quinta-feira, 14 de março de 2013
As nossas mulheres também podem!
Tomei a liberdade de redigir este pequeno texto com o simples propósito de contar uma pequena história daquelas que tanta falta fazem, quando se fala dos guineenses e da Guiné-Bissau, ou mesmo quando os próprios guineenses se referem uns aos outros – CAPACIDADE ORGANIZATIVA, SOLIDARIEDADE E NOBREZA DE ESPÍRITO:
No passado dia 10 deste mês, desafiando o pessimismo generalizado, que se faz sentir no seio da nossa Comunidade, devido a grave crise económica que afecta a Europa, de uma forma geral e com maior incidência em Portugal, a empresária guineense, Mariama Mané, vulgo N`né Mané, num gesto de coragem e de solidariedade, decidiu organizar o Dia Internacional da Mulher, que segundo a própria, serviu para reunir as mulheres guineenses numa festa de confraternização (MAS QUE FESTA!!!) para desanuviar o espírito e aliviar a alma, depois de mais um ano de turbulência política no nosso País, agravado com a profunda crise económica no País de acolhimento.
Nessa festa de arrombar, que teve lugar no salão VIP da discoteca DJORSON (cedido sem qualquer contrapartida pela sua proprietária, a Sr.ª Irina Baldé), sita na Zona Industrial de Massamá, estiveram presentes mais de duas centenas de mulheres, provenientes dos diversos bairros da Grande Lisboa, que aproveitaram essa oportunidade única, para matar saudades, pôr as fofocas em dia, assistir as actuações ao vivo de Dulce Neves e Maio Copê (actuaram sem qualquer contrapartida, para homenagear as mulheres) e apreciar a enorme variedade de pratos típicos do nosso País.
Uma festa muito bonita, protagonizada quase exclusivamente por mulheres, com discursos e intervenções que nos interpelam a assumir uma atitude mais responsável nos esforços da construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a igualdade de oportunidades deixará de ser uma mera retórica política, um cântico demagógico, sem qualquer fundamento e sustentabilidade na vida real, para finalmente fazer parte da nossa vivência e convivência do dia-a-dia.
Enquanto testemunha ocular deste acontecimento, achei que não seria justo deixá-lo passar despercebido, pelas seguintes razões:
Demonstrar que, mesmo com esta crise que nos atinge e afecta á todos, é sempre possível fazer a diferença pela positiva, desde que somos movidos por uma causa nobre;
Demonstrar que, com mulheres como N`né Mané, Genabu Cassamá, Áua Dabó, Linda Ferrage, Irina Baldé, Dulce Neves, Mimi Borges, Áua Seidi e Aminata Silá, estamos esperançados que, tarde ou cedo a Guiné vai acontecer;
O exemplo destas mulheres, numa altura em que o normal é cada um puxar a brasa para a sua sardinha, comove qualquer coração e deixa bem evidente que também somos capazes de proezas notáveis, dignas de menção e de registo;
Ainda segundo esta conceituada empresária guineense (N`né Mané), este evento só foi possível graças ao patrocínio do também empresário guineense, Braima Camará (Bá Quecutó) que, assim que soube da ideia, disponibilizou-se prontamente ajudar, sem qualquer contrapartida.
Entretanto, considerando que Braima Camará é um dos Candidatos à Liderança do PAIGC, para respeitar as diversas sensibilidades reunidas naquela comemoração e evitar a politização daquele que é o Dia mais importante das mulheres de todo o Mundo, na luta pela sua emancipação e na consolidação das suas conquistas sociopolíticas, ela, (N`né Mané) durante as suas intervenções e considerações, fez questão de não mencionar o nome do patrocinador, dando mais um exemplo de como é possível e pertinente separar as águas, sempre que isso contribua para criar um clima de paz, respeito e entendimento mútuo e para que no fim todos saíam a ganhar.
Aí está um bom exemplo à seguir e que demonstra que as nossas mulheres também podem – YES, YOU CAN! We are proud of you!
A MULHER GUINEENSE ESTÁ DE PARABÉNS!
POERA DJÚ
Lisboa