Pense. Como é que um país com quarenta anos de independência, com tanta história de mestria e valentia; como é que este país que lutou pela sua independência e de mais quatro (!) países atirou a toalha ao chão?
Este país é coisa pouca para alguém? Seja. Mas é nosso. Pode até ser uma coisa pouca, uma luz qualquer. Chega-nos. Deslumbra-nos. A Guiné-Bissau podia, hoje, ser um gigante entre gigantes mas nunca deixaram-na ter essa medida, esse sentido de proporção, a mínima mercê. E, no entanto, a Guiné-Bissau continua brilhante como se a noite não existisse.
Do que nos vale uma Nação sem nacionalismos? Que tal é a sensação desta alma colectiva que se desalma diariamente; esta idade sem qualidade, este tempo dessincronizado com a nossa natureza, onde já não há herói, figura, exemplo, esperança que nos empolgue ou nos sirva? AAS
sábado, 14 de setembro de 2013
Comandante Pedro Pires: "Militares guineenses transfiguraram-se em instrumento de tirania e delinquência"
O ex-Presidente de Cabo Verde era, há 40 anos, um dos principais comandantes militares do PAIGC, em nome dos quais falou na proclamação da independência da Guiné-Bissau.
Volvidos 40 anos sobre a proclamação da independência da Guiné Bissau, as suas Forças Armadas transfiguraram-se "em instrumento de tirania e de delinquência". A acusação é feita pelo ex-Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, que lutou de armas na mão pela independência da Guiné.
Pedro Pires, de 79 anos é um dos mais respeitados dirigentes dos movimentos de libertação, fala com a autoridade reforçada de quem representou as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) na cerimónia de proclamação da independência da Guiné-Bissau, no dia 24 de Setembro de 1973.
Numa entrevista concedida ao Expresso a propósito dos 40 anos da independência da Guiné-Bissau, Pedro Pires entende que o "objetivo principal" do PAIGC foi alcançado: "as independências das colónias da Guiné-Bissau e de Cabo Verde". Reconhece, no entanto, que "a segunda parte" do projeto - a unidade daqueles dois territórios - "fracassou". Sem nunca mencionar nomes, diz que a segunda dimensão do projeto do PAIGC e do seu líder, Amílcar Cabral, "foi interrompido pelo golpe de Estado que teve lugar na Guiné". Pedro Pires alude ao golpe militar de 14 de Novembro de 1980, em que o Presidente da República Luís Cabral (meio irmão de Amílcar) foi deposto por "Nino" Vieira, que assumiu então a chefia do Estado.
ASSASSINATO DE AMÍLCAR CABRAL E O RAPTO DE ARISTIDES PEREIRA
Para o antigo primeiro-ministro e Presidente da República de Cabo Verde, que foi um dos principais comandantes da guerrilha do PAIGC na Guiné, "não seria objetivo nem razoável pretender atribuir responsabilidades unicamente a Amílcar Cabral. O insucesso foi, em grande medida, da responsabilidade dos seus sucessores que não souberam construir as condições subjectivas e os mecanismos políticos para a viabilização do projecto".
O projecto de unidade entre a Guiné e Cabo Verde terá começado a ser posto em causa aquando do assassinato do próprio Amílcar Cabral, em Janeiro de 1973. Baleado por um dos seus guarda-costas, a morte do fundador do PAIGC acentuou a enorme tensão existente entre guineenses e cabo-verdianos. "Estou em crer que o assassinato do Amílcar" e o simultâneo "rapto e tortura do Aristides Pereira enfraqueceram, em boa medida, a confiança necessária" entre os dirigentes e militantes do partido.
Recusando-se a especular "sobre como faria Amílcar Cabral para garantir a realização do projeto unitário", prefere manifestar uma outra "inquietação", não tanto sobre o passado, mas sobre o presente: "Como foi possível a transfiguração das valorosas FARP em instrumento de tirania e de delinquência?"
OS EUA QUEREM CAPTURAR O GENERAL ANTÓNIO INDJAI
Como se sabe, as Forças Armadas da Guiné têm estado no centro da vida política e económica do país, promovendo sucessivos golpes de Estado pelo menos desde Maio de 1999, quando uma Junta Militar liderada pelo brigadeiro Ansumane Mané tentou depor o Presidente da República, Nino Vieira. Ansumane e Nino foram dois dos muitos militares que, desde então, foram assassinados pelos seus camaradas de armas, quase sempre em circunstância de extrema violência.
O atual poder em Bissau resultou de mais um desses golpes de Estado, consumado a 12 de Abril do ano passado. Um dos homens mais poderosos do país, o almirante Bubo Na Tchuto, foi detido em Abril passado em águas internacionais por forças da Agência Antidroga dos EUA (DEA), aguardando-se o início do seu julgamento. Os EUA estão mesmo decididos a capturar o atual Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, general António Injai, considerado o homem-forte do país. Injai é suspeito, tal como o seu camarada da Marinha, Na Tchuto, de tráfico de droga e de armas. EXPRESSO
Volvidos 40 anos sobre a proclamação da independência da Guiné Bissau, as suas Forças Armadas transfiguraram-se "em instrumento de tirania e de delinquência". A acusação é feita pelo ex-Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, que lutou de armas na mão pela independência da Guiné.
Pedro Pires, de 79 anos é um dos mais respeitados dirigentes dos movimentos de libertação, fala com a autoridade reforçada de quem representou as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) na cerimónia de proclamação da independência da Guiné-Bissau, no dia 24 de Setembro de 1973.
Numa entrevista concedida ao Expresso a propósito dos 40 anos da independência da Guiné-Bissau, Pedro Pires entende que o "objetivo principal" do PAIGC foi alcançado: "as independências das colónias da Guiné-Bissau e de Cabo Verde". Reconhece, no entanto, que "a segunda parte" do projeto - a unidade daqueles dois territórios - "fracassou". Sem nunca mencionar nomes, diz que a segunda dimensão do projeto do PAIGC e do seu líder, Amílcar Cabral, "foi interrompido pelo golpe de Estado que teve lugar na Guiné". Pedro Pires alude ao golpe militar de 14 de Novembro de 1980, em que o Presidente da República Luís Cabral (meio irmão de Amílcar) foi deposto por "Nino" Vieira, que assumiu então a chefia do Estado.
ASSASSINATO DE AMÍLCAR CABRAL E O RAPTO DE ARISTIDES PEREIRA
Para o antigo primeiro-ministro e Presidente da República de Cabo Verde, que foi um dos principais comandantes da guerrilha do PAIGC na Guiné, "não seria objetivo nem razoável pretender atribuir responsabilidades unicamente a Amílcar Cabral. O insucesso foi, em grande medida, da responsabilidade dos seus sucessores que não souberam construir as condições subjectivas e os mecanismos políticos para a viabilização do projecto".
O projecto de unidade entre a Guiné e Cabo Verde terá começado a ser posto em causa aquando do assassinato do próprio Amílcar Cabral, em Janeiro de 1973. Baleado por um dos seus guarda-costas, a morte do fundador do PAIGC acentuou a enorme tensão existente entre guineenses e cabo-verdianos. "Estou em crer que o assassinato do Amílcar" e o simultâneo "rapto e tortura do Aristides Pereira enfraqueceram, em boa medida, a confiança necessária" entre os dirigentes e militantes do partido.
Recusando-se a especular "sobre como faria Amílcar Cabral para garantir a realização do projeto unitário", prefere manifestar uma outra "inquietação", não tanto sobre o passado, mas sobre o presente: "Como foi possível a transfiguração das valorosas FARP em instrumento de tirania e de delinquência?"
OS EUA QUEREM CAPTURAR O GENERAL ANTÓNIO INDJAI
Como se sabe, as Forças Armadas da Guiné têm estado no centro da vida política e económica do país, promovendo sucessivos golpes de Estado pelo menos desde Maio de 1999, quando uma Junta Militar liderada pelo brigadeiro Ansumane Mané tentou depor o Presidente da República, Nino Vieira. Ansumane e Nino foram dois dos muitos militares que, desde então, foram assassinados pelos seus camaradas de armas, quase sempre em circunstância de extrema violência.
O atual poder em Bissau resultou de mais um desses golpes de Estado, consumado a 12 de Abril do ano passado. Um dos homens mais poderosos do país, o almirante Bubo Na Tchuto, foi detido em Abril passado em águas internacionais por forças da Agência Antidroga dos EUA (DEA), aguardando-se o início do seu julgamento. Os EUA estão mesmo decididos a capturar o atual Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, general António Injai, considerado o homem-forte do país. Injai é suspeito, tal como o seu camarada da Marinha, Na Tchuto, de tráfico de droga e de armas. EXPRESSO
Ditadura do Consenso - quem mais?!
Chegou-me. Que o Ramos Horta, representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, apelidou o meu blog de "Al-Jazeera" (a melhor cadeia de televisão do mundo, mas que Ramos Horta, aqui, confundiu com um canal fundamentalista...) na conferência da semana passada em Lisboa. E completou: "costumo ler, é muito bom, é bem escrito e tem boas fontes." Não fiquei deslumbrado sequer, pois isso para mim nem é novidade...não fui à conferência porque viajei nesse dia - e ainda que estivesse em Lisboa não iria. Acho até que pela primeira vez desde que está em Bissau o homem disse coisa com coisa..
Mas foi bom ter ouvido os tiros que o Ramos Horta deu nos próprios pés. Depois de dizer que não havia respeito pelos direitos humanos, que há medo na populaça... disse que a Guiné-Bissau era "um país tranquilo." Estou preocupado com o Ramos Horta - assumo. É que ainda nem estamos a 101% na época do vinho de cajú... AAS
Mas foi bom ter ouvido os tiros que o Ramos Horta deu nos próprios pés. Depois de dizer que não havia respeito pelos direitos humanos, que há medo na populaça... disse que a Guiné-Bissau era "um país tranquilo." Estou preocupado com o Ramos Horta - assumo. É que ainda nem estamos a 101% na época do vinho de cajú... AAS
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
CADOGO PRESIDENTE - Bilbao
Movimento de Apoio à Candidatura de Carlos Gomes Junior à Presidência da República da Guiné – Bissau
Espanha - Bilbao
Bilbao, 13 de Setembro de 2013
Os nossos melhores cumprimentos
A Fragilidade da situação politica e social que se vive no pais é do conhecimento de todos, a verdade e a transparência, pilares que devem alicerçar um Estado de Direito, devem igualmente suportar os principios de um novo conceito de cidadania que seja impulsionador de mudanças objectivas rumo à estabilidade.
A Guiné - Bissau vive um periodo de transição desde o golpe de estado de 12 de abril que afastou o Governo eleito e o presidente interino.
Entendemos por bem que, os órgãos de soberania devem promover uma política de promoção das relações humanas enquanto capital motor da sociedade, onde o combate ao divisionismo social e a todos os outros atributos degradantes que têm violentado a nossa sociedade devam ser linhas mestras de políticas sociais a adoptar, onde cada um se sinta parte integrante e participante na modernização das suas instituições, na certeza que os seus direitos serão garantidos na dimensão do cumprimento dos seus deveres.
A justiça, pilar de estabilização social, tem sido barbaramente violentada, ainda não tem sabido encontrar soluções viáveis para o combate à impunidade, assassinatos e espancamentos sem qualquer tipo de reacção das instituições competentes, onde a responsabilização criminal e política pelos acontecimentos parecem fazer parte de um outro ordenamento jurídico que não o nosso.
