desprovido de argumentos sólidos para o aconselhar. O secretário geral e o líder da bancada parlamentar, principais protagonistas deste descaminho, não assumem e nem nunca assumirão as suas responsabilidades na disvirtualização da linha política inicialmente traçada.

Movidos por interesses e agendas pessoais, não pouparam esforços para convencer o novo líder dos renovadores a mudar do caminho exemplar e democrático que estava a trilhar, deixando de lado os desígnios para que foi eleito - a defesa do interesse colectivo com vista a criar condições de acesso ao poder legalmente e democraticamente, pela vias das urnas.

São tantos os argumentos que estavam ser colectados pelo líder Alberto Nambeia: energia, castanha de caju, reforma da função pública, participação pacífica e democrática na viabilização de um governo pôs transição etc. Tudo deitado ao chão porque Nambeia acreditou nos seus dois mais próximos colaboradores Florentino e Certorio.

A certeza de que não merecerá mais o voto de confiança dos renovadores, tem deixado os mesmos sem rumo. O líder Nambeia deixou de aparecer e o Florentino e Certório desdobram-se em contactos para a consumação da promessa de serem governo por via do presidente Jomav.
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