domingo, 17 de abril de 2016
OPINIÃO: Quem tem tem telhados de vidro não deita pedradas ao vizinho - JOMAV e os seus muchachos têm!
Uma das primeiras obrigações que um cidadão deve cultivar é o principio da ética e da moral e quando opta por ser político tem responsabilidades acrescidas e se se torna Presidente da República tem que demonstrar a todo o momento claros sinais de integridade moral e cívica, cujo exemplo deve ser de referencia para o povo que o elegeu como Primeiro Magistrado da Nação.
O cidadão Jose Mario Vaz foi eleito como candidato do PAIGC à Presidência da República da Guiné-Bissau, passando de ilustre e desconhecido politico para primeiro mandatario da nacao guineense e com a sua eleição, acrescidas esperanças renasceram para o martirizado povo guineense.
A esperança deu lugar à desilusão, pois desde que assumiu o seu mandato as suas acções têm sido no sentido da protecção dos seus interesses e a dos seus amigos, praticando e repisando-se em contínuos actos de perseguição e de afronta aos que como ele mereceram a confiança dos guineenses que através dos seus votos os guindaram a cargos de responsabilidade.
Desde a sua eleição e tomada de posse até aos dias actuais as grandes esperanças que animavam os guineenses têm dado lugar a desilusão.
Quando o Governo do PAIGC formado apos as ultimas eleições gerais realizadas no nosso pais levou a Bruxelas o primeiro plano de desenvolvimento elaborado pela Guiné-Bissau e a que se deu o nome de «Terra Ranka», a comunidade internacional sentiu-se na obrigação moral de dar uma nova oportunidade ao povo guineense e respondeu de forma positiva e encorajado ao apelo sintetizado em projectos, prometendo conferir ao nosso pais mais de 1,5 mil milhões de dólares para tornar realidade o sonho guineense.
Foi dito que os resultados de Bruxelas não pertenciam especificamente a ninguém a não ser ao povo guineense e que os êxitos dessa missão serviriam de trampolim para retirar o país do ciclo da corrupção, do narcotráfico, da lavagem do dinheiro, enfim, serviria para combater a pobreza e criar as condições sustentáveis para a Guiné-Bissau dar o seu salto em frente.
Uma vez mais as esperanças deram lugar a desilusão, porque o Senhor Jose Mario Vaz decidiu em nome dos seus interesses mesquinhos e sujos travar as acções de progresso, personificados nos exemplos de uma boa governação de que o I Governo Constitucional formado após o golpe militar de 12 de Abril estava dando provas, merecendo um respaldo positivo da comunidade internacional e muito em particular da parte da comunidade de doadores, nomeadamente das Instituições de Bretton Woods (Banco Mundial e Fundo Monetario Internacional), bem como da União Europeia, para não citarmos os países com os quais a Guiné-Bissau mantem fortes lacos de cooperação bilateral.
Caiu o Governo do PAIGC de Simoes Pereira e veio o liderado pelo veterano Carlos Correia, numa derradeira missão de tentar salvar os ganhos de Bruxelas. Se no primeiro caso foram invocadas razões de incompatibilidade, para o segundo temos vários condimentos, que passam pela perseguição doentia de membros do Executivo acusados de actos de corrupção e de outros crimes, que ao nosso ver são pouco ou nada consistentes, porque se assim não fosse outras estratégias seriam certamente utilizadas.
No meio desta orquestrada e doentia perseguição movida pelo Presidente da República contra o PAIGC e os seus Governos e de forma muito especial contra a figura do líder deste partido histórico, estão sendo criadas outras estratégias que infelizmente estão contando com o apoio da justiça guineense que estava já dando pequenos passos de credibilidade, infelizmente abruptamente interrompidas quando se lê de forma cuidadosa as disparidades e contradições contidas nos três Acórdãos exarados pelo Supremo Tribunal de Justica, para se chegar a triste conclusão que as ultimas decisões são incongruentes e incredulamente mandadas assumir.
Essa de figura de deputado independente é deveras patética e incompreensível e serve quem?
Posto isto, passemos ao que interessa e vamos falar da necessidade de clarificação e de assunção de responsabilidades. Como pode um Presidente da República que devia ser um exemplo a ser seguido, dada as suas responsabilidades de zelador da Constituico da Republica ser o primeiro a violar as leis e a própria Justiça deste país?
Sabem os guineenses que a Lei do Orçamento Geral do Estado, num dos seus artigos diz muito claramente que todo aquele que tenha dividas para com o fisco esta interdito de exercer quaisquer cargos associativos ou públicos?
O Senhor Jose Mario Vaz, o actual Presidente da Republica deve ao fisco guineense qualquer coisa como XOF 599.274.023,00 (quinhentos e noventa e nove milhoes, duzentos e setenta e quatro milhoes e quatro mil e vinte e tres francos CFA), isto ate 23 de Abril de 2014. (Processo do Tribunal Fiscal numero 11/2014).
Qual a moral deste senhor para vir falar em corrupcao e outros crimes, quando ele nao tem condicoes nem morais e muito menos eticos para esgrimir acusacoes contra cidadaos que ate prova em contrario estao limpos. Há um velho ditado Senhor José Mario Vaz, «quem tem telhados de vidro não deita pedradas ao vizinho».
A partir de hoje , passaremos a denunciar os que escudando-se na «Sociedade Jose Mario Vaz e sus Machuchos» estao levando este pais a bancarrota ou ao precipício, numa clara tentativa de se auto-protegerem, mas isso será tarefa impossível, porque com as denúncias que apresentaremos, acompanhados de provas eloquentes, demonstrarão aos guineenses quem ê na realidade o Presidente da República que temos e quais as motivações da sua guerra contra Domingos Simoes Pereira, contra o PAIGC e contra a Guiné-Bissau.
Passamos um longo período de investigação e hoje estamos na posse de um verdadeiro arsenal de casos, com provas eloquentes e reais, que por razões de segurança nos obriga a mantermo-nos na sombra. Passaremos a denunciar estes crimes através de alguns blogs e muito principalmente na DITADURA DO CONSENSO pelo seu papel assumidamente patriótico e responsável, que honra e dignifica o seu editor, pela sua coragem e pela sua honestidade moral e intelectual.
Viva a Guiné-Bissau!
Leitor identificado