Pelo exposto, deliberamos os seguintes:
1. As forças Armadas Guineenses, principalmente algumas figuras das chefias militares nunca se conformaram submeter-se ao poder politico legalmente instituido e nunca tiveram perante o Governo legitimo do PAIGC, uma postura de Forças Armadas Republicanas como manda a nossa Constituição, foram varias as posturas de insubordinação pelos militares perante o Governo do PAIGC.
2. . Por razões que se depreendem com a essência e sustentação do Partido da Renovação Social (PRS), existe um posicionamento claro e indisfarçável, entre certas figuras de topo das nossas Forças Armadas com o PRS, não se eximindo em várias ocasiões de assumirem posições de claro favor ao lado desse partido, dos seus membros e militantes ou dos seus interesses.
3. A justiça deve basear-se em acções concretas, na garantia de se fazer cumprir com as leis em vigor no país e não em função dos interesses privados ou privatizados dos que conseguem manipular.
4. Assegurar um envio de uma força internacional de paz e de segurança para garantir o regresso incondicional à Guiné-Bissau de todos os responsáveis políticos e demais cidadãos no exílio a fim de participarem livremente nas eleições previstas para o dia 24 de Novembro proximo.
5. As Naçôes Unidas é a única organizaçao internacional capaz de garantir a segurança e transparencia durante o acto electoral na Guiné Bissau.
6. O governo deve criar condiçôes necesarias para que a diáspora pode votar nas eleiçôes legislativas e presidenciais.
7. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado de liberdade, a não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de acto punido pela lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança.
8. A Guiné – Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses e não dos interesses de um grupo ou de grupos de guineenses, Como bem dizia Fernando Casimiro ( Didinho).
Adão Nhaga
Cordenador do Movimento Cadogo Presidente em Bilbao
Espanha - Bilbao
Bilbao, 13 de Setembro de 2013
Os nossos melhores cumprimentos
A Fragilidade da situação politica e social que se vive no pais é do conhecimento de todos, a verdade e a transparência, pilares que devem alicerçar um Estado de Direito, devem igualmente suportar os principios de um novo conceito de cidadania que seja impulsionador de mudanças objectivas rumo à estabilidade.
A Guiné - Bissau vive um periodo de transição desde o golpe de estado de 12 de abril que afastou o Governo eleito e o presidente interino.
Entendemos por bem que, os órgãos de soberania devem promover uma política de promoção das relações humanas enquanto capital motor da sociedade, onde o combate ao divisionismo social e a todos os outros atributos degradantes que têm violentado a nossa sociedade devam ser linhas mestras de políticas sociais a adoptar, onde cada um se sinta parte integrante e participante na modernização das suas instituições, na certeza que os seus direitos serão garantidos na dimensão do cumprimento dos seus deveres.
A justiça, pilar de estabilização social, tem sido barbaramente violentada, ainda não tem sabido encontrar soluções viáveis para o combate à impunidade, assassinatos e espancamentos sem qualquer tipo de reacção das instituições competentes, onde a responsabilização criminal e política pelos acontecimentos parecem fazer parte de um outro ordenamento jurídico que não o nosso.
Pelo exposto, deliberamos os seguintes:
1. As forças Armadas Guineenses, principalmente algumas figuras das chefias militares nunca se conformaram submeter-se ao poder politico legalmente instituido e nunca tiveram perante o Governo legitimo do PAIGC, uma postura de Forças Armadas Republicanas como manda a nossa Constituição, foram varias as posturas de insubordinação pelos militares perante o Governo do PAIGC.
2. . Por razões que se depreendem com a essência e sustentação do Partido da Renovação Social (PRS), existe um posicionamento claro e indisfarçável, entre certas figuras de topo das nossas Forças Armadas com o PRS, não se eximindo em várias ocasiões de assumirem posições de claro favor ao lado desse partido, dos seus membros e militantes ou dos seus interesses.
3. A justiça deve basear-se em acções concretas, na garantia de se fazer cumprir com as leis em vigor no país e não em função dos interesses privados ou privatizados dos que conseguem manipular.
4. Assegurar um envio de uma força internacional de paz e de segurança para garantir o regresso incondicional à Guiné-Bissau de todos os responsáveis políticos e demais cidadãos no exílio a fim de participarem livremente nas eleições previstas para o dia 24 de Novembro proximo.
5. As Naçôes Unidas é a única organizaçao internacional capaz de garantir a segurança e transparencia durante o acto electoral na Guiné Bissau.
6. O governo deve criar condiçôes necesarias para que a diáspora pode votar nas eleiçôes legislativas e presidenciais.
7. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado de liberdade, a não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de acto punido pela lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança.
8. A Guiné – Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses e não dos interesses de um grupo ou de grupos de guineenses, Como bem dizia Fernando Casimiro ( Didinho).
Adão Nhaga
Cordenador do Movimento Cadogo Presidente em Bilbao
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Frase de génio
Ontem, um génio disse-me isto: "Aly, não há um único militar caboverdeano que tenha participado na luta armada na Guiné-Bissau, que esteja no activo em Cabo Verde."
NOTA: Foram dois murros: um no estômago, outro no orgulho. Obrigado, camarada! AAS
ONU: Conselho de Segurança quer eleições o mais breve possível
SECURITY COUNCIL URGES GUINEA-BISSAU ELECTIONS TO BE HELD ‘AS SOON AS POSSIBLE’
New York, Sep 12 2013
The United Nations Security Council has called on Bissau Guinean authorities to resolve any outstanding issues and allow the start of the electoral process in the shortest time possible.
In a statement issued late last night, the 15-member Council stressed that “it is imperative that the presidential and legislative elections be held as soon as possible,” taking into account the end of the transition period set on 31 December 2013.
Members called for any obstacles to be resolved, including by adopting a code of conduct and ensuring that all political actors can safely participate in the political process.
Its members also insisted that authorities in charge of the transitional period “take all appropriate measures to further deepen the internal political dialogue” and ensure that these elections are credible, transparent, inclusive and democratic.
Soldiers in Guinea-Bissau – which has had a history of coups, misrule and political instability since it gained independence from Portugal in 1974 – seized power in April 2012.
Constitutional order has still not been restored in the country, where a transitional government led by Transitional President Serifo Nhamadjo is in place until elections are held.
Earlier this month, UN Special Representative Jose Ramos Horta, who is also the head of the UN political mission in Guinea-Bissau (UNIOGBIS), briefed the Security Council, noting that a potential delay to the polls could “destabilize the political situation, undermining the efforts we have achieved so far.”
In its latest statement on the situation in the West African country, the Security Council welcomed the commitments of Guinea Bissau’s international partners, and called upon them to remain engaged in the political process.
“The support of Guinea Bissau’s partners is required to finance the electoral process,” the Security Council members said noting the need for financial support for the polls.
The Council also reiterated its concerns about the “prevailing culture of impunity and lack of accountability” in Guinea Bissau, and urged implementation of the National Conference on Impunity, Justice and Human Rights.
In July, the African Union had led a second joint assessment mission in Bissau involving the Economic Community of West African States (ECOWAS), Community of Portuguese Language Countries (CPLP), European Union, Organisation Internationale de la Francophonie, and the UN.
Choque e espanto
A única seleção africana que fala o português, e que sonhava ainda chegar ao Mundial-2014 acabou de ser castigada pela entidade que regula o futebol mundial - a FIFA. Motivo: a utilização de Fernando Varela na partida com a Tunísia, na sexta e última jornada do grupo B, que os "Tubarões" ganharam por dois a zero.
A decisão do organismo maior de futebol, não excluiu Cabo Verde de forma directa do Mundial-2014. Só que a penalização - uma derrota por 3-0 frente à Tunísia, terminou abruptamente com o sonho de chegar ao Brasil. Com este resultado, os insulares desceram para o segundo posto do grupo B, com 9 pontos, a cinco do agora líder na secretaria - ironicamente a Tunísia.
Em Cabo Verde, já se pedem responsabilidades. Outras vozes vão mais longe e chamam os bois pelos nomes: querem a demissão de toda a estrutura da FCF... AAS
Ditadura encapotada
"O comentador do programa semanal Caminhos para o Desenvolvimento da Radio Bombolom FM, Sr. Justino Sá, que começou a ser ouvido ontem pelo Serviço Central da Contra-inteligencia Militar, foi transferido hoje para o Tribunal Militar devido às suas declaraçoes sobre as recentes promoçoes nas forças armadas.
A LGDH considera de ilegal estas audiçoes na justa medida em que o Justino Sá sendo um cidadão civil não está abrangido pelas jurisdiçoes das duas instituiçoes militares. A Direcção Nacional da LGDH está a acompanhar de perto estas manobras intimidatorias que atentam contra a liberdade de expressão na Guine-Bissau, ponderando reagir a qualquer momento sobre este acontecimento vergonhoso e inaceitavel num estado de direito democratico.
Se as opinioes do Justino ofenderam alguem, tem um unico caminho, que é o de apresentar uma queixa contra ele nas instancias competentes, nomeadamente Policia judiciária ou Ministério Público.
A Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos"
'Caboverdeanamente'
"Caro Aly,
Bom dia, boa tarde ou boa noite - conforme a hora.
Tenho acompanhado as notícias sobre a Guiné-Bissau de algum tempo para cá, através do teu valioso blog, mas essa me deu risos - ”Guiné selvagem”. É uma pena, um dia as coisas hão de mudar.
Um abração,
Caboverdeanamente, desde USA
João Tavares"
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
CADOGO na SIC NOTÍCIAS
Carlos Gomes Jr., deu uma entrevista ao Nuno Rogeiro, para o programa Sociedade das Nações, da SIC Notícias. O programa irá para o ar, nos seguintes horários:
Sábado, 14/09, às 18h30
Domingo, 15/09, às 14h30 e 20h00
Segunda-feira, 16/09, às 15h30
Bissau selvagem
Um chofer pede o carro emprestado ao patrão para levar o irmão que está a passar mal ao hospital. Com as emergencias ligadas, passa por dois guardas de transito que o param no Bairro Militar. Ele continua e os guardas sacam de pistolas e começa um tiroteio que continua ate o hospital.
O chofer assustado, larga o irmão na porta da emergência e segue directo para Bissau Velho, onde está o patrão, que é um big boss em Bissau, a pedir ajuda. Ai é que o show foi maior. A população reagiu, eles (os tais guardas)
foram pegos e foram todos para a esquadra de policia.
O chofer assustado, larga o irmão na porta da emergência e segue directo para Bissau Velho, onde está o patrão, que é um big boss em Bissau, a pedir ajuda. Ai é que o show foi maior. A população reagiu, eles (os tais guardas)
foram pegos e foram todos para a esquadra de policia.
Chumbo da lei de amnistia
Liga Guineense dos Direitos Humanos
COMUNICADO À IMPRENSA
A Liga Guineense dos Direitos Humanos registou com enorme satisfação o chumbo da proposta de lei de Amnistia pela Assembleia Nacional Popular, ontem dia 10 de Setembro de 2013, que tinha como propósito amnistiar os crimes cometidos na sequência do golpe de estado de 12 de Abril de 2012.
Este acto de coragem e de determinação dos dignissimos deputados além de traduzir fielmente os sentimentos dos guineenses perante as sucessivas alterações antidemocraticas da ordem constitucional, simboliza um virar de página rumo a uma sociedade igualitária, livre, democratica, justa, e solidária em que as forças das armas darão lugar a vontade popular e o império da lei.
