quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
PETIÇÃO PELO REGRESSO DOS EXILADOS
Assine o MANIFESTO
Carlos Gomes Júnior, Raimundo Pereira e demais cidadãos guineenses ainda no exílio devem regressar à Guiné-Bissau, a sua Pátria! Com esse objectivo, apresenta-se este Manifesto a ser subscrito por guineenses, de nascimento ou de coração.
Guineense que trazem consigo o desejo de paz e de estabilidade para o seu País. Guineenses que querem que o seu País seja uma terra que recorda e acolhe quem alguma vez lhe fez bem, que seja o porto de abrigo de todos os seus filhos no momento do regresso. Sim, porque a Guiné-Bissau não deve ser de alguns,mas sim de todos!
O golpe de estado de 12 de Abril de 2012 obrigou a que, num clima de perseguição e de terror, alguns membros do Governo legítimo que estava em funções, bem como outros políticos que se manifestaram contra o golpe tivessem de abandonar a sua Pátria, as suas famílias e as suas casas e procurassem acolhimento em países amigos. Foi em janeiro de2009 que Carlos Gomes Júnior então Presidente do PAIGC foi empossado como Primeiro-Ministro do Governo que liderou até ao golpe de estado de 12 de Abril de 2012.
Durante o seu Governo, a Guiné-Bissau conheceu um período de estabilidade, desenvolvimento e progresso. Todos os dias era visível o desenvolvimento sustentável, sectorialmente equilibrado, socialmente justo e internamente articulado em que se apoiava a condução das políticas do nosso País. O Governo de Carlos Gomes Júnior deixou a sua marca. Na área das infra-estruturas, tivemos o País em renovação.
Lançou-se a construção de:
•Estrada Mansoa-Farim;
•Estrada Buba-Catió;
•Estrada Quebo-Cacine
Foi ainda inaugurada a nova avenida de ligação ao aeroporto a Centro da Cidade Capital, que passou a designar-se de Avenida dos Combatentes de Liberdade da Pátria, no meio de uma emoção generalizada de quem via finalmente sinais de progresso e de modernidade.
Também ainda a construção do edifício do Palácio do Governo, que permitiu a concentração no mesmo espaço de ministérios e serviços públicos dispersos, que passaram a partilhar recursos e que, ao ser encurtada a distância relativamente ao centro do Governo, foi sinónimo de uma racionalização de meios e de circuitos, a todos os títulos louvável. Refira-se, também a construção do Hospital Militar Amizade China-Guiné-Bissau, e muitos outros projectos, deixados concluídos e a funcionar.
A própria rede bancária emergiu com força e solidez, viabilizando e dando confiança ao envio de remessas por parte de emigrantes. O tecido empresarial ganhou novo ânimo com os apoios à criação de empresas. Estabeleceram-se acordos com países acolhedores da diáspora guineense, designadamente com Portugal, com vista à paridade de tratamento, como a situação das cartas de condução.
E o que dizer da Reforma da Administração Pública e da Reforma das Forças de Segurança? A primeira foi deixada concluída em cada detalhe e pronta a ser implementada, de modo a tornar a Administração Pública uma prestadora de serviços de qualidade e um fator de desenvolvimento económico e social; a segunda ficou também já iniciada e em desenvolvimento.
Quem não se lembra do recenseamento biométrico da administração pública?! E da eliminação dos “fantasmas”? Tudo à custa de muito trabalho, de muito controlo, para que a opacidade das contas, a gestão fraudulenta, o amiguismo nas nomeações, o descontrolo das admissões fossem passado e jamais regressassem. Mas toda esta forma de estar mexia com os interesses de quem não quer o progresso, de quem quer que o povo continue na miséria para mais facilmente ser dominado. E, infelizmente, o golpe de estado fez com que tudo retrocedesse.
A governação de Carlos Gomes Júnior deu credibilidade à Guiné-Bissau no plano nacional e internacional, por força da competência e da honestidade do seu Governo. Mas, além disso, a governação de Carlos Gomes Júnior devolveu a esperança ao povo da Guiné, mostrou-lhe que o desenvolvimento era possível, que a Paz nascia do progresso. Urge que a Guiné-Bissau passe para o mundo a imagem da tolerância que caracteriza o seu Povo, que apregoe bem alto, através do exemplo, que:
- Respeita - consagrando na sua Constituição da República - os direitos e liberdades fundamentais dos no que se refere à sua livre circulação. - Nenhum cidadão nacional pode ser expulso do seu país.
- Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Com um Presidente da República e um Governo democraticamente eleitos, estão reunidas as condições para que estes compatriotas que tanto têm para dar ao seu país possam voltar para as suas famílias, para as suas casas, para a sua Pátria, para o Povo guineense.
Dizia Amílcar Cabral que “O importante não é sermos fortes, é sentirmo-nos fortes”. Com Amílcar Cabral aprendemos a ser fortes, a sentirmo-nos fortes e a construir um forte País que queremos. É tempo de dizermos basta à instabilidade e à arbitrariedade e lançarmo-nos na construção de uma sociedade justa e igualitária que faça da Guiné-Bissau o país visionado por Amílcar Cabral! Compatriotas!
O momento exige de todos nós uma tomada de posição. Exige que defendamos o nosso País, a nossa Pátria! Exige que, através da nossa acção, impeçamos que os direitos e liberdades consagrados na nossa Constituição sejam atropelados.
Exige que, através de uma mera assinatura, exerçamos o dever cívico e irrenunciável de construirmos o futuro do nosso País e de darmos um futuro aos nossos filhos. Sejamos solidários para com os compatriotas ainda no exílio, exigindo que os órgãos de soberania nacional do nosso País assumam publicamente o compromisso de os acolher e de lhes dar a necessária protecção. Assinemos o presente Manifesto.