sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
CEDEAO: Regresso imediato de Raimundo Pereira e Carlos Gomes Jr., "está fora de questão"...
Uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) esteve esta quinta-feira em Bissau reunida com políticos e militares, aos quais disse que está fora de questão o regresso de Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior.
Raimundo Pereira, Presidente interino da Guiné-Bissau, e Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro e candidato vencedor na primeira volta das eleições presidenciais de Março, foram afastados no golpe militar de 12 de Abril e presos. Foram depois libertados e foram para a Costa do Marfim.
A delegação da CEDEAO, que integra os ministros dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim e da Nigéria e os respectivos chefes das Forças Armadas, iniciou durante a tarde uma ronda de encontros que ainda não terminou, sendo de prever que continue na sexta-feira.
Os encontros começaram com os militares, seguindo-se o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até dia 12), o Fórum dos partidos da oposição e a Frenagolpe (uma associação de partidos e organizações contra o golpe).
Depois, a delegação da CEDEAO promoveu uma reunião com todos (incluindo os jornalistas), na qual foi reafirmado o que a organização já tinha dito em Dacar, numa cimeira na semana passada: encontrar uma solução para a crise no país através do parlamento da Guiné-Bissau.
A delegação disse também que as decisões da cimeira de Dacar teriam sido mal entendidas em Bissau e acrescentou que "está fora de questão" o regresso de Raimundo Pereira e de Carlos Gomes Júnior aos cargos que ocupavam antes do golpe, durante o período de transição, que a CEDEAO quer que seja de um ano.
Depois do encontro conjunto, a delegação da CEDEAO iniciou uma nova ronda de reuniões grupo a grupo.
Além dos partidos, estão presentes os cinco candidatos que contestaram os resultados das eleições presidenciais de 18 de Março. António Indjai, chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, também está presente. Lusa/Expresso das Ilhas
NOTA: Mas quem pensa a CEDEAO que é? E a União Africana, o que dirá? E a CPLP? A ONU? É intolerável esta posição descarada da CEDEAO!!! E é preciso saber em que se baseou a CEDEAO para fazer uma afirmação categórica como esta. AAS