Em face do acima exposto, a Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos Delibera o seguinte:
1- Congratular-se plenamente com a rejeição dos dignísssimos deputados da proposta de lei de amnistia, sendo que uma hipotética aprovação da mesma, representaria uma autorização formal e pública às futuras sublevações e violações dos dos principios axiológicos do estado de direito e democratico;
2- Enaltecer o papel das organizações da sociedade civil neste processo e todos os cidadãos em geral, que mais uma vez, demostraram firmeza e abnegação em prol de uma sociedade cuja razão de ser se funda nos valores da paz, tolerância, diálogo e da justiça.
3- Apelar ao povo guineense para se manter vigilante e coeso contra quaisquer manobras que visam dividir ou enfraquecer os laços de união que há séculos, fizeram de nós um povo único, unido, solidário e fraterno.
Viva Guiné Bissau
PELA PAZ, JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
Feito em Bissau, aos 11 dias do mês de Setembro de 2013
A Direcção Nacional
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Afronta: (des)inteligência militar fura, fia, põe e dispõe
Os serviços da Inteligência Militar da Guiné-Bissau intimaram hoje, Justino Sá, um dos comentadores do programa dos sábados da Bombolom FM, "Caminhos para o Desenvolvimento".
Em causa está o comentário feito em relação as promoções recentes feitas à cúpula militar guineense pelo Presidente da República de Transição. Justino disse no seu comentário em relação ao assunto que o Presidente da República foi infeliz na sua decisão e a iniciativa não seria bem vinda aos olhos da comunidade internacional e disse ainda que, é injusto que um funcionário público receba vários anos salário incompatível com a sua categoria, como justificou Serifo Nhamadjo, na cerimónia da promoção.
Antes, a intimação foi dirigida pessoalmente ao comentador, que é funcionário da ANP, mas, depois, constatado o erro, os serviços da contra inteligência militar guineense, dirigiram a carta ao presidente da ANP, Ibraima Sory Djalo.
Chuva de estrelas
"Definitivamente: a Guiné-Bissau é um pais anormal. É pena, mas é a nossa penosa realidade. Quem prevarica, desestabiliza, provoca a desordem, rapta e tortura os seus concidadãos, trafica droga e armas, mata impunemente, confessa e gaba-se em direto nos órgãos da comunicação social os seus atos criminosos e os seus desmandos, desrespeitando e gozando com todo o mundo..., é premiada.
Pessoas anormais que puseram o pais no estado em que se encontra hoje, são condecoradas, bajuladas até idolatradas como de heróis se tratassem. As Instituições perderam a referência do que é um Estado na verdadeira aceção da palavra. O Pais esta tomado de assalto por meliantes políticos sob proteção militar.
Estes políticos golpistas, recorrentemente vêm, de forma ilegal e ilegítima sem um pingo de vergonha e na mais irracional irresponsabilidade, praticando atos flagrantes de lesa Pátria com o intuito de satisfazerem as ambições e caprichos dos militares golpistas, para que estes os mantenham ilegalmente no poder por tempo indeterminado.
O lema dos oportunistas políticos que tomaram de assalto o poder, com o presidente de transição à cabeça, é seguramente esta : "quanto mais estrelas atribuirmos aos militares, mais tempo durara a nossa transição". Atos que só envergonham e desprestigiam o nosso pais já de si nas ruas da amargura por obra e graça dos atos bárbaros e antidemocráticos conjugados entre políticos oportunistas e militares de elitismo tribal.
A meu ver, esse ato de promoção-condecoração dos militares golpistas de Bissau, é acima de tudo um ato de provocação ao conjunto da Comunidade Internacional e, um sinal claro de que a transição na Guiné-Bissau e o status quo atual esta la para durar e doirar, sendo as eleições enviadas as calendas gregas.
A Guiné-Bissau é assim infelizmente. Em tudo isso, é o seu Povo que vai sofrendo com o ostracismo da Comunidade Internacional e a inoperância, desleixo e incompetência dos mediadores da crise.
Enquanto é assim, os golpistas agradecem e, o incomodado que se retire.
Carlos T."
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Presidenciais sine die: Paulo Gomes avança
"Compatriotas,
Existem momentos únicos na vida de um homem em que se vê confrontado com a necessidade de uma tomada de decisão. Não me posso resignar e ver o País que me deu tudo continuar a desmoronar-se. É chegada a hora de retribuir, colocando o meu saber e a minha experiência ao serviço da Pátria.
Com efeito, após uma reflexão cuidada e ponderada, decidi candidatar-me à Presidência da República da Guiné-Bissau. Desta forma, convido-vos a tomar parte da cerimónia de declaração oficial da minha candidatura a ter lugar no dia 12 de Setembro, pelas 14h na Escola Nacional de Educação Física e Desporto (ENEFD) de Bissau.
Muitos de vós têm vindo a acompanhar o meu percurso de perto ao longo dos anos. Por isso, conto, mais uma vez, com a vossa indispensável presença.
Para aqueles que pouco ou nada conhecem do meu percurso, garanto que será uma oportunidade única para o estabelecimento de um primeiro contacto, onde poderão também conhecer o meu projecto rumo a uma união estável, funcional e próspera para a Guiné-Bissau.
NÓ MUDA RUMO!
Paulo GOMES - Veja aqui
AMNISTIA? A LGDH é contra (e eu também)
Excelência Sr. Presidente da
Assembleia Nacional Popular
Digníssimos Deputados
Assunto: Carta aberta sobre a Proposta-lei de Amnistia
Os meus melhores e respeitosos cumprimentos
Em nome da Direção Nacional da LGDH venho através deste meio apresentar a profunda preocupação desta organização face à iniciativa legislativa em curso visando amnistiar os autores materiais e morais de alteração da ordem constitucional do dia 12 de Abril de 2012, em cumprimento do “acordo político” assinado pelos diferentes atores políticos e o Comando Militar, em Maio do mesmo ano.
À luz da constituição da Guiné-Bissau, a Assembleia Nacional Popular é o órgão legislativo por excelência com competência absoluta para conceder amnistia. Este poder soberano atribuído pelo povo, só é legitimo quando o seu exercício obedecer os critérios da paz, da justiça e de reconciliação nacional, enquanto fundamentos do estado de direito.
O instituto de amnistia consubstancia uma medida de interesse público, editado por generosa inspiração política e jurídica, para assegurar a paz e reconciliação, apagando do mundo jurídico, os fatos considerados delituosos num determinado período histórico. Porem, é desaconselhável o uso deste instituto quando a sua adoção possa gerar sentimentos de injustiça susceptiveis de conduzir à reincidência e perpetuar a impunidade numa sociedade já fortemente marcada por uma longa história de violência.
Para recoradr os digníssimos representantes de povo, a ANP aprovou a ultima lei de amnistia datada de 4 de Março 2008, a lei nº 5 / 2008, através do qual foram amnistiados os crimes e infracções de motivações político-militares, cometidos tanto na Guiné-Bissau como no estrangeiro, desde a independência até ao caso 6 de Outubro de 2004, que culminou com os assassinatos do Chefe de Estado Maior, General Veríssimo Correia Seabra e do Coronel Domingos Barros.
Dessa altura até à presente data, a Guiné-Bissau assistiu um ciclo vicioso de instabilidade política e militar ou seja, duas alegadas tentativas de golpes de estado, assassinatos de altas figuras do estado e de cidadãos comuns, espancamentos e detenções arbitrárias, várias sublevações militares, um golpe de estado, e outros casos que envolveram os militares e dirigentes políticos, pondo em causa as bases sobre as quais assentam a democracia e o estado de direito.
Estes acontecimentos antidemocráticos e ilegais demonstram de forma inequívoca que a opção pela via de amnistia na realidade guineense não só consubstancia desvios aos seus fins nomeadamente, de pacificação e reconciliação, mas também serve de incentivos à institucionalização da impunidade, dos golpes de estado, e das violações sistemáticas dos direitos humanos.
Excelência Sr. Presidente da ANP
Digníssimos Deputados
Não há democracia, na moderna acepção do termo, sem um parlamento capaz de zelar pela defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos e salvaguarda dos princípios estruturantes de estado de direito, sobretudo nos domínios de controlo político da ação governativa assim como a fiscalização da aplicação das leis vigentes no país. Estas atribuições e competências têm como móbil a defesa dos mais elementares direitos dos cidadãos por forma a assegurar a existência de uma sociedade de liberdade, de respeito pelos princípios democráticos, de justiça, enfim, de respeito pela dignidade da pessoa humana.
Nesta perspectiva, os deputados enquanto representantes do povo não podem sistematicamente alienar a confiança neles depositados e, em violação do principio da igualdade e dos valores da democracia, desvirtuar a justiça e transformar a amnistia numa mascara da impunidade.
Os deputados e demais responsáveis políticos e judiciais devem sim, adoptar medidas claras e objectivas através das quais, se possa traduzir a justiça, aqueles que utilizaram o aparelho de repressão estatal para vilipendiar o estado de direito, torturar, sequestrar e assassinar dezenas de cidadãos nos últimos anos. Esta é a única via capaz de pacificar definitivamente a sociedade e promover uma verdadeira reconciliação nacional.
Por conseguinte, a aprovação duma eventual lei de Amnistia traduzir-se-á numa complacência com aqueles que de forma deliberada e gratuita perpetraram atos abrangidos pela referida proposta de Lei de Amnistia, os quais demoliram os alicerces do estado de direito, tendo provocado a maior crise da história recente do país, caracterizada pela degradação absoluta da autoridade de Estado, aumento galopante do índice de corrupção, deterioração a um nível inaceitável das condições de vida dos guineenses.
Excelência Sr. Presidente da ANP
Digníssimos Deputados
Enfrentar nos dias de hoje, o medo e tristeza do passado, através dos processos judiciais transparentes capazes de distinguir os inocentes dos criminosos, é a única possibilidade de restaurar a confiança dos guineenses nas instituições do estado e resgatar o prestígio da Guiné-Bissau ao nível internacional.
Aliás, o uso indevido do instituto de amnistia na Guiné-Bissau tem merecido uma preocupação crescente dos guineenses e da comunidade internacional, ao ponto do Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptar a Resolução Nº. 1580 de 22 de Dezembro 2004, que entre outros assuntos, faz um vibrante apelo a ANP para observar escrupulosamente os ditames da Justiça quando concede amnistia a todos os envolvidos em intervenções militares.
Esta resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas vem confirmar que o vício da autoamnistia na cúpula do estado tem sido um obstáculo à justiça e tem legitimado a irresponsabilização dos supostos culpados de crimes abomináveis de diversas naturezas, que tem atormentado a consciência colectiva do martirizado povo guineense.
Excelência Sr. Presidente da ANP
Digníssimos Deputados,
A adoção de uma eventual lei de amnistia agudizará ainda mais o isolamento internacional que o pais conheceu a partir do golpe de estado de 12 de Abril, num período mais sensível da nossa história em que prioritariamente se destacam a realização das eleições gerais e reformas no aparelho de estado, cujos financiamentos dependem essencialmente de ajuda externa.
