quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

CASO ELTON-ENGEN: Uma outra versão


Há uns anos atrás, a Empresa ENGEN da Africa do Sul, vendeu todos os seus activos e passivos à Empresa senegalesa ELTON. Na altura o Director Geral da ENGEN era Bastou Badarou e o seu Financeiro era o Aminou. Aquando da passação dessa Empresa para as mãos da ELTON, o próprio Bastou como DG, convocou uma reunião geral com todos ao trabalhadores e dar a noticia oficialmente onde na mesma reunião apresentou aos mesmos os novos donos da Empresa. A partir daí a Empresa ELTON começou a sua gerência sobre todas as estações de combustível do país, sob Direcção Geral do Aminou, aquele que foi Director Financeiro da ENGEM enquanto Bastou era DG. Aliás, o Aminou foi proposto DG pelos próprios donos da ELTON.

Passados todos estes anos, sem que o Bastou Badarou apresentasse ao serviço por ser ele também quadro técnico da Empresa, surgiu do nada. Chegou num dos voos nocturnos a Bissau e ninguém soube dele durante 3 dias. Dias após o seu regresso, chega à Empresa que é já da ELTON, acompanhado de 4 soldados militares, como segurança. Primeiramente sobe ao primeiro piso da Empresa e proíbe os senegaleses que lá estavam, de trabalhar e de descerem ao rés do chão, porque ia ter uma reunião com todo o pessoal da Empresa. Deixou lá dois soldados militares. Desceu ao rés do chão com os outros dois soldados militares e todos os trabalhadores ficaram assustados.

Convocou uma reunião e disse que voltou para retomar a Empresa e que gostaria que os trabalhadores se posicionarem ali mesmo se iriam trabalhar com ele ou não. Após alguns trabalhadores questionarem o assunto, ele logo começou por ameaçar, advertindo que conhece a casa onde cada trabalhador mora com a sua família. Disse ainda que, quem não estiver com ele, também que não se meta naquele assunto, pois se alguma coisa vier a acontecer com as respectivas famílias, será da responsabilidade dos mesmos.

A seguir voltou a subir ao primeiro andar, expulsando os senegaleses da Empresa, dando-os assim ordem imediata de regressarem ao Senegal, se os mesmos não queiram que nada aconteça com eles. Daí os senegaleses se retiraram e os trabalhadores notando que não havia clima de trabalhar, com a presença dos 4 soldados militares também se retiraram e cada um foi para a sua casa. Ao que parece os 4 soldados militares meterem-se nesse serviço sujo do Sr.º Bastou, porque ele os pagou bem, mas sem conhecimento dos respectivos superiores hierárquicos.

Não quero estar a desmentir a pessoa que se diz ex-funcionário quando diz que houve pessoas corrompidas a nível do governo. Não tenho provas nem contra e nem a favor. Mas gostaria aqui de saber o seguinte dessa pessoa:

- Como é possível que vem a Guiné-Bissau, uma pessoa estrangeira, que consegue pagar os 4 soldados militares para estarem a andar pra cima e pra baixo com ele, ainda ameaçando próprio “FIDJU DI TERRA NA SI TERRA”? Responda-me Sr.º ex-funcionário.

- Como tu te sentirias se continuasses ainda a trabalhar lá, recebendo essas ameaças, sabendo como é a nossa Guiné nesse aspecto? Sabias que se o Sr.º Bastou Badarou decidisse realizar mesmo essas ameaças, poderia o fazer e isso sem problemas nenhum e que seria só mais um caso ??? Por amor de Deus…

Eu poderia estar aqui a explicar ainda muito mais, até a prisão do Sr.º Bastou, depois de gesticular a frente do Director Geral da Polícia Judiciária, onde, como ele disse, “mon caplin nan el kumanda n’dau bofetada”. E a sua prisão pelos da Judiciária aconteceu num intervalo que o Bastou deu aos 4 soldados militares para almoçar, pois a Polícia Judiciária não tinha como o pegar, pois o 4 soldados militares estavam armados.
Poderei entrar em contacto contigo novamente assim que se justificar.

Continua o teu bom trabalho e que Deus te abençoe.
T.M. Bissau