quarta-feira, 20 de maio de 2015

DÚVIDA: Grelha ou peneira?


À famosíssima TGB, peço apenas que me enviem a 'famosa' e propalada 'nova grelha' de programas que andaram a exibir. Quero-o em papel, com todas aquelas cores do arco íris com que nos cansaram durante duas semanas. Aquilo parece mais um ponto no oceano - aliás, para se ler bem eu teria de ter um ecrã de 1000 polegadas!!!

Mas eu topei logo. A TGB não tem sequer uma grelha. Tem, isso sim, uma grande peneira que, para nossa desgraça, deixa passar tudo que é mau. Filmes em russo, sem legendagem? A TGB tem. Filmes que já passaram há tanto tempo que já só se vê tudo baço? Também.

Mas a TGB tem também coisas boas. Tem um pivot, o Upa Mendes. Tem boa dicção e presença. Não é, portanto, um pantomineiro. Mas neste País, assente literalmente na poeira e na porcaria, parece que ninguém reconhece os valores, ninguém premeia o mérito.

Alguns apresentadores estão tão mal, mas tão mal vestidos que é impossível não olharmos para o lado, de tão envergonhados. É pena que a direcção da TGB não mostre um esforço por agradar. Não custa nada - é só chamar pessoas que sabem - e que tenha vontade (não confundir com ser um soldado) em servir. E em progredir.

Há um programa que se faz sempre debaixo de uma palmeira. O seu apresentador não tem rede. É corajoso, há que reconhecer. Mas o ruído, nomeadamente de um gerador, deita tudo a perder. Quem viu esse programa em especial concordará comigo: parecia que estavam a comer pedra!

Nós temos uma costa fabulosa, uma das mais belas deste continente. Deve ser uma canseira para a TGB oferecer aos seus telespectadores essas belas imagens. A TGB começa o que quer que seja e de repente salta para outro programa, e logo a seguir corta essa sem aviso, sem respeito pelo espectador, para emitir uma telenovela do tempo do Kubistchek. Não não há pachorra.

Arrumem a casa. A classe trabalhadora da TGB e o telespectador que vos assiste não merecem nada disto. Estamos a falar de uma televisão com perto de 30 anos! A postura devia ser outra. Ninguém merece. António Aly Silva