A LGDH acredita que o respeito pelos direitos humanos, a luta pelo desenvolvimento, a solidariedade, a tolerância, a liberdade, a justiça, a convivência pacífica entre outros, são alicerces em torno dos quais os guineenses devem unir cada vez mais, pois as mudanças que se pretende alcançar em todos os níveis exigem de cada um de nós, o grande desafio de trilhar nos caminhos da paz, combatendo as indiferenças e apatias, em nome de uma cidadania cada vez mais interventiva e catalisadora das referências positivas.
Para terminar, a LGDH em nome dos milhares de cidadãos anónimos, exorta firmemente aos digníssimos deputados no sentido de dizer Não a proposta de lei de amnistia por contrastar com os valores da justiça, da paz, e da reconciliação nacional.
Sem mais assunto Sr. Presidente, aceite os protestos da minha mais alta consideração e
estima.
Pela Paz, justiça e Direitos Humanos
Feito em Bissau aos 09 dias do mês de Setembro 2013
A DIRECÇAO NACIONAL
_______________________________
Luís Vaz Martins
Presidente
CC/
Nações Unidas
União Africana
União Europeia
CEDEAO
CPLP
Federação Internacional dos Direitos Humanos
Amnistia Internacional
Organização Mundial Contra Tortura
Cabo Verde cada vez mais perto do Brasil
Cabo Verde será cabeça de série no sorteio de play-off de acesso da zona africana para a fase final do mundial do próximo ano no Brasil. O adversário dos tubarões azuis, 36.º no ranking da FIFA, será conhecido na daqui a duas semanas, dia 16, e sairá deste lote de seleções: Burkina Faso (48.º), Camarões (51.º), Egito (61.º), Senegal (78.º) e Etiópia (102.º). Costa do Marfim (18.º lugar), Gana (24.º), Argélia (34.º) e Nigéria (35.º) não serão adversários da seleção de Lúcio Antunes nesta fase decisiva.
Os jogos serão disputados entre 11 e 15 de outubro (primeira mão) e 15 e 19 de novembro (segunda). A atualização do ranking da FIFA será anunciada na próxima quinta-feira mas é pouco crível que Cabo Verde desça na classificação do organismo que rege o futebol mundial.
Um Presidente feliz
O presidente de Cabo Verde exultou hoje a prestação da seleção cabo-verdiana de futebol, considerando que o apuramento, no sábado, para o "play-off" africano para o Mundial2014 é mais um feito dos "Tubarões Azuis". Em declarações aos jornalistas hoje, após regressar à Cidade da Praia depois de uma visita de trabalho de uma semana à ilha cabo-verdiana de Santo Antão, Jorge Carlos Fonseca indicou que a vitória por 2-0 na Tunísia foi "clara e sem qualquer tipo de reservas" e que constitui uma "bela prenda" para todo o país.
"Foi uma vitória clara, sem qualquer tipo de reservas contra a Tunísia, país com um percurso e palmarés muito fortes. Fê-lo com gabarito, com determinação e espírito combativo. Esta equipa tem muito valor e tem projetado o nome de Cabo Verde, não só em termos desportivos, mas também de uma forma mais geral", afirmou. Lusa
Liga dos Direitos Humanos: O consumo de droga "já devia preocupar as autoridades" da Guiné-Bissau
Apesar de a Guiné-Bissau estar referenciada sobretudo como um país de passagem de droga, Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, considera que o consumo "já devia preocupar as autoridades". Aquele responsável falava à agência Lusa na sequência de um apelo da Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental que pediu "determinação e vontade política" das autoridades de Bissau contra o tráfico e consumo de estupefacientes.
O apelo foi feito a 20 de agosto, em Bissau, após três dias de visita ao país por uma comitiva liderada pelo antigo presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, que dirige a comissão - designada de West Africa Commission on Drugs (WACD) e criada em janeiro por Kofi Annan, antigo secretário-geral da Nações Unidas. Do ponto de vista humanitário, Luís Vaz Martins lamenta que não existam estruturas, nem centros preparados para acolher toxicodependentes na Guiné-Bissau.
Não há espaços, "não existem números, nem existem dados" sobre o problema, acrescentou. O cenário agrava-se com o facto de a cultura local fazer com que muitas famílias encubram os problemas de toxicodependência dos seus membros, "para evitar que sejam a vergonha da comunidade". Para Luís Vaz Martins, o ponto de partida "deve ser um reconhecimento [do Estado] em como a droga é um flagelo que afeta a sociedade".
"Sobretudo os detentores de cargos públicos não reconhecem os factos e às vezes limitam-se a procurar pretextos na falta de meios para o combate ao narcotráfico", queixa-se aquele responsável. Para Luís Vaz Martins, os parcos recursos de fiscalização "são um problema, mas deve haver uma vontade expressa em fazer face ao narcotráfico" que se traduza em ações. "A Guiné-Bissau é um país frágil, a droga movimenta mundos e fundos e isso tem de certa forma contribuído de forma negativa para a afirmação da democracia", refere o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, para quem o problema não pode ser resolvido por um único país.
Em vez de um "problema isolado", trata-se de um "problema global", que "tem que ser discutido do ponto de vista internacional: não se trata de responsabilizar os países produtores, de trânsito ou de consumo", concluiu. Com base nas apreensões de cocaína na Europa, um relatório do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), publicado em fevereiro, refere que o fluxo em trânsito na região da África Ocidental "parece ter diminuído para cerca de 18 toneladas, tendo atingido um pico em 2007 de cerca de 47 toneladas".
"Apesar disto serem boas notícias, não é necessária uma grande quantidade de cocaína para causar problemas numa região com problemas de pobreza e governação", destaca o documento sobre "Criminalidade Organizada Transnacional na África Ocidental". A UNODC refere que "o orçamento militar total em muitos países da África Ocidental", em que se inclui a Guiné-Bissau, "é menor do que o preço por grosso de uma tonelada de cocaína na Europa". LUSA
40 anos depois, a luta é outra...
Carlos Lopes Pereira*
(...)"Quarenta anos passados, os guineenses atravessam tempos também difíceis. Passada a euforia da conquista da independência e, depois, da paz, o seu país vive hoje sob uma ditadura de generais narcotraficantes, a economia regride, a corrupção alastra, as divisões interétnicas são acirradas, a soberania nacional enfraquece. Inserida numa sub-região de forte influência neocolonial francesa, a Guiné-Bissau independente está em perigo.
Mas os patriotas guineenses, inspirados na vitoriosa e exemplar luta armada de libertação nacional liderada por Amílcar Cabral e seus companheiros, saberão construir de novo a liberdade. E retomar nas mãos os caminhos da sua História, da independência, de um futuro de desenvolvimento e progresso social." Leia o TEXTO completo
*jornalista do Avante!, jornal do Partido Comunista Português
domingo, 8 de setembro de 2013
O porta-disparate é como um tanque vazio: só emite eco...
O Governo de transição da Guiné-Bissau quer ajuda internacional para capturar os traficantes de droga que operam no país, disse à agência Lusa o ministro de Estado e porta-voz, Fernando Vaz. Aquele responsável falava na sequência de um apelo da Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental, que pediu "determinação e vontade política" das autoridades de Bissau contra o tráfico e consumo de estupefacientes.
O apelo foi feito a 20 de agosto, em Bissau, após três dias de visita ao país por uma comitiva liderada pelo antigo presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, que dirige a comissão - designada de West Africa Commission on Drugs (WACD) e criada em janeiro por Kofi Annan, antigo secretário-geral da Nações Unidas.
"As pessoas ou estão cegas ou não estão interessadas em ver" as demonstrações de "vontade política deste Governo de transição no combate à droga", respondeu Fernando Vaz, numa reação a questões colocadas pela agência Lusa. Segundo referiu, o executivo guineense já pediu ajuda "à maior parte dos países evoluídos, que são os mercados finais do tráfico de droga", para fiscalização dos céus e águas da Guiné-Bissau, mas não obteve "nenhuma resposta".
Um dos momentos chave relacionado com este tema aconteceu a 04 de abril, quando uma brigada de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos capturou Bubo Na Tchuto, antigo chefe da Marinha guineense. A justiça dos EUA acusa-o de tráfico de drogas e manifestou a intenção de deter também o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma vez refutar as acusações.
Sobre esta situação, Fernando Vaz refere que a posição do Governo de transição já foi demonstrada em correspondência enviada para os EUA. "Já dissemos aos americanos: sabem que há aqui droga, sabem quem a faz, venham para nos ajudar a prender essa gente. Porque não o fazem se estão mais habilitados para isso?", questiona. "Estamos abertos: venham cá, montem uma base", acrescentou, dirigindo-se às autoridades dos EUA.
Ainda no âmbito do combate à droga, Fernando Vaz refere que o Governo de transição pediu também a colaboração dos ministros da justiça da sub-região do ocidente africano. Para além do apelo lançado há pouco mais de 10 dias pela WACD, em Bissau, um relatório de fevereiro do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) refere que "a corrupção relacionada com a cocaína claramente deteriorou a governação em lugares como a Guiné-Bissau".
O documento sobre "Criminalidade Organizada Transnacional na África Ocidental" explica que "o contrabando é muitas vezes concretizado através da corrupção e não por movimentos furtivos e clandestinos". Ou seja, as receitas do tráfico são tais que permitem "comprar a cooperação de funcionários de alto nível do Governo em alguns países pobres. Sem dúvida que o país mais afetado por esta questão é a Guiné-Bissau, um país cuja produção económica anual é inferior ao valor de algumas das apreensões de cocaína feitas na região", conclui a UNODC. LUSA
NOTA: Segundo o porta-disparate: "O executivo guineense já pediu ajuda à maior parte dos países evoluídos, que são os mercados finais do tráfico de droga, para fiscalização dos céus e águas da Guiné-Bissau, mas não obteve nenhuma resposta".
EU: Ó nhu Nando!? Então não sabes o motivo pela qual não vos respondem? Mas que político de fralda... É porque eles NÃO vos reconhecem, carago!?! E, não vos reconhecendo, NÃO confiam no vosso discurso de lobo com pele de cordeiro, pá! Ou era preciso mandarem um desenho? Já agora que ninguém nos lê, diga-me isto, se souber, claro...: sabe quanta droga saiu do porto de Bissau desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012, camuflada nos toros de madeira, nos sacos com 'castanha' (ou branca) de cajú? Sabe, ou não? Vá lá pentear macacos... Já vos toparam. AAS
Hum
Ramos-Horta, representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, considera que há condições para que os que saíram por motivos políticos regressem ao país.Uma declaração de Ramos Horta depois do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Jr., ter anunciado que vai candidatar-se à Presidência da República e vai regressar à Guiné-Bissau. Ramos Horta diz que o país está tranquilo e o regresso é uma decisão individual...
Tá'se bem mal...
"Boa noite, Aly
Espero que divulgue estas linhas neste blog: o senhor general presidente Antonio Indjai na sua conferencia de imprensa falou um pouco de tudo confessando dos seus proprios crimes desde a indepedencia até hoje. Pergunto: onde estava o senhor A. Mané o procurador geral da republica quando o SENHOR INDJAI reivindicava os assassinatos que ele cometeu? Se eu percebi o seu discurso, ainda faltam alguns dos homens politicos a serem cutelados com a catana que ja comprou e bem afiada para estes.
Todos ouviram e alguns riram e bateram palmas. Será para encoraja-lo a cometer crimes horriveis? Um ditador nao tem etnia no mundo! O senhor Ramos Horta e o senhor Ovidio Pequeno mesmo que nao percebam o crioulo penso que devem compreender o minimo do discurso do Antonio Indjai. Faço um apelo a estes dois respeitosos senhores: nao dizerem mais que a Guiné-Bissau esta num bom caminho.
