segunda-feira, 25 de março de 2013
Cocó bóia
Está no sangue do Senegal "proteger" a Guiné-Bissau... Para tal, tem dado apoios substanciais ao presente regime golpista de Bissau. Uma fonte bem colocada nas estruturas do Estado senegalês deixou escapar do DC que os actuais dirigentes da Guiné-Bissau "não são pessoas sérias". Até aqui, nenhuma novidade, ora! Mas como uma feijoada tem normalmente toucinho, o desabafo tinha razão de ser.
A historia é a seguinte: Regularmente, o Senegal dá apoios financeiros às actuais autoridades de transição - que se empenharam em instalar em Bissau, à revelia de tudo e de todos - nomeadamente às suas irrequietas Forças Armadas, à passiva Presidência da República e, porque não, à escancarada Primatura. Para estes dois últimos, prepararam solenemente dois cheques de 300 milhões. Só que, de passagem por Dakar, consta que o 'presidente de transição', Serifo Nhamadjo, ofereceu-se para levar os dois cheques com o compromisso de entregar a cada um a parte que lhe cabe.
Mas, parece que o presidente 'cedeaoiano' caiu na tentação...naquela, sabem... I sinta i kala ku el. I sukundi mon... Não sabendo de nada, o 'primeiro' despacha o seu representante para Dakar a fim de recuperar a sua guita. E, pimba!, bate com o nariz à porta. "O PRT ja levou os cheques com a promessa de vos entregar, é favor contacta-lo"...disseram secamente. Népia. Nicles. Até hoje, a Primatura não pôs os olhos quanto mais as mãos no cheque - e faz hoje uma semana que foram entregues ao PRT.
Ainda segundo a fonte do DC, o Presidente senegalês Macky Sall está irritado, tendo manifestado "extrema desilusão" com comportamentos do gênero, tendo feito saber que, doravante, não haverá mais nada para ninguém - nem cheques e muito menos intermediários... - enquanto não se esclarecer a questão dos cheques voadores... O PRT imposto aos guineenses, entre outros, pelo próprio Macky Sall nada diz e assobia para o lado como se o assunto não lhe dissesse respeito. A isto se chama provar do próprio veneno. E lá continuam a cantar os putos, e com razão: "rabata, rabata... sunbulélé.". AAS