terça-feira, 12 de junho de 2012

Na Walna vs Indjai: A verdade é como o azeite...



O porta-voz do Comando Militar, Dahaba na Walna e o CEMGFA, António Indjai estão de candeias às avessas. Tudo porque Na Walna não gostou de ver o CEMGFA a tentar “camuflar” o mal-estar nos quartéis, que começou na reunião com os antigos combatentes, na semana passada no parlamento e terminou numa patética visita ao quartel da Amura. Depois, o post no ditadura do consenso, em que um oficial superior acusava Indjai de meter ao bolso centenas de milhões de Fcfa que eram destinadas para alimentar as casernas - EU AVISARA... - o caldo entornar-se-ia na passada quarta-feira.

António Indjai levou diversas individualidades ligadas aos meios artísticos para uma visita guiada ao quartel da Amura, e mostrou-lhes as parcas condições nas cozinhas: a alimentação era fraca, só havia arroz seco e a falta de condições de higiene era assustadora: tudo, para tentar justificar a o golpe de 12 de Abril, tentando atribuir as culpas ao governo deposto de Carlos Gomes Junior.

Só que os militares sabem muito bem que a história não é assim. Os angolanos, até à altura do golpe, garantiam toda a alimentação dos soldados guineenses, em todos os quartéis do País, tendo mesmo feito obras de melhoramento das cozinhas. Com a entrada dos militares da CEDEAO a situação agravou-se, pois os militares e polícias que para aqui vieram, pensavam que fosse a Guiné-Bissau a assegurar a sua alimentação...o que não tem sido o caso. Os militares da CEDEAO, com base em Cumeré, não têm luz eléctrica, nem água potável, e a situação piora de dia para dia...

Depois da visita, o porta-voz Na Walna não terá gostado, menos ainda o facto de, no dia seguinte, ter visto essa patética justificação ser apresentada na televisão da Guiné-Bissau. Afinal, quando Carlos Gomes Jr era primeiro-ministro, era António Indjai quem, em pessoa, recebia e geria todo o dinheiro que era destinado à alimentação nos quartéis, somas que o próprio geria a seu bel-prazer.

Recorde-se que na sessão com aos antigos combatentes na Assembleia Nacional Popular, Dahaba Na Walna disse que as declarações de António Indjai não tinham qualquer fundamento: "os antigos combatentes recebem 14.000 CFA". Recebem, de facto, 30.000 fcfa. Na Walna terá chamado “mentiroso” a António Indjai, e acusou-o de nem sequer saber falar... Casa onde não há pão... AAS