A Guiné-Bissau nao esta em guerra com um dos paises vizinhos - porque é que estes militares foram graduados? Ainda para mais com um governo e presidente ilegais, ilegitimos? Pelo mal que tem feito aos cidadaos guineenses? No discurso do general presidente ouvi palavras como basta, basta, basta...alguns dias depois foi raptado e torturado um cantor por ter mencionano certas frazes incompativeis ao regime. Mas esse é um bom caminho, como disse o senhor Ramos Horta? Estou de acordo com o Aly, que dizia que o Ramos Horta, depois de ter bebido a agua do PINDJIGUITI começaria a dançar o GUMBE... a triste GUINE até quando? coragem a todos.
L.E"
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
As mil colinas do general Indjai
CONCLUSÃO
"Aos americanos, o general cocalero enviou mimos em entrelinhas, deixando-lhes um aviso claro de que, esta disposto a dar a vida e provocar um autentico «banho de sangue», um autentico genocidio, caso o tentem deter, adiantando, que se suicidaria em ultima instância caso a sua captura esteja eminente. Disse expressivamente, de que nunca se deixara capturar apesar de os «americanos estarem habituados a prenderem balantas», referindo-se neste caso, à detenção do narcotraficante Bubo Na Tchuto (BNT) seu comparsa e cumplice de negocios da droga e da mesma etnia.
Face à CI o general AI deixou cair descaradamente a mascara da reserva, demostrando todo seu lado cruel, a sua alta perigosidade em fabricar factos (veja-se o cajo da nossa compatriota de portada de Cabo-Verde) e um estratega em vitimizar e utilizar a sua etnia como escudo para entravar todo o tipo de saidas democratica potencialmente delineadas para a Guiné-Bissau. Acima de tudo demostrou a sua voltabilidade para a violência, a sua capacidade para promover a divisão e o odio e acima de tudo a sua tendência suicidaria, indo mesmo ao ponto de ameaçar implicitamente despoletar uma guerra tribal na Guiné-Bissau caso ele e a sua etnia sejam postas em causa.
Com mais esta saida fracassante do general AI, creio que definitivamente a CI deve dar-se conta de que, na realidade o problema da Guiné-Bissau assenta substancialmente na figura do general, facto que, mesmo o pasmolho do Ramos Horta ja deve ter-se apercebido, apesar de não se atrever mesmo a peidar, e fazer o mais simples comentario ou reprovação publica ao discurso desrespeitante e genocidiario do general cocalero, limitando-se como sempre ao paliativo dos paninhos quentes.
Também, é sabido de que, pouco depois do hecatombico discurso que acabo de comentar, as mãos longas e tenebrosas do general AI novamente se fizeram sentir. Desta vez a vitima, foi o Presidente da LGDH que ficou mais de 5 horas de tempo retido em «interrogatorio» de humilhação nas instalações da PJ, instituição hoje dirigida pelo «zeloso balanta», mas incompetente Nhamontchi, como tal prestes a todos os «mandados» e «recomendações» sujas vindas da corte do general cocalero. Segundo as proprias palavras do Presidente da LGDH, ele foi sujeito a «tortura psicologica» e «ameaças escamoteadas».
Para o general, mesmo a mais prestigiante instituição da Sociedade Civil, das poucas que se erigem corajosamente em defesa dos cidadãos, é respeitada e tão pouco poupada... e para servir de exemplo, nada que, tentar humilhiar o seu Presidente Luis Vaz Martins. E qual o crime que a Liga cometeu ?... simplesmente, desmentiram o general, apresentando provas irrefutaveis de que, afinal de contas a nossa compatriota alegadamente «morta pelos caboverdeanos», segundo as acusações publicas do general, afinal estava viva e bem viva, mas ao que parece,...com medo de vir a não vir a estar viva por obra e interesse do proprio general e o seu Nando Vaz, que teimam vergonhosamente em querer inculpar e sujar o nome de Cabo-Verde, pais irmão que elegeram, como um dos seus actuais «animais de estimação» preferido
Foram estes dois factos, a que se juntam o curriculum do general cocalero, que me atiçaram a fazer este artigo de contribuição, a qual permitiu-me tirar as seguintes ilações que se-me afiguram pertinentes partilhar para a analise do contexto em que vivemos no nosso pais:
- AI mostrou claramente de que, é um homem frio, imbuido de profundo odio e disposto a ir até as ultimas consequências e, até mesmo se preciso for, arrastar o pais a uma guerra tribal ou ao caos total com o fim ultimo de manter o poder no seu feudo e no nucleo da sua etnia, que ja detêm e dominam neste momento a quasi totalidade dos meios de repressão na Guiné-Bissau, ou seja, as forças armadas e as forças de segurança, e ultimamente o aparelho judiciario actualmente, também sob o controlo de alguém do mesmo nucleo do poder tribal.
Em suma, AI demostrou friamente, de que na falta de outros argumentos para se manter ou sobreviver no poder com o seu grupo pretende arrastar a sua etnia no seu todo à sua causa de poder e provocar uma guerra tribal na Guiné-Bissau.
- AI não respeita ninguém e cré-se intocavel. Não respeita a CI, não respeita a CEDEAO, não respeita a União Africana (UA), não respeita, odeia mesmo a CPLP, não respeita as NU, pois tem a noção de que, a sua intocabilidade associada a cumplicidade criminosa de certos paises da CEDEAO (Nigéria, Costa do Marfim, Senegal e Burkina) esta-lhe assegurada por largos tempos, sendo-lhe tudo permitido na Guiné-Bissau, onde reina e desgoverna a seu bel prazer com o seu arsenal de repressão, medo e de morte;
- Outro facto extremamente inquietante em tudo isto, são as atitudes e tomadas de posição recentes de AI, que estão a encaixar perigosamente num discurso sectarista e tribalista. Esta posição recente do general cocalero, respalda a tese da vitimização complexada e xenofoba ha largos anos doutrinada sorrateiramente por Kumba Yala (KY) no seio da sua etnia em que inculca nos seus um pretensioso estatuto «natural» de liderança e de supremacia da etnia balanta sobre as demais etnias e grupos sociais que compõem o mosaico heterrogeneo da sociedade guineense. A perigosidade da emergência dessa tese ja é visivel na clara «adesão» do general ao extremismo étnico que esteve patente ao longo do esquizofremico seu discurso...
É aqui que entra a tal «face invisivel do poder», poder esse dominado e manipulado por KY que entra em simbiose com o «poder visivel» de AI. Essa conjugação de poderes, é ademais preocupante, sabendo-se que, apesar de todos os seus defeitos não se conheciam à luz do dia posições de extremismo tribalista de AI..., porém, a gora a realidade mostra-nos um outro cenario que podera ser hecatombico para a Guiné-Bissau se nada for feito, pois neste momento quem comanda o poder real, é o dono do «poder invisivel» detido por Koumba Yala e, a historia mostra-nos que, embora não seja um sanguinario que se aponta o dedo, porque trabalha sempre na sombra, KY ainda é bem pior que AI, pois ele a começar pelo Caso 17 de Outubro, esteve e esta, por tras de todos os conflitos, perturbações, golpes de Estado, denuncias e derramamentos de sangue na Guiné-Bissau, sem no entanto sujar as mãos nem os seus encardidos dentes. Um criminoso de luvas brancas.
Apos tudo isto, apos esta postura de ruptura quase genocidiaria assumida por AI, resta-ns esperar para ver o que dirão a CEDEAO, a CPLP, a UA, a UE e as NU. Espero eu, que não se mantenham quedos e mudos como sempre fizeram em relação as questões que tocam com a Guiné-Bissau, pois não reagindo, não admirem uma possivel ruandização da Guiné-Bissau.
Policarpo Silva Té"
Cabo Verde: Primeiro-ministro admite presença de grupos radicais e fundamentalistas
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, admitiu a presença, em Cabo Verde, de grupos radicais e fundamentalistas, garantindo que o governo terá “tolerância zero” para quaisquer acções criminosas, escusando-se, porém, a apontar o nome de qualquer organização. Em conferência de imprensa após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional (CSN), José Maria Neves, citado pela Inforpress, disse haver “confirmação” da existência de “grupos armados e bem organizados a agir em diferentes pontos” do país.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Guiné-Bissau: Georges Chikoti defende importância da reforma das forças armadas
O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti, defendeu hoje, quarta-feira, em Lisboa, a necessidade da exploração de todas as possibilidades que conduzam à paz na Síria, porque qualquer intervenção militar naquele país só poderá causar mais danos, mortes e destruição.
No final de um encontro com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, no quadro da sua visita oficial a Portugal, que termina hoje, o chefe da diplomacia angolana destacou a importância da paz no mundo, que “hoje depende mais das grandes potências”.
Durante o encontro, Georges Chikoti e Isaac Murargy abordaram, entre outros, temas como a situação pré-eleitoral na Guiné Bissau, “para onde a CPLP vai nomear um representante permanente”, e a possível integração da Guiné Equatorial no organismo lusófono.
Sobre a Guiné Bissau, o ministro angolano das Relações Exteriores defendeu a importância da reforma no sector da defesa e segurança, num momento que este país caminha para o pleito eleitoral de 24 de Novembro, "por ser necessário haver condições para que o governo que saia das eleições possa governar”.
Contudo, Georges Chikoti garantiu que tem havido concertação entre CPLP, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e outros parceiros, "para se conseguir um aumento da presença militar, com vista a facilitar a reforma no sector de defesa e segurança e, ao mesmo tempo, dar-se segurança ao processo de transição Guiné Bissau”.
Quanto à Guiné Equatorial, o secretário executivo da CPLP remeteu para os Estados-membros a “decisão final” em torno da adesão na CPLP daquela antiga colónia espanhola”, embora reconheça que o processo esteja "no bom caminho” e que "a Guiné Equatorial esteja a cumprir o plano de acção estabelecido com a CPLP”.
“Há Estados-membros que têm ainda as suas reservas relativamente à vida política da Guiné Equatorial, no respeitante aos direitos humanos – a questão da pena de morte – que faz com que Portugal ainda mantenha reservas, mas esperamos que a Guiné Equatorial dê passos significativos para que esta questão não impeça a entrada do país na CPLP”, reforçou Isaac Murargy.
Já sobre a língua portuguesa, outra das condicionantes do referido processo, disse estar a ser ultrapassada, porque, acrescentou, “a Guiné Equatorial está a incrementar, no seu sistema de ensino, a língua portuguesa, assim como “está a realizar muitos programas” para o efeito.
Murargy disse ter também abordado com Georges Chikoti “a questão da própria CPLP”, pois, “passados 18 anos da sua fundação, devemos repensar o que ela quer no futuro, tendo em conta os novos desafios que se colocam a nível mundial”. “Este é um debate que para que possamos ter uma nova visão da CPLP nesta era da globalização, nomeadamente, o que pretende ser: uma comunidade dos povos ou uma organização internacional”, rematou Murargy, que foi convidado a visitar oficialmente Angola no decorrer da segunda quinzena de Outubro. Angop
Guineense lidera gang
Samba Seidi, da Naval, formou gang com 12 amigos tendo chefiado uma vaga de 20 roubos violentos. Assaltavam e agrediam idosos, noticiou o Correio da Manhã. A vítima começou a asfixiar ao ser agarrada pelo pescoço, à porta do prédio onde vive, em Odivelas. Os dois assaltantes abordaram o homem, de 57 anos, sob pretexto de lhe fazerem perguntas sobre um vizinho, mas o objetivo era roubarem, com violência, todos os seus artigos em ouro. Depois foi atingido com uma série de pontapés nas pernas, em fevereiro do ano passado, e é uma das 20 vítimas atacadas de igual forma pelo gang de futebolistas, dois deles inscritos em equipas portuguesas.
