quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CRISE POLÍTICA: CPLP abriu os olhos...


O que a CPLP ouviu do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanha, deixou-lhe duplo sentimento: de felicidade (pela posição de firmeza de fazer cumprir as leis da República); e preocupado (como é que o presidente vai encarar mais uma possível derrota jurídica?).

A CPLP ouviu atentamente uma exposição técnica bem fundamentada em como, eles, os juízes não vão aceitar nenhuma manobra política dos manhosos políticos useiros e vezeiros nessa táctica há anos, e principalmente desde 1998.

Dizem que assistiram na Guiné-Bissau durante anos e sem poder fazer nada, a golpes inventados, governos demitidos, presidentes destituídos e instituídos, quem ganha eleições não governa e, para cúmulo, partidos sem nenhum voto/deputado/representação ascendam ao poder.

Pela primeira vez, alegaram, a justiça guineense tem oportunidade única de fazer cumprir as leis. Um juiz até disse, para seu espanto, que os políticos Guineenses são os arquitectos da aldrabice política.

Fizeram saber que estão atentos e querem de vez inverter esta cultura, salvando, assim, a democracia da Guiné-Bissau. O que se está a passar actualmente é cultural e querem acabar com esta anarquia. Ao que a CPLP respondeu: depois de aquilo que ouvimos, realmente saímos daqui satisfeitos e achamos que vocês têm toda a razão. Desta vez, façam valer a constituição da República. As soluções políticas, está provado, é só perca do tempo.
AAS