terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
OPINIÃO: Tempos de mudança
«Ao escutar o discurso do novo líder dos libertadores, Domingos Simões Pereira, queira-se ou não, sente-se uma lufada de ar fresco, sinais inequívocos de mudanças para o futuro do partido de Cabral e para o pais. Sinais de mudança, tanto na forma de pensar , assim como na forma de abordar e interagir na abordagem dos assuntos mais candentes da politica actual guineense.
Embora possa parecer muito cedo para tais apreciações, o Eng. Domingos Simões Pereira (DSP), demostrou no seu discurso de tomada de posse, a sobriedade de pensamento que se requer a um estadista e, sem alaridos revanchistas, que podem marcar a diferença no actual cenário politico guineense deixou a sua marca de diferença. No seu discurso, DSP soube passar, quer para dentro do partido, quer para as forças vivas da Nação, quer também, para os actuais detentores do poder, mensagens fortes, claras, corajosas e coerentes que espelham uma visão de liderança esclarecedora e equilibrada para o momento actual de constrangimentos que o pais vive.
Ciente igualmente, dos aportes que outras valências do partido, outrora dirigentes destacados, poderão contribuir para o alicerçar da sua liderança, DSP, não deixou de endereçar palavras de reconhecimento e louvor, para esses seus Camaradas desterrados, os quais em nome da inclusão e do direito à Patria, teve a coragem de reclamar, respectivos regressos, para com legitimidade, contribuírem no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau. Um sinal oportuno de alto senso politico, que permitiu corrigir um recente mal entendido de circunstância, quando questionado sobre declarado apoio manifestado pelos seus Camaradas forçados ao exilio.
Em suma, ao escolherem DSP para a liderança do Partido, os Delegados ao VIII Congresso dos Libertadores, não poderiam ter feito melhor escolha no contexto actual do Partido e do Pais, quer quanto ao seu perfil, quer quanto ao substracto de uma liderança geracional bem qualificada e preparada para os novos desafios que se impõem aos guineenses. Decerto também, que a sua impoluta consciência cívica e moral foram argumentos tidos em conta no momento da sua escolha.
Quanto ao resto, faço votos, de que, desta vez os barões do Partido e as forças internas de bloqueio que vegetam no Partido não vejam os seus intentos divisionistas voltar a submergir e torpedear as suas acções no Partido. Viu-se no recente Congresso, que essas forças de oposição interna ainda existem, se movimentam e estão activas no interior do Partido..., são eles, que desde o VI Congresso do Partido realizado na UDIB em 2002, que apesar das vitorias conquistadas pelo Partido, têm tolhido e sabotado toda a dinâmica do Partido ao longo da presidência de Carlos Gomes Junior..., e hoje, como ontem, podem voltar a constituir-se em forças de bloqueio à promissora liderança que auguramos a DSP.
Saudações Fraternais,
Um militante de base»