A Directoria da campanha de Koumba Yalà acusou o Governo, através do Ministério da Administração Territorial, e a CNE, de banalizarem o actual processo eleitoral em curso no país, denunciando ainda uma alegada tentativa de fraude para 18 de Março.
Em conferência de imprensa, Artur Sanhá, director nacional da campanha, justificou dizendo que alegadamente deve haver «urnas misturadas» e com diferentes cores e tamanhos para estas eleições. E critica a distribuição dos materiais de voto: "Quando os materiais chegaram, provenientes de Portugal, foram levados e guardados nas instalações da CNE. Os mandatários de Koumba Yalà de Serifo Nhamadjo, de Baciro Dja e de Afonso Té é que reclamaram as garantias de segurança".
Neste encontro com a imprensa, Artur Sanha lançou críticas ao candidato do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, que acusa de querer ganhar na primeira volta, o que, no seu entender, é uma fraude. Em relação à emissão da segunda via do cartão de eleitoral, Artur Sanhá falou de um alegado movimento descoordenado e mal enquadrado de brigadas junto dos seus distritos eleitorais, relativamente à imperfeição na emissão dos documentos, justificando que alguns destes não têm numeração nem anotação de segunda via.
Artur Sanhá citou nomes de algumas pessoas apanhadas em Catió, sul do país, em Gabú, leste, e em Bissau, que alegadamente foram vistas a seleccionar e a transcrever dados de cartões de eleitor. Perante estes factos, Artur Sanhá concluiu que o processo de emissão de segunda via de cartões de eleitor não é viável, transparente e serve apenas para "vender galinhas em Ziguinchor e em Bissau".