quarta-feira, 20 de março de 2013
Jornalistas sob mira
O Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) denunciou que, nos últimos tempos, os jornalistas de diversos órgãos têm sido alvo de intimidação e de perseguição, devido à abordagem de assuntos considerados «delicados» por alguns quadros políticos, judiciais e da sociedade castrense.
Em comunicado de imprensa, a organização condenou com veemência a postura assumida pelo Governo de Rui Duarte Barros. O SINJOTEC alertou a opinião pública nacional para este facto, nomeadamente o Movimento da Sociedade Civil, a Liga Guineense dos Direitos Humanos e a Confederação Geral de Sindicatos Independente da Guiné-Bissau.
O órgão dirigiu também a mensagem à comunidade internacional, particularmente ao Representante do Secretário-Geral da ONU no país, à CEDEAO, à União Africana (UA), União Europeia (UE), CPLP, Federação Internacional de Jornalistas, à Organização Repórteres Sem Fronteiras e à União de Jornalistas da África Ocidental, referindo que a liberdade de imprensa está a ser ameaçada na Guiné-Bissau.
O comunicado sublinha que este facto não contribui para o reforço da democracia, paz e estabilidade, sobretudo no período de transição em curso no país, no qual o papel da imprensa é fundamental para a restauração da ordem constitucional. O SINJOTECS apelou também ao Governo de transição e demais órgãos de soberania, para que criem condições de trabalho nos media e accionem mecanismos de protecção aos jornalistas, com o intuito de se distanciarem de comportamentos que possam pôr em causa a actividade dos profissionais da comunicação social. Jornal Digital