Os 13 assaltantes, três portugueses e dez guineenses - cinco dos quais em prisão preventiva - deverão agora ser acusados pela Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP de Lisboa, que coordena o processo, depois de uma investigação da PSP que já está concluída.
Todos tinham tentado a sorte em clubes mais pequenos da Grande Lisboa, mas só Samba Seidi conseguiu atingir o sonho de ser jogador do Naval 1º de Maio, na Figueira da Foz. O jovem de 19 anos tinha os salários em atraso e, por isso, lançou-se numa vaga de terror contra pessoas, sobretudo idosos. Samba Seidi deverá responder em tribunal por sete crimes de roubo.
Dentro de meses, o atleta, que está na cadeia e é um dos cabecilhas do gang, vai ser julgado com os cúmplices. Seidi seguiu uma idosa de 73 anos até casa e depois de a mulher entrar na residência bateu à porta e perguntou à vítima por um morador. Mal aquela abriu a porta foi atacada. Ficou sem uma pulseira de mil euros.
O gang vendia os objetos roubados e repartia os lucros. Mas a vaga de roubos foi travada a 6 de março do ano passado, quando agentes da Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, através da 3ª esquadra, capturaram o perigoso gang de 13 elementos, três dos quais irmãos. Correio da Manhã
Se me perguntarem, direi apenas que…
A conjuntura do País é na verdade controversa e atinge a Nação com dureza que não se lembra a história…e que, neste momento, resgatar a pátria é uma missão quase impossível, mas provável. O sacrifício de uma vida foi mantido pela utopia de um novo começo, tanto pelos que tombaram, como pelos que continuam, e continuarão, afincadamente, na linha da frente do combate por um ideal e um propósito comum. O pesadelo que persegue e sufoca a jovem nação termina quando a responsabilidade que pende sobre os seus filhos, e filhas, se tornar evidente perante o olhar sincero e inocente de uma criança que apenas conta com um País para viver, crescer e amar.
Se me perguntarem, direi apenas que…
Neste momento o futuro das crianças, da juventude, dos mais velhos e da própria Nação está comprometido e requer uma aproximação da Comunidade Internacional e uma decisão clara sobre o que pretende fazer para salvar este País moribundo e sem esperança.
Se me perguntarem, direi apenas que…
Neste momento morrem dezenas de crianças, jovens e adultos por falta de assistência médica e medicamentosa;
Neste momento, mais uma vez, são espancadas dezenas de jovens e adultos, por se atreverem a enfrentar a classe politica e castrense, lutando pelos seus direitos e por um país livre e justo;
Neste momento a população guineense está a esvair-se sem esperança que o dia de amanhã lhe traga boas novas de um país melhor;
Neste momento a floresta guineense está a sangrar com o corte indiscriminado de árvores centenárias engaioladas nos contentores rumo ao destino incerto;
Neste momento os recursos pesqueiros guineenses estão a ser invadidos com as redes ilegais de pesca retirando o pouco sustento das famílias que vivem dessa atividade;
Neste momento os recursos naturais e minerais estão a ser delapidados com saques indiscriminados e sem proveito para as populações;
Neste momento a fome tomou conta do povo de um país abundante em recursos mas apenas no imaginário da sua gente;
Neste momento a Comunidade Internacional olha para a Guiné-Bissau e abana a cabeça como se estivesse a dizer, “isto não é nada connosco”;
Neste momento o povo morre de desgosto porque já não consegue alimentar-se da esperança.
Sobretudo, se me perguntarem, direi apenas que “todos os que ganham poder têm medo de o perder, e quanto mais medo se espalha mais lucro se ganha” LV
Purga no INPS
Numa reuniao de Conselho de Ministros, o Governo de inclusao queria evitar a todo custo a marcha de consumidores de EAGB e resolveu pedir a presença do DG do INPS no sentido que este emprestasse dinheiro ao governo para por cobro a esta situaçao. O DG do INPS disse que o dinheiro que têm é o destinado para pagamento de pensionistas.
Claro que nenhuma pessoa idonea e responsavel pode ou deve admitir tamanha falta de respeito e consideraçao pelo bem dos necessitados. Alguem enviou tropas ao INPS (Instituto Nacional da Previdencia Social) para bloquear (nao deixar entrar) o Director Geral ao seu gabinete de trabalho. Confrontado com esta decisao, o DG voltou a sua casa.
Entao para complicar ainda mais, este DG foi solicitado para que apresente um pedido de demissao ao Senhor Primeiro Ministro, o que este recusou, esperando mesmo que fosse demitido. As tropas ali instaladas nao identificaram o mandante. Recordo que os promotores da marcha prometem nao baixar os bracos enquanto esta situaçao nao for resolvida. O mesmo esta acontecendo junto do serviço de APGB onde o governo exonorou o DG e o alguem la de cima disse que este individuo e intocavel e pronto ponto final.
Perguntar não ofende
Quer dizer: as Nações Unidas, a União Europeia, a União Africana... sancionam, mas o "governo e o presidente" promovem os sancionados. E depois vamos pedir à comunidade internacional (ou seja, a essas mesmas instituições) para nos ajudarem a realizar eleiçoes. É triste.
Voltarei,
Unsai Wek
Mau, tudo mau
Com a forjada mudança do DG do INPS por este nao ceder a empréstimos ao Governo para este entregar a EAGB para fazer cobro as despesas de aquisiçao de combustivel, motivos que tinham levantado alguns protestos e ameaças de marchas por parte de consumidores que pagaram as suas senhas e nao viram a energia fornecida, conseguiram finalmente nomear um novo que logo antes de entrar no seu gabinete de trabalho, mandou mudar todos os fac similes do INPS junto dos bancos em Bissau.
Neste momento, estao sendo formados novos recrutas, claro que mais uma vez com base de laços parentescos. Com a falta de dinheiro que todos choram, perguntamos aonde saiu dinheiro para formar estes novos recrutas e em detrimento de que? Ou é mesmo verdade que vai haver guerra?
De recordar que no governo deposto de PRS entre 1999-2003, fomos advertidos e em bom som da BALANTIZAÇAO DO ESTADO da Guine-Bissau, denuncia esta defendida na altura por dois altos funcionarios do Ministerio do Interior (ambos ja falecidos), e mesmo assim nao demos ouvidos e deixamos tudo continuar como sempre está.
E por conseguinte, num dos debates antes da abertura da campanha que nao teve o seu fim (traiçoado pelo golpe militar de 12 de Abril), um dos lideres partidarios chamou a atençao da comunidade nacional e estrangeira da necessidade de ver resolvidas certas questoes que se, deixados de lado, poderia trazer problemas num futuro proximo, caso concreto das mortes ainda por esclarecer atraves dos nossos tribunais (Tagme Na Waie, Joao Bernardo Vieira, Baciro Dabo, Helder Proença - CEMGFA, Presidente da Republica, Deputado e candidato as eleiçoes presidenciais e Deputado de Naçao).
- Assistimos de camarote em conjunto com o nosso Representante da Nobel de Paz ao discurso do proprietario da Guine-Bissau que afirmou publicamente que as etnias que nao têm 1.000 habitantes que se abstenham de candidatar nas proximas eleiçoes.
- Continua a nao haver corrente electrica em Bissau.
- Estradas esburacadas por todo o lado de Bissau
- Casarao e/ou vivendas feitos em tempos recordes
- Bolanhas roubadas a nossa populaçao (zonas de Farato), o proprietario da Guine-Bissau mandou expulsar todos deste perimetro
- Colera ainda a matar pessoas
- Sida a aumentar cada dia, devido a falta de medicamentos antiretrovirais e inexistencia de textes nos laboratoiros
- Ministros com vigias nos seus gabinetes
- Assaltos a mao armada em plena luz do dia
Francamente estamos mal e mal mesmos. MATU KEMA KAU DI SIKUNDI KATEN
Nao ha minimo de segurança para a populaçao e quanto mais, que os mesmos Agentes de autoridades estao desprovidos de Segurança. Nao tem ninguem que è responsabilizado por nada que acontece ca na Terra. So resta pedir ao todo-poderoso que vele por nós.
Obrigado
Dus kurpu, un korçon
DIA 12 - (a partir 18h - AUDITÓRIO)
CONFERÊNCIAS alusivas às razões da amizade entre os povos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde
APRESENTAÇÃO PÚBLICA da reedição das OBRAS ESCOLHIDAS DE AMILCAR CABRAL acompanhada de um pequeno recital poético-musical de e sobre Amilcar Cabral.
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO de artes plásticas com autores da Guiné-Bissau e de Cabo verde.
JANTAR COM MÚSICA AO VIVO (marcação prévia)
DIA 14 - (das 12h às 24h - ATRIUM AO AR LIVRE)
CONCERTO COM MÚSICOS E CANTORES de referência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau.
JOGO DE FUTSAL 5 - Entre a Seleção de Cabo Verde e a Seleção da Guiné Bissau.
ARRAIAL com:
Gastronomia, Feira do Livro, Workshops e Jogos Tradicionais da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Entrada 7.50€
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PROGRAMAÇÃO
Dia de Amizade Guiné-Bissau / Cabo Verde
Liceu Camões
(Praça José Fontana, Lisboa)
Dia 12-Setembro-2013 (Quinta-feira)
A partir das 18:00h
- Abertura das celebrações do Dia da Amizade Guiné-Bissau / Cabo Verde com a presença de personalidades e entidades representativas de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
- Inauguração da Exposição de Artes Plásticas da Guiné-Bissau e Cabo Verde com os pintores António Firmino, João Carlos Barros, David Levy, Lemos DJata, Rita Fernandes e Sidney Cerqueira.
- Apresentação pública das Obras Escolhidas de Amílcar Cabral (dois volumes, reedição da Fundação Amílcar Cabral, de Cabo Verde). A apresentação estará a cargo do Professor Doutor Julião Soares Sousa e do Dr. Mário Matos e será precedida de um recital de poesia e música alusivas a Amílcar Cabral, com a participação de Elsa Noronha, Filomena Lubrano e outras personalidades.
A partir das 20:00h
- Jantar de confraternização com música ao vivo e pratos típicos da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
(Pede-se o favor de fazer a reserva prévia deste jantar. Preço por pessoa com tudo incluído € 15,00 (Quinze euros)
Dia 14-Setembro-2013 (Sábado)
A partir das 12:00h
- Arraial com Colá San Jon , jogos tradicionais, Futsal (masculino e feminino) tendas com comidas, bebidas e doces tradicionais dos dois países e muitas surpresas.
A partir das 18:00h
- Grande Concerto Musical com Micas Cabral, Boy Gê Mendes, Karina Gomes, Jorge Neto e outros grandes Cantores e Músicos Guineenses e Cabo-Verdianos, com a Direcção Musical de Juca Delgado e Palô Figueiredo.
