sexta-feira, 1 de junho de 2012
BREVES PALAVRAS POR UMA OCASIÃO
Nota prévia:
As palavras que por linhas abaixo se seguem, vão dirigidas por extensão, a todos que ainda nunca tiveram a coragem suficiente, para enfrentar as naturais exigências de um percurso digno de sucesso. E podem eventualmente, provocar, irritações nos rostos, zumbidos auditivos, comichões espalhadas, até tensões nervosas, mas não são susceptíveis de causar, mudanças mentais positivas.
Com cada vez mais, dados novos a se revelarem, todas as peças de uma conspiração extemporânea, que com manhas de crónicos responsáveis pelas nossas insistentes desgraças, foram montando, para culminar neste mais um grave retrocesso, na nossa já de si, difícil caminhada, rumo ao desenvolvimento, só serviu para os marcianos confirmarem, o quanto andam infelizes, mais por consequências das vossas apetências malévolas, em nunca evoluirem, como cidadãos de referência.
Seus execráveis e descarados, o fraco nível da nossa democracia, que se saiba, não deixa de vos permitir, caso se sentem incapazes de impor pela devida competência, nos vossos respectivos ramos de actividade, sejam esses, de carácter público, ou privado, que mudem para outros. E mesmo numa hipótese contrária, de igual modo, o fraco grau de liberdade no nosso mundo, que se saiba, não deixa de vos permitir, caso se sentem incapazes de impor pela devida competência, no vosso próprio país, seja esse, de regime democrático, ou ditatorial, que mudem para outros. Mas claro, vocês são o que em boa verdade, sempre fizeram por merecer, e procuram, até com as mais infantis das desculpas, justificar o empenho, no vil adiamento, das mais legítimas pretensões de todo um povo, no equívoco de com isso, obterem grandes vantagens.
Por esta vida e mais outras, estamos sempre de passagem. O importante mesmo, é cultivarmos todos os seus diversificados aspectos, da melhor maneira possível, e servirmos com toda honra, como suportes firmes, para a prosperidade das gerações seguintes.
Se pelo menos em alguns momentos, derem ao simples trabalho de umas profundas reflexões, vão descobrir que, por muito tempo, já andam nesse humilhante desespero, para manterem as unhas bem afiadas, num serviço permanente, à volta dos acessos aos rendimentos públicos; e que mesmo assim, não deixaram de ser uns miseráveis, ávidos de mais, mais, e muito mais, para de seguida saberem que o melhor mesmo, é abandonarem essa reduta forma de sobrevivência parasitária, e relançarem numa nova vida, com pelo menos, algumas intenções com um pouco de cheiro à dignidade.
Nesse egoísmo tão degradante, se bem repararem, só conseguem atrair e manter nos vossos circulos de relações, por algum tempo, punhados de bípedes oportunistas, que como vocês, também são uns interessados sem escrúpulos nenhuns, por convivências paupérimas. E porque um dia desses, ainda que longe nos anos de tantas aflições, acabarão por morrer, numa tortura silenciosa, de tão cruel é a solidão inconfessável, e são os vários comportamentos dessa tal gentalha, para além dos vossos descuidados, que ficarão para servir, como péssimos ensinamentos, a serem assimilados, pelos vossos próprios filhos, e em consequências disso, também os vossos próprios netos, para assim os deixarem como pesada herança, nada mais que um mundo caótico, com frustrações em cada nova perspectiva.
Ainda que só sabem contentar sentados, no exercício de acumular futilidades, para sustentar ganância, é também tempo de saberem que vão na boleia errada! Porque o capitalismo das coisas, já entrou numa falência irreversível, a favor do capitalismo das ideias. Como sempre assim foi, e para sempre será, são magnânimos os que com ideias progressistas, traduzidas em obras duradouras, por esses, ou por outros, contribuem para melhorar, e cada vez mais, a necessária partilha do sucesso, na interacção das sociedades, e entre as sociedades.
Com uma idade bem experimentada que já tem a nossa independência territorial, seria dispensável vos lembrar, que só através de um reconhecido mérito, se consegue uma respeitada ascenção que se queira, numa carreira de qualquer tipo. Mas são as vossas pequenas ambições, tais pedras duras, e a grande aspiração do povo, tal água mole.
Limitados que são, é mesmo uma significativa vantagem para uns avanços na nossa sociedade, que fiquem todos agarrados a esse poder manipulado, e não conquistado, para mais, tão esvaziado de conteúdo, pelas forças das circunstâncias, que o país e o povo, embora com sacrifícios, estão a fugir debaixo do espanto dos vossos olhos, para uma melhor dinâmica.
Eu e muitos mais, enquanto dedicados elementos desse povo, bastante angustiados, e a desejarmos melhores dias todos os dias, mas com todo orgulho intacto, ainda nos sobra uma certa esperança no coração, para logo abraçarmos um futuro cheio de prosperidades. E vocês, todos os dias insatisfeitos, com tudo o que não seja capaz de encher mil e um sacos, sem fundo, já perderam quase toda honra. Mas desejo mesmo, que ainda vos resta uma certa vergonha na cara, para pararem com essas perseguisões rancorosas, porque nunca é tarde, para ser cedo.
Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar.
Flaviano Mindela dos Santos