O ministro da Defesa de Angola, Cândido Van-Dunem, deixou Bissau hoje com destino a Angola, levando como companheiro de viagem o embaixador angolano acreditado em Bissau. Portador de uma mensagem do PR angolano José Eduardo dos Santos ao seu homólogo guineense Raimundo Pereira, cujo teor não foi revelado, tudo indica que o fim da MISSANG está próximo.
Ditadura do Consenso sabe que, na carta, o presidente angolano Jose Eduardo dos Santos fala no 'regresso' dos militares da MISSANG a Angola devido ao agudizamento das relacoes entre o EMGFA guineense e esta instituicao de apoio as reformas nos sectores da Defesa e da Seguranca.
Tal é a crispação, que nem o ministro da Defesa, Baciro Dja, nem o CEMGFA António Indjai foram despedir-se de Cândido Van-Dunem no aeroporto Osvaldo Vieira. Baciro Dja, soube o DC de fonte segura, foi visto depois a chegar ao aeroporto ao volante do seu automóvel, mas...não chegou a avistar-se com o seu homólogo angolano.
Luanda avisou já Bissau de que levará os dois helicópteros oferecidos à força aérea, e que permanecem nos hangares do aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissalanca, e ainda os três carros de combate. As consequências de uma saída da MISSANG da Guiné-Bissau, são inimagináveis: implicará a paragem de todas as obras em curso nos quartéis, em todo o País, entre outros investimentos civis, como são as prospecções da Bauxite e do Fosfato. Perder-se-ão ainda centenas de postos de emprego.
Talvez por isso, o coronel angolano e conselheiro militar junto da Força Aérea guineense esteja abatido com toda esta situação - "entre dois povos e países irmãos" - lamenta um oficial da força aérea. "O ambiente continua tenso", avisa, mas acredita que toda esta situação "irá ser ultrapassada". AAS