ORGANIZAÇÃO:
ACV - Associação Caboverdeana de Lisboa
Coisas da Terra - Produtora de Eventos Culturais, Recreativos e da Cidadania.
A ver estrelas...
Escrito à mão, no final da lista, estão mais dois nomes
1. Tidjane Djassi (de coronel para Brigadeiro General)
2. Sanha Bidam (de coronel para Brigadeiro General)
AAS
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Outra para rir. À gargalhada
Os militares guineenses anunciaram ontem que um possível regresso de Carlos Gomes Júnior ao país não lhe daria garantias de segurança especial. O porta-voz do Estado Maior General das Forças Armadas, Daba Na Walna sublinhou que nenhum cidadão pode ser impedido de regressar ao seu país, numa alusão directa a Carlos Gomes Júnior, deposto em abril de 2012 atravês de um golpe de Estado que a comunidade internacional se recusa a engolir.
«Carlos Gomes Jr pode regressar, mas com as garantias de segurança como aquelas que têm Serifo Nhamadjo ou Rui Barros, claro que não, mas terá as que qualquer outro cidadão deste país tem», ironizou o mais novo general da nossa conturbada história. Questionado sobre se existe um sentimento geral no seio das forças armadas sobre o não regresso de Cadogo à Guiné-Bissau, Na Walna chutou para canto, dizendo que as FA são compostas por muitas pessoas e que é difícil afirmar quem está a favor ou contra este regresso. AAS
Todos ao Fórum Lisboa
Os dirigentes das associações guineenses na diáspora têm a grata honra de convidar a Vossa Excelência a tomar parte no Encontro da Diáspora Guineense na Europa com o Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Prêmio Nobel da Paz, Senhor Dr. José Ramos-Horta, e o Representante Especial da União Africana na Guiné-Bissau, Senhor Dr. Ovídio Pequeno.
O encontro, que terá lugar no “Fórum Lisboa”, sito na Avenida de Roma, n.º 14-L - 1000-265, Lisboa, no próximo dia 7 de Setembro de 2013, a partir das 14:30 horas, visa essencialmente o aprofundamento do diálogo entre a comunidade guineense na diáspora e os representantes das referidas organizações internacionais, tendo em conta o delicado trabalho político-diplomático que está a ser desenvolvido no país e no estrangeiro, em prol da consolidação da paz na Guiné-Bissau.
A sua presença, estamos certos, em muito contribuirá para o enriquecimento do nosso encontro.
A Comissão Organizadora.
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PROGRAMA
ENCONTRO DA DIÁSPORA GUINEENSE NA EUROPA COM O REPRESENTANTE ESPECIAL DO SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS E O REPRESENTANTE ESPECIAL DA UNIÃO AFRICANA NA GUINÉ-BISSAU
7 DE SETEMBRO DE 2013
FÓRUM LISBOA
AVENIDA DE ROMA, N.º 14-L
LISBOA
14:30 – Recepção & Registo dos Convidados
15:00 – Sessão de Abertura / Intervenção da Organização
15:25 – Intervenção - Dr. Ovídio Pequeno - Representante Especial da União Africana na Guiné-Bissau
15:40 – Intervenção - Dr. José Ramos-Horta - Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau
16:00 – Sessão de Debate / Perguntas & Respostas
17:50 – Encerramento
Organização: Associações Guineenses na Diáspora
Para rir
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, prometeu hoje a subordinação dos militares ao poder político. O líder dos militares guineenses, que protagonizaram um golpe de Estado a 12 de abril de 2012, falava hoje aos jornalistas no final de uma cerimónia na Presidência da República em que recebeu novas insígnias, passando de tenente-general a general de quatro estrelas.
António Indjai afirmou que as Forças Armadas guineenses não podem continuar a ser foco de problema na Guiné-Bissau. "Vou-me empenhar mais, vou redobrar as minhas forças para mudar a situação das Forças Armadas, porque temos que nos subordinar ao poder político neste país: não podemos ser sempre motivos de problemas", defendeu, dirigindo-se aos jornalistas em crioulo.
As declarações contrastam com as que Indjai fez há quase três semanas, em que admitiu que poderia vir a acontecer um novo episódio de instabilidade no país. Num discurso em Bissau, a 15 de agosto, lançou o alerta: "não vai haver uma guerra", mas poderá haver "problemas" se as eleições gerais no país não forem bem preparadas. Na mesma intervenção, o líder militar lançou críticas a várias entidades e acusou a comunidade internacional de empurrar o país "para um beco sem saída", referindo-se às eleições marcadas para 24 de novembro.
De então para cá, as palavras de Indjai têm sido questionadas na imprensa nacional e várias figuras públicas apelaram à tranquilidade no país. Entre elas, José Ramos-Horta, que lidera a representação das Nações Unidas na Guiné-Bissau, referiu no dia 21 de agosto que o país "não pode dar-se ao luxo de continuar em instabilidade". Por sua vez, o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, também lançou um apelo na terça-feira, dizendo que todos devem colocar "o país acima dos interesses pessoais para que não haja fricções".
Nhamadjo presidiu hoje à cerimónia em que foram entregues novas insígnias a 18 oficiais dos diferentes ramos das Forças Armadas. Segundo explicou, tratou-se de conformar as insígnias com as funções que os oficiais já desempenham há alguns anos e com o vencimento que já estavam a receber. Ou seja, Serifo Nhamadjo referiu que não há custos acrescidos para os cofres do Estado, nem outras pretensões. "Não há nenhuma pretensão de agradar às forças armadas", não se trata de "promover por promover, mas simplesmente conformar [a realidade] com as normas instituídas desde 2000", sublinhou.
Sobre as novas insígnias, o general Indjai disse que em condições normais não seria ele a ser graduado com a patente mais alta das Forças Armadas da Guiné-Bissau. "Se não fosse a situação (do país) não estava aqui hoje a receber esta patente. Não sou eu quem deve ficar com esta patente, devia ser outra pessoa, mas que fazer", questionou. "Tendo em conta a situação em nos encontramos, recebo esta patente. É uma coisa que já saiu no Boletim Oficial", o equivalente ao Diário da República português, afirmou Indjai. LUSA
Assassinato do 'Tiduca' Spencer
Declaração de interesses:
Conheci o Spencer ainda na Guiné-Bissau - somos da mesma idade - e voltei a vê-lo, muitas dezenas de anos depois na cidade da Praia, ilha de Santiago, em Cabo Verde. Chegou com um amigo comum, guineense, e depois de um grande abraço, conversámos animadamente durante mais de uma hora. Voltei a vê-lo, no domingo, antes da minha ida à Televisão de Cabo Verde. Soube da sua morte atravês da imprensa de Cabo Verde, nomeadamente do jornal A Semana - e fiquei chocado.
Agora, sobre a notícia do assassinato
António Aly Silva NÃO escreveu nada sobre o assassinato do Spencer. NÃO. A notícia que publiquei no meu blog foi retirada DAQUI, e fiz menção a isso mesmo no final da notícia: jornal A Semana.
Que me importa se alguém não soube interpretar o que lia? Não é culpa minha...ler é uma coisa, perceber o que se leu é outra, completamente diferente.
No que me diz respeito, envio daqui as condolências à família enlutada. Desejo que a alma do Spencer descanse em paz e que as autoridades consigam descobrir por que morreu o Spencer, e quem lhe tirou a vida. AAS
OPINIÃO: As mil colinas do general Indjai (parte II)
"Os termos «balantas», raça, catana, suicidio...foram as palavras, uns mais utilizadas, outros expressos com requintes de malvadez arrepiantes. O espectro de uma guerra tribal sempre pairou no discurso do general cocalero, pois analisando atentamente esse discurso, essa ameaça esteve la sempre bem presente. O general AI, ao longo do seu discurso propositadamente, a meu ver, atabalhoado e de trejeitos comicos (fortemente aplaudida por uma corja de militares e forças de segurança submissos e cobardes), foi deleitando a sua mensagem..., falando friamente da «morte», do «odio» que nutre pelos «outros» que não são da sua etnia, da sua «sede de vingança», para os que não querem o bem da sua etnia, que ele classifica de «discriminada ao longo dos tempos», «injustamente assassinados», «severamente reprimidas», «constantemente desfavorecida»..., enfim o rosario de falsidades de sempre da teoria da vitimização.
Nota-se, quando o general AI fala da morte, o requinte do habito ao feito, a malvadez placida na sua voz imperturbavel e, um olhar maroto de um habitué des faits, e mais... disse ainda, que tinha uma catana guardada e bem afiada, para no momento oportuno fazer uma «festinha» ao Ibraima Sow...
Pergunta-se então. Que fara o general AI ao Carlos Gomes Junior ??. Pois, sobre este, disse que «todos falam que ele (Cadogo) vira, mas ninguém diz nada, a Liga não diz nada, a SC não diz nada, as NU não diz nada... e depois, se algo vir a acontecer, dizem logo que, é o Antonio Injai»... Mas, quem tem duvidas de que É o general ?.
O general tarimbado carniceiro, fez todas essas declarações com a calma e placidez de um anjo, não lhe faltando no fim, um sorrisinho cinico de maldade, como que, lembrando uma cena de morte selvagem que ocorreu num passado recente no quotidiano guineense, a qual, decerto atormenta e invade recorrentemente a sua mente morbida.
Em toda a linha do seu discurso, o general AI, mostrou claramente de que, é um tribalista primario, um xenofobo da primeira linha, um complexado social e um racista assumido. Fala da sua etnia, como se fossem os pre-destinados e os unicos a ter o direito de pertencer as FA e a dirigir a Guiné-Bissau. Quando adverte de que, «quem quer ir as eleições, primeiro, que conte as pessoas que tem a seu lado (quis dizer da sua etnia), pois se não chegarem a 100, não vale a pena irem as eleições». É elementarmente assacavel de que, o general cocalero quiz dizer, que estas eleições gerais sera uma guerra de etnias, umas eleições de cariz tribal, pois quem não pertence ou tem uma etnia a seu lado que não se aventure a ir as eleições.
Contudo, é preciso ter em conta de que, quando o general AI manda contar o numero dos seguidores dos pretensos candidatos, seguramente que ele, não se esta a referir a um mero exercicio matematico que pretensamente lhe garante uma supremacia numerica da sua etnia sobre as demais, pois estou certo e convencido de que, o general cocalero, esta sim a referir-se indirectamente ao contar das armas, isto é, quer demostrar que, quem detem o poder das forças armas e o poder bélico na Guiné-Bissau é que detera o poder. Esse poder real das armas e que desequelibra o jogo democratico esta nas suas mãos e da sua etnia. Eles é que detêm o controlo das armas e o poder nas FA. Esse poder é eterno e impartilhavel pela etnia balanta e da qual nunca se desembaraçarão pacificamente na Guiné-Bissau, porque é so através dela é que poderão com seguraça deter o poder..., por isso fica assim o aviso à CEDEAO e a CI sobre as pretensas reformas nas FA e nas FS.
