quarta-feira, 20 de abril de 2016
OPINIÃO: Guiné-Bissau não é mais a província de Portugal
"Sabe daquela situação, quando acha que já está no fundo do poço sobrevivendo apenas com a cabeça fora d’água que se encontra no fundo do poço vem individuo como esse tentando exterminar a pouca esperança que sobeja.
É muito difícil entender o que está passar na cabeça de um individuo como este que não deixa o seu povo respirar um pouquinho do ar lhe resta como esperança de criar nova expectativa.
Eu acreditava que chegamos no limite e que já ultrapassamos todos os tipos de presidentes com diferentes tipos de personalidades desde autoritária, cômica a desleixada.
Jamais imaginaria que um dia o povo guineense será condenado a ter um representante máximo da nação devaneio, oco, totalmente desprovido de intelecto para tomar qualquer decisão, mesmo com instrumentos e prerrogativas que lhes são atribuídas como presidente.
É lastimável ter representantes como estes (os 15) que não olham além dos seus umbigos, que não respeitam os princípios democráticos e fazem de tudo para alcançar o puder a qualquer custo. Por outro lado, parece-me que estes indivíduos desconhecem totalmente a triste e lamentável historia do país cujo comportamento deste tipo sempre acaba do jeito conhecido por todos nós. Espero desta vez que termine do jeito diferente.
É óbvio que a nossa a classe política não tem principio de diálogo que é um dos elementos primordiais em democracia. A democracia sobrevive de dialogo, de consenso entre políticos, intelectuais, elites e empresários nacionais. Esse consenso, diálogo sempre tinha que ter um horizonte cujo objetivo é maior do que objetivo pessoal. Construir projeto de desenvolvimento nacional.
No entanto, um país sem liderança, onde todo mundo sabe de tudo, todo mundo é especialista em tudo ao mesmo tempo não consegue se quer o crescimento profissional e individual. Um país onde todo mundo espera do Estado para enxugar (os vampiros do Estado desde a independência), jamais poderá esperar resultado diferente do que tem sido até agora.
Não adianta convocar novas eleições sem pelos menos constituir um pacto nacional entre os grupos acima citado. Senão vejamos: desde o fim de conflito militar de 1998, convocamos as eleições em média, de 2 em 2 anos e o resultado é de conhecimento de todos.
Concluo lembrando ao Presidente da Republica de que a Guiné-Bissau não é mais a província de Portugal, mesmo que a nossa constituição seja a reprodução da Constituição Portuguesa, a nossa realidade cultural é bem distinta, portanto a nossa Constituição é empregada conforme a nossa realidade.
A situação é lastimável e preocupante, mas não nos deixaremos abater.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau.
Leitor Identificado"