quarta-feira, 2 de setembro de 2015

GOLPE DE ESTADO: União Africana preocupada com "paralisia" da Guiné-Bissau


O representante da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídeo Pequeno, afirmou hoje estar preocupado com aquilo que considerou de paralisia do país, devido a ausência prolongado de um Governo no país.

Segundo Ovídeo Pequeno a paralisia de um país tem o impacto sério sobre a vida da população, sobretudo quando se fala de um país cujas instituições são frágeis e onde se regista também a fragilidade da capacidade humana, quando é assim, disse o representante da UA, criam-se outros problemas com a situação.

“Chamei atenção para a necessidade de se encontrar uma solução o mais rapidamente possível a este momento de crise que o país atravessa, no entanto o Presidente de República e o Primeiro-ministro empossado prometeram-me que todos o esforços estão a ser feitos para que o país possa avançar” disse o diplomata são-tomense ao serviço da União Africana no país numa rádio local.

Ovídeo Pequeno lamenta ainda a situação política vigente na Guiné-Bissau facto que, segundo ele, revela uma falta de diálogo entre os principais autores políticos nacionais. “O que nós aconselhamos sempre é que o diálogo é uma porta para se dirimir conflitos. É uma porta para ultrapassarmos as dificuldades que temos. É uma porta aberta para se crie um entendimento” insistiu, tendo afirmado que a crise política que se vive no país não lhe surpreendeu, tendo em conta o que se via na Guiné-Bissau.

O representante da União Africana no país afirmou ainda que o mais importante neste momento é sair da crise e continuar a ter um clima de estabilidade assim como continuar a ter e a pautar por um clima de entendimento entre os autores políticos nacionais de forma que se possa avançar.

“Quanto ao resto, da inconstitucionalidade do acto e outras coisas, como se costuma a dizer num bom português, são contos para outros rosários” rematou diplomata são-tomense. PNN