Policarpo Silva Té - CONTINUA
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Previsão do Ditadura do Consenso confirma-se: O golpista Serifo Nhamadjo, admitiu hoje pela primeira vez que as eleições gerais marcadas para 24 de novembro podem ser adiadas. AAS
A pérola do ano
Serifo Nhamadjo: "A Guiné-Bissau não pode resolver o problema das eleições, visto tratar-se de um processo que tem que ser comparticipado pela comunidade internacional"
NOTA: Nha mãe..."tem que ser?" - um Estado? Então vocês tomam de assalto o Estado e ainda querem que terceiros voltem a pagar para umas eleições... que vocês mesmo interromperam? Então vocês acham que a comunidade internacional é mesmo estúpida (bem, é...um pouco) a ponto de vos enviar mais milhões de dólares/euros para financiar umas eleições? Cresce e aparece, ó Serifo...para quê mesmo? Para os militares andarem novamente aos tiros, sobressaltando famílias, rapatando e matando pessoas? E vocês caladinhos e a assobiar para o lado? Peçam aos 4 do bando da CEDEAO que paguem. Sem palhaço não há circo. AAS
Vamos todos voltar
À falta de assunto, o 'governo' dos golpistas decidiu virar as suas baterias contra os serviços do aeroporto e da segurança, e, por tabela tentar atingir o Silvestre Alves. Dizem-se "indignados" por o Silvetre Alves - que, recorde-se, foi raptado e espancado por militares afectos ao general António Indjai na sequência do golpe de Estado de 12 de abril 2012 - ter regressado ao país sem que ninguém soubesse de nada e sem que passasse pelos canais habituais. Ponto 1: Naquele aeroporto, tudo passa. Desde drogas a armas. E se alguém quiser, até um elefante!!!
Ao povo guineense deixo uma garantia - Ninguém mais será raptado, espancado ou preso na Guiné-Bissau. Podem escrever. Esses golpistas estão assustados que nem ratos! Nem ousam respirar!!!
Estas infelizes declarações merecem-me um comentário: O Ca*#£ho, é o que é!!!. Mais, se acham mesmo que deviam saber do regresso de um cidadão nacional ao seu país, então demitam e já as autoridades com sede no aeroporto "Osvaldo Vieira", pois não estão lá a fazer nenhum! Andam mais preocupados em pedir matabicho - também não recebem os seus míseros salários, do que controlar seja lá o que for. Mas alguém controla alguma coisa nesse país?! E uma coisa, já se sabe, leva à outra...
Mas, pergunto, será que o Silvestre Alves não é um cidadão nacional no pleno uso dos seus direitos? Silvestre Alves, a meu ver, devia era processar o CEMGFA (que foi quem deu ordens para o seu rapto e espancamento) e essa corja de bandidos chamado de 'governo de transição-II", que nem piaram, de tão colados que estão com alguma corja que veste camuflado. Esse é um direito que assiste ao Silvestre Alves.
Pela parte que me toca, antes de regressar a Bissau - se viver até lá, claro! - vou comprar espaços de publicidade de 10 segundos naquela TV de merda que ninguém vê para passar, durante uma semana, a seguinte frase: "O vosso pesadelo está a chegar. Atenção ao voo TAP 208 do próximo dia tal". Tenham vergonha, parecem umas baratas tontas e só envergonham o nome da Guiné-Bissau!!!
O Silvestre Alves regressou e fez muito bem. Estamos todos - TODOS - a caminho daquela terra que é tão nossa quanto vossa, mas é um bocado mais nossa do que vossa - porque vocês não merecem e não são dignos do nome guineense!. Vocês, os golpistas de torna viagem, merecem arder no inferno, um por um. E esse dia chegará mais cedo do que vocês pensam. E rezo para que chegue, com dor, como aquela que ano após ano impingem, a frio, às famílias guineenses indefesas, assustadas e amordaçadas.
Um país é o único - e último - refúgio para o seu povo, pois o exílio não é pátria que convêm a ninguém. Disse. AAS
OPINIÃO: As mil colinas do general Indjai (parte I)
"Mais uma vez, o general cocalero Antonio Injai (AI), voltou a brindar os guineenses e a Comunidade Internacional (CI) com mais uma das suas diabruras, dignas de um ditador do terceiro mundo. Primeiro, foi na RTP-Africa e depois desvairou-se em longos magazines de informação nas radios nacionais, facto que, pela gravidade das declarações colocou em alerta todo o pais de norte ao sul.
Foi bom de ver e ouvir o general acossado pela justiça yanque no seu melhor estilo de besta arrogante, postando toda a sua prepotência e impunidade nos citados meios de comunicação. Quanto a mim, foi mais uma demostração cabal do estado de ruptura em que se encontra hoje o Estado da Guiné-Bissau, pois o general AI, fez mostras de que se considera totalmente impune, e espero que, tal facto, decerto servira para os que ainda não entenderam ou que fingem não entender (...farpas para o Ramos Horta), sirva como um sinal final esclarecedor de que, no estado actual, o pais não tem pontas por onde se pegar e, sobretudo mostrou a forma, e por quem o poder é exercido actualmente na Guiné-Bissau. Melhor dizendo, foi uma demostração cabal de quem exerce o «poder visivel» na abandonada e sitiada Guiné-Bissau.
Nesse show de pura barbarie, o general cocalero assume de forma desconcertante o papel do verdadeiro detentor do poder «visivel» na Guiné-Bissau, demostrando sem pejo nenhum, de que é ele, quem realmente manda e desmanda nesse pais abandonado aos caprichos dos militares feitos jagunços e narcotraficantes. Nesse show intragavel, o general assume, sem peneiras e sem remorsos, para quem quer ouvi-lo, incluindo a inoperante CI, de que ele, é realmente um dos maiores focos de tensão, de violência e de criminalidade na Guiné-Bissau e, ...ainda teve o despeito de prometer mais atrocidades e matanças, para os que ainda se escondem, e também, para os seus adversarios que prometem regressar ao pais para participar na vida politica.
Contudo, na Guiné-Bissau, é bom que se saiba, de que existe uma outra componente do poder que não se manifesta visivelmente, mas que, funciona em iteracção com esta do general. E um «poder invisivel», sorrateiramente exercido, no mais puro maquiavelismo e sadismo por um doente mental racista encapotado de democrata. Esses poderes (o «visivel» e o «invisivel»), cohabitam hibridamente e se complementam, sendo o poder exercido pelo general a parte visivel dessa «entende». Porém, sobre esta outra faceta oculta do poder, caso o tempo e o espaço me permitirem, aborda-lo-ei la para o fim da minha contribuição.
Voltando ao discurso do general AI, marcado pela irresponsabilidade e petulância nojenta, ele permitiu-se a tudo. Menosprezou, insultou quem lhe desse na gana e no tino (brancos, mestiços, americanos, CI, Sociedade Civil (SC), Liga Guineense dos Direitos do Homem (LGDH), Instituições e Orgãos do Estado, ...enfim, ele insultou meio mundo, incluindo os seus comparsas golpistas da CEDEAO, a Costa do Marfim, o Burkina e a Nigéria, com os quais parece estar neste momento de costas voltas e quase em rota de colisão, por estes, entre outros reparos, terem ousar sacrilegicamente dizer, que «ha muitos balantas nas forças armadas».
Policarpo Silva Té" - Continua
Tensão em Bissau
Em Bissau, anda tudo em alerta. Depois da reunião, em Dakar, das chefias militares dos quatro países que teimosamente continuam a suportar os golpistas de Bissau, fontes fidedignas confidenciaram ao DC que o verniz pode estalar a qualquer momento. O CEMGFA António Indjai está (ainda) mais recatado, e quando se pavoneia por Bissau fá-lo com um grande aparato de segurança - não vá o diabo tecê-las...
Nessa reunião, recorde-se, foi pedida a cabeça de Indjai. Ditadura do Consenso sabe agora que a administração norte-americana fez um acordo tácito com os quatro da CEDEAO: a entrega do general António Indjai pode contribuir para aliviar o cerco a que a Guiné-Bissau está sujeita desde o patético golpe de Estado de 12 de abril de 2012. António Indjai tem, assim, e no entender da nossa fonte, os dias contados.
Nessa reunião, ainda segundo a mesma fonte independente, os EUA não foram de modas e puseram as cartas na mesa: já que os quatro países apoiam o golpe, já que têm uma força militar no terreno; já que a acusação da DEA é pública e existindo mesmo um mandado internacional de captura contra o general, então que sejam as tropas da ECOMIB a tratar da empreitada: capturar o acossado e assustado general, entregando-o de seguida, ou à INTERPOL ou aos agentes norte-americanos, em Dakar.
Os EUA sabem que Indjai não cairá tão cedo noutra cilada - era suposto ser preso aquando da detenção do contra-almirante Bubo Na Tchuto; e sabem também que os seus agentes e informadores (nenhum é norte-americano) no terreno, podem correr riscos desnecessários. Assim, a única maneira de o parar é detê-lo em Bissau ou no interior do país. Mansoa, para já, está fora de questão - a cidade está 'fortificada'. Pode ser que o apanhem durante o trajecto de 60 km entre as cidades de Bissau e de Mansoa.
'Na tchon!'
Começam a conhecer-se os contornos da detenção do contra-almirante, Bubo Na Tchuto, acusado pelos EUA de vários crimes. Os agentes da DEA não sabiam que ordens dar ao grupo comandado pelo Bubo para se renderem. Em inglês, não dava. E eles não falavam nem português, nem crioulo. Optaram por recorrer a um cidadão guineense, que lhes ensinou o grito de guerra: 'Na tchon!" - deve bastar, pensou. Então, quando o Bubo é recebido a bordo, o agente que os recebeu estava satisfeito, e bateu palmas gritando lá para baixo: "champanhe para todos!" - era o sinal para a tropa de choque intervir. A seguir, Bubo e os seus acólitos viram, estupefactos, a entrada de homens fortemente armados gritando 'Na tchon!, na tchon!' - perceberam e deitaram-se todos com as mãos na nuca.
O resto foi expedito. Algemados dois a dois, nos pés e nas mãos, foi enfiado a cada um deles um capuz na cabeça. Só então rumaram para Cabo Verde, onde os esperava um avião para os levar rumo à América. Bubo Na Tchuto está a ser julgado em Nova Iorque, e talvez já no próximo dia 19 de setembro saberá a sorte que lhe calhou nesta atribulada viagem... AAS
Ensaios de "As Orações de Mansata" chegam a Portugal
Recomeçam hoje, terça-feira, os ensaios do espectáculo “As Orações de Mansata”, produzido pela Cena Lusófona no âmbito do projecto P-STAGE. Depois de um primeiro mês de trabalho em São Tomé, o elenco está agora em Coimbra, Portugal, onde ficará até à estreia, marcada para 17 de Outubro.
“As Orações de Mansata” é uma peça do escritor guineense Abdulai Sila, publicada na colecção de dramaturgia de língua portuguesa da Cena Lusófona. A associação escolheu-a para o momento central do P-STAGE – Portuguese-Speaking Theatre Actors Gather Energies [IV Estágio Internacional de Actores], projecto de formação, criação e difusão teatral financiado pela União Europeia no âmbito do programa ACP Cultures.
Dirigido pelo encenador português António Augusto Barros, o elenco integra 13 actores, oriundos de seis países lusófonos: Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Para além da Cena Lusófona, que coordena o projecto, a iniciativa envolve ainda o Elinga Teatro, (Angola), a AD – Acção para o Desenvolvimento (Guiné-Bissau), a Sol – Movimento de Cena (Salvador, Brasil), a Companhia de Teatro de Braga, A Escola da Noite e o Theatro Circo (Portugal). Conta com o apoio da empresa de telecomunicações angolana Multitel e do Governo de São Tomé e Príncipe. CL
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