sábado, 6 de abril de 2013
A armadilha perfeita
Confirma-se, segundo Washington Post e difundido pela maioria dos meios de comunicação internacionais, Bubo Na Tchuto foi capturado pelas forças anti-trafico dos EUA (DEA) nas aguas territoriais internacionais. A captura foi consumada por agentes da DEA que se fizeram passar por proprietarios e intermediarios de dezenas de toneladas de droga que pretendiam stocar em Bissau para posterior encaminhamento para a Europa e os Estados Unidos.
Foi ja presente perante o Tribunal Federal com mais dois dos seus cumplices, nomeadamente Papis Djémé e Ntchama Yala (sobrinho de Kumba Yalá), braços direito do contra-almirante e igualmente indiciados pelo mesmo crime. Os outros dois estão sujeitos a acusasões de outra natureza e gravidade. Essa operação foi montada na maior discrição pelos agentes federais americanos que minotoravam as acões de BNT.
Concomitante a esta detenção duas outras pessoas foram detidas na Colômbia por um braço dessa organização anti-droga americana. Ambos são colombianos e ja estiveram em Bissau, morando em casa de um destacado membro do governo de transição e fervoroso defensor do regime. Também ligado a estas detenções dois notorios narcotraficantes foram detidos num pais da Africa Ocidental, cujo nome não indicaram. Fonte da DC indicou-lhe que se trata da Guiné-Conakry e que os detidos são igualmente militares que recentemente estiveram Dakar com um alto oficial da armada guineense para abertura de uma conta bancaria ligada a esta operação em que cairam na armadilha. Segundo essa fonte da DC, contavam receber na conta aberta mais de 5 milhões de dolares.
A acusasão contra BNT, inclui, trafico de droga internacional, homicidio qualificado contra um agente federal, trafico de armas (lança misseis e roquetes anti-carro) vendidos aos narcotraficantes colombianos e à AQMI e à Al Qaieida). As acusasões contra Papis Djémé e Ntchama Yala e um pouco diferente, pois não estão ligados ao homicidio do agente da DEA.
As autoridades americanas estão na posse de diversas provas, entre elas gravações audio e video gravados na Guiné-Bissau onde BNT e outros oficiais de alta patente (cujos nomes não divulgaram para não complicar as operações ainda em curso) falavam claramente em vendas de droga e de armas. Todos esses oficiais são do topo da hierarquia militar e estão no activo. BNT pedia 1 milhão de euros por cada 1.000 kg de droga descarregada em territorio Guineense. Esse oficial da Marinha Guineense, a serem provadas as acusasões contra ele, sera condenado a prisão perpétua.