As consequências negativas do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 destacaram-se no relatório de actividades do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apresentado no congresso em Cacheu.
O documento lido durante mais de uma hora pela 3.ª vice-Presidente do PAIGC, Maria Adiatu Djalo Nandigna, refere aspectos que classificaram o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 como um acto «contundente». Mesmo assim, o espírito do partido conseguiu manter os seus militantes sem nunca abdicar das leis e da ordem constitucional.
Maria Adiatu Djalo Nandigna destacou algumas conquistas em termos de desenvolvimento se não tivesse havido o 12 de Abril, citando, entre outros exemplos, o índice da produção industrial, inquéritos sobre indicadores múltiplos, inquéritos sobre a avaliação da pobreza, assim como o aumento do valor do PIB da Guiné-Bissau.
Em termos de realizações, o documento fala das construções do Palácio da República, do Palácio do Governo, do Mercado Central de Bissau, da Estrada de Manso Farim, do Hospital Militar, do Estádio Nacional 24 de Setembro, e da Ponte Euro-africana em São-Vicente.
Ao nível da dinâmica interna do partido, o documento fala também de algumas divergências que estiveram na origem de vários problemas, que acabaram por atingir a vida e funcionamento do PAIGC.
O Presidente cessante do partido, Carlos Gomes Júnior, foi muito elogiado durante a leitura do relatório. No final da sua apresentação, os delegados dividiram os trabalhos em grupo, para discussão e eventual aprovação do relatório. PNN