segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

INVESTIGAÇÃO DC - DIPLOMACIA/DAKAR: De tombo em saias


A embaixada da Guiné-Bissau vai de mal a pior, desde a nomeação do embaixador Idrissa Embaló nesse país vizinho oeste africano. Ditadura do Consenso, através das suas fontes, sabe que o embaixador, à parte uma pó-mandada afeta a essa representação diplomática estratégica, não se entende com mais nenhum funcionário dessa instituição. Sinal disso, é que, mal vira as costas, põem-se a falar mal dele, apontando-lhe todos os males desse mundo pelo mau clima na embaixada, a começar pela sua incompetência e gosto vicioso pelo dinheiro e 'carne fresca'.

Sem qualquer preparação para exercer essas funções, em vez de seguir os conselhos e orientações diplomáticas que lhe são prodigadas, o embaixador, do alto da sua arrogância/ignorância, ignora tudo e todos a vai fazendo as coisas à sua maneira e, de que maneira: cambalachos atrás de cambalachos.

O embaixador é visto nos bairros mais desaconselháveis e perigosos de Dakar atrás das apetitosas gazelas sub-14 senegalesas e não só... O homem atira em todas as direções quando vê uma "bunda". Quem paga as favas, são os pobres condutores que são obrigados a atender longas horas, até de madrugada, nesses irrecomendáveis lugares do burgo dakaroise. Numa dessas incursões, ele foi alvo de uma tentativa de roubo e foi agredido ao resistir ao assalto, quando um energúmeno tentou tirar-lhe o telemóvel quando saiu do carro para se fazer visível por uma das suas presas com quem tinha marcado um encontro num dos bairros de Dakar.

Num outro episódio rocambolesco, contado ao DC por um amigo diplomata estabelecido na capital senegalesa, o embaixador da Guiné-Bissau, foi apanhado pelos serviços aeroportuários senegaleses do salão VIP, pelo menos três vezes, a transportar para Bissau na mala diplomática, centenas de milhões de francos Cfa's e também, centenas de euros (o limite na zona UEMOA é de 2 milhões de Fcfa's, um pouco mais de 3.000 Euros).

Sempre que interpelado, ao constatarem no scanner de controlo a presença de objetos suspeitos na sua maleta, o embaixador Idrissa Embaló, tenta fazer valer a sua condição de embaixador, portanto de imunidade, ou tenta argumentar de que não tem nada de anormal a transportar. Contudo, os zelosos agentes senegaleses, conhecedores dos cambalachos de outros embaixadores com quem já lidaram em tempos, não se deixam convencer e mandam-lhe sucessivamente abrir a maleta: et voilá... dinhéru, muito dinhéru. L'ambassadeur...

Como sempre, entre sorrisos amarelos e pedidos de desculpas esfarrapadas, lá vai justificando, "sabem, este dinheiro é uma oferta que me foi confiada para entregar ao Presidente"... outras vezes é o nome do PM que é utilizado para se safar, pois é protegido e trabalha para ambos. A mesma fonte disse a DC que, uma vez, presenciou em pleno salão VIP o embaixador a abrir a sua maleta e a dissimular grossos maços de notas de 10.000 Fcfa's por entre as camisetas escuras... que triste cena.

Cereja sobre o bolo: o embaixador está de candeias às avessas com os condutores, tendo mesmo ameaçado um com 'irradiação do ministério' por este não ter cumprido as suas ordens. Costuma-se dizer, quem pode manda e com o embaixador em Dakar não se brinca. Enfim, assim vai a nossa pobre e desacreditada diplomacia, de tombo em tombo, até ao precipício. AAS